Frases sobre príncipe

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da príncipe, ser, bem, todo.

Frases sobre príncipe

Nicolau Maquiavel photo

“Paz perfeita


Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração… v.27


Uma amiga compartilhou comigo que durante anos ela procurou paz e contentamento. Ela e seu marido construíram um negócio bem-sucedido, e compraram uma casa enorme, roupas extravagantes e joias caras. Mas nem esses bens nem suas amizades com pessoas influentes satisfaziam suas aspirações internas de paz. Um dia, quando ela se sentia triste e desesperada, um amigo lhe falou sobre as boas-novas de Jesus. Nele ela encontrou o Príncipe da Paz, e a sua compreensão da verdadeira paz e do contentamento mudou para sempre.

Jesus falou palavras de tal paz aos Seus amigos depois da última ceia juntos (João 14), quando os preparou para os acontecimentos que logo seguiriam: Sua morte, ressurreição e a vinda do Espírito Santo. Descrevendo a paz — diferente de tudo o que o mundo pode dar — Ele queria que eles aprendessem como encontrar a sensação de bem-estar mesmo em meio a dificuldades.

Mais tarde, quando o Jesus ressuscitado apareceu aos discípulos amedrontados após Sua morte, Ele os cumprimentou, dizendo: “Paz seja convosco!” (JOÃO 20:19). Agora Ele poderia dar-lhes, e a nós também, uma nova compreensão do descanso que há nele. Assim, podemos encontrar a percepção da confiança muito mais profunda do que nossos sentimentos sempre em mudança.

Jesus veio trazer paz a nossa vida 
e ao nosso mundo. Amy Boucher Pye”

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“E chega! Há anos peço o príncipe, e só me mandam o cavalo.”

Tati Bernardi (1979)

Variante: E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo.

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“Para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo.”

O Príncipe
Variante: Para bem conhecer a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para bem conhecer a dos príncipes, é necessário pertencer ao povo.

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“A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes.”

Adam Smith (1723–1790)

Uma Investigação Sobre a Natureza e a Causa da Riqueza das Nações

Nicolau Maquiavel photo

“Menino chicoteando

[Deus] fez Aquele que não conheceu pecado ser pecado por nós. - Escritura de hoje :
2 Coríntios 5: 12-21

Ao longo da história, as famílias reais receberam tratamento especial. Muitas vezes eles estavam isentos de manter a lei ou receber punição ou até mesmo disciplina. Mas as crianças reais ainda precisavam saber que, quando se comportavam mal, mereciam ser punidas. Quando um príncipe ou princesa desobedecia ou fazia mal no trabalho escolar, a punição era dada a um “menino chicoteado”. Não havia dúvida de quem realmente estava em falta, mas era simplesmente impensável para um criado espancar uma pessoa de realeza.

A cruz do Calvário dá uma visão completamente diferente de lidar com a transgressão. Embora o empregado esteja em falta, a realeza recebe a punição. Jesus Cristo, o Príncipe da Glória, tomou nosso lugar quando morreu na cruz. Ele se tornou voluntariamente nosso “menino chicoteado” e pagou a penalidade pelos nossos pecados.

Quanto devemos a Jesus Cristo! Como poderíamos esquecer que fomos comprados por um preço! Isso é o que manteve Paul indo quando homens menores poderiam ter desistido. Ele estava confiante de que, porque temos um substituto, Deus não está zangado conosco. A justiça de Sua Majestade foi satisfeita. Somos livres para viver e amar como nunca antes.

Que nos motive a contar aos outros as boas novas! —HWR Haddon W. Robinson

Refletir e Orar
Quando Jesus tomou nosso castigo,
a ira de Deus foi satisfeita;
Agora podemos viver em paz com Ele
porque para nós Cristo morreu. —Sesper

Cristo se tornou uma maldição para removermos a maldição de nós. Haddon W. Robinson”

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“Maquiavel, fingindo dar lições aos Príncipes, deu grandes lições ao povo.”

