Frases sobre chama

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da chama, vida, vida, ser.

Frases sobre chama

Enéas Carneiro photo
Gerson De Rodrigues photo

“Poema - F32.3

O sangue que escorre das suas vísceras
é a morte de todas as suas convicções?

Ou os devaneios sinceros
de um suicídio inevitável?

Não tentem me salvar!
se afastem de mim
deixem que eu apodreça na minha própria miséria

Se me ouvirem gritar
tampem os seus ouvidos!

Escondam-se em suas igrejas
reúnam-se em coletivos
amem uns aos outros

Mas eu imploro de joelhos!

Deixem que eu me enforque
em meu quarto sozinho

Quero sentir a agonia do suicídio
curando cada ferida que existe em meu peito

Como ousam!?
como ousam me chamar de louco?
ou zombar das minhas dores

Nas poéticas maravilhas
deste assombroso universo
ansiedades e vertigens
me torturam a cada segundo

Enquanto o resto de vocês
reúnem-se
cantam e dançam!

Alguma vez já sentiram ódio
por suas próprias vidas?

Não me venham com as suas conclusões!
não me digam que existe uma cura
ou que eu devo fazer isso ou aquilo

Somente a solidão
pode compreender a minha dor

No meu quarto recluso
eu sou judas a cuspir heresias

Querem me impedir de matar os seus filhos
com poesias escritas em sangue?

Então joguem o meu corpo aos cães
ou me coloquem em camisas de força

A minha alma é uma estrela em chamas
que brilha mesmo quando o fogo já se apagou

Eu sou o filho bastardo
de um futuro que nunca aconteceu

Nunca fiz parte deste mundo
não pertenço a esse teatro de mentiras
no qual riem os Deuses
e choram os homens

Estas mascaras que colocam
todos os dias

O amor que sentem
uns pelos outros

As armas que usam para
matar aqueles que odeiam

Os Deuses! Sim os Deuses!
pelos quais curvam seus joelhos imundos

A ajuda que me oferecem
a religião que me cospem na cara

Os remédios que tomam
e dizem que eu devo tomar

Até mesmo o ar que respiram
ou mundo pelo qual caminham com seus
pés sujos de sangue

Este teatro de almas vazias
que chamam vulgarmente de mundo

É um lugar do qual eu nunca pertenci!
tampouco desejo pertencer

Quando encontrarem o meu corpo
dependurado com vermes a se alimentarem
dos meus despojos podres

Não chorem…
pois se enxergas apenas um homem morto
continuas cego diante da verdadeira tragédia!

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Poema Depressão Niilismo

“Prossiga para o alvo


…prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. v.14


Um dos meus programas favoritos de TV chama-se The Amazing Race. Neste reality show, dez casais são enviados para um país estrangeiro onde eles devem se mover: correndo, usando trens, ônibus, táxis ou bicicletas, de um ponto a outro para obter as instruções para o próximo desafio. O objetivo é alcançar primeiro um designado ponto de chegada e o prêmio é um milhão de dólares para o casal vencedor.

O apóstolo Paulo comparou a vida cristã a uma corrida e admitiu que ele ainda não tinha alcançado a linha de chegada. “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (vv.13,14). Paulo não olhou para trás nem permitiu que os seus fracassos passados o subjugassem com culpa, muito menos que os sucessos daquele momento o tornassem complacente. Ele esforçou-se com o objetivo de tornar-se cada vez mais semelhante a Jesus.

Estamos nesta mesma corrida. Apesar de nossas falhas ou sucessos passados, vamos continuar prosseguindo em direção ao objetivo final de se tornar mais semelhante a Jesus. Não estamos competindo por um prêmio terreno, mas pela recompensa final de desfrutar da presença dele para sempre.

Nunca desista de buscar a presença de Jesus. Marvin Williams”

Charlie Chaplin photo

“Existe um lugar onde ninguém pode tirar você de mim/Esse lugar se chama pensamento e nele você me pertence.”

