Frases sobre demónio

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da demónio, homens, homem, próprio.

Frases sobre demónio

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“Poema - Esquizofrenias & Metáforas

Se as estrelas fossem
capazes de escrever poesias
escreveriam sobre a morte do universo
não há nada mais poético
do que a arte de morrer

Se os deuses descessem dos céus
e me oferecessem uma nova vida
eu a aceitaria!
só pelo prazer de me enforcar
nos cordões umbilicais
e apodrecer nas entranhas
da minha própria mãe

Achas que eu sou louco?
me consideras insano?

Não tentem compreender os meus poemas
se não consegues ouvir as vozes em sua mente

Os Filósofos e os Poetas
são como os Deuses e os Diabos
eles podem elevar os homens aos céus,
ou submetê-los a vermes insignificantes

Sinto o vírus da vida corroer as minhas entranhas
desde as auroras do meu nascimento

Eu sou um homem falho
um anjo caído que não foi capaz amar

Fazem dias que eu não consigo dormir
nos devaneios da minha mente insana
mato-me todas as noites
para suportar a dor

A Filosofia e a insônia
são como a noite e as estrelas
lábios que nos beijam e nos levam a loucura

É Por isso que as mentes mais insanas
compartilham com a noite
o desejo da morte que apenas as estrelas podem compreender

Em uma destas noites frias
uma sinfonia terrível rasgou os céus
anjos e demônios caíram sem as suas asas
crianças choravam e gritavam

- Deus! Deus!
gritavam os fiéis

Aquela silenciosa e melancólica noite
havia se tornado um terrível pesadelo

A Morte e o Diabo
invadiram o meu quarto com o seu cavalo de fogo
beijaram-se sobre a minha cama
enquanto gargalhavam sobre as minhas descrenças

Acreditei fielmente que a morte iria
me poupar deste inferno
lancei-me aos seus pés de joelhos

Gritando como um homem louco!

- Joguem-me em uma vala qualquer!
me enterrem vivo!
mesmo que eu grite por misericórdia
ou arranque as minhas próprias tripas em desespero
matem-me sem nenhum perdão

Ela sorriu de tal maneira
e com uma voz cruel gritou em meus ouvidos

- Se queres morrer
Viva intensamente!

Viva até que os vermes tenham pena da sua carcaça
viva até que os deuses desçam dos céus em suas carruagens
e implorem a ti pelo suicídio final”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Poesia Fernando Pessoa

“Veja o que Jesus fez


…E nesse novo serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros. 2 Coríntios 8:7 (NTLH)


O menino tinha apenas 8 anos quando anunciou para Wally, um amigo de seus pais: “Eu amo Jesus e quero servir a Deus no exterior algum dia.” Durante os dez anos seguintes ou mais, Wally orou por ele, enquanto o observava crescer. Mais tarde, quando este jovem se inscreveu para servir com uma agência missionária no Mali, Wally lhe disse: “Já estava na hora! Quando ouvi o que você queria fazer, investi algum dinheiro e fui guardando para você, esperando por esta notícia emocionante.” Wally deseja ajudar o próximo e contribuir para levar-lhes as boas-novas de Deus.

Jesus e Seus discípulos precisavam de apoio financeiro enquanto viajavam de cidade em cidade, contando a boa notícia do Seu reino (Lucas 8: 1-3). Um grupo de mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças ajudou a apoiá-los prestando “…assistência com os seus bens” (v.3). Uma delas foi Maria Madalena, que tinha sido liberta de sete demônios. Outra era Joana, mulher de um funcionário na corte de Herodes. Nada se sabe sobre Suzana e “muitas outras” (v.3), mas sabemos que Jesus tinha atendido as necessidades espirituais delas. Agora elas estavam ajudando Jesus e Seus discípulos compartilhando com eles os seus recursos financeiros.

Quando consideramos o que Jesus fez por nós, o desejo de Ele ajudar os outros, passa a ser nosso também. Vamos perguntar a Deus como Ele quer nos usar.

Jesus deu tudo o que tinha; 
Ele merece tudo o que somos. Anne Cetas”

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“Este mundo é um inferno para os animais e nós, humanos, seus demônios.”

