Frases sobre a leitura
Uma coleção de frases e citações sobre o tema da leitura.
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„Ao contemplar uma pintura de grandes proporções, sentimo-nos empolgados por estar na presença de tudo ao mesmo tempo e queremos entrar no quadro. Quando estamos no meio de um volumoso romance, sentimos o estonteante prazer de estar num mundo que não conseguimos ver em sua inteireza. Para ver tudo temos de constantemente transformar os momentos separados em quadros mentais. É esse processo de transformação que torna a leitura de um romance uma tarefa mais pessoal, mais colaborativa que a contemplação de um quadro.“
— Orhan Pamuk escritor turco, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2006 1952
The Naive and the Sentimental Novelist

„Em suma, é preciso confessar que existem dois tipos de leitura: a leitura em animus e a leitura em anima. Não sou o mesmo homem quando leio um livro de idéias, em que o animus deve ficar vigilante, pronto para a crítica, pronto para a réplica, ou um livro de poeta, em que as imagens devem ser recebidas numa espécie de acolhimento transcendental dos dons. Ah, para fazer eco a esse dom absoluto que é uma imagem de poeta seria necessário que nossa anima pudesse escrever um hino de agradecimento! O animus lê pouco; a anima, muito.
Não é raro o meu animus repreender-me por ler demais.
Ler, ler sempre, melíflua paixão da anima. Mas quando, depois de haver lido tudo, entregamo-nos à tarefa, com devaneios, de fazer um livro, o esforço cabe ao animus. E sempre um duro mister, esse de escrever um livro. Somos sempre tentados a limitar-nos a sonhar.“
— Gaston Bachelard 1884 - 1962
The Poetics of Reverie

„E preciso que a leitura seja um ato de amor“
— Paulo Freire filósofo e educador brasileiro 1921 - 1997

„O verbo ler, como o verbo amar e o verbo sonhar, não suporta o modo imperativo. Eu aconselho sempre os meus alunos que se um livro os aborrece o abandonem; que não o leiam porque é famoso, que não o leiam porque é moderno, que não o leiam porque é um clássico. A leitura deve ser uma das formas da felicidade e não se pode obrigar ninguém a ser feliz.“
— Jorge Luis Borges escritor argentino 1899 - 1986

