Citações de verdade
página 7

Renato Russo photo
Mário Quintana photo

“Mentira?
A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.”

Mário Quintana (1906–1994) Escritor brasileiro

(In: Poema para a Infância) p. 938 [2]
Frases e Poemas
Variante: A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer.

Henri Poincaré photo
Ludwig Börne photo
Mahátma Gándhí photo

“Na verdade há tantas religiões como indivíduos.”

Mahátma Gándhí (1869–1948) líder político e religioso indiano

Variante: Na verdade, há tantas religiões quantos forem os indivíduos.

Vinícius de Moraes photo
Noam Chomsky photo
Dalai Lama photo
Winston Churchill photo
George Eliot photo
Antoine de Rivarol photo
Clarice Lispector photo
Gustave Le Bon photo
David Hume photo
Terencio photo
Eurípedes photo
Padre Antônio Vieira photo
Lucrecio photo
Galileu Galilei photo

“Duas verdades nunca se podem contradizer.”

Galileu Galilei (1564–1642) físico, matemático, astrônomo e filósofo florentino
Máximo Gorki photo
Pitágoras photo
Mahátma Gándhí photo
Vergílio Ferreira photo
Mark Twain photo
Sigmund Freud photo
João Ubaldo Ribeiro photo
Pepetela photo

“Quem, como ele, tinha sobrevivido ao próprio nascimento no lixo não se deixava expulsar tão facilmente do mundo. Era capaz de comer sopa aguada dias e dias, sobrevivia com o leite mais diluído, suportava os legumes e as carnes mais podres. Ao longo da infância, sobreviveu ao sarampo, disenteria, varicela, cólera, a uma queda de seis metros num poço e a queimadura no peito com água fervente. É verdade que trazia disso cicatrizes, arranhões, feridas e um pé meio aleijado que o fazia capengar, mas sobreviveu. Era duro como uma bactéria resistente e auto-suficiente como um carrapato colado numa árvore, que vive de uma gotinha de sangue sugada ano passado. Precisava de um mínimo de alimentação e vestimenta para o corpo. Para a alma, não precisava de nada. Calor humano, dedicação, delicadeza, amor — ou seja lá como se chamam todas as coisas que dizem que uma criança precisa — eram completamente dispensáveis para o menino Grenouille. Ou então, assim nos parece, ele as tinha tornado dispensáveis simplesmente para poder sobreviver. O grito depois do seu nascimento, o grito sob a mesa de limpar peixe, o grito com que ele se tinha feito notar e levado a mãe ao cadafalso, não fora um grito instintivo de compaixão e amor. Fora bem pesado, quase se poderia dizer um grito maduramente pensado e pesado, com que o recém-nascido se decidira contra o amor e, mesmo assim, a favor da vida. Nas circunstâncias, isto era possível sem aquilo, e, se a criança tivesse exigido ambos, então teria, sem dúvida, fenecido miseramente. Também teria podido, no entanto, escolher naquela ocasião a segunda possibilidade que lhe estava aberta, calando e legando o caminho do nascimento para a morte sem esse desvio pela vida, e assim teria poupado a si e ao mundo uma porção de desgraças. Mas, para se omitir tão humildemente, teria sido necessário um mínimo de gentileza inata, e isto Grenouille não possuía. Foi um monstro desde o começo. Ele se decidiu em favor da vida por pura teimosia e maldade.”

Perfume: The Story of a Murderer

Fernando Pessoa photo
Aldous Huxley photo
Milan Kundera photo

“Jean-Marc ergueu-se para ir buscar a garrafa de conhaque e dois copos. E, depois, de uma golada: - No fim da minha visita ao hospital, ele começou a contar recordações. Recordou-me aquilo que eu teria dito quando tinha dezasseis anos. Nesse momento compreendi o único sentido da amizade tal como hoje é praticada. A amizade é indispensável ao homem para o bom funcionamento da sua memória. Lembrar-se do passado, trazê-lo sempre consigo, é talvez a condição necessária para conservar, como se costuma dizer, a integridade do eu. Pare o eu não encolha, para que mantenha o seu volume, é preciso regar as recordações como as flores de uma vaso, e essa rega exige um contacto regular com testemunhas do passado, isto é, com amigos. Eles são o nosso espelho, a nossa memória; não se exige anda deles, apenas que de vez em quando puxem o lustro a esse espelho para que nos possamos mirar nele. Mas estou –me nas tintas para o que fazia no liceu! O que sempre desejei desde a primeira juventude, talvez desde a infância, foi algo completamente diferente: a amizade como um valor acima de todos os outros. Gostava de dizer: entre a verdade e o amigo, escolho sempre o amigo. Dizia-o por provocação, mas pensava-o a sério. Hoje sei que essa máxima era arcaica. Podia ser válida para Aquiles, o amigo de Pátroclo, para os mosqueteiros de Alexandre Dumas, até ao Sancho, que apesar dos desacordos era um verdadeiro amigo do seu amo. Mas já não o é para nós. Vou tão no meu pessimismo que hoje posso preferir a verdade à amizade.”

