Frases sobre leitor

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da leitor, livros, livro, outro.

Frases sobre leitor

“O dom da hospitalidade


Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. v.2


O jantar que oferecemos às cinco famílias de nações diferentes continua a ser uma memória maravilhosa. De alguma forma, a conversa não ficou restrita a cada casal, mas todos nós conversamos sobre a vida em Londres sob pontos de vista de partes diferentes do mundo. No final da noite, meu marido e eu concluímos que tínhamos recebido mais do que tínhamos oferecido, inclusive o calor humano que compartilhamos ao nos empenhar em fazer novas amizades e conhecer culturas diferentes.

O autor da carta aos Hebreus conclui os seus pensamentos com exortações para a vida da comunidade, relembrando aos seus leitores que deveriam continuar a receber bem os estrangeiros. Pois fazendo isso, algumas pessoas “acolheram anjos sem o saber” (13:2). Ele podia estar se referindo a Abraão e Sara, que, como vemos em Gênesis 18:1-12, acolheram três desconhecidos com generosidade e os receberam com festa, como era o costume nos tempos bíblicos. Eles não sabiam que estavam acolhendo anjos que lhes trouxeram uma mensagem de bênção.

Nós não convidamos as pessoas para nossas casas, com o intuito de tirar vantagens disso, mas, com frequência, recebemos mais do que damos. Que o Senhor espalhe o Seu amor através de nós à medida que alcançamos outros com o dom da hospitalidade.

Quando praticamos a hospitalidade, 
compartilhamos da bondade e das dádivas divinas. Amy Boucher Pye”

“Lar


Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus. v.19


Estêvão, um jovem africano refugiado não tem país, é apátrida. Talvez tenha nascido em Moçambique ou no Zimbábue, mas não conheceu seu pai e já perdeu a mãe. Ela fugiu da guerra civil, viajando pelo mundo como vendedora de rua. Sem documento de identidade e incapaz de provar onde nasceu, Estêvão entrou numa delegacia de polícia, pedindo para ser preso. Para ele, a prisão parecia algo melhor do que tentar viver nas ruas sem os direitos e benefícios da cidadania.

Esse mesmo sofrimento estava na mente de Paulo quando ele escreveu aos efésios. Os seus leitores não-judeus sabiam o que significava viver como estrangeiros e forasteiros (v.12). Somente depois de encontrar a vida e a esperança em Cristo (1:13) eles descobriram o que significava pertencer ao reino dos céus (Mateus 5:3). Em Jesus, eles aprenderam o que significa ser conhecido e bem cuidado pelo Pai que Ele veio para revelar (Mateus 6:31-33).

Paulo percebeu, porém, que à medida que o passado se afasta, nossa curta memória pode nos levar a esquecer que, enquanto a esperança é a nova forma de viver, o desespero já ficou no passado.

Que o nosso Deus nos ajude a viver em segurança, reconhecendo cada dia que o sentimento de pertença que temos como membros de Sua família vem pela fé em Jesus Cristo e a compreender os direitos e benefícios que temos por habitarmos nele.

A esperança tem um significado especialíssimo 
para os que já viveram sem ela. Mart De Haan”

“A face de Deus


Porque Deus […] resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus… v.6


Grande parte da minha carreira de escritor tem girado em torno do problema da dor. Sempre volto às mesmas perguntas, como se estivesse cutucando uma velha ferida que nunca sara. Os leitores de meus livros me escrevem e suas histórias angustiantes dão faces humanas às minhas dúvidas. Lembro-me de um pastor de jovens me telefonando após descobrir que sua esposa e filha estavam morrendo de AIDS devido a uma transfusão de sangue contaminado. Ele perguntou: “Como posso falar ao meu grupo de jovens sobre um Deus amoroso?”

Aprendi a nem tentar responder a esses “por quês”. Por que a esposa do pastor de jovens recebeu o frasco de sangue contaminado? Por que um tornado atingiu uma cidade e não a outra? Por que as orações por cura física não são respondidas?

Uma pergunta, porém, já não me atormenta como antes: “Deus se importa?” Só conheço uma maneira de responder a essa pergunta, e a resposta é Jesus. Em Jesus, Deus nos deu uma face. Se você quiser saber como Deus se sente quanto ao sofrimento neste planeta que geme, olhe para aquela face.

“Deus se importa?” A morte de Seu Filho por nós, que acabará por eventualmente destruir toda dor, tristeza, sofrimento e morte eternamente, responde a essa pergunta.