Charlie Chaplin (1889–1977) Comediante, ator e cineasta britânico

Disco Voador/Patrão do Pagode
Atribuição incorreta

“Um pequeno incêndio


Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! v.5


Foi numa noite em que a maioria das pessoas estava dormindo, que começou um pequeno incêndio numa padaria. As chamas se espalharam de casa em casa e Londres foi engolida pelo Grande Incêndio de 1666. Mais de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas pelo incêndio que destruiu quatro quintos da cidade. Tanta destruição originada por um pequeno incêndio!

A Bíblia nos adverte sobre outro fogo pequeno, mas destrutivo. Tiago se preocupava com vidas e relacionamentos, e não edifícios, quando escreveu: “Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva!” (v.5).

Mas nossas palavras também podem ser construtivas. Provérbios 16:24 nos lembra, “Palavras agradáveis são como favo de mel: doces para a alma e medicina para o corpo.” O apóstolo Paulo diz: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Cl 4:6). Como sal dá sabor ao alimento, a graça dá sabor às nossas palavras para a edificação de outros.

Com a ajuda do Espírito Santo, nossas palavras podem incentivar os que estão sofrendo, que querem crescer na fé, ou que precisam vir para o Salvador. Nossas palavras podem apagar incêndios em vez de iniciá-los.

Como serão as nossas palavras hoje? Bill Crowder”

“Os erros cometidos


Então, eu lhes disse: quem tem ouro, tire-o. Deram-mo; e eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro. v.24


Ao discutir sobre a atividade ilegal que envolvia a sua empresa, um CEO disse: “Os erros foram cometidos”. Ele parecia arrependido, no entanto, não assumia a culpa e não admitia que tivesse, pessoalmente, feito nada de errado.

Alguns “erros” são apenas erros: dirigir na direção contrária, esquecer-se de definir a hora no temporizador e queimar o jantar, calcular o seu saldo na conta bancária. Mas há os atos deliberados que vão muito além e que Deus os chama de pecado. Quando Deus questionou Adão e Eva sobre o porquê de eles o terem desobedecido, o casal rapidamente tentou transferir a culpa entre si (Gênesis 3:8-13). Arão não se responsabilizou quando o povo construiu um bezerro de ouro para adorar no deserto. Ele explicou a Moisés: “Deram-mo; e eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro“ (v.24).

Ele poderia muito bem ter murmurado: “Os erros foram cometidos.”

Às vezes, nos parece mais fácil culpar alguém, em vez de admitir nossas próprias falhas. Igualmente perigoso é tentar minimizar o nosso pecado, chamando-o de “apenas um erro” em vez de reconhecer a sua verdadeira natureza.

Mas quando assumimos a responsabilidade, reconhecendo e confessando o nosso pecado, Aquele que “…é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça“ o fará (1 JOÃO 1:9).

Admitir que precisamos do perdão de Deus 
é o primeiro passo para recebê-lo. Cindy Hess Kasper”

“Tempo juntos


Agrada-se o Senhor dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia. v.11


Quando voltávamos do casamento de um membro da família, minha mãe me perguntou pela terceira vez o que era novo no meu trabalho. Repeti alguns detalhes como se estivesse lhe contando pela primeira vez, enquanto me perguntava o que poderia tornar minhas palavras mais lembradas. Minha mãe tem a doença de Alzheimer, a qual destrói progressivamente a memória, e afeta negativamente o comportamento e, eventualmente, leva à perda de fala e outras habilidades.

Sofro, mas estou grata por ela ainda estar aqui e podermos passar tempo juntas, e conversar. Emociono-me sempre que vou vê-la, ela se ilumina de alegria e exclama: “Alyson, que surpresa agradável!” Nós gostamos da companhia uma da outra; e mesmo nos silêncios quando as palavras lhe escapam, temos comunhão.

