Frases sobre roupas
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“Sou eu quem escolhe minhas roupas, eu adoro acompanhar as tendências”

dizendo que não dispensa uma visita ao shopping; no TV Fama, RedeTV!

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“Admiro a roupa de alta costura Versace. É feminina e atemporal. Gosto também da Forum, principalmente do jeans, batas e blusas”

Luiza Brunet (1962) Atriz e empresária ex-modelo brasileira

Revista Isto É Gente n.294

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“Foi superlegal visitar a galeria (…). Tem umas (coisas?) superlegais (…). Eu vi a exposição (…) superlegal, cheia das roupas da época do punk. Algumas coisas eu super usaria.”

Luana Piovani (1976) Atriz, apresentadora e modelo brasileira

Luana Piovani, supermodelo, em sua superpágina na internet, falando da supervisita que fez à Visionaire Gallery, em Nova York
Fonte: Revista Veja, Edição 1 670 - 11/10/2000 http://veja.abril.com.br/111000/vejaessa.html

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“Comecei como um típico árabe: fazendo roupas para sobreviver.”

Fause Haten (1968)

Fonte: IstoÉ Gente. Data: 26 de Janeiro de 2004.
Fonte: Estilo árabe na capital paulista, Rodrigo Cardoso, IstoÉ Gente, 26 de Janeiro de 2004 http://www.terra.com.br/istoegente/233/reportagens/capa_sp_fausen_haten.htm,

“Como uma boa geminiana, acordo cada dia com um estilo diferente. Meu guarda-roupa é cheio de variações, mas destaco o jeans da Toli.”

Veste muito bem".
Fonte: Revista Isto é Gente! n.302 http://www.terra.com.br/istoegente/302/frases/index.htm (30/05/2005)

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“Os sacerdotes, os magistrados e as mulheres não inteiramente privam suas roupas…”

Honoré De Balzac (1799–1850) Escritor francês

Les Pretres, les Magistrats et les Femmes ne depouillent jamais entiérement leur robe

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“Então deixa eu te beijar até você sentir vontade de tirar a roupa.”

Trecho da música Lutar Pelo Que É Meu

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“Nunca admiro o ato ou o fato, mas apenas o espírito humano. O ato, o fato, são vestimentas e a história não é mais do que o velho guarda-roupa do espírito humano.”

Heinrich Heine (1797–1856)

Variante: Nunca admiro o acto ou o facto, mas apenas o espírito humano. O acto, o facto, são vestimentas e a história não é mais do que o velho guarda-roupa do espírito humano.

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“A vida inteira ele viveu perambulando, mandado embora de um lugar, assim que a "gente fina" comprava toda a maconha ou haxixe que quisesse, assim que houvesse perdido na roda da fortuna todas as moedas que queria. A vida inteira ele se ouviu sendo chamado de cigano sujo. A "gente fina" cria raízes; ele não tem nenhuma. Esse sujeito, Halleck, viu tendas de lona serem incendiadas por brincadeira, nos anos 30 e 40, e talvez houvesse bebês e velhos incendiados em algumas daquelas tendas. Ele viu suas filhas ou as filhas dos amigos serem atacadas, talvez violentadas, porque toda aquela "gente fina" sabe que ciganos trepam como coelhos e que um pouco mais não fará diferença — mas mesmo que faça, quem se importa? Ele talvez tenha visto seus filhos ou os filhos dos amigos serem surrados até quase a morte… e por quê? Porque os pais dos garotos que os surraram perderam algum dinheiro nos jogos de azar. É sempre a mesma coisa: você chega na cidade, a "gente fina" fica com o que quer e depois o manda embora. Às vezes, essa "gente fina" o condena a uma semana de trabalho na fazenda local de ervilhas ou um mês entre os trabalhadores da estrada local, como medida de ensinamento. E então, Halleck, para o cúmulo das coisas, vem o estalo final do chicote. O importante advogado de três queixos e bochechas de buldogue atropela e mata sua esposa na rua. Ela tem 70, 75 anos, é meio cega, talvez apenas se aventure no meio da rua depressa demais por querer voltar para sua gente antes de se mijar nas roupas — e ossos velhos quebram fácil, ossos velhos são como vidro, e você fica por ali, pensando que desta vez,, haverá um pouco de justiça… um instante de justiça, como indenização por toda uma vida de miséria e…”