Identity

Fulton J. Sheen photo
Søren Kierkegaard photo
Virginia Woolf photo
David Foster Wallace photo
Allan Kardec photo

“É melhor repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.”

The Book on Mediums: Guide for Mediums and Invocators

Bram Stoker photo

“É de facto verdade que o conhecimento é mais cego do que a inocência”

Bram Stoker (1847–1912) escritor e contista irlandês, mais conhecido atualmente por seu romance gótico Drácula
Henry Louis Mencken photo
Francis Scott Fitzgerald photo
Søren Kierkegaard photo

“Quem alcançou neste mundo grandeza igual à dessa bendita mulher, a mãe de Deus, a virgem Maria? No entanto, como se fala dela? A sua grandeza não provém do fato de ter sido bendita entre as mulheres, e se uma estranha coincidência não levasse a assembléia a pensar com a mesma desumanidade do predicador, qualquer jovem devia, seguramente, perguntar: Por que não fui eu também bendita entre as mulheres? Se se não possuísse outra resposta, de forma alguma acharia ter de rejeitar esta pergunta, pretextando a sua falta de senso; porque, no abstrato, em presença de um favor, todos temos mesmos direitos. São esquecidos a tribulação, a angústia, o paradoxo. Meu pensamento é tão puro como o de qualquer outro; e ele purifica-se, exercendo-se sobre as coisas. E se não se enobrecer pode-se então esperar pelo espanto; porque se essas imagens foram alguma vez evocadas jamais poderão ser esquecidas. E se contra elasse peca, extraem da sua muda cólera uma terrível vingança, mais terrível do que os rugidos de dez ferozes críticos. Maria, indubitavelmente, deu à luz o filho graças a um milagre, mas no decorrer de tal acontecimento foi como todas as outras mulheres, e esse tempo é o da angústia, da tribulação e do paradoxo. O anjo foi, sem dúvida, um espírito caritativo, mas não foi complacente porque não foi dizer a todas as outras virgens de Israel: Não desprezeis Maria, porque lhe sucedeu o extraordinário. Apresentou-se perante ela só e ninguém a pôde compreender. No entanto, que outra mulher foi mais ofendida do que Maria? Pois não é também verdade que aquele a quem Deus abençoa é também amaldiçoado com o mesmo sopro do seu espírito? É desta forma que se torna necessário, espiritualmente, compreender Maria. Ela não é, de maneira alguma, uma formosa dama que brinca com um deus menino, e até me sinto revoltado ao dizer isto e muito mais ao pensar na afetação e ligeireza de tal concepção. Apesar disso, quando diz: sou a serva do Senhor, ela é grande e imagino que não deve ser difícil explicar por que razão se tornou mãe de Deus. Não precisa, absolutamente nada, da admiração do mundo, tal como Abraão não necessita de lágrimas, porque nem ela foi uma heroína, nem ele foi um herói. E não se tornaram grandes por terem escapado à tribulação, ao desespero e ao paradoxo, mas precisamente porque sofreram tudo isso. Há grandeza em ouvir dizer ao poeta, quando apresenta o seu herói trágico à admiração dos homens: chorai por ele; merece-o; porque é grandioso merecer as lágrimas dos que são dignos de as derramar; há grandeza em ver o poeta conter a multidão, corrigir os homens e analisá-los um por um para verificar se são dignos de chorar pelo herói, porque as lágrimas dos vulgares chorões profanam o sagrado. Contudo ainda é mais grandioso que o cavaleiro da fé possa dizer ao nobre caráter que quer chorar por ele: não chores por mim, chora antes por ti próprio.”

Søren Kierkegaard (1813–1855)
Emil Mihai Cioran photo
William Shakespeare photo
Herman Melville photo
António Lobo Antunes photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Yuval Harari photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Johann Wolfgang von Goethe photo
Antônio Conselheiro photo

“Em verdade vos digo, quando as nações brigam com as nações, o Brasil com o Brasil, a Inglaterra com a Inglaterra, a Prússia com a Prússia, das ondas do mar D. Sebastião sairá com todo o seu exército.”

Antônio Conselheiro (1830–1897) Religioso brasileiro

citado em "História do Brasil", Volume 176 de Biblioteca pedagógica brasileira: Brasiliana - página 132, Pedro Calmon, Companhia Editora Nacional, 1939

Spinoza photo
José Saramago photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Ajahn Chah photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Francis Bacon photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Ireneu de Lyon photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
George Washington Carver photo