Maquiavel [...] en feignant de donner des leçons aux rois, il en a donné de grandes aux peuples.
Du contrat social ou Principes du droit politique - página 93 http://books.google.com.br/books?id=xw8h2k-MIvoC&pg=PA93, Jean-Jacques Rousseau - 1762
Do Contrato Social

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“Príncipe, o que és, és acidentalmente por nascimento; o que eu sou, sou por mim mesmo. Príncipes existem e existirão aos milhares, Beethoven há apenas um.”

Ludwig Van Beethoven (1770–1827) compositor alemão

Fürst, was Sie sind, sind Sie durch Zufall und Geburt; was ich bin, bin ich durch mich. Fürsten hat es und wird es noch Tausende geben, Beethoven giebt's nur einen!
dito ao príncipe Lichnowsky.
Beethoven im eigenen Wort - página 137, Ludwig van Beethoven, Friedrich Kerst, Schuster & Loeffler, 1904

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“Todos os homens são bestas; os príncipes são bestas que não estão atreladas.”

Charles Louis Montesquieu (1689–1755) mostequis

Tous les hommes sont des bêtes; les princes sont des bêtes qui ne sont pas attachées
Cahiers (1716-1755)‎ - Página 110, Charles de Secondat Montesquieu (baron de), Editores Bernard Grasset, André Masson - Bernard Grasset, 1941 - 305 páginas

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“O poeta é como o príncipe das nuvens. […] As suas asas de gigante não o deixam caminhar”

Charles Baudelaire (1821–1867)

Le Poete est semblable au prince des nuées [...] Ses ailes de géant l’empêchent de marcher.
Charles Baudelaire in: L’Albatros (Baudelaire)

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“Eu estou atrás do príncipe Harry. Sei que disse que não sairia com um ruivo, mas, poxa, é o príncipe Harry! Eu seria uma duquesa. Adoraria uma noitada com ele, ele parece ser divertido”

Adele (cantora) (1988) cantora e compositora britânica

Fonte: ACRITICA.COM. Data: 08 de Junho de 2011.
Fonte: Adele está atrás do príncipe Harry, ACRITICA.COM, ACRITICA.COM, 8 de junho de 2011 http://acritica.uol.com.br/buzz/Adele-principe-Harry_0_495550543.html,

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“Os fracos querem as leis. Os poderosos lhas recusam. Os ambiciosos, para granjear popularidade, promovem-nas. Os príncipes, para igualar os poderosos com os débeis, protegem-nas.”

Giambattista Vico (1668–1744)

Giambattista Vico como citado in: Folha de São Paulo http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1011200224.htm, 10-nov-2002
Atribuídas

Voltaire photo

“Os voluptuosos careiam companheiros de devassidão. Os interesseiros reúnem sócios. Os políticos congregam partidários. O comum dos homens ociosos mantém relações. Os príncipes têm cortesãos. Só os virtuosos possuem amigos.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines

Voltaire, Dicionário Filosófico. São Paulo: Editora Martin Claret, 2002. p. 23. ISBN 85-7232-508-5

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“Os príncipes me dão muito quando não me tiram nada e me fazem bem bastante quando não me fazem mal; é tudo o que lhes peço.”

Les princes me donnent prou, s'ils ne m'ostent rien ; et me font assez de bien, quand ils ne méfait point de mal : c'est tout ce que i'en demande.
Essais de Michel de Montaigne, página 504 https://books.google.com.br/books?id=AtX26hSi_hsC&pg=PA504, Michel de Montaigne, Firmin Didot, 1838, 648 páginas
Ensaios

Romario photo

“A corte agora está contente. O rei, o príncipe e o bobo.”

Romario (1966) Senador da República e ex-jogador de futebol

Romário chamando Edmundo de bobo, que disse que Romário era o príncipe, e incluindo ainda o presidente do Vasco, Eurico Miranda.
Fonte: esporte.uol http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2004/12/28/ult59u89916.jhtm

Baltasar Gracián photo
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“Desta vez é por amor. Beijei muitos sapos, mas agora finalmente encontrei meu príncipe. Sinto que achei meu final feliz.”