„Imaginem que um Filósofo ao visitar uma velha Biblioteca se depara com um velho Sábio
- Estais perdido? Perguntou o Sábio
- Se estou perdido, como poderias tu orientar-me a razão? Disse o filósofo em tom questionador
O Sábio abaixa sua cabeça, caminha de um lado para o outro e indaga – Estais perdido!?
Filósofo: E não estamos todos?
O Completo e absoluto silencio gritava mais alto do que suas bocas caladas, embora suas mentes gritassem mais alto do que o mais feroz diabo.
Sábio: Não posso estar perdido, se eu sei exatamente aonde o verdadeiro eu estas, e deverias estar.
Filósofo: E Como poderias tu saber aonde deverias estar e aonde estas?
Sábio: Mas isso é muito simples, se estou em algum lugar, sigo a minha vontade. Está de acordo?
Filósofo: E Como saberias que segues a tua própria vontade? Se não foi influenciado pelo homem que vive em ti, o homem que crê em ti e nos deuses! Como poderias tu, saber aonde deverias ir?
O Sábio caminha a uma das muitas prateleiras e pega um livro, senta-se na frente do filósofo e diz de maneira serena
Sábio: Se leres este livro, e após a leitura tornar-se outro homem, como diferenciarias quem tu és, para quem tornou-se?
Filósofo: O Homem que leu este livro, para ti és um homem diferente antes deste mesmo livro? Digo, se hoje acredito no poder dos deuses, e amanhã perco completamente a fé por ler um livro ou dois, teria eu tornado me um homem sem fé, ou um homem diferente do que sempre fui?
Sábio: Tornarias outro homem
Filósofo: Mas isso é uma loucura, se torna-se outro homem a cada nova experiência, então tu, quem és afinal?
Sábio: Isso é muito simples…
O Sábio se levanta novamente e pega uma bíblia sagrada na escrivaninha a direita
Sábio: Se ao ler estas fábulas, e acreditares com toda as forças que és cristo, isso torna-te cristo?
Filósofo: Esse ato tornaria me um estudioso, um homem em busca de respostas
Sábio: Mas se as respostas levarem este homem a mais perguntas como poderias responde-las?
Filósofo: Não há respostas afinal.
Sábio: Quando tinhas dez anos de idade, pensavas o que?
Filósofo: Eu era uma criança comum, católico, vivia na cidade pequena, mas o que a minha infância tem a ver com tudo isso?
Sábio: Aquela criança ainda vive?
Filósofo: Eu a matei, ela tornou-se o homem que sou
Sábio: E ao matar o passado, tornou-se quem tu és!
Filósofo: Mas esse argumento não sustenta a sua teoria, que ao lermos novos livros tornamo-nos outro homem
Sábio: Ao ler as palavras de cristo, tens dois homens prontos a nascer. Se ao leres a bíblia, e acreditar com toda a sua fé que és cristo, e que cristo vives em ti, o que tornarias?
Filósofo: Um tolo
Sábio: E o que este tolo faria após tornar-se um tolo?
Filósofo: Viverias como um tolo
Sábio: Ao leres as palavras de cristo e duvidares de sua existência, o que tornarias?
Filósofo: Um sábio…
Sábio: Então tornarias tu, outro homem
O Filósofo pensativo caminha até uma seção na velha biblioteca, e pega uma série de livros matemáticos, senta-se em uma velha mesa acompanhada de uma pequena cadeira. Abre um dos velhos livros, aponta seu dedo sobre uma teoria matemática cientifica
Filósofo: O Que compreendes ao ler esta teoria?
Sábio: A Gravidade em sua mais bela e poética sinfonia matemática
Filósofo: E Quem a escreveu? Poderias me dizer?
Sábio: Isaac Newton
Filósofo: Consideravas Newton um sábio?
Sábio: Mas é claro, um homem de muitas virtudes
Filósofo: Mas este acreditava nos deuses
Sábio: E o que queres dizer com estas alegações?
O Filósofo se levanta novamente e vai a uma pilha de livros ao lado, pegando então Assim falou Zaratustra de Friedrich Nietzsche
Filósofo: Conheces Nietzsche?
Sábio: Mas é claro, estais a insultar-me?
Filósofo: Se ao leres Newton e Nietzsche, o que tornarias?
Sábio: Um novo homem…
Filósofo: Este novo homem, serias quem? Nietzsche? Ou Newton? Como este homem diferenciaria os deuses da matemática? Friedrich de Newton?
O Que eu quero dizer, como poderias tu, tornar-se outro homem ao leres dois autores distintos, se não o mesmo homem que agregou a si mesmo novas categorias do conhecimento.
Sábio: Então alegas descaradamente, que sou o mesmo homem todos os dias da minha vida?
Filósofo: E Como não poderias ser? Se ao leres mil livros, mudas-te de opinião mil vezes, és um metamorfo. Se ao escreveres mil livros, es um deus sobre os homens. Mas, se ao leres mil livros e aprenderes com estes próprios és o mesmo homem, com um intelecto refinado ao homem que eras anteriormente.
Sábio: Queres dizer que o conhecimento é como um diabo possessor?
Filósofo: Um diabo possessor?
Sábio: Um diabo que tomas o corpo de um homem, mas não toma sua verdadeira essência.
Filósofo: Estou de acordo, então voltamos a mesma questão ao nos conhecermos, como sabes que estais a seguir a sua própria vontade e não a de outros homens ou deuses
Sábio: Deixe-me responder essa questão, com uma alegoria que irá também sustentar meu outro ponto de vista
Imagines que és um crente, que acreditas no poder do divino. Vives então em templos sagrados, seu mundo é o louvor, então descobres por um telescópio apontado aos céus que lá não há deuses, e sim homenzinhos verdes em outros mundos, descobririas então que neste novo mundo há também novos deuses como saberias tu que o deus que pregas e rezas és o verdadeiro?
Filósofo: Não saberias, questionaria também os outros deuses
Sábio: E Se ao descobrires que além destes homenzinhos verdes, também existem tantos outros, e que o cosmos é repleto de deuses e vida. O Que tornarias a sua crença em um deus de carne?
Filósofo: Se tornaria insensata, ausente de razão, mas ainda questionadora pela vontade de questionar e aprender sobre esses novos deuses.
Sábio: Então responda-me, ao descobrir novos mundos tornou-se um homem diferente daquele pobre religioso de pés sujos em templos falsos?
Filósofo: Deixaria de ser um crente, e tornaria me um questionador. Mas ainda seria o mesmo homem
Sábio: Se és o mesmo homem, por que não crê nos mesmos deuses? Tornou-se um novo homem ao conhecer outros mundos, pois o homem que fois um dia, suicidou-se diante das cordas sinceras da realidade
Filósofo: Se o que diz é verdade, e somos de fato, diabos possessores, possuídos pelo conhecimento que mata o homem mas não mata sua essência, como sabes que não estás perdido? Como diferencias a decisão do homem com a decisão do diabo?
Se a cada nova experiência somos possuídos por um diabo diferente, se a cada livro torno-me um novo homem, se a cada mundo matamos um novo deus, quem eres tu afinal?
Sábio: Mas isso é muito simples, imagine comigo a seguinte alegoria
Somos todos homens vagueando em um vale sem fim, pense que cada livro desta biblioteca és um diabo, ao seres possuído pelo diabo, torna-se o diabo, embora sua essência humana ainda prevaleça
Filósofo: Então acreditas que podes matar a si mesmo, e tornar-se o homem que eras, mas renovado em sabedoria?
Sábio: Novamente estamos de acordo, poderias por favor dizer-me o que fazes em uma velha biblioteca como essa?
Filósofo: Vim em busca de conhecimento, e autoconhecimento, mas acabei perdendo-me em tamanha sabedoria e tormento
Sábio: E ao encontrar-me continua com este tormento?
Filósofo: Não
Sábio: E Por que não?
Filósofo: Porque sei quem tu és, e vós não o conheceis, mas eu o conheço, e se disser que não o conheço, serei mentiroso como vós. Mas eu o conheço, e guardo a sua palavra.
Sábio: E quem sou eu?
Filósofo: Tu és o meu Deus, e eu te darei graças; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.
Sábio: Se eu sou o seu Deus, o único e verdadeiro Deus, sou tu enquanto falas sozinho para as paredes, divagando sobre quem tu és e o que tornou-se!
Tornas-te Deus, ao questionar a si, mas continuaste o homem que és, e que fois ao lembrar-se de si, e o que és.“
— Gerson De Rodrigues poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995

