Frases sobre quarto
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“Sim, quer dizer, eu coloco numa cesta e ela, de repente, volta limpa. Minhas tarefas em casa são manter meu quarto minimamente arrumado e limpo, num nível aceitável de higiene.”

Daniel Radcliffe (1989) Ator britânico

Respondendo à pergunta "Você mesmo lava sua roupa?".
Verificadas
Fonte: G1. Data: 8 de setembro de 2007.
Fonte: Daniel Radcliffe: ‘Odeio me ver na tela’, CHRISTY LEMIRE, G1, 18 de setembro de 2007 http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL104697-7086,00.html,

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“Prudencio”, como é que você veio aqui tão longe!” Após muitos anos de morte, era tão imensa a saudade dos vivos, tão premente a necessidade de companhia, tão aterradora a proximidade da outra morte que existia dentro da morte, que Prudêncio Aguilar tinha acabado por amar o pior dos seus inimigos. Fazia muito tempo que o estava procurando. Perguntava por ele aos mortos de Riohacha, aos mortos que chegavam do vale de Upar, aos que chegavam do pantanal e ninguém lhe fornecia a direção, porque Macondo foi um povoado desconhecido para os mortos até que chegou Melquíades e o marcou com um pontinho negro nos disparatados mapas da morte. José Arcadio Buendía conversou com Prudencio Aguilar até o amanhecer. Poucas horas depois, devastado pela vigília, entrou na oficina de Aureliano e perguntou: “Que dia é hoje?” Aureliano respondeu que era terça-feira. “É o que eu pensava”, disse José Arcadio Buendía. “Mas de repente reparei que continua sendo segunda-feira, como ontem. Olha olha as paredes, olha as begônias. Hoje também é segunda-feira.” Acostumado com as suas esquisitices, Aureliano não lhe deu importância. No dia seguinte, quarta-feira, Arcadio Buendía voltou à oficina. “Isto é uma desgraça“, disse. “Olha o ar, ouve o zumbido do sol, igualzinho a anteontem. Hoje também é segunda-feira.”

Gabriel García Márquez (1927–2014)

Cem anos de solidão, Capítulo 4

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“Uma casa sem livros é como um quarto sem janelas.”

Henry Ward Beecher (1813–1887)

A house without books is like a room without windows
Eyes and Ears - Página 155 http://books.google.com.br/books?id=DerWQUclOF4C&pg=PA155, Henry Ward Beecher - 1862

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“Ele tinha bons momentos, mas maus quartos de hora.”

Gioacchino Rossini (1792–1868)

A respeito de Wagner.
Fonte: SPENCE, Keith. O Livro da Música, SP: Círculo do Livro, 1991. p. 81

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“Tenho esperanças que o rock vai evoluir e descobrir o quarto acorde, porque fazer música só com três acordes é difícil, né?”

Antônio Carlos Jobim (1927–1994) compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro

Em entrevista à revista Playboy, setembro de 1988.
Música

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“Beber cerveja é fácil. Destruir seu quarto de hotel é fácil. Mas ser cristão é uma tarefa difícil. É a rebelião!”

Alice Cooper (1948) cantor, compositor e ator americano

Drinking beer is easy. Trashing your hotel room is easy. But being a Christian, that's a tough call. That's rebellion.
Cooper respondendo ao "The Sunday Times" sobre citação online em artigo de Good News magazine http://www.goodnewsmag.org/magazine/NovemberDecember/nd05culture.htm em que se discute como os músicos de rock lidam com a fé cristã

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“E depois uma rapariga precisa de algumas coisas, poucas, só que cada uma dessas coisas, por sua vez, precisa de outras coisas e depois já são tantas que para fazer uma mala são precisas duas horas e um quarto.”

Pedro Paixão (1956)

Nos teus braços morreríamos: ficção - página 16, Livros Cotovia, Pedro Paixão, Edição 2, Editora Cotovia, 1998, ISBN 9728423160, 9789728423162, 138 páginas

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“Estava deprimida e criei coragem para escrever músicas à noite no meu quarto.”

Sobre como começou a compor.
Fonte: Revista 89, Edição n. 7 (1998).

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“Sou meio Inglês, quarto libanês, oitavo persa e oitavo turco.”

I am half English, quarter Lebanese, eighth Persian and eighth Turkish.
Skandar Keynes - Interviews Personal Facts http://www.skandar-keynes.com/interviews_item.php?id=8

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“Em casa sou um garoto normal. Passo aspirador de pó e limpo a sujeira da cachorra. Só detesto arrumar meu quarto”

Haley Joel Osment (1988) Ator americano

ator infantil, que recebeu US$ 2 milhões para estrelar A. I. – Inteligência Artificial, de Steven Spielberg
Fonte: Revista IstoÉ Edição 1670

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“As afirmações de Bush de que acabou com metade ou com três quartos da Al Qaeda são mentiras que existem só na cabeça dele.”