Talvez esta seja uma pequena demonstração sobre o nosso relacionamento com Deus. As Escrituras nos dizem: “Agrada-se o Senhor dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia” (v.11). Deus chama de filhos aos que creem em Jesus como Salvador (João 1:12). E embora possamos fazer as mesmas solicitações uma e outra vez ou nos faltem palavras, o Senhor é paciente conosco, porque temos um relacionamento pessoal com Ele. O Senhor sente-se feliz quando oramos a Ele — mesmo quando as palavras nos escapam.

Deus se deleita em nos ouvir! Alyson Kieda”

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Gerson De Rodrigues photo

“Poema - Os Pássaros na minha janela

Em meu peito vive uma angustia
que transborda pelos meus olhos

Respiro ofegante
sentindo um aperto em meu coração

O desespero toma conta do meu corpo
com as mãos tremendo
entro no banheiro aos prantos

Sem pensar nas consequências
eu me enforco no chuveiro

O meu corpo se debate em agonia
as minhas mãos tremulas tentam
se agarrar nos azulejos

O chuveiro estoura
sou arremessado ao chão de joelhos
e as minhas lágrimas fundem-se com a água

Chorando sem saber o que fazer
eu deito na cama abraçado a solidão

Passaram-se três dias
e eu ainda não me levantei

Vejo o meu corpo
definhar-se com a fome
os meus ossos secarem com a tristeza

As baratas no meu quarto
são as únicas testemunhas
do meu fim decadente

Lá fora há um pássaro
que canta em harmonia
eu poderia morrer agora
e seus sussurros me fariam sorrir

Com o corpo fraco
sentindo todo o peso do mundo
nas minhas costas

Em passos leves
eu tento caminhar até a janela

Ao abri-la
me deparo com um mundo
sombrio e repleto de dor

Sou arremessado de joelhos
nas chamas escaldantes
do meu próprio inferno

Caminhando descalço
em meio as chamas

Eu me vejo enforcado
gritando o meu próprio nome

Cristo se arrasta
ao meu lado de joelhos
enquanto a minha alma chicoteia
as suas costas
só para vê-lo sangrar

Ao fundo
eu vejo a morte
dilacerando almas confusas
com um sorriso em seu rosto

Um diabo terrível
se esgueira sobre os meus pés

E em seus olhos
eu vejo a figura de um homem triste

Deitado na cama
definhando-se com a fome
enquanto as suas angustias
corroem os seus sonhos
e o mata aos poucos

Aquela criatura decadente
definhando-se em seu próprio abismo
era tudo que eu fui
e tudo que eu sou

Aqueles eram os meus sentimentos
minhas dores
e minhas angustias

Os ratos se alimentavam
dos meus restos podres
e as baratas faziam ninhos nas minhas entranhas

Tal como cristo que sorriu
pela ultima vez
quando foi abandonado pelo seu próprio pai

Ou como as estrelas órfãs
a vagar na escuridão

Somente morto eu poderia sorrir
para os pássaros na minha janela…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Morte Niilismo Nietzsche Suicídio Vida

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Gerson De Rodrigues photo

“Poema - Isaías 14:12

Se o suicídio de um homem
os assusta
jamais olhe em seus olhos!

Neles existem dores
que jamais conseguiriam compreender;

Já não me importam as estrelas
ou os devaneios longínquos
sinto-me como se estivesse morto

Apático como a navalha
que transformou os meus pulsos
em rios de sangue e miséria

Não restou-me nada
do homem que eu fui
para o verme que eu sou hoje

Logo eu
que sempre lutei por liberdade
tornei-me o escravo do meu próprio abismo

A criança maldita
que só trouxe
miséria aos seus pais

O homem maldito
que traz em seus olhos
a luz da estrela da manhã
refletida em suas lágrimas.

Em mim vivem
monstros terríveis
adormecidos como criaturas do inferno

Todas as noites os acordo
para dançarmos com o Diabo;

Não deveria eu
lançar-me em meio
as chamas do inferno

Com uma corda em meu pescoço
gritando como um louco

- Crucifiquem-me
pois sou Judas!
trai a mim mesmo!

