Frases sobre dúvida
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“Quem, como ele, tinha sobrevivido ao próprio nascimento no lixo não se deixava expulsar tão facilmente do mundo. Era capaz de comer sopa aguada dias e dias, sobrevivia com o leite mais diluído, suportava os legumes e as carnes mais podres. Ao longo da infância, sobreviveu ao sarampo, disenteria, varicela, cólera, a uma queda de seis metros num poço e a queimadura no peito com água fervente. É verdade que trazia disso cicatrizes, arranhões, feridas e um pé meio aleijado que o fazia capengar, mas sobreviveu. Era duro como uma bactéria resistente e auto-suficiente como um carrapato colado numa árvore, que vive de uma gotinha de sangue sugada ano passado. Precisava de um mínimo de alimentação e vestimenta para o corpo. Para a alma, não precisava de nada. Calor humano, dedicação, delicadeza, amor — ou seja lá como se chamam todas as coisas que dizem que uma criança precisa — eram completamente dispensáveis para o menino Grenouille. Ou então, assim nos parece, ele as tinha tornado dispensáveis simplesmente para poder sobreviver. O grito depois do seu nascimento, o grito sob a mesa de limpar peixe, o grito com que ele se tinha feito notar e levado a mãe ao cadafalso, não fora um grito instintivo de compaixão e amor. Fora bem pesado, quase se poderia dizer um grito maduramente pensado e pesado, com que o recém-nascido se decidira contra o amor e, mesmo assim, a favor da vida. Nas circunstâncias, isto era possível sem aquilo, e, se a criança tivesse exigido ambos, então teria, sem dúvida, fenecido miseramente. Também teria podido, no entanto, escolher naquela ocasião a segunda possibilidade que lhe estava aberta, calando e legando o caminho do nascimento para a morte sem esse desvio pela vida, e assim teria poupado a si e ao mundo uma porção de desgraças. Mas, para se omitir tão humildemente, teria sido necessário um mínimo de gentileza inata, e isto Grenouille não possuía. Foi um monstro desde o começo. Ele se decidiu em favor da vida por pura teimosia e maldade.”

Perfume: The Story of a Murderer

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“Quem alcançou neste mundo grandeza igual à dessa bendita mulher, a mãe de Deus, a virgem Maria? No entanto, como se fala dela? A sua grandeza não provém do fato de ter sido bendita entre as mulheres, e se uma estranha coincidência não levasse a assembléia a pensar com a mesma desumanidade do predicador, qualquer jovem devia, seguramente, perguntar: Por que não fui eu também bendita entre as mulheres? Se se não possuísse outra resposta, de forma alguma acharia ter de rejeitar esta pergunta, pretextando a sua falta de senso; porque, no abstrato, em presença de um favor, todos temos mesmos direitos. São esquecidos a tribulação, a angústia, o paradoxo. Meu pensamento é tão puro como o de qualquer outro; e ele purifica-se, exercendo-se sobre as coisas. E se não se enobrecer pode-se então esperar pelo espanto; porque se essas imagens foram alguma vez evocadas jamais poderão ser esquecidas. E se contra elasse peca, extraem da sua muda cólera uma terrível vingança, mais terrível do que os rugidos de dez ferozes críticos. Maria, indubitavelmente, deu à luz o filho graças a um milagre, mas no decorrer de tal acontecimento foi como todas as outras mulheres, e esse tempo é o da angústia, da tribulação e do paradoxo. O anjo foi, sem dúvida, um espírito caritativo, mas não foi complacente porque não foi dizer a todas as outras virgens de Israel: Não desprezeis Maria, porque lhe sucedeu o extraordinário. Apresentou-se perante ela só e ninguém a pôde compreender. No entanto, que outra mulher foi mais ofendida do que Maria? Pois não é também verdade que aquele a quem Deus abençoa é também amaldiçoado com o mesmo sopro do seu espírito? É desta forma que se torna necessário, espiritualmente, compreender Maria. Ela não é, de maneira alguma, uma formosa dama que brinca com um deus menino, e até me sinto revoltado ao dizer isto e muito mais ao pensar na afetação e ligeireza de tal concepção. Apesar disso, quando diz: sou a serva do Senhor, ela é grande e imagino que não deve ser difícil explicar por que razão se tornou mãe de Deus. Não precisa, absolutamente nada, da admiração do mundo, tal como Abraão não necessita de lágrimas, porque nem ela foi uma heroína, nem ele foi um herói. E não se tornaram grandes por terem escapado à tribulação, ao desespero e ao paradoxo, mas precisamente porque sofreram tudo isso. Há grandeza em ouvir dizer ao poeta, quando apresenta o seu herói trágico à admiração dos homens: chorai por ele; merece-o; porque é grandioso merecer as lágrimas dos que são dignos de as derramar; há grandeza em ver o poeta conter a multidão, corrigir os homens e analisá-los um por um para verificar se são dignos de chorar pelo herói, porque as lágrimas dos vulgares chorões profanam o sagrado. Contudo ainda é mais grandioso que o cavaleiro da fé possa dizer ao nobre caráter que quer chorar por ele: não chores por mim, chora antes por ti próprio.”