Thinner

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“Jason bebia uma caneca de cerveja preta, a quarta, a espera de que o temporal passasse. Mas não passava, vinha em ondas sucessivas. Tinha começado a pensar em sair assim mesmo, de qualquer jeito, quando de repente uma figura estranha junto ao balcão chamou a atenção de todos.
Era um homem alto, de olhos azuis, cabelo loiro escuro, barba e bigode, bem constituído. Se estivesse sóbrio e usasse um roupa melhor, passaria por um sujeito elegante. Mas estava absolutamente bêbado e a roupa era um farrapo em desalinho. Demonstrara a bebedeira agora, dando um grito repentino que havia assustado todo mundo. Não um grito normal de bêbado: um rugido, um som portentoso e fundo que encheu o local, quase tão sonoro quanto uma nota. E prolongado, prolongado. O loiro de barba inclinou a cabeça para trás e continuou a berrar. Era inacreditável que tanto som pudesse caber num único homem.
A clientela observava o berrador com uma certa benevolência. Divertimento dos bons era raro, nesses lados de Londres. O berrador inclinou mais uma vez a cabeça. Berrou mais uma vez – um som comprido, um lamento que não acabava. Era como ouvir uma fera encurralada. E agora viam que ele apertava os olhos como se sentisse dor, e viam que alguma coisa escorria pelo seu rosto.
“É o russo”, Jason ouviu dizerem na mesa ao lado. “Fica assim toda vez que quer ir para casa. Acontece a mesma coisa toda semana em que em que ele toca o suficiente para bancar essa bebedeira”.
Jason ficou onde estava, observando. Teve pena do russo, que chorava e tinha saudades de casa.

Cântico para última viagem, Cap. 3 CSouthhampton, Cais 44, Terminal Marítimo, 9h25”

Psalm at Journey's End

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“O Filósofo & O Prisioneiro - Uma Alegoria para sabedoria da vida

Condenado a pena de morte o Filósofo sentava-se solitário em sua cela, enquanto observava o céu estrelado pela pequena janela que ali havia.

Faltando apenas algumas horas para sua execução, um outro prisioneiro é arremessado em sua cela

– Faltam-te apenas duas horas! E a morte irá beijá-lo! Gritou o guarda enquanto os enjaulava sem piedade

Após levantar-se e limpar suas roupas sujas. O prisioneiro encara aquele velho homem de barbas longas que encontrava-se ali parado, observando atentamente o céu noturno

– O Guarda disse que você só tem duas horas de vida… Como se sente?

Questionou o prisioneiro de forma tímida e preocupada, tentando puxar assunto. Enquanto isso o filósofo seguia em silencio observando o céu estrelado.

O Prisioneiro por sua vez, caminhava de um lado para o outro incansavelmente preocupado

– Para mim, imagino que faltam três ou quatro horas… Droga! Eu mal consegui realizar os meus sonhos… O que você pretende fazer nas suas duas últimas horas?

Persistia o prisioneiro em uma tentativa falha de diálogo, enquanto caminhava de um lado para o outro, preocupado e com o medo da morte começa a remover sua camiseta e amarra-la na parte mais alta da cela

– Quer saber? Pode ficar ai, fingindo que está tudo bem. Eu vou me matar, eu prefiro isso do que ser condenado a cadeira elétrica!

O Filósofo, ao escutar tais palavras sórdidas volta sua atenção a aquela pobre alma.

– Antes de prosseguir com esse ato, poderia por favor vir aqui ver algo?

