Frases sobre obra
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“Espalhar a própria fama por meio de feitos, eis uma obra de valor.”

Virgilio (-70–-19 a.C.) poeta romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina
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“As piores obras são sempre as que são feitas com as melhores intenções.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa
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“Uma geração atrás, o número cada vez menor de nascimentos de crianças vivas entre os herero era um assunto de grande interesse para os médicos de toda a África meridional. Os brancos preocupavam-se, de tal modo como se o gado estivesse atacado de peste bovina. Uma coisa desagradável, ver a população subjugada diminuindo daquele jeito anos após ano. O que é uma colônia sem seus nativos de pele escura? Que graça tem, se todos eles vão morrer? Apenas uma ampla extensão de deserto, sem criadas, sem trabalhadores rurais, sem operários para a construção civil e as minas - peraí, um minuto, é ele sim, Karl Marx, aquele velho racista manhoso, escapulindo de fininho, com os dentes trincados, sobrancelhas arqueadas, tentando fazer de conta que é só uma questão de Mão-de-Obra Barata e Mercados Internacionais… Ah, não. Uma colônia é muito mais que isso. A colônia é a latrina da alma européia, onde o sujeito pode baixar as calças e relaxar, gozando o cheiro de sua própria merda. Onde ele pode agarrar sua presa esguia rugindo com todas as forças sempre que lhe der na veneta, e beber-lhe o sangue com prazer incontido. Não é? Onde ele pode chafurdar, em pleno cio, e entregar-se a uma maciez, uma escuridão receptiva de braços e pernas, cabelos tão encarapinhados quanto os pêlos de sua própria genitália proibida. Onde a papoula, o cânhamo e a coca crescem luxuriantes, verdejantes, e não com a cores e o estilo da morte, como a cravagem e o agárico, as pragas e os fungos nativos da Europa. A Europa cristã sempre foi morte, Karl, morte e repressão. Lá fora, nas colônias, pode-se viver a vida, dedicar-se à vida e à sensualidade em todas as suas formas, sem prejudicar em nada a Metrópole, nada que suje aquelas catedrais, estátuas de mármore branco, pensamentos nobres… As notícias nunca chegam lá. Os silêncios aqui são tão amplos que absorvem todos os comportamentos, por mais sujos e animalescos que sejam…”

Gravity's Rainbow

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“MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO

(1890-1916)

Atque in perpetuum, frater, ave atque vale!
CAT.

Morre jovem o que os Deuses amam, é um preceito da sabedoria antiga. E por certo a imaginação, que figura novos mundos, e a arte, que em obras os finge, são os sinais notáveis desse amor divino. Não concedem os Deuses esses dons para que sejamos felizes, senão para que sejamos seus pares. Quem ama, ama só a igual, porque o faz igual com amá-lo. Como porém o homem não pode ser igual dos Deuses, pois o Destino os separou, não corre homem nem se alteia deus pelo amor divino; estagna só deus fingido, doente da sua ficção.

Não morrem jovens todos a que os Deuses amam, senão entendendo-se por morte o acabamento do que constitui a vida. E como à vida, além da mesma vida, a constitui o instinto natural com que se a vive, os Deuses, aos que amam, matam jovens ou na vida, ou no instinto natural com que vivê-la. Uns morrem; aos outros, tirado o instinto com que vivam, pesa a vida como morte, vivem morte, morrem a vida em ela mesma. E é na juventude, quando neles desabrocha a flor fatal e única, que começam a sua morte vivida.