Søren Kierkegaard (1813–1855)
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“Na dúvida, entregue se!”

Björk (1965) cantora islandesa
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“Fé: 24 horas de dúvida, menos um minuto de Esperança”

Georges Bernanos (1888–1948)

La foi, c'est aussi vingt-quatre heures de doute, moins une minute d'espérance
Georges Bernanos - página 300, Collection des Cahiers du Rhône, de Albert Béguin, Éditions du Seuil, 1949, 375 páginas

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“A dúvida é o sal do espírito, sem uma pitada de dúvida, todos os conhecimentos em breve apodreceriam.”

Émile-Auguste Chartier (1868–1951)

Le doute est le sel de l'esprit ; sans la pointe du doute, toutes les connaissances sont bientôt pourries.
Minerve: ou, De la sagesse - págian 301, Alain - P. Hartmann, 1939 - 306 páginas
Minerva ou a Sabedoria

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“O que é um pintor, além do acaso do talento pessoal? É sem dúvida alguém cujo excessivo apetite de ascensão social se desencaminhou numa prática que ultrapassa as distinções sociais, e que desde então nenhuma notoriedade poderá preencher: tal é a aventura do pintor que nestas páginas leva o nome de Goya.”

Pierre Michon (1945)

Qu’est-ce qu’un grand peintre, au-delà des hasards du talent personnel ?C’est quelqu’un sans doute dont le trop violent appétit d’élévation sociale s’est fourvoyé dans une pratique qui outrepasse les distinctions sociales, et que dès lors nulle renommée ne pourra combler : telle est l’aventure du peintre qui dans ces pages porte le nom de Goya.

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“A ciência deve ser universal, sem dúvida. Porém, nós não devemos acreditar incondicionalmente nisto.”

César Lattes (1924–2005) físico brasileiro

entrevista a Eustáquio Gomes e Graça Caldas, para a edição de outubro de 1987 do Jornal da Unicamp http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/outubro2004/ju271pag06.html

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“Há muitas formas diferentes de comunicação, mas a música é, sem dúvida, a mais pura de todas. Não se pode ferir ninguém com ela. Você pode até ofender alguém com determinadas canções, mas para isto é necessário que algo seja dito - impossível um instrumental magoar alguém de alguma forma. Por isso eu digo: música é uma graça divina.”

Duane Allman (1946–1971)

There's a lot of different forms of communication, but music is absolutely the purest one, man. You can't hurt anybody with music. You can maybe offend somebody with songs and words, but you can't offend anybody with music - it's all just good. There's nothing at all that could ever be bad about music, about playing it. It's a wonderful thing, a grace.
entrevista a Ed Shane, conforme citado http://duaneallman.info/duaneallmanremembered.htm em "JAS OBRECHT: Duane Allman Remembered", publicado em 'Guitar Player', outubro de 1981

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“Dizem que o amor é cego, mas sem duvida sempre viu onde havia mais dinheiro.”

Levin Schücking (1814–1883)

Die Liebe, sagt man, wäre blind; ich will den Satz nicht ganz bestreiten; doch wo die meisten Thaler sind, sah sie recht gut zu allen Zeiten
Welt und Zeit, 482.) http://www.zeno.org/Wander-1867/A/Liebe

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“Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões.”

Bertrand Russell (1872–1970)

Variante: Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no fato de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões.

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“A dúvida é autora das insônias mais cruéis.”

Nélson Rodrigues (1912–1980) escritor e dramaturgo brasileiro
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“Toda vez que eu vou a uma conferência de escritores brancos, eu tenho um método para descobrir se meus colegas são racistas. Ele consiste em proferir idiotices e manter teses absurdas. Se eles ouvem respeitosamente e, ao final, eles me enchem de aplausos, eu não tenho a menor dúvida: eles são uns malditos racistas.”

James Baldwin (escritor) (1924–1987)

"Every time I attend a conference of white writers, I have a method for finding out if my colleagues are racist. It consists of uttering stupidities and maintaining absurd theses. If they listen respectfully and, at the end, overwhelm me with applause, there isn't the slightest doubt: they are filthy racists."
Como citado por Daphne Patai & Noretta Koertge (1943) em Professing feminism: Education and indocrination in women's studies / Daphne Patai and Noretta Koertge. — New and expanded ed. — Copyright 2003 by Lexigton Books, p. 80 https://books.google.com.br/books?id=5IKHbZacWJYC&pg=PA80. Texto traduzido por M. Elitista em uma publicação de 8 de outubro de 2015 https://www.facebook.com/AventurasnaJusticaSocial/photos/a.827394220675429.1073741828.827240997357418/905484919533025/?type=3 na página do Facebook Aventuras na Justiça Social https://www.facebook.com/AventurasnaJusticaSocial?fref=ts.

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“Os musicais deram aos EUA uma cultura étnica, que sem dúvida influenciou o balé.”