Disse o filósofo em tonalidade calma e serena

O Prisioneiro indaga – Ver o que? Não há nada que possa nos salvar agora

– Eu insisto, tenho algo a mostrar-te…

O Prisioneiro então caminha até a janela

– Está vendo aquela estrela? A Mais brilhante dentre elas Disse o Filósofo apontando com os dedos para o céu estrelado

– Sim, estou sim, aquela com uma tonalidade meio azulada não é? – Ela mesmo…

O Filósofo encosta-se na parede, e com a voz calma ele diz

– Observe a atentamente, imagine que naquela estrela existe também um planeta

Um planeta tal como o nosso, com heróis e vilões, deuses e homens, sábios e tolos, o quão fascinante não seria? O Quão fascinante não seria estar observando-os agora neste momento oportuno, a algumas horas antes da nossa morte…

O Prisioneiro encantado com tais palavras, observava atentamente aquela estrela, e toda aquela euforia e preocupação que havia em sua mente aos poucos se esvai

O Filósofo então, coloca as mãos nos ombros daquela pobre alma e diz

– Essa estrela, já pode ter se apagado a muito tempo embora ainda estejamos contemplando a sua luz (…) Toda a vida que um dia viveu sobre o calor daquela estrela, hoje se encontra no mais sublime silencio da doce morte que os encontra

Tal como a nossa estrela, que é um ponto luminoso no céu noturno de alguém

Quando morrermos, a luz da nossa estrela servirá como um suspiro de esperança para homens que como nós aguardam o sublime beijo da dona morte.

O Prisioneiro com os olhos cheios de lágrimas e o coração calmo, sorri, e mesmo diante da inevitável morte encontrava-se tranquilo

– Então não temes a morte? Perguntou o Prisioneiro

O Filósofo caminha até a janela, e olhando para o céu noturno com a contemplação filosófica de que a sua morte de nada importava para o universo

Sorrindo ele responde

– A realização de que vou virar pó, paradoxalmente me tranquiliza…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“O que tu estás a usar quando estás de roupa de andar em casa são pré-panos.”

" Roupa de andar em casa ", Mixórdia de Temáticas 15-04-2015

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“Eu gosto de andar à aventura e não uso roupa interior.”

" Incoerência de camion ", Mixórdia de Temáticas 27-09-2012

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“Sabe, minha classe de lealdade era uma lealdade a meu país, não a suas instituições ou seus governantes oficiais. O país é algo real, é o substancial, o eterno; é algo pelo que vigiar e preocupar-se e ao que ser leal. As instituições são estranhas, são meras roupas e as roupas podem ser mudadas, se tornar ásperas, deixar de ser confortáveis, deixar de proteger aos corpos do inverno, a enfermidade ou a morte. Ser leal aos trapos, disparar pelos trapos, venerar aos trapos, morrer pelos trapos, isso é lealdade ao irracional, é puramente animal. Isto pertence à monarquia, foi inventado pela monarquia; deixe que a monarquia os conserve.”

Mark Twain (1835–1910) escritor, humorista e inventor norte-americano

You see my kind of loyalty was loyalty to one's country, not to its institutions, or its office holders. The country is the real thing, the substantial thing, the eternal thing; it is the thing to watch over, and care for, and be loyal to; institutions are extraneous, they are its mere clothing, and clothing can wear out, become ragged, cease to be comfortable, cease to protect the body from winter, disease, and death. To be loyal to rags, to shout for rags, to worship rags, to die for rags--this is loyalty to unreason, it is pure animal; it belongs to monarchy, was invented by monarchy; let monarchy keep it.
A Connecticut Yankee in King Arthur's court - página 100, Mark Twain - Harper & Bros., 1899 - 433 páginas

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“Poema – O Grito da solidão
‘’O som do nada
É o grito dos mortos
Ao serem atormentados pela vida’’

Não amo a solidão
Como uma benção dos Deuses

Tampouco a odeio
Como uma maldição rogada por Diabos

Compreendo-a como a dor de mulheres grávidas
Que tiveram suas crias arrancadas por
Facas finas a sangue frio
Enquanto gritavam enlouquecidamente
Para serem deixadas em paz

Destes gritos de dor e agonia
Nasceu a solidão

Banhada em Desespero e angustias
Rasgando o ventre das almas cansadas;

Não lembram de como choraram
No dia em que chegaram a esta prisão?