Não consigo pedir ajuda
aos homens
pois sou dono de uma timidez cruel

Não posso pedir ajuda
aos Deuses
pois vendi minha alma ao diabo

Sozinho em meu próprio abismo
solitário em meu próprio inferno
um Deus que perdeu sua própria fé

O amor não pode salvar um homem
que sobre o seu próprio túmulo
rogou bênçãos e sacrilégios;

- Não estão escutando estas
lindas canções?

- Como podem chorar
ao escutar estas belas sinfonias?

Não chorem
pelos meus pulsos dilacerados

Ou pelo homem enforcado
naquele quarto escuro

- Não veem que agora
estou sorrindo?

Um arcanjo de asas negras
sepultou a minha alma
sob a luz da estrela da manhã…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Nosso Coração - Seu Lar

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu irei a ele. - Apocalipse 3:20

Em uma conversa com um menino de 9 anos, um trabalhador da juventude contava a história de Adão e Eva e como o pecado entrou no mundo. Ele disse ao menino que Jesus morreu para pagar a penalidade por seus pecados e que, se pedisse em seu coração, Ele entraria. Naquela noite, o menino convidou Jesus para salvá-lo.

Alguns dias depois, o jovem disse à esposa do jovem trabalhador: "Não preciso mais falar com Deus a longa distância". "Por que não?", Perguntou ela. Apontando para seu coração, ele respondeu: "Porque Ele está a apenas 10 polegadas de distância."

Surpreendente! Cristo, por quem todas as coisas foram criadas (Colossenses 1:16), vem a viver no coração de um pecador para que ele ou ela sinta um relacionamento íntimo com Deus. Esse é o milagre do novo nascimento.

Essa proximidade, no entanto, pode ser perdida se nos tornarmos mornos em nosso amor por Jesus. É por isso que Ele retrata a si mesmo como estando do lado de fora do nosso coração esperando para ser convidado para que esse senso de intimidade possa ser renovado (Apocalipse 3:20). A desobediência pode romper essa íntima comunhão, mas ela pode ser restaurada pelo arrependimento, abrindo-se de novo a porta do nosso coração para Ele e permitindo que Ele assuma o controle total mais uma vez. Jesus quer que tenhamos a garantia permanente de que Ele está ainda mais perto do que a 10 polegadas de distância.

Quão triste quando chamas de amor queimam
em corações que, uma vez que o seu calor sabia!
Mas Cristo livremente concederá graça
E fará com que aquele amor brilhe novamente. —DJD

Para renovar seu amor por Cristo, revise o amor de Cristo por você. Dennis J. DeHaan”

“Disposto a saltar

Quem perde a vida por minha causa salvá-lo-á. - Escritura de hoje : Lucas 9: 18-26

O revolucionário russo Vladimir Ilyich Lenin falou dos comunistas como "homens mortos em licença". Aqueles dedicados seguidores da filosofia ateísta estavam dispostos a morrer pela causa, e cada novo dia era simplesmente um alívio.

Se as pessoas estavam dispostas a arriscar tudo por uma causa baseada em uma mentira, quanto mais nós, que conhecemos a Cristo, estaríamos dispostos a fazê-lo pela verdade! Jesus disse àqueles que queriam ser Seus discípulos que eles tinham que estar dispostos a segui-Lo até a morte. Era para ser um compromisso de toda a sua vida, não importa o custo.

Em seu livro One Crowded Hour, Tim Bowden descreve um incidente em Bornéu em 1964. Os lutadores nepaleses conhecidos como Gurkhas foram perguntados se estariam dispostos a pular de aviões em combate contra os indonésios. Os Gurkhas não entenderam claramente o que estava envolvido, mas eles disseram bravamente que fariam isso, pedindo apenas que o avião voasse lentamente sobre uma área pantanosa e não mais de 100 pés. Quando lhes foi dito que os pára-quedas não teriam tempo para abrir a essa altura, os gurkhas responderam: "Oh, você não mencionou pára-quedas antes!"