O amor de Deus por nós é tão abrangente 
quanto os braços abertos de Cristo na cruz. Philip Yancey”

“O bem supremo


…Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus… v.8


Cresci na Jamaica, e meus pais criaram minha irmã e eu para sermos “pessoas boas”. Em casa, bom significava obedecer aos pais, falar a verdade, ir bem na escola, no trabalho e ir à igreja pelo menos na Páscoa e no Natal. Imagino que esta definição de ser boa pessoa seja familiar para muitos, independentemente da cultura. Na verdade, Paulo, em Filipenses 3, usou a definição de ser bom em sua cultura para destacar algo maior.

Paulo, sendo um devoto judeu do primeiro século, seguiu a lei moral de sua cultura ao pé da letra. Ele nasceu na família “certa”, tinha a educação “certa” e praticava a religião “certa”. Era o verdadeiro em termos de ser uma boa pessoa de acordo com o costume judaico. No versículo 4, Paulo escreve que se ele quisesse, poderia se vangloriar de toda a sua bondade. Mas, sendo bom como era, Paulo disse aos seus leitores (e a nós) que há algo mais do que ser bom. Ele sabia que ser apenas bom, não era o mesmo que agradar a Deus.

Paulo escreve nos vv.7,8 que agradar a Deus, envolve conhecer a Jesus. Paulo considerava a sua própria bondade como “lixo” quando comparado com “o valor supremo de conhecer a Cristo Jesus”. Somos bons — e agradamos a Deus — quando a nossa esperança e fé estão em Cristo, e não em nossa bondade.

Somos bons e agradamos a Deus quando nossa esperança e fé 
estão somente em Cristo, não em nossa bondade. Kevin Williams”

“Ame o outro primeiro

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. v.19

Com paciência ajudamos o nosso filho a se adaptar à nova vida em nossa família. O trauma de seus primeiros dias num orfanato se refletia em alguns comportamentos negativos. Apesar da compaixão pelas dificuldades que ele experimentara antes, senti que me afastava dele emocionalmente por causa desses comportamentos. Envergonhada, compartilhei minha luta com a terapeuta dele. Sua resposta gentil veio ao meu encontro: “Ele precisa que você o alcance primeiro, para mostrar que ele é digno de amor antes que possa agir como alguém amado.”

João conduz os leitores de sua carta a um amor de incrível profundidade e cita o amor de Deus como fonte e motivo para amarmos uns aos outros (1 João 4:7,11). Admito que muitas vezes não demonstro esse amor a outros, sejam eles estranhos, amigos ou meus filhos. No entanto, essas palavras despertam em mim o desejo renovado e a capacidade de fazê-lo: Deus foi primeiro. Ele enviou Seu Filho para demonstrar a plenitude do Seu amor para cada um de nós. Sou grata porque Ele não responde como nós somos propensos a fazer, afastando-se.

Embora as nossas ações pecaminosas não atraiam o amor divino, Deus é inabalável em oferecê-lo a nós (Romanos 5:8). Seu amor foi “primeiro” e isso nos compele a amar uns aos outros em resposta e como reflexo desse amor.

Deus nos amou primeiro para que possamos amar os outros. Kirsten Holmberg”

“Razão para sorrir


Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo. v.11


No local de trabalho, as palavras de encorajamento são importantes. Como os funcionários conversam entre si influencia na satisfação do cliente, nos lucros da empresa e na valorização dos colegas de trabalho. Estudos mostram que os membros dos grupos de trabalho mais eficazes afirmam um ao outro seis vezes mais do que desaprovam, discordam ou são sarcásticos. Equipes menos produtivas tendem a usar quase três comentários negativos para cada palavra útil.

Paulo aprendeu na prática o valor das palavras na formação de relacionamentos e resultados. Antes de encontrar Cristo no caminho de Damasco, suas palavras e ações aterrorizavam os seguidores de Jesus. Mas ao escrever aos tessalonicenses, ele já tinha se tornado um grande encorajador devido à obra de Deus em seu coração. Com seu exemplo, exortou seus leitores a animar uns aos outros. Embora tenha sido cuidadoso em evitar a lisonja, mostrou como apoiar os outros e refletir o Espírito de Cristo.

Paulo os lembrou de onde vem o encorajamento. Ele viu que confiar-nos a Deus, que nos amou o suficiente para morrer por nós, nos dá razão para confortar, perdoar, inspirar e desafiar amorosamente uns aos outros (1 Tessalonicenses 5:10,11).