Como podem rir e rezar?
Como podem esquecer que toda a dor,
Todo o sofrimento e toda a angustia do mundo
Só és, o que és, porque nasceste para senti-la

Ah (…)
Os gritos da solidão
Atormentam até mesmo as estrelas
Que já se apagaram

E me enlouquecem todas as noites
Enquanto bato com a minha cabeça contra a parede
Até que o barulho do crânio se rompendo
Soe mais alto do que estes murmúrios do inferno

Lunático
Com o sangue escorrendo pelos meus olhos
Sou afrontado por uma crise de risos

Deitado no chão se contorcendo como o Diabo
No corpo de Freiras que masturbam-se com o crucifixo

Grito mais alto do que mil tambores
Mas as vozes nunca se calam!

- Calem-se!
- Calem-se!
(Grito incansavelmente com todo o ar dos meus pulmões)

Com os próprios punhos
Quebro todos os móveis do quarto

Pedaços de vidro se espalham pelo corredor
Destes corredores da vida
Do qual muitas vezes me vi enforcado
Enquanto me socorriam de uma overdose mental

Rasgo os meus braços
Formando cicatrizes
Que nunca vão se realizar

A solidão continua gritando
E gritando! E Gritando!

Abraço as minhas pernas
Recluso em um canto escuro
Sangrando e tremendo

Cantarolando em voz alta
Musicas que me fazem lembrar você

Doente como um escravo
Que grita de fome
Enquanto se alimenta das próprias fezes

O meu corpo treme com o frio
E o sangue na minha roupa é o único abraço
Que eu vou sentir

Os meus olhos turvos enxergam as estrelas
E o meu pulmão cansado de tanto gritar
Respira tranquilamente

A solidão cansou de gritar
Agora escuto os mortos
A cantarolarem em seu lugar…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Poesias & Maldições

“Sem essa de querer regrar a vida com coisas super artificiais,
Pausa na mente e na alma.
Redobre sua atenção para quem está ao seu lado.
Não diminua minutos para ficar com quem se ama.
Deixe o dia corrido em câmara lenta, não desperdice o seu tempo com mágoas ou rancor.
Abrace, beije, converse, visualize olho com olho, fale e escute…
Ame e espere ser amado.
Fuja dos barulhos alheios.
Enriqueça sua mente com uma boa leitura.
Cuide da alma com doses extras de perdão e de paz.
Caminhe… Se possivel de mãos dadas. E… ainda que não tenha uma mão para segurar, coloca o fone no ouvido, escute uma boa musica e curta sua própria companhia… Adote os verbos Amar, Viver e Ser!
Ei, não esqueça, Você bem de leve, pode sacudir o azedume alheio, sem parecer ser arrogante ou ainda ser mal interpretada.
Seja Você ainda que esteja chata, esquisita… preserve seus defeitos, afinal ninguem é perfeito.
E, lembre-se, mesmo que, tudo esteja dificil, você é dona de uma história linda que Deus criou.
Você é abençoada, blindada pelos cuidados de Deus.
Não tenha medo, comece, recomece todos os dias, no final do dia você terá superado tudo aquilo que te incomodou logo que acordou… Nem lembra mais o que era né?
Deixe que sua luz propria seja um resumo quando te perguntarem:
_"Bom, isso mostra que a vida tá boa?" Se quiser, responda: "É a vida tá boa!"
Se não quiser responder:
Dá uma piscadinha de olho, porque beijinho no ombro suja a roupa (por causa daquele batom vermelho que você não sai sem ele…) É… A vida tá boa!”

“QUANDO BUSCO AS CRIANÇAS NA ESCOLA

Quando busco as crianças na escola A curiosidade me consome por inteiro Porque lá existe um universo
De pessoas e de diferenças Aviltantes
Observo ao chegar mais cedo Tantas e tantas mulheres
Com as infinitas faces
E os seus arroubos tão distintos.

Noto a mãe mais devotada
Cuja principal beleza é indisfarçável Por entre as roupas informais
E os cabelos presos
E que levam as imaginações ao infinito.