Jesus nos chama para segui-lo com um tipo semelhante de compromisso e coragem, dispostos a arriscar tudo por amor a ele.

Refletir e Orar
Indiferente! Mestre, quem conhecerá a ti
as tuas ranchas, que porás as tuas próprias?
Não! Nós ofereceríamos os corações que nós Te devemos,
Viva pelo Teu amor e Tua glória somente. —Havergal

Podemos não caminhar para a estaca do mártir, mas devemos caminhar nos passos do Mestre. Haddon W. Robinson”

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“Raciocinai assim com a vida: Se te perco, perco uma coisa que somente os loucos querem conservar. Não passas de um sopro, exposto a todas as influências do ar e que, hora após hora, deterioram esta habitação em que moras. És meramente o joquete da morte, pois procuras sempre evitá-la pela fuga e, apesar disto, corres sempre em direção a ela. Não és nobre, porque todas as voluptuosidades, que são teu patrimônio, são acalentadas pelas baixezas. Estás longe de ser valente, pois temes o aguilhão terno e brando de um verme. O que tens de melhor em ti é o sono e que tantas vezes provocas; entretanto, temes grosseiramente a morte que não passa de um sono. Tu não és tu mesmo, pois tua existência é o resultado de milhares de grãos que saem do pó. Não és feliz, porque o que tu não tens, tu te esforças para adquirir e o que possuis, tu esqueces. Não és constante, pois tua natureza, segundo as fases da Lua, sofre estranhas alterações. Se és rico, és pobre; pois, semelhante a um asno cujo lombo está vergado ao peso de lingotes, só carregas as tuas riquezas um único dia e a morte te livra delas. Não tens amigos, pois o fruto de tuas próprias entranhas que te chama de ''pai'', o mais puro de teu sangue saído de teus próprios rins, maldiz a gota, a lepra e o catarro, que não te acabam bem depressa. Não tens juventude nem velhice, e, por assim dizer, não passas de um sesta depois do jantar que sonha um pouco com as duas idades; pois toda tua feliz juventude é passada fazendo-se velha e solicitando esmolas da paralítica velhice. Quando, no fim, fores velho e rico, já não terás calor, sentimento, força, nem beleza, para tornares agradáveis tuas riquezas. Que te sobra ainda nisto que traz o nome de Vida? O outras mil formas de morte ainda estão ocultas nesta vida e, contudo tememos a morte que nivela todas estas misérias.”

Measure for Measure
Variante: Raciocinai assim com a vida: Se te perco, perco uma coisa que somente os loucos querem conservar. Não passas de um sopro, exposto a todas as influências do ar e que, hora após hora, deterioram esta habitação em que moras. És meramente o joquete da morte, pois procuras sempre evitá-la pela fuga e, apesar disto, corres sempre em direção a ela. Não és nobre, porque todas as voluptuosidades, que são teu patrimônio, são acalentadas pelas baixezas. Estás longe de ser valente, pois temes o aguilhão terno e brando de um verme. O que tens de melhor em ti é o sono e que tantas vezes provocas; entretanto, temes grosseiramente a morte que não passa de um sono. Tu não és tu mesmo, pois tua existência é o resultado de milhares de grãos que saem do pó. Não és feliz, porque o que tu não tens, tu te esforças para adquirir e o que possuis, tu esqueces. Não és constante, pois tua natureza, segundo as fases da Lua, sofre estranhas alterações. Se és rico, és pobre; pois, semelhante a um asno cujo lombo está vergado ao peso de lingotes, só carregas as tuas riquezas um único dia e a morte te livra delas. Não tens amigos, pois o fruto de tuas próprias entranhas que te chama de ''pai'', o mais puro de teu sangue saído de teus próprios rins, maldiz a gota, a lepra e o catarro, que não te acabam bem depressa. Não tens juventude nem velhice, e, por assim dizer, não passas de um sesta depois do jantar que sonha um pouco com as duas idades; pois toda tua feliz juventude é passada fazendo-se velha e solicitando esmolas da paralítica velhice. Quando, no fim, fores velho e rico, já não terás calor, sentimento, força, nem beleza, para tornares agradáveis tuas riquezas. Que te sobra ainda nisto que traz o nome de Vida? Outras mil formas de morte ainda estão ocultas nesta vida e, contudo tememos a morte que nivela todas estas misérias.

