Frases sobre esquecimento

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da esquecimento, vida, vida, homem.

Frases sobre esquecimento

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“A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade.

Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta.
Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas de mais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio 'O tempo cura todas as feridas' é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.
Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás.
Por último, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram.”

The Name of the Wind

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“(…) não existe, talvez, nada mais assustador e mais sinistro em toda a pré-história do homem que a sua técnica para se lembrar das coisas.” Alguma coisa é impressa, para que permaneça na memória: apenas o que dói incessantemente é recordado” – este é uma proposição central da mais antiga (e, infelizmente, também a mais duradoura) filosofia na Terra. Uma pessoa pode até sentir-se tentada a dizer que algo deste horror – através da qual em tempos se fizeram promessas por toda a Terra e foram dadas garantias e empenhamentos -, algo disto ainda sobrevive sempre que a solenidade, seriedade, secretismo e cores sombrias se encontram na vida dos homens e das nações: o passado, o passado mais longo, mais profundo e mais desagradável, respira sobre nós e brota em nós sempre que nos tornamos “sérios”. As coisas nunca avançaram sem sangue, tortura e vítimas, quando o homem achou necessário forjar uma memória de si próprio. Os sacrifícios e as oferendas mais horrendos (…), as mutilações mais repulsivas (…), os rituais mais cruéis de todos os cultos religiosos ( e todas as religiões são, nas suas fundações mais profundas, sistemas de crueldade) - todas estas coisas tem origem naquele instinto que adivinhou que a mais poderosa ajuda da memória era a dor.
Num certo sentido, todo o ascetismo faz parte disto: algumas ideias tem de tornar-se inextinguíveis, omnipresentes, inesquecíveis, “fixas” – com o objectivo de hipnotizar todo o sistema nervoso e intelecto através destas “ideias fixas” – e os procedimentos e formas de vida ascéticos são o meio de libertar essas ideias da competição com todas as outras ideias, para torna-las “inesquecíveis”. Quanto maior era a memoria da humanidade, mais assustadores parecem ser os seus costumes; a dureza dos códigos de punição, em particular, dá uma medida da quantidade de esforço que é necessária para triunfar sobre o esquecimento e tornar estes escravos efémeros da emoção e do desejo atentos a alguns requisitos primitivos de coabitação social. (…) Para dominar (…) recorreram a meios assustadores (…) de apedrejamento, (…), a empalação na estaca, a dilaceração ou o espezinhamento por cavalos, (…), queimar o criminoso em azeite (…), a prática popular de esfolamento, (…) cobrir o criminoso de mel e deixá-lo às moscas num sol abrasador. Com a ajuda deste tipo de imagens e procedimentos, a pessoa acaba por memorizar cinco ou seis “Não farei”, fazendo assim a promessa em troca das vantagens oferecidas pela sociedade. E de facto! com a ajuda deste tipo de memória, a pessoa acaba por “ver a razão”! Ah, razão, seriedade, domínio das emoções, todo o caso sombrio que dá pelo nome de pensamento, todos esses privilégios e exemplos do homem: que preço elevado que foi pago por eles! Quanto sangue e horror está no fundo de todas as “coisas boas”!”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

On the Genealogy of Morals

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“A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento.”

Milan Kundera (1929–2023)

Milan Kundera citado em "Ponche verde" - página 47, Janer Cristaldo - Nórdica, 1986, ISBN 8570070764, 9788570070760 - 279 páginas
Atribuídas

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“Não poderia haver felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento.”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

Segunda dissertação - § 01 https://books.google.com.br/books?id=TVi29FH1Ou8C&pg=PT27&dq=Genealogia+da+moral+%22Segunda+disserta%C3%A7%C3%A3o%22&hl=pt-BR&sa=X&ei=Fi81VZHbNPCQsQTf5oGICQ&ved=0CCoQ6AEwAA#v=snippet&q=Genealogia%20da%20moral%20%22n%C3%A3o%20poderia%20haver%20felicidade%2C%20jovialidade%2C%20esperan%C3%A7a%2C%20orgulho%2C%20presente%2C%20sem%20o%20esquecimento%22&f=false
Genealogia da Moral

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“A poesia é o esquecimento da alma no objecto da sua contemplação; a crítica é o esquecimento da alma na poesia.”

Francesco de Sanctis (1817–1883)

Variante: A poesia é o esquecimento da alma no objeto da sua contemplação; a crítica é o esquecimento da alma na poesia.

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“O kitsch é a estação intermediária entre o ser e o esquecimento.”

A insustentável Leveza do Ser
A Insustentável Leveza do Ser

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“Cada um tem a sua vaidade, e a vaidade de cada um é o seu esquecimento de que há outros com alma igual.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

"Autobiografia sem Factos". (Assírio & Alvim, Lisboa, 2006, p. 88)
Autobiografia sem Factos

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“Loucos sempre existiram e existirão: como tal sou qualificado pelos adversários… Felizmente já estou velho e não tardará que encontre no túmulo o esquecimento dos vivos…”

Cezar Zama (1837–1906)

Mensario do "Jornal do commercio" (artigos de collaboração) - Página 620; 1945

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“Só quando tivermos aprendido a amar o esquecimento aprenderemos a arte de viver.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa
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“As Coisas

A bengala, as moedas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a desvanecida
Violeta, monumento de uma tarde
Sem dúvida inesquecível e já esquecida,
O rubro espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas, taças, cravos,
Servem-nos, como tácitos escravos,
Cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão para além de nosso esquecimento;
Nunca saberão que partimos em um momento.”

Jorge Luis Borges (1899–1986) escritor argentino

Elogio de la sombra
Variante: As coisas

A bengala, as modeas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a desvanecida
Violeta, monumento de uma tarde
Sem dúvida inesquecível e já esquecida,
O rubo espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas, taças, cravos,
Servem-nos, como tácitos escravos, cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão para além de nosso esquecimento
Nunca saberão que partimos em um momento.

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“Toda a dor prolongada insulta o seu esquecimento.”

Não Te Deixarei Morrer, David Crockett

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“A ausência de planejamento, o improviso e a prioridade dada ao marketing têm condenado os desafios do Brasil real ao esquecimento.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves artigo do senador publicado dia 9 de setembro de 2013.
Fonte Folha de S.Paulo http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2013/09/1338956-agronegocio.shtml

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“A morte é sempre a morte, isto é, o esquecimento, isto é, a ausência de vida e, por conseguinte, de dor.”

O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas; tradução de André Telles e Rodrigo Lacerda, Rio de Janeiro: Zahar, 2012, p. 1651 https://books.google.com.br/books?id=qQIkL_ZzrBcC&pg=PA1651.
Fala do personagem Morrel.
O Conde de Monte Cristo (1844)

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