Frases sobre sentimentos
Uma coleção de frases e citações sobre o tema da sentindo-me.
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„Poema – Sodoma
No esgoto dos ratos
Os suicidas trepam com as baratas
Para esquecer o seu medo da morte
Enquanto aqueles que já se mataram
Participam de orgias com a mãe de cristo
Em busca de salvação
Da condenação divina;
Há uma jovem neste exato momento
Que teve o seu coração partido
Ela jura que a arma na gaveta do seu pai
Pode solucionar todos os seus problemas
Enquanto o seu vizinho ao lado
Chora todas as manhãs
Com uma única chance
De faze-la sorrir
O quão irônica é a vida?
Enquanto padres estupram crianças
Mães rezam para que cristo as protejam
Do homem que as violentam todos os dias
Como uma sinfonia composta por
Beethoven e apreciada pelo Diabo
A vida e a morte caminham de mãos dadas
Enquanto nós meros mortais
Clamamos por um abraço daqueles
Que nos apunhalaram pelas costas
Um homem de sessenta anos
Teve o seu coração partido
Mais vezes do que todos os seus filhos
Hoje ele chora sozinho em sua sala de estar
Se perguntando por que não teve coragem
De se matar aos dezesseis anos
Talvez porque a dor em seu coração
Não fosse tão forte
Quanto a sua vontade de viver mais um dia?
Vivemos vidas miseráveis
Enquanto nos perdemos em ambições
De uma vida feliz e um amor sincero
Existe um boato no inferno
Que todas as almas felizes são condenadas
Ao abismo da melancolia
Enquanto aqueles que sofreram em vida
São abraçados pelo acalanto amor
De um anjo apaixonado
Mas todos nós sabemos que
Os contos bíblicos são mentiras
Contadas por homens que queimavam
Mulheres inocentes
Em fogueiras de pura covardia e terror
Blasfêmias ofendem mais
Do que crianças morrendo de fome
Ou adolescentes cortando seus pulsos
Enquanto seus pais dizem que o sangue
Que escorre pelas suas veias
É pura frescura
Uma mulher inocente
Foi estuprada por um monstro imundo
Ela se enforca se sentindo culpada
E o crápula é aplaudido pelos vermes
Que chamam de amigos
Vivemos em uma sociedade doente
E o suicídio para alguns é o remédio
Menos doloroso…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995
Fonte: Filosofia Niilismo

„Eu gosto de pessoas que vem de longe para um show do Queen sentindo-se completamente entretido, tendo se divertido. Acho que as canções do Queen são puro escapismo, como ir ver um bom filme - depois disso, eles podem ir embora e dizer que foi ótimo, e voltar para os seus problemas. Eu não quero mudar o mundo com a nossa música. Não há mensagens escondidas em nossas músicas, com exceção de algumas de Brian.“
— Freddie Mercury cantor e compositor britânico 1946 - 1991
"Freddie Mercury", "The Man Who Would Be Queen" no Melody Maker (2 de Maio de 1981)

„Poema - Os Pássaros na minha janela
Em meu peito vive uma angustia
que transborda pelos meus olhos
Respiro ofegante
sentindo um aperto em meu coração
O desespero toma conta do meu corpo
com as mãos tremendo
entro no banheiro aos prantos
Sem pensar nas consequências
eu me enforco no chuveiro
O meu corpo se debate em agonia
as minhas mãos tremulas tentam
se agarrar nos azulejos
O chuveiro estoura
sou arremessado ao chão de joelhos
e as minhas lágrimas fundem-se com a água
Chorando sem saber o que fazer
eu deito na cama abraçado a solidão
Passaram-se três dias
e eu ainda não me levantei
Vejo o meu corpo
definhar-se com a fome
os meus ossos secarem com a tristeza
As baratas no meu quarto
são as únicas testemunhas
do meu fim decadente
Lá fora há um pássaro
que canta em harmonia
eu poderia morrer agora
e seus sussurros me fariam sorrir
Com o corpo fraco
sentindo todo o peso do mundo
nas minhas costas
Em passos leves
eu tento caminhar até a janela
Ao abri-la
me deparo com um mundo
sombrio e repleto de dor
Sou arremessado de joelhos
nas chamas escaldantes
do meu próprio inferno
Caminhando descalço
em meio as chamas
Eu me vejo enforcado
gritando o meu próprio nome
Cristo se arrasta
ao meu lado de joelhos
enquanto a minha alma chicoteia
as suas costas
só para vê-lo sangrar
Ao fundo
eu vejo a morte
dilacerando almas confusas
com um sorriso em seu rosto
Um diabo terrível
se esgueira sobre os meus pés
E em seus olhos
eu vejo a figura de um homem triste
Deitado na cama
definhando-se com a fome
enquanto as suas angustias
corroem os seus sonhos
e o mata aos poucos
Aquela criatura decadente
definhando-se em seu próprio abismo
era tudo que eu fui
e tudo que eu sou
Aqueles eram os meus sentimentos
minhas dores
e minhas angustias
Os ratos se alimentavam
dos meus restos podres
e as baratas faziam ninhos nas minhas entranhas
Tal como cristo que sorriu
pela ultima vez
quando foi abandonado pelo seu próprio pai
Ou como as estrelas órfãs
a vagar na escuridão
Somente morto eu poderia sorrir
para os pássaros na minha janela…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995
Morte Niilismo Nietzsche Suicídio Vida