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Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“Deixe seu filho caminhar por onde sua estrela o chama.”

Miguel de Cervantes (1547–1616)

deje caminar á su hijo por donde su estrella le llama
El ingenioso hildalgo don Quijote de la Mancha - Volume 2 - Página 74 https://books.google.com.br/books?id=ZnYZAAAAYAAJ&pg=PA74, Miguel de Cervantes Saavedra, ‎Joaquin Maria Ferrer - Imprenta de Julio Didot Mayor, 1832

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“A própria moda e os países determinam aquilo a que se chama beleza.”

La mode même et les pays règlent souvent ce que l'on appelle beauté.
Pensées, fragments et lettres de Blaise pascal, publiés pour la première fois conformément aux manuscrits, Volume 1 - Página 109 http://books.google.com.br/books?id=P1hJAAAAMAAJ&pg=RA1-PA109, Blaise Pascal, Armand Prosper Faugère - Andrieux, 1814

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“O homem fraco teme a morte, o desgraçado a chama; o valente a procura. Só o sensato a espera.”

Benjamin Franklin (1706–1790) político e fundador dos EUA

Variante: O homem fraco teme a morte, o desgraçado chama-a; o valente procura-a. Só o sensato a espera.

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“(…) esse monstro enorme a que se chama público, e que tem tantos ouvidos e tantas línguas, mas ao qual faltam os olhos.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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“Soneto de separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.”

Vinícius de Moraes (1913–1980) cantor, poeta, compositor e diplomata brasileiro

Variante: De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

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“Poema - O Equinócio part 2

Não sou um homem de virtudes
Tampouco acredito que desta vida
Levarei alguma honraria

Morrerei tal como tenho vivido
Um Diabo a dançar nas labaredas
Do meu próprio inferno

Estou hoje convencido de todas as minhas incertezas
Lúcido como um homem que perdeu a razão

Nunca obtive sucesso na vida
Destas falhas que colecionei por este longo caminho
Transformei o meu ninho de desprezo e decepções
Em um paraíso de Tolos e Suicidas

Se a criança que eu fui um dia
Soubesse o monstro que eu me tornei

Arrancaria suas próprias tripas com as mãos
E se enforcaria até que não sobrasse um único suspiro;

E há tantos caminhos que eu poderia ter percorrido
Mas quais destes caminhos me levariam ao céu?
Se a alma que um dia eu tive
A vendi só pelo prazer de vê-la queimar!

Aonde se perdeu aquela inocente criança?
Que dizia com lágrimas em seus olhos

‘"Subirei aos céus e erguerei o meu trono
acima do cadáver de Deus
eu me assentarei no monte da assembleia
no ponto mais elevado e matarei todos os arcanjos

Subirei mais alto que as mais altas nuvens
serei como o Altíssimo espirito santo"

Mas fui condenado as profundezas de Sheol
E fui levado ao mais profundo abismo!

Eu que sempre sonhei em ser o filho da alvorada!
Sou hoje a escuridão no coração dos loucos e dos suicidas (…)

‘’ Na ala psiquiátrica a insanidade e a razão
Tiveram um filho e o chamaram de Deus

Hoje devo chama-lo de pai
Porque estas são as chamas da minha loucura’’

O mundo é feito para as almas que desejam viver
Não para os suicidas que mutilam seu próprio corpo
Com a esperança de que algum dia fecharão os seus olhos
E a morte beijará os seus lábios

Tenho sonhado todas as noites com uma nova vida
Um novo rumo, até mesmo um novo nome

Filosofei com sofistas e poetas gregos
Sobre a origem e o renascimento do universo

Dialoguei com cristo sobre o seu sacrifício
E invejei seu amor pelos homens

Nesta longa jornada descobri que sou só uma criança
Com medo do escuro e sonhos que nunca vão se realizar

Serei sempre esta alma vazia
Sentada no lado escuro da Lua

Admirando a luz das estrelas
Que há muito tempo já se apagou…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Lúcifer fernando pessoa poesias maldições
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“Os bons terminam felizes; os maus, infelizes. Isso é o que se chama ficção.”