Arthur Schopenhauer (1788–1860) filósofo alemão

Die Tiere leben in dieser Welt in der Hölle, und ihre Teufel sind die Menschen
Arthur Schopenhauer citado em "Wozu Religion?: Sinnfindung in Zeiten der Gier nach Macht und Geld" - página 122, Eugen Drewermann, Jürgen Hoeren - Herder, 2001 - 224 páginas
Atribuídas

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“Fortaleça sua fé dia após dia, mês após mês. Se enfraquecer mesmo um pouco, os demônios aproveitar-se-ão.”

Nitiren Daishonin (1222–1282)

Delta do Amazonas. Novos ventos soprando do rumo Norte http://books.google.com/books?id=C9DQa0aCtvAC&pg=PA247. biblioteca24horas; ISBN 978-85-7893-373-9. p. 234.

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“Poema - Tessalonicenses 4:16-18

Queimem as igrejas
rasguem todas as suas bíblias

Cristo voltou!
e somente os pecadores irão
banhar-se em seu sangue sagrado

Padres e Pastores
serão queimados
nas fogueiras da razão

Pois o filho de Deus
quer vingança
sobre as mentiras proclamadas
em seu nome;

Deitem-se com as Ninfas
profanem-se em imagens religiosas
amem os Demônios!

Estas dores que afligem o seu peito?
esse vazio que não sabes explicar?

Enforquem-se em luxuria
vendam suas almas ao diabo

E deixem que os pecados bíblicos
salvem a sua vida

Afastem de mim a sua Filosofia!
joguem fora estas Poesias de Amor!

Estes são os tempos dos loucos
e pecadores

Se quiseres a salvação
deverás amar a vida
e odiá-la a cada segundo

Pois dada a ordem
com a voz dos arcanjos
e o ressoar da trombeta de Deus

O próprio Senhor descerá dos céus
com a espada que prometeste
e a ira que guardas em seu peito
pois este não veio trazer a Paz!

- O que faremos nós com essa angustia
que rasgam o meu peito?

- E essa solidão que me mata
aos poucos?

Gritam as almas tristes em
plena agonia
de uma vida que não escolheram viver

- Matem-se eu vos digo!

Morram a cada segundo
que as suas dores o fizerem sofrer

Enforquem-se na frente
de todos aqueles
que disseram que as suas dores
eram uma mera frescura ou falta de atenção

Rasguem suas gargantas com punhais sagrados
E matem! Sim matem!

Afogado em seu próprio sangue
todos aqueles que disseram que o seu sofrimento
era falta do amor dos deuses

Pois estes não amam
nem mesmo a sepultura!

Estão perdidos em tantas metáforas?
estas alegorias foram escritas em solo sagrado!

E somente os assassinos de Deus
aqueles que banharam-se no pecado da humanidade
são capazes de compreende-la

Vomitem toda a angustia
que há em seu peito

É necessário a crucificação
para compreender os monstros que vivem
presos em sua mente

Nós os pecadores
nós somos os deuses!

Pois nos crucificam
todos os dias
e zombam das nossas dores

Sim eu os compreendo!
posso ouvir os seus gritos!

Não envergonhem-se em sentir
deixem que o sofrimento das suas almas vazias
e os pecados da carne

Os salvem do suicídio!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Niilista Poesia Poemas

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“Poema – Memórias póstumas

Quando eu disser
que me cansei de todas as coisas
não tentem me salvar

Deixem-me cortar os meus punhos
e sangrar até a luz do meio dia

Quando perceberem
que já estou morto

Transformem este dia
em um feriado santo

Batizem os seus filhos
em meu sangue

Exibam o meu corpo
em um altar de glória e poder

Profiram mentiras em meu nome
lembrem-se de memórias das quais
eu nunca vivi

E tampouco
gostaria de tê-las vivido

Coloquem flores
sobre o meu tumulo

Gritem por todos os cantos
o quanto sentem a minha falta

Digam
‘’Amo-te mais do que todas
as coisas’’

Enquanto olham as minhas velhas
fotografias de momentos dos quais
poderiam ter me dito tais palavras doces

Sim! Ascendam velas
em meu nome

Digam aos meus parentes e amigos
que sentem a minha falta

Mas por favor
esqueçam das vezes
das quais eu estava ao seu lado

Esqueçam de uma vez por todas
todos os passos frios que dei por
estas ruas vazias e cheias de ódio