„Poema - 1 Reis 19:3-4
Sinfonias tristes
vagam pelo universo
como as lágrimas nos olhos
daqueles que sofrem em silencio
Acolhida pelas trevas
e renegada pelos deuses
Lilith havia sido amaldiçoada
com um abismo em seu coração
A sua vida
era como uma alegoria ao suicídio
Enforcava-se na escuridão
todas as vezes
que não conseguia encontrar
a luz das estrelas
Sentindo-se
sozinha em um mundo
do qual não escolheu viver
Trancafiada nos cárceres privados
da sua própria mente
era assombrada pelos mais terríveis demônios
As paredes do seu quarto
jorravam o sangue
das suas tentativas de suicídio
Embora as suas lágrimas
clamassem pela salvação
daquele terrível abismo
A sua essência
banhava-se na escuridão
Em seus olhos habitavam
o desejo de dilacerar os seus punhos
enquanto afogava-se em uma banheira
repleta de sangue e lágrimas
Mas em seu coração
haviam as chamas negras de uma fênix
que renascia a cada segundo
Então ela se enforcava
em seus sonhos sublimes
Deitava-se na cama
com os olhos fechados
imaginando-se dependurada
enquanto matava as suas dores
E ao abrir os olhos
repletos de lágrimas
havia renascido mais uma vez
As feridas em seu peito
espalhavam-se como um câncer
Gritos ensurdecedores emanavam
das janelas daquele quarto hostil
– Já tive o bastante, Senhor!
matem-me sem nenhum perdão!
pois não estão matando uma alma inocente
apenas crucificando as suas dores
Mas quem poderia escutá-la?
quem poderia salvá-la?
Não se pode salvar uma alma
que sorri para o abismo
e se banha em seu próprio sangue
Gritando aos deuses
ela sorriu pela ultima vez
enquanto as suas angustias
tornavam-se sinfonias tristes
A vagar pelo universo
como as lágrimas nos olhos
daqueles que sofrem em silencio…
- Gerson De Rodrigues“
— Gerson De Rodrigues poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995
Niilismo Morte Existencialismo Ateísmo Deuses Nietzsche