Paulo nos mostra que encorajar uns aos outros é uma forma de ajudar a provar a paciência e a bondade de Deus.

O que poderia ser melhor do que trabalhar 
para despertar o melhor das pessoas? Mart De Haan”

“Uma jornada de fé


…para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome. v.31


Desde sua primeira publicação em 1880, o romance Ben-Hur: um conto sobre Cristo, de Lew Wallace, nunca ficou fora do catálogo. É considerado o livro cristão mais influente do século 19, e sempre atrai novos leitores, uma vez que tece a verdadeira história de Jesus com a de um fictício jovem e nobre judeu chamado Ben-Hur.

Amy Lifson, editora, escreveu numa conceituada revista que este livro transformou a vida do autor: “À medida que Ben-Hur guiava os leitores através de cenas da Paixão, ele também orientava o caminho para Wallace crer em Jesus.” O autor afirmou: “Vi o Nazareno executar obras que nenhum mero homem poderia realizar.”

Nos evangelhos, o registro da vida de Jesus nos permite caminhar ao lado dele, testemunhar Seus milagres e ouvir Suas palavras. O evangelho de João conclui com as palavras: “…fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:30,31).

Assim como a pesquisa de Wallace, a leitura bíblica e o escrever sobre o Senhor o levaram a crer em Jesus, a Palavra de Deus gera a transformação da mente e do coração. E por meio dessa transformação, temos a vida eterna em Jesus e por meio dele.

Muitos livros podem informar, 
mas somente a Bíblia pode transformar. David C. McCasland”

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“Não sou eu quem vou censurá-la [a imprensa]. É o telespectador, o ouvinte e o leitor que vão escolher aquilo que presta e aquilo que não presta.”

Luiz Inácio Lula da Silva (1945) político brasileiro, 35º presidente do Brasil

Sobre a censura à imprensa no país
Gerais, 2010
Fonte: Declaração feita em comício de Dilma em Campinas, interior de São Paulo, em 18/09/2010 http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3045844.xml&template=3898.dwt&edition=15531&section=134

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“O melhor leitor e a melhor pessoa são os que me recompensam com a sua ausência.”

Charles Bukowski (1920–1994) Poeta, Escritor e Romancista

Atribuídas

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“Mostre-me uma família de leitores, e lhe mostrarei o povo que dirigirá o mundo.”

Napoleão Bonaparte (1769–1821) monarca francês, militar e líder político

Atribuídas

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“[A Arte de Ler]
O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.”

Mário Quintana (1906–1994) Escritor brasileiro

A Arte de Ler
Variante: O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.

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“Eis a melhor receita para um romance policial: o detetive nunca deve saber mais que o leitor.”

Agatha Christie (1890–1976) escritora, romancista, contista, dramaturga e poetisa britânica
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“A única exigência que faço aos meus leitores é que devem dedicar as suas vidas à leitura das minhas obras.”

James Joyce (1882–1941) escritor irlandês do século XX, mais conhecido por escrever Ulisses

The demand that I make of my reader is that he should devote his whole Life to reading my works.
Fonte: Entrevista com Max Eastman, em Harper's Magazine, conforme citado no James Joyce (1959) por Richard Ellmann.

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“O que eu gostava de poder encher os livros de silêncio, e tender cada vez mais para o silêncio, e que as palavras estivessem carregadas de silêncio de maneira a que o leitor as pudesse encher como quisesse.”

Variante: O que eu gostava de poder encher os livros de silêncio, e tender cada vez mais de silêncio, e que as palavras estivessem carregadas de silêncio de maneira a que o leitor as pudesse encher como quisesse.

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“Leitor: co-autor do texto.”

Lêdo Ivo (1924–2012) Escritor brasileiro
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“Os romances nunca serão totalmente imaginários nem totalmente reais. Ler um romance é confrontar-se tanto com a imaginação do autor quanto com o mundo real cuja superfície arranhamos com uma curiosidade tão inquieta. Quando nos refugiamos num canto, nos deitamos numa cama, nos estendemos num divã com um romance nas mãos, nossa imaginação passa a trafegar o tempo entre o mundo daquele romance e o mundo no qual ainda vivemos. O romance em nossas mãos pode nos levar a um outro mundo onde nunca estivemos, que nunca vimos ou de que nunca tivemos notícia. Ou pode nos levar até as profundezas ocultas de um personagem que, na superfície, parece semelhante às pessoas que conhecemos melhor. Estou chamando atenção para cada uma dessas possibilidades isoladas porque há uma visão que acalento de tempos em tempos que abarca os dois extremos. Às vezes tento conjurar, um a um, uma multidão de leitores recolhidos num canto e aninhados em suas poltronas com um romance nas mãos; e também tento imaginar a geografia de sua vida cotidiana. E então, diante dos meus olhos, milhares, dezenas de milhares de leitores vão tomando forma, distribuídos por todas as ruas da cidade, enquanto eles lêem, sonham os sonhos do autor, imaginam a existência dos seus heróis e vêem o seu mundo. E então, agora, esses leitores, como o próprio autor, acabam tentando imaginar o outro; eles também se põem no lugar de outra pessoa. E são esses os momentos em que sentimos a presença da humanidade, da compaixão, da tolerância, da piedade e do amor no nosso coração: porque a grande literatura não se dirige à nossa capacidade de julgamento, e sim à nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro.”