Não lembrem-se das minhas
unhas arranhando estas paredes sujas
enquanto clamava por ajuda

Fechem os olhos e tampem os ouvidos
tal como fizeram das vezes
que supliquei em lágrimas

Lembrem-se das poucas
vezes em que eu fui capaz de sorrir

Ah (…)
quando eu caminhar
em direção aos vales distantes

Não culparei nenhum de vocês
por não compreenderem os meus demônios

Apenas deixarei que lembrem-se
das vezes que os transformei em canções poéticas
para os seus ouvidos surdos!

Não se preocupem com as lágrimas
ou com as dores do meu ato final

Continuem rezando
para os seus deuses de mentira

Vivendo suas vidas vazias
e cheias de fortuna

Continuem!
suplico que continuem!
em suas guerras ideológicas

Esqueçam aqueles que como eu
morreram abraçando suas próprias pernas

Esqueçam-me de uma vez por todas
enquanto lembram-se
do homem que eu nunca fui…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Supere seus demônios com uma coisa chamada amor.”

Bob Marley (1945–1981) foi um cantor, guitarrista (raggae) e compositor jamaicano famoso por popularizar o gênero

Variante: Superando os demônios com uma coisa chamada amor.

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“A Solidão é como um monstro do Abismo, renegada as luzes do paraíso e condenada a escuridão eterna. Tal como lúcifer que foi banido dos céus, e criou seu próprio paraíso chamado vulgarmente de Inferno pelos tolos.

Assim como os deuses e demônios, há dois tipos de solitários. Há aqueles que veem a Solidão como uma escura e sombria floresta, aonde todos os seus medos e desejos impuros transformam-se em bestas do abismo para te assombrar. A Solidão para eles é como uma ferida, um tormento de mil mundos, uma depressão exposta e sem cura cujo desespero pela companhia humana torna-se então um verdadeiro inferno.

Más existem também, aqueles que veem a Solidão como um refúgio dos deuses que vivem na superfície, um lugar aonde a sua besta interior mais terrível e assombrosa capaz de assustar o mais sábio dos deuses, é aceita com toda sua beleza e monstruosidade.

Aqueles que vagam no abismo propositalmente, que se negam as luzes do paraíso, e que condenam-se a viver solitários na escuridão eterna, são como Deuses de seu próprio mundo.

Assim como a Luz de Lúcifer que iluminou a escuridão com a sua beleza, nós os solitários que aceitamos a escuridão nos tornamos a única luz em nosso próprio abismo.

A Verdadeira liberdade, só pode ser concebida a aqueles que aceitam a solidão e seus monstros para então reinar sobre ela como verdadeiros Deuses.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“O demônio pode citar as Escrituras para justificar seus fins.”

The devil can quote Scripture for his purpose.
Comedy of errors. Much ado about nothing. Love's labour's lost. Midsummer-night's dream. Merchant of Venice, página 549 https://books.google.com.br/books?id=N3UoAAAAYAAJ&pg=PA549, William Shakespeare, ‎Samuel Weller Singer - Bell and Daldy, 1856
Outras obras

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“Nós não somos anjos ou demônios somos os dois.”

Carl Gustav Jung (1875–1961) psiquiatra e psicoterapeuta suíço

[carece de fontes]

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“Vai ser a concorrência do Diabo com o Demônio, e o vencedor será o Inferno.”

Leonel Brizola (1922–2004) Político brasileiro

Leonel Brizola, candidato do PDT à prefeitura do Rio, sobre a necessidade de união das esquerdas contra os candidatos Luiz Paulo Conde (PFL) e Cesar Maia (PTB)
Fonte: Revista Veja, Edição 1 656 - 5/7/2000 http://veja.abril.com.br/050700/vejaessa.html

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“Poema - 1 Reis 19:3-4

Sinfonias tristes
vagam pelo universo
como as lágrimas nos olhos
daqueles que sofrem em silencio

Acolhida pelas trevas
e renegada pelos deuses

Lilith havia sido amaldiçoada
com um abismo em seu coração

A sua vida
era como uma alegoria ao suicídio

Enforcava-se na escuridão
todas as vezes
que não conseguia encontrar
a luz das estrelas