The good ended happily, and the bad unhappily. That is what Fiction means.
The Importance of Being Earnest - Página 58 https://books.google.com.br/books?id=4HIWAAAAYAAJ&pg=PA58, Oscar Wilde - Leonard Smithers and Company, 1899 - 151 páginas

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“Eu não forneço nenhuma regra para que uma pessoa se torne poeta e escreva versos. E, em geral, tais regras não existem. Chama-se poeta justamente o homem que cria estas regras poéticas.”

Vladimir Mayakovsky (1893–1930)

citado em "O imaginário vigiado: a imprensa comunista e o realismo socialista no Brasil, 1947-53" - página 114, Dênis de Moraes, Editora J. Olympio, 1994, ISBN 8503005263, 9788503005265, 247 páginas
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“Nós não tivemos esse erro, ao contrário, usamos e abusamos da pimenta que nos veio da África, mas, por outro lado, temos como política imigratória, o não Ter política e, sim, um open door imprevidente e perigoso. No caminho que adotamos, podemos dar numa maionese perfeita, mas, como estes molhos, quando mal batidos - podemos desandar. O Brasil é sempre menos de portugueses e emigrantes e mais de indesejáveis entrantes - esquecendo que cada galego, por mais bruto e rude que seja, traz-nos cromossomos semelhantes aos navegadores, colonizadores e degredados - mantendo a nossa possibilidade de repetir um Nunálvares, um Mestre de Alviz, um Camões, um Herculano, um Egas Moniz, um Eça, um Antônio Nobre, um Fernando Pessoa. E não são eles mesmos que já repontaram aqui nos que escorraçaram o batavo e o francês e no gênio de José de Alencar, Machado de Assis, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade? Eu sei que não é possível princípios racistas no Brasil. Mas ao menos tenhamos uma imigração onde se procure manter a boa unidade do galinheiro. Não falo em unidade racial, Deus me livre! Peço é unidade cultural. Impossível é continuar nessa tentativa absurda de cruzar galinha com papagaio e pato com pomba-rola. Isso que se vê por aí não é democracia nem falta de preconceito, não, meus quindins. Isso não dá ovo e chama-se burrice. Mantenhamo-nos um pouco caboclos (orgulhosamente), bastante mulatos (gloriosamente), mas, principalmente, sejamos lusitanos. Vinde a nós portugas, galegos, mondrongos - mesmo se fordes da mesma massa de degredados que chegaram com os primeiros povoadores. O que esses tão degredados eram, não tinha nada demais. Ladrões? Assassinos? Nada disto. Criminosos sexuais, simpáticos bandalhos. Baste ler as Ordenanças e verificar a maioria dos motivos de degredo para o Brasil: comer mulher alheia, deflorar, estuprar, ser corno complacente e mais, e mais, e mais ainda - entretanto, nada de se temer. Fazer lembrar as delinqüências brejeiras de que um juiz mineiro que conheci, dizia, com inveja e depois de julgar -serem, exatamente, as que ele, juiz, tinha vontade de perpetrar.”

Baú de Ossos

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“Nos olhos do jovem arde a chama, nos olhos do velho brilha a luz.”

Victor Hugo (1802–1885) poeta, romancista e dramaturgo francês

Variante: Nos olhos do jovem arde a chama. Nos do velho brilha a luz.