Orhan Pamuk (1952) escritor turco, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2006
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“[…] o leitor ou ouvinte são como o apanhador (catcher) num jogo de beisebol.”

How to Read a Book: The Classic Guide to Intelligent Reading

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“Quando aquela senhora que me lembrava minha tia disse que me conhecia, ela não estava dizendo que conhecia minha história de vida e minha família, que sabia onde eu morava, que escolas frequentei, os romances que escrevi e as dificuldades políticas que enfrentei. Nem que conhecia minha vida particular, meus hábitos pessoais ou minha natureza essencial e minha visão de mundo, que eu tentara expressar relacionando-as com minha cidade natal em meu livro Istambul. A velha senhora não estava confundindo a minha história com as histórias de minhas personagens fictícias. Ela parecia falar de algo mais profundo, mais íntimo, mais secreto, e senti que a entendia. O que permitiu que a tia perspicaz me conhecesse tão bem foram minhas próprias experiências sensoriais, que inconscientemente eu colocara em todos os meus livros, em todas as minhas personagens. Eu projetara minhas experiências em minhas personagens: como me sinto quando aspiro o cheiro da terra molhada de chuva, quando me embriago num restaurante barulhento, quando toco a dentadura de meu pai depois de sua morte, quando lamento estar apaixonado, quando eu consigo me safar quando conto uma mentirinha, quando aguardo na fila de uma repartição pública segurando um documento molhado de suor, quando observo as crianças jogando futebol na rua, quando corto o cabelo, quando vejo retratos de paxás e frutas pendurados nas bancas de Istambul, quando sou reprovado na prova de direção, quando fico triste depois que todo mundo deixou a praia no fim do verão, quando sou incapaz de me levantar e ir embora no final de uma longa visita a alguém apesar do adiantado da hora, quando desligo o falatório da TV na sala de espera do médico, quando encontro um velho amigo do serviço militar, quando há um súbito silêncio no meio de uma conversa interessante. Nunca me senti embaraçado quando meus leitores pensavam que as aventuras de meus heróis também haviam ocorrido comigo, porque eu sabia que isso não era verdade. Ademais, eu tinha o suporte de três séculos de teoria do romance e da ficção, que podia usar para me proteger dessas afirmações. E estava bem ciente de que a teoria do romance existia para defender e manter essa independência da imaginação em relação à realidade. No entanto, quando uma leitora inteligente me disse que sentira, nos detalhes do romance, a experiência da vida real que "os tornavam meus", eu me senti embaraçado como alguém que confessou coisas íntimas a respeito da própria alma, como alguém cujas confissões escritas foram lidas por outra pessoa.”

Orhan Pamuk (1952) escritor turco, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2006

The Naive and the Sentimental Novelist

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“Quando sentir que é meu dever falar uma verdade intragável, com a ajuda de Deus, EU A DIREI, embora isso prejudique meu nome, o prazer imediato do leitor e o meu próprio.”

Anne Brontë (1820–1849)

Prefácio da autora á segunda edição, A Inquilina de Wildfell Hall‎‎ - Página 6, Anne Brontë, traduzido por Michelle Gimenes, Editora Pedrazul, 2014, ISBN 9788566549133 - 368 páginas

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“Um livro, uma vez que é impresso e publicado, torna-se uma individualidade. É por sua publicação como decisivamente é separado de seu autor como em parto criança é separada de seus pais. O livro "significa" depois, necessariamente, — tanto gramaticalmente e efetivamente, — independentemente de qualquer significado desse ou daquele leitor.”