No herói, no santo e no génio os Deuses se lembram dos homens. O herói é um homem como todos, a quem coube por sorte o auxílio divino; não está nele a luz que lhe estreia a fronte, sol da glória ou luar da morte, e lhe separa o rosto dos de seus pares. O santo é um homem bom a que os Deuses, por misericórdia, cegaram, para que não sofresse; cego, pode crer no bem, em si, e em deuses melhores, pois não vê, na alma que cuida própria e nas coisas incertas que o cercam, a operação irremediável do capricho dos Deuses, o jugo superior do Destino. Os Deuses são amigos do herói, compadecem-se do santo; só ao génio, porém, é que verdadeiramente amam. Mas o amor dos Deuses, como por destino não é humano, revela-se em aquilo em que humanamente se não revelara amor. Se só ao génio, amando-o, tornam seu igual, só ao génio dão, sem que queiram, a maldição fatal do abraço de fogo com que tal o afagam. Se a quem deram a beleza, só seu atributo, castigam com a consciência da mortalidade dela; se a quem deram a ciência, seu atributo também, punem com o conhecimento do que nela há de eterna limitação; que angústias não farão pesar sobre aqueles, génios do pensamento ou da arte, a quem, tornando-os criadores, deram a sua mesma essência? Assim ao génio caberá, além da dor da morte da beleza alheia, e da mágoa de conhecer a universal ignorância, o sofrimento próprio, de se sentir par dos Deuses sendo homem, par dos homens sendo deus, êxul ao mesmo tempo em duas terras.

Génio na arte, não teve Sá-Carneiro nem alegria nem felicidade nesta vida. Só a arte, que fez ou que sentiu, por instantes o turbou de consolação. São assim os que os Deuses fadaram seus. Nem o amor os quer, nem a esperança os busca, nem a glória os acolhe. Ou morrem jovens, ou a si mesmos sobrevivem, íncolas da incompreensão ou da indiferença. Este morreu jovem, porque os Deuses lhe tiveram muito amor.

Mas para Sá-Carneiro, génio não só da arte mas da inovação nela, juntou-se, à indiferença que circunda os génios, o escárnio que persegue os inovadores, profetas, como Cassandra, de verdades que todos têm por mentira. In qua scribebat, barbara terrafuit. Mas, se a terra fora outra, não variara o destino. Hoje, mais que em outro tempo, qualquer privilégio é um castigo. Hoje, mais que nunca, se sofre a própria grandeza. As plebes de todas as classes cobrem, como uma maré morta, as ruínas do que foi grande e os alicerces desertos do que poderia sê-lo. O circo, mais que em Roma que morria, é hoje a vida de todos; porém alargou os seus muros até os confins da terra. A glória é dos gladiadores e dos mimos. Decide supremo qualquer soldado bárbaro, que a guarda impôs imperador. Nada nasce de grande que não nasça maldito, nem cresce de nobre que se não definhe, crescendo. Se assim é, assim seja! Os Deuses o quiseram assim.

Fernando Pessoa, 1924.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Loucura...

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“Depois de Aqcha, a cor da paisagem mudou de chumbo para alumínio, tornou-se pálida e mortiça, como se há milhares e milhares de anos o sol lhe sugasse a alegria. Estávamos agora na planície de Balkh, que se diz ser a cidade mais antiga do mundo. Os maciços de árvores verdes, os tufos de erva áspera e cortante em forma de repuxo, quase pareciam negros, pois destacavam-se sobre o fundo daquela tonalidade mortal. De vez em quando, avistávamos um campo de cevada. O cereal estava maduro, e turcomanos em tronco nu colhiam-no com foices. Mas não era castanho nem dourado, nem lembrava Ceres, nem abundância. Parecia ter embranquecido prematuramente, como o cabelo de um louco, perdendo tudo o que nele fora nutritivo. E destas extensas mortalhas, primeiro a norte e depois a sul da estrada, elevavam-se as formas branco-acizentadas e carcomidas de uma arquitectura antiga, montículos, sulcados e esmaecidos pela chuva e pelo sol, mais estafados do que qualquer obra humana por mim vista: uma pirâmide torta, uma plataforma afunilada, um maciço de ameias, um animal agachado, com que os gregos de Báctria estavam familiarizados, e Marco Polo depois deles. Já deviam ter desaparecido. Mas foi o próprio impacto do sol, que, congregando a pertinácia daquele barro de cinza, permitiu conservar uma centelha inextinguível de forma, a centelha que não se encontra numa fortificação romana, nem numa mamoa coberta de erva, a centelha que continua a tremeluzir num mundo mais luminoso do que ela própria, cansada como só um suicida frustrado consegue ser.”