„A real razão continua inescrutável - a leitura nos dá prazer. É um prazer complexo e um prazer difícil; varia de época para época e de livro para livro. Mas ele é suficiente. Na verdade, o prazer é tão grande que não se pode ter dúvidas de que sem ele o mundo seria um lugar muito diferente e muito inferior ao que é. Ler mudou, muda e continuará mudando o mundo.“
— Virginia Woolf escritora inglesa 1882 - 1941
O Sol e o Peixe: Prosas Poéticas

„A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil; e o escrever dá-lhe precisão.“
— Francis Bacon, livro Essays
Reading maketh a full man; conference a ready man; and writing an exact man.
The Essays, or Councils, civil and moral of Sir Francis Bacon ... With a Table of the Colours of Good and Evil. And a Discourse of the Wisdom of the Ancients (done into English by Sir Arthur Gorges). To this edition is added the Character of Queen Elizabeth; never before printed in English, página 135 https://books.google.com.br/books?id=ripcAAAAcAAJ&pg=PA135, Francis Bacon, Sir Arthur GORGES - R. Chiswell, 1706
Variante: A leitura faz ao homem completo; a conversa, ágil, e o escrever, preciso.

„A leitura engrandece a alma.“
La lecture agrandit l'âme
L'ingénu,: histoire veritable. Tirée des manuscrits du Pere Quesnel - Página 45 http://books.google.com.br/books?id=ozIHAAAAQAAJ&pg=PA45, Voltaire, Pasquier Quesnel - 1767 - 89 páginas

„A leitura, após certa idade, distrai excessivamente o espírito humano de suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê demais e usa o cérebro de menos, adquire a preguiça de pensar.“
— Albert Einstein 1879 - 1955
Variante: A leitura após certa idade distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo o homem que lê de mais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de pensar.