Britney Spears (1981) cantora norte-americana

Britney Spears, cantora, 22 anos, anunciando que vai se casar com o dançarino Kevin Federline, 26, que conheceu após o casamento relâmpago que durou 55 horas com o amigo de infância Jason Alexander.
Fonte: Revista ISTOÉ Gente, edição 257 http://www.terra.com.br/istoegente/257/frases/index.htm (12/07/2004)

Nicolau Maquiavel photo
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Pierre Michon photo

“Goya pegou o seu chapéu em cima do tamborete onde ele o havia lançado, e assentou-se lentamente, olhando o chapéu nas mãos. Ele se pôs a pensar lentamente. Pensou num burro sem dúvida morto há muito tempo e lançado aos cachorros, a quem havia falado de Rafael, mas rindo às gargalhadas com suas grandes orelhas; ele pensou num cachorro vesgo que tinha medo dos santos coxos de Francisco Goya; ele pensou nas bochechas azuis dos camponeses aragonêses, nas bochechas louras dos príncepes de Habsbourg, nas bochechas azuis dos príncipes Bourbons;(…) ele pensou que os reis são melhores ou piores do que os outros homens, se eles precisam, ao se levantarem a cada manhã, de uma avalanche de espectros na cabeça. Em pensou nos muitos caminhos percorridos inutilmente.(…)Ele lembrou-se de tudo isto, enquanto o seu chapéu dava voltas maquinalmente em suas mãos. Por fim ele ergueu a cabeça na direção dessas grandes coisas enfáticas que parecem homens.”

Pierre Michon (1945)

"Goya prit sur le tabouret où il l’avait jeté son tricorne, et s’assit doucement, ce tricorne entre les mains, qu’il regardait Il se mit à penser doucement. Il pensa à un âne depuis longtemps sans doute mort et jeté aux chiens, à qui il avait parlé de Raphaël, honteux mais plié de rire sur les grandes oreilles ; il pensa à un chien borgne qui avait peur des saints boiteux de Francisco Goya ; il pensa à des paysans aragonais, les joues bleues, à des princes Habsbourg aux joues blondes, à des princes Bourbons, les joues bleues ; (…) il pensa que les rois sont meilleurs ou pires que les autres hommes, s’il leur faut chaque matin au lever sur la tête une avalanche de spectres. Il pensa à beaucoup de chemin fait en pure perte. (…) Il fit le tour de cela, tandis que le tricorne entre les mains machinalement tournait. Il releva pour finir la tête vers ces grandes choses emphatiques qui paraissaient des hommes.‘’
Maîtres et serviteurs’’-
Fonte: Maîtres et serviteurs, Verdier, 1990, pages: 43-44, ISBN 2-86432-110-6

Pedro Nava photo

“Sou uma espécie de candidato a miss que leu Proust e fica todo mundo falando o tempo todo: ‘Mas eu vi você com o Pequeno Príncipe na mão.”

Fonte: Revista IstoÉ Gente. Edição 381 http://www.terra.com.br/istoegente/381/frases/index.htm.

Beto Guedes photo

“Nunca fui forte em leitura. Comecei a ler O Pequeno Príncipe, mas não consegui chegar até o fim.”

Beto Guedes (1951)

Fonte: Revista ISTOÉ Gente, edição 268 http://www.terra.com.br/istoegente/268/frases/index.htm (27/09/2004)

Renée Zellweger photo

“Gostaria de namorar também o príncipe William. Será que alguém pode providenciar?”

respondendo ironicamente se estaria namorando o príncipe Andrew
Fonte: IstoÉ Independente.
Fonte: Frases, IstoÉ Independente http://istoevip.terra.com.br/assuntos/frase/paginar/451,

Xuxa photo

“Foi feita uma imagem em cima de mim de rainha, que se casa com um príncipe, tem uma princesa. Não podia falar nem fazer o que queria.”

Xuxa (1962) apresentadora, atriz, cantora, empresária, filantropa e ex-modelo brasileira

sobre os vinte anos em que foi empresariada por Marlene Mattos, em entrevista à revista Contigo!

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“A verdade é que a pena, na mão de um excelente escritor, resulta por si só numa arma muito mais potente e terrível, e de efeito muito mais prolongado, do que jamais poderia ser qualquer outro cetro ou espada nas mãos de um príncipe.”

Vittorio Alfieri (1749–1803)

Variante: A verdade é que a pena, na mão de um excelente escritor, resulta por si só numa arma muito mais potente e terrível, e de efeito muito mais prolongado, do que jamais poderia ser qualquer outro ceptro ou espada nas mãos de um príncipe.