Rudolf Nureyev (1938–1993) Bailarino e coreógrafo soviético

I musicals han dato all'America una cultura etnica, che ha senza dubbio influenzato il balletto.
como citado in: Roberto Gervaso, La mosca al naso, Rizzoli Editore, 1980.
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“Nenhum trabalho de qualidade pode ser feito sem concentração e auto-sacrifício, esforço e dúvida”

Max Beerbohm (1872–1956)

No fine work can be done without concentration and self-sacrifice and toil and doubt.
"And even now, and A Christmas garland‎" - Página 64, Parte 68 de Dutton everyman paperback, Autor Sir Max Beerbohm, Editora Dutton, 1960, 275 páginas

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“O velho acredita em tudo; o homem maduro duvida de tudo e o jovem sabe tudo.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa

The old believe everything; the middle-aged suspect everything; the young know everything.
Epigrams & aphorisms - Página 67, Oscar Wilde, ‎George Henry Sargent - J. W. Luce, 1905 - 116 páginas
Epigramas
Variante: Os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia idade suspeitam de tudo, os jovens sabem tudo.

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“Ser homem é ter dúvidas, e mesmo assim continuar o seu caminho.”

Brida - página 229, Paulo Coelho - Rocco, 1995 - 286 páginas
Por obra, Brida

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“A verdade sem dúvidas é linda; assim como as mentiras.”

Ralph Waldo Emerson (1803–1882)

Truth is beautiful. Without doubt; and so are lies
Journals of Ralph Waldo Emerson: With Annotations‎ - v.3 Página 437, de Ralph Waldo Emerson, Waldo Emerson Forbes - Publicado por Reprint Services Corp., 1910

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“Crê nos que buscam a verdade, duvida dos que a encontram.”

André Gide (1869–1951)

Croyez ceux qui cherchent la vérité, doutez de ceux qui la trouvent.
"Jeux sont faits" - página 174, André Gide - Gallimard, 1952 - 197 páginas

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“é que nos apresentavam o progresso como divindade irrisória. Progresso do comércio e da indústria; das belas-artes, principalmente, que estupidez! Progresso do conhecimento, sim, sem dúvida. Mas o que importa é o progresso do próprio Homem.”

André Gide (1869–1951)

"Os frutos da Terra" - página 203, André Gide; tradução de Sérgio Milliet - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982 - 214 páginas
Os frutos da Terra (1897)

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“Sem dúvida, a falta de concorrência na busca de uma vantagem: reduz a vaidade.”

Zweifelsohne hat der Mangel an Wetteifer im Streben einen Vorteil: Er vermindert die Eitelkeit
"Über Deutschland" [Sobre a Alemanha]

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“Se nos fosse dado o poder mágico de ler na mente uns dos outros, o primeiro efeito seria sem dúvida o fim de todas as amizades.”

Bertrand Russell (1872–1970)

If we were all given by magic the power to read each other's thoughts I suppose the first effect would be that almost all friendships would be dissolved
The conquest of happiness‎ - Página 114, Bertrand Russell - H. Liveright, 1930 - 249 páginas

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“Quando a mulher desse tipo não tem dúvida sobre o amor de um homem, deixa de interessar-se por ele.”

Bertrand Russell (1872–1970)

Capítulo 1: O que torna as pessoas infelizes? - Coleção Saraiva de Bolso, página 18.
Escreve Bertrand Russell sobre o narcisismo.
A conquista da felicidade

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“A dúvida é uma homenagem prestada à esperança”

Conde de Lautréamont (1846–1870) Poeta francês nascido no Uruguai, Isidore Ducasse

Le doute est un hommage rendu à l'espoir.
Poésies II, dans Œuvres complètes, Lautréamont, éd. Guy Lévis Mano, 1938, p. 321 ( texto completo no Wikisource em francês https://fr.wikisource.org/wiki/Poésies_(Lautréamont))

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“A tolerância é a filha da dúvida”

Erich Maria Remarque (1898–1970) Escritor alemão

Fonte: "Arco de Triunfo"

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“O tédio é a falta de uma mitologia. A quem não tem crenças, até a dúvida é impossível, até o cepticismo não tem força para desconfiar.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

"Autobiografia sem Factos". Assírio & Alvim, Lisboa, 2006, p.
Autobiografia sem Factos

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“Destruída está a velha lira, na rocha que se chama Cristo! A lira que para a má comemoração, era movimentada pelo inimigo mau. A lira que soava para a rebelião, que cantava dúvidas, zombarias e apostasias. Senhor, Senhor, eu me ajoelho, perdoa, perdoa minhas canções!”

Heinrich Heine (1797–1856)

Zerschlagen ist die alte Leier am Felsen, welcher Christus heißt!
Die Leier, die zur bösen Feier bewegt ward von dem bösen Geist,
Die Leier, die zum Aufruhr klang, die Zweifel, Spott und Abfall sang.
O Herr, o Herr, ich kniee nieder, vergib, vergib mir meine Lieder!
citado em "From Wolfram and Petrarch to Goethe and Grass: studies in ..." - página 417, Leonard Wilson Forster, Dennis Howard Green, Leslie Peter Johnson - Kœrner V, 1982, ISBN 3873204053, 9783873204058 - 642 páginas
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“Queria ter tido um amante para dividir minhas contas e minhas dúvidas”

Lady Francisco (1940–2019)

no programa SuperPop, da RedeTV!

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