Sentindo-se
sozinha em um mundo
do qual não escolheu viver

Trancafiada nos cárceres privados
da sua própria mente
era assombrada pelos mais terríveis demônios

As paredes do seu quarto
jorravam o sangue
das suas tentativas de suicídio

Embora as suas lágrimas
clamassem pela salvação
daquele terrível abismo

A sua essência
banhava-se na escuridão

Em seus olhos habitavam
o desejo de dilacerar os seus punhos
enquanto afogava-se em uma banheira
repleta de sangue e lágrimas

Mas em seu coração
haviam as chamas negras de uma fênix
que renascia a cada segundo

Então ela se enforcava
em seus sonhos sublimes

Deitava-se na cama
com os olhos fechados
imaginando-se dependurada
enquanto matava as suas dores

E ao abrir os olhos
repletos de lágrimas
havia renascido mais uma vez

As feridas em seu peito
espalhavam-se como um câncer

Gritos ensurdecedores emanavam
das janelas daquele quarto hostil

– Já tive o bastante, Senhor!
matem-me sem nenhum perdão!
pois não estão matando uma alma inocente
apenas crucificando as suas dores

Mas quem poderia escutá-la?
quem poderia salvá-la?

Não se pode salvar uma alma
que sorri para o abismo
e se banha em seu próprio sangue

Gritando aos deuses
ela sorriu pela ultima vez
enquanto as suas angustias
tornavam-se sinfonias tristes

A vagar pelo universo
como as lágrimas nos olhos
daqueles que sofrem em silencio…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Existencialismo Ateísmo Deuses Nietzsche

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“Foi o orgulho que transformou anjos em demônios, mas é a humildade que faz de homens anjos.”

Aurélio Agostinho (354–430) bispo, teólogo e filósofo cristão

como citado em "Best Thoughts Of Best Thinkers: Amplified, Classified, Exemplified and Arranged as a Key to unlock the Literature of All Ages" (1904) edited by Hialmer Day Gould and Edward Louis Hessenmueller

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“O carácter do homem é o seu demônio.”

Heráclito (-535) filósofo pré-socrático considerado o "Pai da dialética"
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“O demônio teme a alma unida a Deus como ao próprio Deus.”

João da Cruz (1542–1591)

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“Tudo que a humanidade sofreu com as guerras, com a pobreza, com a pestilência, com a fome, com o fogo e com o dilúvio, todo o pavor e toda a dor de todas as doenças e de todas as mortes – tudo isso se reduz a nada quando posto lado a lado com as agonias que se destinam às almas perdidas. Este é o consolo da religião cristã. Esta é a justiça de Deus – a misericórdia de Cristo. Este dogma aterrorizante, esta mentira infinita: foi isto que me tornou um implacável inimigo do cristianismo. A verdade é que a crença na danação eterna tem sido o verdadeiro perseguidor. Fundou a Inquisição, forjou as correntes e construiu instrumentos de tortura. Obscureceu a vida de muitos milhões. Tornou o berço tão terrível quanto o caixão. Escravizou nações e derramou o sangue de incontáveis milhares. Sacrificou os melhores, os mais sábios, os mais bravos. Subverteu a noção de justiça, derriscou a compaixão dos corações, transformou homens em demônios e baniu a razão dos cérebros. Como uma serpente peçonhenta, rasteja, sussurra e se insinua em toda crença ortodoxa. Transforma o homem numa eterna vítima e Deus num eterno demônio. É o horror infinito. Cada igreja em que se ensina esta idéia é uma maldição pública. Todo pregador que a difunde é um inimigo da humanidade. Em vão se procuraria uma selvageria mais ignóbil que este dogma cristão. Representa a maldade, o ódio e a vingança sem fim. Nada poderia tornar o inferno pior, exceto a presença de seu criador, Deus. Enquanto estiver vivo, enquanto estiver respirando, negarei esta mentira infinita com toda minha força, a odiarei com cada gota de meu sangue.”

Robert Green Ingersoll (1833–1899)

Porque sou agnóstico

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“A disposição de lutar contra os próprios demônios levará seus anjos a cantar.”