O número dois da Al Qaeda, o egípcio Ayman al Zawahiri, em gravação do dia 11 de setembro de 2005

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“Três quartos das loucuras não passam de tolices.”

Nicolas Chamfort (1741–1794)

Variante: Três quartos das loucuras não passam de tolice.

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“O estudo da metafísica consiste em procurar, num quarto escuro, um gato preto que não está lá.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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“Não sei, mas a quarta será lutada com pedras.”

Albert Einstein (1879–1955)

Quando o perguntaram que tipo de armas seriam usadas na terceira guerra mundial

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“Somos autômatos em três quartas partes das nossas ações.”

Variante: Somos autómatos em três quartas partes das nossas acções.

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“A vida não passa de um «mau quarto de hora» composto de momentos deliciosos.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa
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“sons perdidos à procura de perdidas cores. corto o ar e nado através de quartos sem paredes”

Anaïs Nin (1903–1977)

Incest: From a Journal of Love

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“Uma das poucas coisas da infância no Meio-Oeste que ainda me fazem falta é essa convicção bizarra, iludida porém inabalável, de que tudo ao meu redor existia única e exclusivamente Para Mim. Serei eu o único a ter possuído essa sensação profunda e estranha quando criança? - de que tudo exterior a mim existia apenas na medida em que me afetava de alguma maneira? - de que todas as coisas eram de alguma maneira, por via de alguma atividade adulta obscura, especialmente dispostas ao meu favor? Alguém mais se identifica com essa memória? A criança deixa um quarto e agora tudo naquele quarto, assim que ela não está mais lá para ver, se dissolve numa espécie de vácuo de potencial ou então (minha teoria pessoal da infância) é levado embora por adultos escondidos e armazenado até que uma nova entrada da criança no quarto ponha tudo de volta em serviço ativo. Será que era insanidade? Era radicalmente egocêntrica, é claro, essa convicção, e consideravelmente paranoica. Fora a responsabilidade que implicava: se o mundo inteiro se dissolvia e se desfazia cada vez que eu piscava, o que aconteceria se meus olhos não abrissem?

Talvez o que me faça falta agora seja o fato de o egocentrismo radical e delusório de uma criança não lhe trazer conflitos nem dor. Cabe a ela o tipo de solipsismo majestosamente inocente de, digamos, o Deus do bispo Berkeley: as coisas não são nada até que sua visão as extraia do vazio: sua estimulação é a própria existência do mundo. E talvez por isso uma criança pequena tema tanto o escuro: não tanto pela possível presença de coisas cheias de dentes escondidas no escuro, mas precisamente pela ausência de tudo que sua cegueira apagou. Para mim, ao menos, com o devido respeito aos sorrisos indulgentes dos meus pais, esse era o verdadeiro motivo por trás da necessidade de uma luz noturna: ela mantinha o mundo nos eixos.”

David Foster Wallace (1962–2008)

Ficando Longe do Fato de já Estar Meio que Longe de Tudo

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“Sinto uma ternura por essas conversas noturnas e vulneráveis, pelo modo com que as palavras assumem uma forma diferente no ar quando não há luz no quarto. Penso nas raras noites de sorte quando terminei o dia na casa de um amigo ou dividindo o quarto com um irmão ou amigo o qual gostava de verdade. Essas conversas me faziam acreditar que eu podia dizer qualquer coisa, mesmo quando estava escondendo tanto.”

Every Day
Variante: Sinto uma ternura por essas conversas noturnas e vulneráveis, pelo modo com que as palavras assumem uma forma diferente no ar quando não há luz no quarto. Penso nas raras noites de sorte quando terminei o dia na casa de um amigo ou dividindo o quarto com um irmão ou amigo o qual gostava de verdade. Essas conversas me faziam acreditar que eu podia dizer qualquer coisa, mesmo quando estava escondendo tanto

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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”

Les Misérables: Marius

“Nenhum homem é um herói para o seu criado de quarto”

John Darnton (1941)

The Darwin Conspiracy

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“Jason bebia uma caneca de cerveja preta, a quarta, a espera de que o temporal passasse. Mas não passava, vinha em ondas sucessivas. Tinha começado a pensar em sair assim mesmo, de qualquer jeito, quando de repente uma figura estranha junto ao balcão chamou a atenção de todos.
Era um homem alto, de olhos azuis, cabelo loiro escuro, barba e bigode, bem constituído. Se estivesse sóbrio e usasse um roupa melhor, passaria por um sujeito elegante. Mas estava absolutamente bêbado e a roupa era um farrapo em desalinho. Demonstrara a bebedeira agora, dando um grito repentino que havia assustado todo mundo. Não um grito normal de bêbado: um rugido, um som portentoso e fundo que encheu o local, quase tão sonoro quanto uma nota. E prolongado, prolongado. O loiro de barba inclinou a cabeça para trás e continuou a berrar. Era inacreditável que tanto som pudesse caber num único homem.
A clientela observava o berrador com uma certa benevolência. Divertimento dos bons era raro, nesses lados de Londres. O berrador inclinou mais uma vez a cabeça. Berrou mais uma vez – um som comprido, um lamento que não acabava. Era como ouvir uma fera encurralada. E agora viam que ele apertava os olhos como se sentisse dor, e viam que alguma coisa escorria pelo seu rosto.
“É o russo”, Jason ouviu dizerem na mesa ao lado. “Fica assim toda vez que quer ir para casa. Acontece a mesma coisa toda semana em que em que ele toca o suficiente para bancar essa bebedeira”.
Jason ficou onde estava, observando. Teve pena do russo, que chorava e tinha saudades de casa.