James Branch Cabell (1879–1958)

A book, once it is printed and published, becomes individual. It is by its publication as decisively severed from its author as in parturition a child is cut off from its parent. The book "means" thereafter, perforce, — both grammatically and actually, — whatever meaning this or that reader gets out of it.
"A Note on Cabellian Harmonics" in Cabellian Harmonics (April 1928)

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“O autor escreve apenas metade de um livro. A outra metade fica por conta do leitor.”

Joseph Conrad (1857–1924)

apud Dad Squarisi, (6 de agosto de 2006 - "Dicas de português - Escrever é...". Correio Braziliense, Caderno C, p. 4.)

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“Tudo acaba, leitor; é um velho truísmo, a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura, dura muito tempo. Esta segunda parte não acha crentes fáceis; ao contrário, a ideia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento de que é feito, dificilmente se despegará da cabeça, e é bom que seja assim, para que se não perca o costume daquelas construções quase eternas.”

Capítulo CXVIII; veja (wikisource)
Romances, Dom Casmurro
Variante: Tudo acaba, leitor; é um velho truísmo, a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura dura muito tempo. Esta segunda parte não acha crentes fáceis; ao contrário, a idéia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento de que é feito, dificilmente se despegará da cabeça, e é bom que seja assim, para que se não perca o costume daquelas construções quase eternas.

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“Um poema é um mistério cuja chave deve ser procurada pelo leitor.”

Stéphane Mallarmé (1842–1898)

poème comme un mystère dont le lecteur doit chercher la clef.
Correspondance‎ - vol. 6, Página 50, de Stéphane Mallarmé, Henri Mondor, Lloyd James Austin - Publicado por Gallimard, 1959

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“- "No combate entre um texto apaixonante e seu leitor, o romance ganha sempre por pontos, enquanto o conto deve ganhar por nocaute."”

Julio Cortázar (1914–1984)

la novela gana siempre por puntos, mientras que el cuento debe ganar por knockout
"La casilla de los Morelli" - Página 138; de Julio Cortázar, Julio Ortega - Publicado por Tusquets, 1981 ISBN 8472230309, 9788472230309 - 153 páginas
Variante: No combate entre um texto apaixonante e seu leitor, o romance ganha sempre por pontos, enquanto o conto deve ganhar por nocaute.

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“Foi seu último livro completo. Tinha sido um leitor de voracidade imperturbável, tanto nas tréguas das batalhas como nos repousos do amor, mas sem ordem nem método. Lia a toda hora, com a luz que houvesse, ora passeando debaixo das árvores, ora a cavalo sob os sóis equatoriais, ora na penumbra dos coches trepidantes sobre os calçamentos de pedra, ora balouçando na rede enquanto ditava uma carta. Um livreiro de Lima se surpreendera com a abundância e a variedade das obras que selecionou de um catálogo geral onde havia desde os filósofos gregos até um tratado de quiromancia. Na juventude lera os românticos por influência de um professor Simon Rodríguez, e continuou a devorá-los como se estivesse lendo a si mesmo com seu temperamento idealista e exaltado. Foram leituras passionais que o marcaram para o resto da vida. No fim havia lido tudo o que lhe caíra nas mãos, e não teve um autor predileto, mas muitos que o foram em diferentes épocas. As estantes das diversas casas onde viveu estiveram sempre abarrotadas, e os dormitórios e corredores acabavam convertidos em desfiladeiros de livros amontoados e montanhas de documentos errantes que proliferavam à sua passagem e o perseguiam sem misericórdia buscando a paz dos arquivos. Nunca chegou a ler tantos livros quantos possuía. Ao mudar de cidade entregava-os aos cuidados dos amigos de mais confiança, embora nunca voltasse a ter notícia deles, e a vida de guerra o obrigou a deixar um rastro de mais de quatrocentas léguas de livros e papéis, da Bolívia à Venezuela.”

Gabriel García Márquez (1927–2014)

O General em seu Labirinto

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“O jornalista deve ser cético pra que o leitor não se torne cético com relação ao jornalista.”

Millôr Fernandes (1923–2012) cartunista, humorista e dramaturgo brasileiro.

Citações verificadas

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“Quando se chega a esse estágio, aquele que pensava em ser na vida apenas um leitor metódico está irremediavelmente perdido”

José Mindlin (1914–2010)

Falando sobre o instante em que a pessoa deseja colecionar primeiras edições de livros.
"Paixão e perdição" - Texto de José Castello, para ISTO É, 12/11/97; citado no bibliomanias http://bibliomanias.no.sapo.pt/Mindlin.htm

“Creio que meu sucesso se deve ao fato de que escrevo histórias que cativam a imaginação dos leitores. Meus romances têm personagens que o público costuma considerar interessantes, se passam em lugares glamourosos e geralmente são divertidos.”