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“Nos escritórios não existem amigos; existem sujeitos que a gente vê todos os dias, que se enfurecem juntos ou separados, fazem piadas e se divertem com elas, que trocam suas queixas e se transmitem seus rancores, que reclamam da Diretoria em geral e adulam cada diretor em particular. Isto se chama convivência, mas só por miragem a convivência pode chegar a parecer-se com a amizade. Em tantos anos de escritórios, confesso que Avellaneda é meu primeiro afeto verdadeiro. O resto traz a desvantagem da relação não escolhida, do vínculo imposto pelas circunstâncias. O que eu tenho em comum com Muñoz, com Méndez, com Robledo? No entanto, às vezes rimos juntos, tomamos um trago, tratamo-nos com simpatia. No fundo, cada um é um desconhecido para os outros, porque neste tipo de relação superficial fala-se de muitas coisas, mas nunca das vitais, nunca das verdadeiramente importantes e decisivas. Creio que o trabalho é que impede outro tipo de confiança: o trabalho, essa espécie de constante martelar, ou de morfina, ou de gás tóxico. Algumas vezes, um deles (Muñoz, especialmente) se aproximou de mim para iniciar uma conversa realmente comunicativa. Começou a falar, começou a delinear com franqueza seu auto-retrato, começou a sintetizar os termos do seu drama, desse módico, estacionado, desconcertante drama que intoxica a vida de cada um, por mais homem médio que se sinta. Mas há sempre alguém chamando lá no balcão. Durante meia hora, ele tem de explicar a um cliente inadimplente a inconveniência e o castigo da mora, discute, grita um pouco, seguramente se sente envilecido. Quando volta à minha mesa, olha para mim e não diz nada. Faz o esforço muscular correspondente ao sorriso, mas suas comissuras se dobram para baixo. Então, pega uma planilha velha, amassa-a no punho, consciensiosamente, e depois a joga na cesta de papéis. É um simples substituitivo; o que não serve mais, o que ele atira na cesta do lixo, é a confidência. Sim, o trabalho amordaça a confiança.”

La tregua

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“Poema - 1 Reis 19:3-4

Sinfonias tristes
vagam pelo universo
como as lágrimas nos olhos
daqueles que sofrem em silencio

Acolhida pelas trevas
e renegada pelos deuses

Lilith havia sido amaldiçoada
com um abismo em seu coração

A sua vida
era como uma alegoria ao suicídio

Enforcava-se na escuridão
todas as vezes
que não conseguia encontrar
a luz das estrelas

Sentindo-se
sozinha em um mundo
do qual não escolheu viver

Trancafiada nos cárceres privados
da sua própria mente
era assombrada pelos mais terríveis demônios

As paredes do seu quarto
jorravam o sangue
das suas tentativas de suicídio

Embora as suas lágrimas
clamassem pela salvação
daquele terrível abismo

A sua essência
banhava-se na escuridão

Em seus olhos habitavam
o desejo de dilacerar os seus punhos
enquanto afogava-se em uma banheira
repleta de sangue e lágrimas

Mas em seu coração
haviam as chamas negras de uma fênix
que renascia a cada segundo

Então ela se enforcava
em seus sonhos sublimes

Deitava-se na cama
com os olhos fechados
imaginando-se dependurada
enquanto matava as suas dores

E ao abrir os olhos
repletos de lágrimas
havia renascido mais uma vez

As feridas em seu peito
espalhavam-se como um câncer

Gritos ensurdecedores emanavam
das janelas daquele quarto hostil

– Já tive o bastante, Senhor!
matem-me sem nenhum perdão!
pois não estão matando uma alma inocente
apenas crucificando as suas dores

Mas quem poderia escutá-la?
quem poderia salvá-la?

Não se pode salvar uma alma
que sorri para o abismo
e se banha em seu próprio sangue

Gritando aos deuses
ela sorriu pela ultima vez
enquanto as suas angustias
tornavam-se sinfonias tristes

A vagar pelo universo
como as lágrimas nos olhos
daqueles que sofrem em silencio…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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