„O Duplo - Uma Alegoria Niilista
Sentado em seu quarto com a corda nas mãos, o filósofo exausto enfrentava seu lado obscuro.
Não suporto mais as dores que me afligem, aonde se escondem as motivações? Estariam elas enterradas junto ao tumulo de deus?
Disse o filósofo em um tom sereno, sozinho, naquele quarto abandonado, andando de um lado para o outro
― Então desista! O Que te impede de colocar a corda sobre o pescoço e se deleitar com a morte?
Diziam as vozes em sua mente
Cale-se!! Deve existir algum motivo, alguma razão, alguma circunstância para se viver. Algo tão solido, que as dores que afligem meu coração não me torne um escravo da melancolia
Gritou o filósofo arremessando a corda para longe
― Mas você não encontrou certo? Estas inexplicáveis dores te assombram desde a infância, e a muito tempo vem mentindo para si mesmo que isso ou aquilo é o que te mantem vivo. E agora? O que restou? Todos que você um dia amou não passam de cadáveres!
Disse a voz em um tom fino e calmo
Mas (…) eu ainda tenho os meus livros. O Que me diz sobre eles? Meus trabalhos serão lembrados para sempre! Um filósofo não é útil vivo…
Dizia o Filósofo enquanto pegava uma de suas obras nas mãos, sentindo orgulho de si mesmo.
A voz doce, fala calmamente em seu ouvido
― O Que é a filosofia? Se não aforismos da mente de um grupo de primatas na fração de um ponto. Não seja egoísta, nós dois sabemos que um dia toda a realização da humanidade irá desaparecer no tempo
Com esse pensamento aonde iremos? Se todos pensarmos assim, todo o conhecimento da humanidade irá parar no tempo, o que sugere? Pensas que tem a resposta para tudo? Acha que morrer é a solução?
Disse o filósofo encarando o espelho
― Eu? Eu não posso sugerir nada, não se esqueça que está sozinho, sempre esteve, e assim morrerá! Chegou ao ponto de delirar e discutir consigo mesmo! Ainda acha que um homem louco gritando sozinho em um quarto vazio merece viver? Se tudo que tem de valor em sua vida patética são livros, eu é que te pergunto…
O Que sugere?
Não há nenhuma sugestão, nenhuma forma de resolver isso, a não ser no leito de morte.
― Então continue, vá em frente, coloque as cordas sobre seu pescoço e desista!
O Filósofo caminha até o canto do quarto, pega a corda, e a coloca sobre o seu pescoço
― Você nunca foi nada, nunca poderá ser nada, e este é o seu destino, morrer como um nada!
Cale-se…
Disse o filósofo em voz baixa, enquanto ajeitava a corda em seu pescoço. Ele então caminha até o espelho e o encara por alguns minutos…
― Há um intrínseco Niilismo em nossas vidas…
Disse a voz em sua mente, de maneira tão suave que a própria escuridão o abraçou
Essa não é a nossa primeira discussão, e não será a última…
Disse o filósofo ainda encarando o espelho com a corda no pescoço
― Então a dor passou não é? Flertar com a morte sempre cura as mais profundas feridas.
Passou (…) agora sinto a melancolia preenchendo todo o meu ser
― Talvez, o grande significado por trás da vida humana, seja simplesmente alimentar os vermes em nosso leito de morte.
Parte em ser Niilista, é compreender nosso lugar no cosmos. Nós não significamos nada, e a vida é repleta de dor e sofrimento.
O Niilismo, te entrega a chave do conhecimento para compreender esses fatos e seguir em frente, flertamos com o suicídio, mas não nos suicidamos, pois compreendemos a realidade ao nosso redor.“
— Gerson De Rodrigues poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995

„Poema - O Suicídio de um homem santo
A Minha vida é uma metáfora
para um suicídio inevitável
escrita com o sangue dos poetas mortos
Como podem me tirar o direito
de acabar com a minha própria vida?
Pergunto-lhes indignado!
negarias o remédio da cura
de uma enfermidade terrível
a um homem doente?
Não!?
então por que negam a mim o direito de morrer?
Do que vale um sorriso?
se a minha alma chora em tormento…
Nos devaneios da minha mente insana
viajei até o paraíso ao lado de Cristo
e lá estava Deus
enforcado em suas próprias tripas
Com uma carta ensanguentada em seus pés
que dizia;
- Me perdoem por condená-los a viver
Cristo chorava aos pés sujos do seu próprio pai
e as suas lagrimas tocaram o meu coração
o homem que antes era santo,
agora clamava por perdão
As dores em seu peito
eram mais cruéis do que a da crucificação
suas bocas pálidas e tremulas me diziam;
- Não me deixe cair em tentação
Eu fiquei completamente sem reação
não deveriam ser os homens a clamarem
aos deuses por perdão?
Olhei em seus olhos
e vi a mim mesmo
gritando em desespero
enquanto homens pregavam as minhas mãos
A Minha melancolia
é como uma metamorfose
há dias em que ela é parte
da minha essência
Há dias que ela
se transforma em demência
Como a lua que possui dois lados
a escuridão que dança com a luz
Da mesma maneira que o diabo
beijou jesus dependurado na cruz
A Minha melancolia
muitas vezes me seduz
Talvez esta seja a única
língua que me traduz
Quem dera fosse eu o homem morto na cruz!
Eu devo me suicidar um dia!
da maneira mais dolorosa possível
vivendo todos os dias
sentindo a miséria da existência
dilacerar minha alma
Como os pregos enferrujados
que dilaceraram as mãos sujas de cristo
Sim eu irei me matar!
mas apenas quando a vida
me afogar em sua miséria
até que os meus pulmões
não consigam mais respirar
Mas enquanto eu vagar por estas ruas solitárias
a minha mente irá afogar outras
em reflexões filosóficas
Até que a minha loucura
transforme a sua sanidade em demência!“
— Gerson De Rodrigues poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995