The Road to Oxiana

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“Nosso esforço para ler e visualizar um romance está relacionado com nosso desejo de ser especiais e distinguir-nos dos outros. E esse sentimento tem a ver com nosso desejo de identificar- nos com as personagens do romance, cuja vida é diferente da nossa. Lendo Ulysses, sentimo-nos bem, em primeiro lugar, porque tentamos identificar-nos com as personagens, cuja vida, cujos sonhos, ambiente, temores, planos e tradições são tão diferentes dos nossos. Mas depois esse sentimento é ampliado por nossa consciência de que estamos lendo um romance "difícil" - e, no fundo, sentimo-nos empenhados numa atividade de certa distinção. Quando lemos a obra de um escritor desafiador como Joyce, parte de nosso cérebro está ocupada se congratulando conosco por lermos um escritor como Joyce.
Quando tirou da bolsa seu volume de Proust, no dia da matrícula, Ayse pretendia não desperdiçar o tempo que passaria na fila; mas provavelmente também queria mostrar como era diferente, fazendo um gesto social que lhe permitiria encontrar outros estudantes iguais a ela. Poderíamos descrevê-Ia como uma leitora sentimental-reflexiva, consciente do significado de seu gesto. E é provável que Zeynep fosse o tipo de leitora ingênua que, comparada com Ayse, tinha menos consciência do ar de distinção que um romance pode conferir a seus leitores. Ao menos podemos imaginar, sem correr o risco de estar enganados, que assim Ayse a via. A ingenuidade e a sentimentalidade do leitor – como uma consciência do artifício do romance - estão relacionadas com um interesse pelo contexto e pela maneira como se lê um romance e com o lugar do escritor nesse contexto.”

Orhan Pamuk (1952) escritor turco, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2006

The Naive and the Sentimental Novelist

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“São passados onze anos de governo do PT e a verdade é que, enquanto outros estados, durante todos esses anos, receberam centenas de milhões do governo federal para seus metrôs, o de BH ainda não saiu do papel. A duplicação da BR-381, tantas vezes anunciada, se transformou subitamente em uma obra muito menor que a prometida.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves declaração do senador no dia 8 de agosto de 2013.
Fonte PSDB http://www.psdb.org.br/declaracao-do-senador-aecio-neves-sobre-visita-da-presidente-dilma-rousseff-a-minas-gerais/

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“Retrato deste descompasso, o PAC é um inventário de obras inconclusas, com projetos ressuscitados para abastecer palanques políticos. Setores estratégicos da economia pagam o preço de erros sérios de planejamento, como o caso das hidrelétricas do rio Madeira.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves artigo do senador publicado dia 26 de agosto de 2013.
Fonte Folha de S.Paulo http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2013/08/1331830-confianca.shtml

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“A Ferrovia de integração Oeste Leste (Fiol) sem um palmo de trilho colocado. A Transnordestina, programada para estar pronta há dois anos, dos 1.700 Km não tem 300 Km prontos. A Transposição do São Francisco é de doer o coração. Obras há três anos abandonadas. Isso não é normal.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves discurso no dia 20 de setembro 2013.
Fonte PSDB http://www.psdb.org.br/aecio-neves-encontro-regional-hoje-largada-linda-aventura-favor-brasil/

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“Também é preocupante a questão da renda e do trabalho. O apagão de mão de obra qualificada se aprofunda pela baixa escolaridade do trabalhador e pela sua frágil formação para o mundo cada vez mais exigente do trabalho.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves artigo do senador 30 de setembro 2013
Fonte Folha de S.Paulo http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2013/09/1349291-andando-para-tras.shtml

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“Não há desperdício maior do que você começar uma obra, investir recursos nela e não terminá-la, porque aí o benefício não chega. O Brasil hoje é um grande cemitério de obras inacabadas.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves declaração do senador no Programa Nacional do PSDB dia 19 de setembro 2013
Fonte PSDB http://www.psdb.org.br/psdb-apresenta-bandeiras-programa-nacional/

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“Isso daqui (as obras) é um retrato da eficiência do governo de Minas contra a ineficiência do Governo Federal.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves - Vistoria a obras rodoviárias em Minas Gerais.
Fonte Amigos do Aécio http://amigosdoaecio.com.br/destaque-na-midia/aecio-neves-vistoria-obras-rodoviarias-em-minas-gerais/

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