Há também aquela executiva
Sempre muito bem vestida
E que se adorna de frieza altiva
Disfarçando que é só menina desejosa de amor sincero E de alguém que lhe proteja.

Vejo as mulheres participativas
Criadoras de debates e polêmicas
Organizando o teatrinho do colégio
Para que olvidem rotinas melancólicas
Amargadas como fel daquilo que em tese deveria ser um lar em harmonia.

Não existe como não notar
A genitora que ao mesmo tempo em que recebe os filhotes e os beija com saudades e sorrisos (quase que em desespero)
Vive um dia-a-dia atropelado entre compromissos e maternidade
Já que tem um ex-marido cafajeste e descomprometido.

Sinto o perfume enjoativo
Da mulher que busca o filho
Com indiferença e mau-humor contagiosos Vez que não queria estar ali buscando o filho E ainda muito menos ter o tal do filho.

Eu também desvendo mães que foram já colegas minhas Na infância ou na adolescência
Algumas até me reconhecem
Outras reconhecem, mas me ignoram
E assim me questiono como se daria Se tivéssemos ficado juntos
Construindo vidas em uníssono.

E divirto-me, no fim de tudo
Com alguns homens estúpidos
Que puxam as conversas mais estúpidas
A fim de seduzirem as mulheres - nada estúpidas - que estão ali na escola (Esses, com certeza, necessitam é de muito mais maturidade)

Porque desconhecem o lirismo da conversa casual
E que inflama os nossos corações e almas Demonstrando que a vida nos reserva várias surpresas
E, quiçá, famílias novinhas em folha
Esculpidas
E escritas
Entalhadas
Costuradas
Na escola das crianças.”

“NAMORO À DISTÂNCIA


Na quinta feira eu a busco na rodoviária
E a gente vai para casa
E não se acanha nem mesmo no elevador do prédio
E espalha as roupas e sapatos e mochilas pelo chão do apartamento E ali ficamos, em silêncio de pequena morte.

Já na sexta feira levantamos tarde Só que acordamos cedo Despertados pelo maior dos desejos Quando assim começa o dia
Entre gozos e gemidos
E com a cama antiga rangendo desesperada Cada vez mais alto.

Sábado é dia de receber amigos sempre tão queridos E eu fico orgulhoso de mãos dadas
Quase que me exibindo aos convidados
Com a minha namorada tão maravilhosa
E que veio para estar no feriado
Ao meu lado
Fazendo o nosso almoço italiano
E encantando com o seu sorriso
A todos os ali presentes.

Domingo bem cedo andamos de bicicleta lá no parque da cidade Visitamos os meus pais idosos
Almoçamos uma barca de comida japonesa
Mas alguma coisa
(Eu já sinto)
Está severamente errada.
O dia transcorre
O meu enfado já está patente
A minha irritação fica notória

O mau-humor impera
E a minha namorada inaugura o pranto mais discreto
Disfarçado e silencioso
Sem saber o que de fato
Está conosco acontecendo.

Não se culpe, namorada
Porque a distância é que não permite
Que entremos
Com recíproca e com entrega
Na estranha liturgia de nossas rotinas
A centenas de quilômetros distantes

E assim eu sinto que sou invadido
Alcunhando-lhe covardemente como Invasiva
Estrangeira
Forasteira

E você, por consequência
Sente medo e insegurança
Acionando a perigosa chave de ciúmes
Com as reações de defensiva clássicas.

E é quando, então, a gente briga de verdade
E a gente chora junto
E eu deixo você na rodoviária no início da noite Em silêncio de sepulcro

E dessa maneira o feriado acaba.

Eu preciso ter você mais perto
Eu preciso ter você no dia-a-dia
Eu preciso viajar mais vezes
Eu preciso que retorne muitas outras vezes
E que nos comprometamos com o fato de que somos a prioridade um do outro.
Eu preciso lhe pedir desculpas
E dizer mil vezes o quanto eu a cada dia mais
Te amo.

E dizer também que a sua mera existência dá sentido à minha vida.”