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“Coleman passara quase toda a sua carreira acadêmica na Athena; homem extrovertido, arguto, urbano, terrivelmente sedutor, com um toque de guerreiro e charlatão, em nada se parecia com a figura pedante do professor de latim e grego (assim, por exemplo, quando ainda era um jovem instrutor, cometeu a heresia de criar um clube de conversação em grego e latim). Seu venerável curso introdutório de literatura grega clássica em tradução — conhecido pela sigla DHM, ou seja, deuses, heróis e mitos — era popular entre os alunos precisamente por tudo o que havia nele de direito, franco, enfático e pouco acadêmico. "Vocês sabem como começa a literatura europeia?", perguntava ele, após fazer a chamada na primeira aula. "Com uma briga. Toda a literatura europeia nasce de uma briga." Então pegava sua Ilíada e lia para os alunos os primeiros versos. "'Musa divina, canta a cólera desastrosa de Aquiles… Começa com o motivo do conflito entre os dois, Agamenon, rei dos homens, e o grande Aquiles', E por que é que eles estão brigando, esses dois grandes espíritos violentos e poderosos? Por um motivo tão simples quanto qualquer briga de botequim. Estão brigando por causa de uma mulher. Uma menina, na verdade. Uma menina roubada do pai. Capturada numa guerra. Ora, Agamenon gosta muito mais dessa menina do que de sua esposa, Clitemnestra. 'Clitemnestra não é tão boa quanto ela', diz ele, 'nem de rosto, nem de corpo'. É uma explicação bastante direta do motivo pelo qual ele não quer abrir mão da tal moça, não é? Quando Aquiles exige que Agamenon a devolva ao pai a fim de apaziguar Apolo, o deus cuja ira assassina foi despertada pelas circunstâncias em que a moça fora raptada, Agamenon se recusa: diz que só abre mão da namorada se Aquiles lhe der a dele em troca. Com isso, Aquiles fica ainda mais enfurecido. Aquiles, o adrenalina: o sujeito mais inflamável e explosivo de todos os que já foram imaginados pelos escritores; especialmente quando seu prestígio e seu apetite estão em jogo, ele é a máquina de matar mais hipersensível da história da guerra. Aquiles, o célebre: apartado e alijado por causa de uma ofensa à sua honra. Aquiles, o grande herói, tão enraivecido por um insulto — o insulto de não poder ficar com a garota — acaba se isolando e se excluindo, numa atitude desafiadora, da sociedade que precisa muitíssimo dele, pois ele é justamente seu glorioso protetor. Assim, uma briga, uma briga brutal por causa de uma menina, de seu corpo jovem e das delícias da rapacidade sexual: é assim, nessa ofensa ao direito fálico, à *dignidade* fálica, de um poderosíssimo príncipe guerreiro, que tem início, bem ou mal, a grande literatura de ficção europeia, e é por isso que, quase três mil anos depois, vamos começar nosso estudo aqui…”