„Em Wittenberg, o pensamento de Lutero relativo ao pecado e à redenção desafiou muito do ensino tradicional. Os académicos continuam a debater o verdadeiro grau de radicalidade da sua teologia – decerto não era única. A essência do problema era esta. A mais antiga tradição escolástica medieval insistia que o Deus do amor condenava a humanidade pecadora ao Inferno com base em leis tão estritas e ferozes que não podiam ser cumpridas à letra. A perspectiva de Lutero concluía que a humanidade era totalmente pecaminosa, corrupta, decadente e não podia ser transformada numa criatura que merecesse o Paraíso pela simples repetição de orações ou realização de obras caridosas.
Como podia então alguém aceder à salvação? Num mundo tão intensamente religioso, tratava-se de uma questão urgente.
Lutero resolveu-a quando concluiu que Deus ignorava os pecados daqueles que tinham verdadeira fé – aqueles que eram salvos, os eleitos. O pecado era demasiado poderoso para ser derrotado pela acção humana. Só um milagre de amor divino poderia vencê-lo. O sacrifício de Cristo, ao tomar sobre si mesmo as consequências da tendência para o pecado da humanidade, foi o meio pelo qual se realizou esse milagre. Para se ser salvo, apenas era necessária verdadeira fé nisto. O problema óbvio da conceção de Lutero é que implicava que o comportamento pecaminoso não importava necessariamente. Tenter vencer o pecado no quotidiano era inútil. A fé era tudo o que contava. A resposta de Lutero a uma tal objecção foi que os que obtivessem a salvação sentir-se-iam tão gratos que não quereriam pecar. (Isto, como concluiriam muitas gerações de protestantes, era um bocadinho fácil de mais): a sátira do escritor escocês James Hogg, Confissões de um Pecador Justificado, zurzia a facilidade com que hipócritas podiam conseguir o seu bolo pecaminoso e comê-lo).
O pensamento de Lutero era o de um intelectual cristão que acabara a censurar o pensamento grego clássico, cerebral e sofisticado, de Platão e Aristóteles, sobre o qual se sustentava a teologia tradicional da Igreja. O seu principal impulso, quando chegou à sua conclusão sobre o pecado, foi emocional e pessoal, um sentimento premente de libertação e alegria que exigia ser comunicado – e que nada tinha a ver com a hierarquia ou as liturgias da Igreja. Descreveu-se a si mesmo como sentindo-se «de novo nascido», uma experiência que se encontra ainda no âmago do actual protestantismo evangélico.
Isto teria sempre empurrado um homem como Lutero, uma estranha combinação de brutamontes e sonhador, para uma desavença com as autoridades eclesiásticas. Contudo, foi a prática do comércio de indulgências que o levou a perder a paciência.“
— Andrew Marr jornalista britânico 1959
História do Mundo

„Eu mesma não entendo minha enormíssima paciência de ficar à toa, só pensando, pensando e sentindo.“
— Adélia Prado Poetisa e escritora brasileira 1935

„(…) escreve Arbus, "foi nunca ter enfrentado qualquer adversidade. Encontrava-me confinada a uma sensação de irrealidade… E, por mais absurdo que pareça, a sensação de imunidade era dolorosa" Sentindo um descontentamento semelhante, West conseguiu, em 1927, um emprego como rececionista noturno num deprimente hotel de Manhattan. A maneira de Arbus procurar experiências e, por isso, adquirir um sentido de realidade, foi a câmera. (…) O interesse de Arbus pelos freaks exprime um desejo de violar a sua própria inocência.“
— Susan Sontag, livro On Photography
On Photography

„Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim? Tô me sentindo muito sozinho.“
— Caetano Veloso músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro 1942