“Minha atitude em relação à vida também era minha atitude em relação à ciência. Jesus disse que é preciso nascer de novo, e tornar-se criança. Ele não deve deixar preguiça, medo ou teimosia impedi-lo de cumprir seu dever. Se ele nascesse de novo, veria a vida a partir de tal plano, teria a energia de não ser impedido em seu dever por esses vários desvios e inibições. Meu trabalho, minha vida, deve estar no espírito de uma criança que busca apenas conhecer a verdade e segui-la. Somente o meu propósito deve ser o propósito de Deus - aumentar o bem-estar e a felicidade do Seu povo. A natureza não permitirá um vácuo. Será preenchido com alguma coisa. A necessidade humana é realmente um grande vácuo espiritual que Deus procura preencher ... Com uma mão na mão de um homem necessitado e a outra na mão de Cristo, Ele poderia atravessar o vácuo e eu me tornei um agente. Então a passagem, "Eu posso fazer todas as coisas através de Cristo que me fortalece", passou a ter um significado real. Enquanto eu trabalhava em projetos que atendiam a uma necessidade humana real, forças estavam trabalhando através de mim, o que me surpreendeu. Eu costumava dormir com um problema aparentemente insolúvel. Quando acordei, a resposta estava lá. Por que, então, nós que cremos em Cristo ficamos tão surpresos com o que Deus pode fazer com um homem disposto em laboratório? Algumas coisas devem ser desconcertantes para o crítico que nunca nasceu de novo.”

George Washington Carver (1864–1943)
Olavo de Carvalho photo
Alexis Karpouzos photo
Adolf Loos photo
Albert Einstein photo

“A anarquia econômica da sociedade capitalista de hoje em dia é, em minha opinião, a verdadeira fonte dos males.”

"Why Socialism?" Monthly Review, nº 1, maio 1949
Política e sociedade

Alberto Magno photo
Aldous Huxley photo

“Os provérbios são sempre chavões até você experimentar a verdade contida neles.”

Aldous Huxley (1894–1963)

Proverbs are always platitudes until you have personally experienced the truth of them
"Jesting Pilate: The Diary of a Journey" - Página 289; de Aldous Huxley - Publicado por Chatto and Windus, 1930 - 291 páginas

Aldous Huxley photo

“A síntese do espírito de finura pode transformar-se na essência da não-verdade.”

Aldous Huxley (1894–1963)

Livros, Regresso ao Admirável Mundo Novo, 1959

Alejandro Casona photo

“No verdadeiro amor ninguém manda; obedecem os dois.”

Alejandro Casona (1903–1965)

en el verdadero amor no manda nadie; obedecen los dos
"Teatro‎" - Volume 1, Página 168, de Alejandro Casona - Editorial Losada, 1964

Amos Oz photo
James Dean photo
John Keats photo
Johnny Rotten photo

“Você pode dizer que sou meio retardado, mas essa é a verdade.”

Johnny Rotten (1956)

O Estado de São Paulo http://web.archive.org/19991002050142/www.geocities.com/SunsetStrip/Palms/3829/johnny.html
Sobre não ter interesse por sexo quando adolescente.

Joseph Conrad photo
José Saramago photo

“uma vaca se perdeu nos campos com a sua cria de leite, e se viu rodeada de lobos durante doze dias e doze noites, e foi obrigada a defender-se e a defender o filho, uma longuíssima batalha, a agonia de viver no limiar da morte, um círculo de dentes, de goelas abertas, as arremetidas bruscas, as cornadas que não podiam falhar, de ter de lutar por si mesma e por um animalzinho que ainda não se podia valer, e também aqueles momentos em que o vitelo procurava as tetas da mãe, e sugava lentamente, enquanto os lobos se aproximavam, de espinhaço raso e orelhas aguçadas. Subhro respirou fundo e prosseguiu, ao fim dos doze dias a vaca foi encontrada e salva, mais o vitelo, e foram levados em triunfo para a aldeia, porém o conto não vai acabar aqui, continuou por mais dois dias, ao fim dos quais, porque se tinha tornado brava, porque aprendera a defender-se, porque ninguém podia já dominá-la ou sequer aproximar-se dela, a vaca foi morta, mataram-na, não os lobos que em doze dias vencera, mas os mesmos homens que a haviam salvo, talvez o próprio dono, incapaz de compreender que, tendo aprendido a lutar, aquele antes conformado e pacífico animal não poderia parar nunca mais. (…) o primeiro a falar foi o soldado que sabia muito de lobos, a tua história é bonita, disse (…), a vaca não poderia resistir a um ataque concertado de três ou quatro lobos, já não digo doze dias, mas uma única hora, Então, na história da vaca lutadora é tudo mentira, Não, mentira são só os exageros, os arrebiques de linguagem, as meias verdades que querem passar por verdades inteiras, Que crês tu então que se passou, (…), Creio que a vaca realmente se perdeu, que foi atacada por um lobo, que lutou com ele e o obrigou a fugir talvez mal ferido, e depois se deixou ficar por ali pastando e dando de mamar ao vitelo, até ser encontrada, E não pode ter sucedido que viesse outro lobo, Sim, mas isso já seria muito imaginar, para justificar a medalha ao valor e ao mérito um lobo já é bastante. A assistência aplaudiu pensando que, bem vistas as coisas, a vaca merecia a verdade tanto quanto a medalha.”

A Viagem do Elefante

Julián Marías photo

“As doutrinas falsas somente buscam a imposição, e a verdadeiras preferem justificar-se”

Julián Marías (1914–2005)

las doctrinas falsas suelen buscar la imposición, y las verdaderas prefieren justificarse
El intelectual y su mundo‎ - Página 84, Julián Marías - Espasa-Calpe, 1968 - 156 páginas