The Human Stain

Fernando Pessoa photo

“Poema em Linha Reta Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

A poesia completa de Álvaro de Campos

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“Você, Lord Byron, é inteligente também, mas uma inteligência fina, penetrante, como aço, como uma espada. Ao contrário de mim, você é mais capaz de se fazer amado do que de amar. Sua lógica é irresistível, mas impiedosa, irritante. É desses remédios que matam a doença e o doente. Você tem sentimento poético, e muito — no entanto é incapaz de escrever um verso que preste. Por quê? Sei lá. Há qualquer coisa que te contém, que te segura, como uma mão. Sua compreensão do mundo, da vida e das coisas é surpreendente, seu olho clínico é infalível, mas você é um homem refreado, bem comportado, bem educado, flor do asfalto, lírio de salão, um príncipe, o nosso Príncipe de Gales, como diz o Hugo. Tem uma aura de pureza não conspurcada, mas é ascético demais, aprimorado demais, debilitado por excesso de tratamento. Não se contamina nunca, e isso humilha a todo mundo. É esportivo, é atlético, é saudável, prevenido contra todas as doenças, mas, um dia, não vai resistir a um simples resfriado: há de cair de cama e afinal descobrir que para o vírus da gripe ainda não existe antibiótico. — Opinião de estudante de Medicina — e Eduardo pro- curava ocultar seu ressentimento com um sorriso. — Você, agora.
(…)
— E você, Eduardo. Você, o puro, o intocado, o que se preserva, como disse Mauro. Seu horror ao compromisso porque você se julga um comprometido, tem uma missão a cumprir, é um escritor. Você e sua simpatia, sua saúde… Bem sucedido em tudo, mas cheio de arestas que ferem sem querer. Seu ar de quem está sempre indo a um lugar que não é aqui, para se encontrar com alguém que não somos nós. Seu desprezo pelos fracos porque se julga forte, sua inteligência incômoda, sua explicação para tudo, seu senso prático — tudo orgulho. O orgulho de ser o primeiro — a vida, para você, é um campeonato de natação. Sua desenvoltura, sua excitação mental, sua fidelidade a um destino certo, tudo isso faz de você presa certa do demônio — mesmo sua vocação para o ascetismo, para a vida áspera, espartana. Você e seus escritores ingleses, você e sua chave que abre todas as portas. Orgulho: você e seu orgulho. De nós três, o de mais sorte, o escolhido, nosso amparo, nossa esperança. E de nós três, talvez, o mais miserável, talvez o mais desgraçado, porque condenado à incapacidade de amar, pelo orgulho, ou à solidão, pela renúncia. Hugo não disse mais nada. E os três, agora, não ousavam levantar a cabeça, para não mostrar que estavam chorando. O garçom veio saber se queriam mais chope, ninguém o atendeu. Alguém soltou uma gargalhada no fundo do bar. Lá fora, na rua, um bonde passou com estrépito.”

O Encontro Marcado

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“Há três espécies de tiranos. Refiro-me aos maus príncipes. Chegam uns ao poder por eleição do povo, outros por força das armas, outros sucedendo aos da sua raça. Os que chegam ao poder pelo direito da guerra portam-se como quem pisa terra conquistada. Os que nascem reis, as mais das vezes, não são melhores; nascidos e criados no sangue da tirania, tratam os povos em quem mandam como se fossem seus servos hereditários; e, consoante a compleição a que são mais atreitos, avaros ou pródigos, assim fazem do reino o que fazem com outra herança qualquer. Aquele a quem o povo deu o Estado deveria ser mais suportável; e sê-lo-ia a meu ver, se, desde o momento em que se vê colocado em altos postos e tomando o gosto à chamada grandeza, não decidisse ocupá-los para todo o sempre. O que geralmente acontece é tudo fazerem para transmitirem aos filhos o poder que o povo lhes concedeu. E, tão depressa tomam essa decisão, por estranho que pareça, ultrapassam em vício e até em crueldade os outros tiranos; para conservarem a nova tirania, não acham melhor meio do que aumentar a servidão e afastar tanto dos súditos a ideia de liberdade que eles, tendo embora a memória fresca, começam a esquecer-se dela.”