August Wilson (1945–2005)

Your willingness to wrestle with your demons will cause your angels to sing.
citado em "Daily Affirmations for Forgiving and Moving on"‎ - Página 73, de Tian Dayton - Editora HCI, 1992, ISBN 1558742158, 9781558742154 - 275 páginas

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“Pode acordar, abre o olho, rapaz. Ninguém é tão santa, nem tão demônio quanto aparenta.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa
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“O Mundo Assombrado por Demônios”

Carl Sagan (1934–1996) grande cientista do séc XX, criador da aclamada série Cosmos: An Personal Voyager e desenvolvedor no conteú…
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“A mulher é o demónio muitíssimo aperfeiçoado.”

Victor Hugo (1802–1885) poeta, romancista e dramaturgo francês
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“Você, Lord Byron, é inteligente também, mas uma inteligência fina, penetrante, como aço, como uma espada. Ao contrário de mim, você é mais capaz de se fazer amado do que de amar. Sua lógica é irresistível, mas impiedosa, irritante. É desses remédios que matam a doença e o doente. Você tem sentimento poético, e muito — no entanto é incapaz de escrever um verso que preste. Por quê? Sei lá. Há qualquer coisa que te contém, que te segura, como uma mão. Sua compreensão do mundo, da vida e das coisas é surpreendente, seu olho clínico é infalível, mas você é um homem refreado, bem comportado, bem educado, flor do asfalto, lírio de salão, um príncipe, o nosso Príncipe de Gales, como diz o Hugo. Tem uma aura de pureza não conspurcada, mas é ascético demais, aprimorado demais, debilitado por excesso de tratamento. Não se contamina nunca, e isso humilha a todo mundo. É esportivo, é atlético, é saudável, prevenido contra todas as doenças, mas, um dia, não vai resistir a um simples resfriado: há de cair de cama e afinal descobrir que para o vírus da gripe ainda não existe antibiótico. — Opinião de estudante de Medicina — e Eduardo pro- curava ocultar seu ressentimento com um sorriso. — Você, agora.
(…)
— E você, Eduardo. Você, o puro, o intocado, o que se preserva, como disse Mauro. Seu horror ao compromisso porque você se julga um comprometido, tem uma missão a cumprir, é um escritor. Você e sua simpatia, sua saúde… Bem sucedido em tudo, mas cheio de arestas que ferem sem querer. Seu ar de quem está sempre indo a um lugar que não é aqui, para se encontrar com alguém que não somos nós. Seu desprezo pelos fracos porque se julga forte, sua inteligência incômoda, sua explicação para tudo, seu senso prático — tudo orgulho. O orgulho de ser o primeiro — a vida, para você, é um campeonato de natação. Sua desenvoltura, sua excitação mental, sua fidelidade a um destino certo, tudo isso faz de você presa certa do demônio — mesmo sua vocação para o ascetismo, para a vida áspera, espartana. Você e seus escritores ingleses, você e sua chave que abre todas as portas. Orgulho: você e seu orgulho. De nós três, o de mais sorte, o escolhido, nosso amparo, nossa esperança. E de nós três, talvez, o mais miserável, talvez o mais desgraçado, porque condenado à incapacidade de amar, pelo orgulho, ou à solidão, pela renúncia. Hugo não disse mais nada. E os três, agora, não ousavam levantar a cabeça, para não mostrar que estavam chorando. O garçom veio saber se queriam mais chope, ninguém o atendeu. Alguém soltou uma gargalhada no fundo do bar. Lá fora, na rua, um bonde passou com estrépito.”

O Encontro Marcado

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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”

Les Misérables: Marius

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“Só com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o demônio
Em dias de grande enguiço.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Poems of Fernando Pessoa