Cântico para última viagem, Cap. 3 CSouthhampton, Cais 44, Terminal Marítimo, 9h25”

Psalm at Journey's End

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“O Dia em que eu morri

Hoje fui assombrado por todas as tristezas do mundo, a solidão que era a minha melhor amiga tentou me assassinar, e a melancolia que a muito tempo a aceitei como parte da minha essência, transformou-se em demência e levou-me a loucura.

Gritei por ajuda mas ninguém naquele quarto vazio poderia escutar minhas preces, as janelas transformaram-se em grades de prisões e aos poucos fui consumido pela escuridão que me aprisionou em um asilo de sofrimento e demência…

Demônios terríveis desciam pelas paredes e as vozes em minha mente lembravam-me que a solução para livrar-se da dor era a morte

Por muitos anos eu acreditei que havia superado os monstros e os diabos, e que o meu pacto com a solidão e a melancolia haviam feito de mim um homem livre. Mas a liberdade havia se tornado mais uma ilusão, e o Niilismo que há muito tempo havia me libertado das correntes frias da depressão e dos vícios também havia me traído.

Pois naquele momento de caos e desespero, eu não era um Niilista, tão pouco um professor ou um intelectual. Eu não era ninguém! Não existiam diferenças entre mim e os vermes, eu finalmente havia percebido que era hoje…

Hoje era o dia em que eu morreria, todos temos que morrer um dia certo? Em algum momento os monstros vão sair debaixo da cama e cobrar o pacto que você fez com o diabo, e ele vai sorrir para você e quando o diabo sorri os homens choram

Destranquei a gaveta, e peguei aquela velha pistola que jurei nunca mais ver. Coloquei-a contra a minha boca e atirei…

Há momentos em que a solidão irá te trair e a tristeza tentará te assassinar então clamaremos por socorro e ninguém poderá escutar nossas preces pois a única solução será matar as dores que assombram o seu coração para que nos tornemos estrelas mortas que continuam a brilhar no vazio da escuridão.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Diálogo entre um Psicólogo Niilista e um Depressivo Existencialista

- Você poderia me explicar o por quê da consulta? Perguntou o nobre Psicólogo arrumando os óculos; Com a cabeça baixa e o cabelo cobrindo seu rosto Adam responde – Existe algo em mim que eu não sei explicar, e esse algo fere a todos que se aproximam de mim (…) – E o que seria esse algo Adam? Perguntou.

É Como um peso que tira de mim a vontade de viver, que dilacera toda esperança que havia em mim, um peso tão pesado que há dias do qual eu simplesmente não quero e não consigo sair da cama. E esse peso se transforma em uma dor gritante que ecoa no vazio do meu coração mostrando para mim que meu nascimento foi um erro, e tudo que eu sou é decepção (…) Adam olha com os olhos cheios de lágrimas para o psicólogo, e desvia o olhar.

- E Para que viver? Respondeu o psicólogo de forma fria, ajeitando seus óculos finos.

Adam sem saber o que responder, apenas disse aquilo que havia preso em seu coração; - Para que viver? Porque todos vivem, amam, festejam, abraçam e sorriem enquanto eu sofro e choro em um quarto escuro escutando todos a minha volta dizer que eu sou um fracasso! Queria eu sair desse quarto e realizar algum sonho, escrever, publicar, e alcançar alguma coisa! Para que viver? A vida é bela e cruel mas não foi feita para mim, eu só queria viver e conquistar alguma coisa!

- A Vida não foi feita para nenhum de nós, tudo que existe ou já existiu nesse planeta nada mais é do que o reflexo do tempo repelido nesta vastidão cósmica que conosco nada se importa, somos apenas macacos… macacos vivendo em sociedade com outros macacos buscando desesperadamente um motivo para viver! Então eu te pergunto novamente adam.

Para que viver?

Adam espantado com o discurso do psicólogo, não compreendia a situação afinal tudo que ele queria era ajuda para sua depressão. E ao tirar o cabelo da cara e respirar fundo Adam responde

Por que você vive?

Eu não vivo, eu só existo (…) Existo para mim e amo a mim mesmo, todos os dias durmo e acordo comigo, e no auge do meu egoísmo Niilista eu ajudo aqueles que ainda não entenderam para que serve a vida. Respondeu o psicólogo ajeitando seus óculos

Então para que serve a vida!!! gritou Adam

- Para nada… só para existir.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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