Sidney Sheldon (1917–2007)

Sidney Sheldon, ao ser indagado a respeito do porquê de sua fama.
Fonte: Entrevista concedida ao jornal Folha, quarta-feira, 21 de dezembro de 2005
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u56189.shtml

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“Hoje, como outrora, todo homem que entra para as artes, sem outro meio de existência além da própria arte, será forçado a passar pelas trilhas da Boêmia. A maioria dos contemporâneos que figuram como os mais belos brasões da arte foi boêmia; e, na sua glória calma e próspera, frequentemente se recordam, talvez sentindo falta, do tempo em que, escalando a verde colina da juventude, não tinham outra fortuna, ao sol de seus vinte anos, além da coragem, que é a virtude dos jovens, e da esperança, que é o milhão dos pobres. Para o leitor inquieto, para o burguês temeroso, para todos aqueles que nunca encontraram muitos pingos nos is de uma definição, repetiremos em forma de axioma: 'A Boêmia é o estágio da vida artística; é o prefácio da academia, do hospital municipal ou do necrotério.”

Acrescentaremos que a Boêmia só existe e só é possível em Paris."
"Aujourd’hui comme autrefois, tout homme qui entre dans les arts, sans autre moyen d’existence que l’art lui-même, sera forcé de passer par les sentiers de la Bohème. La plupart des contemporains qui étalent les plus beaux blasons de l’art ont été des bohémiens ; et, dans leur gloire calme et prospère, ils se rappellent souvent, en le regrettant peut-être, le temps où, gravissant la verte colline de la jeunesse, ils n’avaient d’autre fortune, au soleil de leurs vingt ans, que le courage, qui est la vertu des jeunes, et que l’espérance, qui est le million des pauvres.Pour le lecteur inquiet, pour le bourgeois timoré, pour tous ceux qui ne trouvent jamais trop de points sur les i d’une définition, nous répéterons en forme d’axiome : 'La Bohème, c’est le stage de la vie artistique ; c’est la préface de l’Académie, de l’Hôtel-Dieu ou de la Morgue.' Nous ajouterons que la Bohème n’existe et n’est possible qu’à Paris."
Scènes de la vie de bohème

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“A poesia é um nexo entre dois mistérios: o do poeta e o do leitor.”

Dámaso Alonso (1899–1989)

Poema es un nexo entre dos misterios: el del poeta y el del lector.
Dámaso Alonso citado em "Movimientos literarios españoles en los siglos XIX y XX.‎" - Página 125, de Augusto Barinaga Fernández - Publicado por Alhambra, 1964 - 311 páginas

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“A falta de espaço nos obriga a consultar o livro do General Petiet, nossos leitores vão compensar no lazer desfrutando de uma obra que faz pensar, sonhar e amar, muitas vezes.”

Auguste Louis Petiet (1784–1858) político francês

Le défaut d'espace nous force de renvoyer au livre du général Petiet; nos lecteurs se dédommageront en savourant à loisir une œuvre qui fait penser, rêver et souvent aimer.
Pays citado em "Lord Palmerston, l'Angleterre et le continent", Volume 2‎ - Página 325 http://books.google.com.br/books?id=h6UQAAAAYAAJ&pg=PA325, Karl Ludwig Ficquelmont (Graf) - Amyot, 1852

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“Vocábulos longos e pomposos funcionam como cortina de fumaça entre você e o leitor. Seja simples. Entre duas curtas, a mais simples.”

Dad Squarisi (1946)

Dicas Valiosas, em Correio Braziliense http://www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=19&tp=4, 21/01/2009

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“Quem escreve de um modo claro tem leitores. Quem escreve de um modo obscuro, comentadores.”

Albert Camus (1913–1960)

Variante: Os que escrevem com clareza têm leitores, os que escrevem de maneira obscura têm comentaristas.

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“Os olhos do leitor são juízes mais difíceis do que os ouvidos do espectador.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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“Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo.”

Hermann Hesse (1877–1962)

Ein Buch lesen heißt für den guten Leser: eines fremden Menschen Wesen und Denkart kennenlernen, ihn zu verstehen suchen, ihn womöglich zum Freund gewinnen.
Über Literatur - Página 39, Hermann Hesse - Aufbau-Verlag, 1978, 725 páginas

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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”

Les Misérables: Marius

Pascal Quignard photo