Discurso Sobre a Servidão Voluntária, Étienne de La Boétie, Página 11 http://www.culturabrasil.org/zip/boetie.pdf, LCC – verão de 2004 - 30 Páginas.
"Il y a trois sortes de tirans : les uns ont le roiaume par election du peuple, les autres par la force des armes, les autres par succession de leur race. Ceus qui les ont acquis par le droit de la guerre, ils s'y portent ainsi qu’on connoit bien qu’ils sont (comme l’on dit) en terre de conqueste. Ceus la qui naissent rois ne font pas communement gueres meilleurs, ains estans nes & nourris dans le sein de la tirannie, tirent auec le lait la nature du tiran, & font estat des peuples qui sont soubs eus comme de leurs serfs hereditaires; &, selon la complexion à laquelle ils sont plus enclins, auares ou prodigues, tels qu’ils sont, ils sont du royaume comme de leur héritage. Celui à qui le peuple a donné l’estat .deuroit estre, ce me semble,' plus supportable, & le seroit, comme ie croy, n’estoit que deslors qu’il fe voit esleué par dessus les autres, Hatté par ie ne fçay quoy qu’on appelle la grandeur, il delibere de n’en bouger point : communement celui là fait estat de rendre à fes enfans la puissance que le peuple lui a baillé; & deslors que ceus là ont pris ceste opinion, c’est chose estrange de combien ils passent, en toutes sortes de vices & mesmes en la cruauté, les autres tirans, .ne voians autre moien pour asseurer la nouuelle tirannie que d’estreindre si fort la seruitude & estranger tant leurs subiects de la liberté, qu’ancore que la memoire en soit fresche, ils la leur puissent faire perdre."
Œuvres complètes d’Estienne de La Boétie, Discours de la Servitude volontaire, Página 19- https://fr.wikisource.org/wiki/Page%3ALa_Bo%C3%A9tie_-_%C5%92uvres_compl%C3%A8tes_Bonnefon_1892.djvu/104 20 https://fr.wikisource.org/wiki/Page:La_Bo%C3%A9tie_-_%C5%92uvres_compl%C3%A8tes_Bonnefon_1892.djvu/105, Auteur Estienne de La Boétie, Éditeur Paul Bonnefon - G Gounouilhou, 1892 - 444 páginas.
Discurso Da Servidão Voluntária

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“Que é então o perseguidor? É aquele cujo orgulho ferido e o fanatismo em furor irritam o príncipe ou magistrados contra homens inocentes, cujo único crime consiste em não serem da mesma opinião.”

Quel est le persécuteur? c’est celui dont l’orgueil blessé et le fanatisme en fureur irritent le prince ou les magistrats contre des hommes innocents, qui n’ont d’autre crime que de n’être pas de son avis.
Dictionnaire philosophique‎ - vol. 6, Página 391 http://books.google.com/books?id=qjEUAAAAQAAJ&pg=PA391, de Voltaire, Adrien Jean Quentin Beuchot - publicado por Lequien fils, 1829

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“Acho que sou bem assim: uma moça intensamente impulsiva, falo, tagarelo, falo de novo e faço tudo o que me deixa bem. Tem dias que acordo cantando para o sol, e tem dias que jogo pedra até na lua. Amor e Acidez de viver, tudo ao mesmo tempo. Tem gente que me acha esquisita, estranha, ja me chamaram até de louca. Sou um pouco de cada, não nego. Mas, acredite todo esse meu jeito temperamental é auto defesa do mal espalhado por ai no coração alheio. Tem dias que estou inspirada a ser melhor. E tem outros, que nem espero a lei do retorno, vou lá e revido. Mas, não me ache cruel. Sou apenas uma moça de alma inquieta que as vezes acerta, mas também erra. Os dias podem ser coloridos ou preto e branco, meu humor é que determina. Gosto de falar logo o que eu penso, sem rodeios, para que não me achem boazinha, certinha, e isso não é defeito, no mundo cheio de mascaras que vivemos, ser verdadeiro é nobreza pura. Tem dias que gosto de abraços longos, outros reservo o meu direito de não ser tocada. Eu sou apenas, uma moça impactante no agir e no falar. Mas, meu coração é bom viu, isso é, vai depender da sua forma de agir comigo. Não gosto de meios termos, muitas virgulas, sou de ponto final, e até interrogação. Deixo leve a vida de quem não rouba a minha paz. E infernizo quem causou guerra a minha alma. O que os outros determina como meus defeitos, eu mesma me critico, avalio e julgo como qualidades. Exageradamente intensa. Podem até sentirem vontade de me amar, mas vão querer mesmo é me odiar. Se, meu caminho tem sido dificil? Às vezes, Mas, tenho mais ganhado, do que perdido. Ser como eu sou, tem deixado minha alma mais em paz. Eu poderia até dizer que tem gente que não me aguenta, porém a vida se encarregou de deixar perto de mim, quem aceita minha essência sem preconceito, sem medo. Que me aceita por amor! Nisso tudo, sei apenas que quando for a hora certa terei meu principe encantado ou quem sabe até meu sapo. Eu sou de um jeito único e especial que, com certeza em algum lugar terá um coração tão rançudo como o meu, me esperando. Não quero mudar. Aprendi que essa sou eu, protagonista perfeita da minha vida.”

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