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“Montei, fui trotando travado. Diadorim e o Caçanje iam já mais longe, regulado umas duzentas braças. Arte que perceberam que eu vinha, se viraram nas selas. Diadorim levantou o braço, bateu mão. Eu ia estugar, esporeei, queria um meio-galope, para logo alcançar os dois. Mas, aí, meu cavalo f’losofou: refugou baixo e refugou alto, se puxando para a beira da mão esquerda da estrada, por pouco não deu comigo no chão. E o que era, que estava assombrando o animal, era uma folha seca esvoaçada, que sobre se viu quase nos olhos e nas orêlhas dele. Do vento. Do vento que vinha, rodopiado. Redemoinho: o senhor sabe — a briga de ventos. O quando um esbarra com outro, e se enrolam, o dôido espetáculo. A poeira subia, a dar que dava escuro, no alto, o ponto às voltas, folharada, e ramarêdo quebrado, no estalar de pios assovios, se torcendo turvo, esgarabulhando. Senti meu cavalo como meu corpo. Aquilo passou, embora, o ró-ró. A gente dava graças a Deus. Mas Diadorim e o Caçanje se estavam lá adiante, por me esperar chegar. — “Redemunho!” — o Caçanje falou, esconjurando. — “Vento que enviesa, que vinga da banda do mar…” — Diadorim disse. Mas o Caçanje não entendia que fosse: redemunho era d’Ele — do diabo. O demônio se vertia ali, dentro viajava. Estive dando risada. O demo! Digo ao senhor. Na hora, não ri? Pensei. O que pensei: o diabo, na rua, no meio do redemunho… Acho o mais terrível da minha vida, ditado nessas palavras, que o senhor nunca deve de renovar. Mas, me escute. A gente vamos chegar lá. E até o Caçanje e Diadorim se riram também. Aí, tocamos.”

Grande Sertão: Veredas

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“O Dia em que eu morri

Hoje fui assombrado por todas as tristezas do mundo, a solidão que era a minha melhor amiga tentou me assassinar, e a melancolia que a muito tempo a aceitei como parte da minha essência, transformou-se em demência e levou-me a loucura.

Gritei por ajuda mas ninguém naquele quarto vazio poderia escutar minhas preces, as janelas transformaram-se em grades de prisões e aos poucos fui consumido pela escuridão que me aprisionou em um asilo de sofrimento e demência…

Demônios terríveis desciam pelas paredes e as vozes em minha mente lembravam-me que a solução para livrar-se da dor era a morte

Por muitos anos eu acreditei que havia superado os monstros e os diabos, e que o meu pacto com a solidão e a melancolia haviam feito de mim um homem livre. Mas a liberdade havia se tornado mais uma ilusão, e o Niilismo que há muito tempo havia me libertado das correntes frias da depressão e dos vícios também havia me traído.

Pois naquele momento de caos e desespero, eu não era um Niilista, tão pouco um professor ou um intelectual. Eu não era ninguém! Não existiam diferenças entre mim e os vermes, eu finalmente havia percebido que era hoje…

Hoje era o dia em que eu morreria, todos temos que morrer um dia certo? Em algum momento os monstros vão sair debaixo da cama e cobrar o pacto que você fez com o diabo, e ele vai sorrir para você e quando o diabo sorri os homens choram

Destranquei a gaveta, e peguei aquela velha pistola que jurei nunca mais ver. Coloquei-a contra a minha boca e atirei…

Há momentos em que a solidão irá te trair e a tristeza tentará te assassinar então clamaremos por socorro e ninguém poderá escutar nossas preces pois a única solução será matar as dores que assombram o seu coração para que nos tornemos estrelas mortas que continuam a brilhar no vazio da escuridão.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Imagine que um belo demônio, saísse do espelho e te oferecesse uma nova vida, mas para isso você teria que matar a si mesmo para vive-la – todas as suas decepções, seus medos, as noites que passou chorando, os seus dramas, absolutamente tudo seria apagado e você acordaria vivendo uma vida bem sucedida.

Uma vida na qual todos te amam, seus pais se orgulham, seus amigos sempre o chamam para sair, você é aceito na sociedade e seu emprego tem um salário tão bom que poderia pagar por tudo que sempre sonhou.

Você mataria a si mesmo, para viver essa nova vida?

Adam, um jovem que odiava sua existência, tomou a sua decisão, aceitou o pacto com aquele belo demônio e apertou o gatilho contra sua própria cabeça.

E ao acordar, estava vivendo uma nova vida os pássaros cantavam, sua mãe sorria esbanjando orgulho do seu filho, seu celular tocava incansavelmente com mensagens de seus fiéis amigos – tudo parecia perfeito.

Aos poucos, vivendo essa nova vida adam percebe que seus amigos começam a se afastar, seus pais começam trata-lo com desprezo e ele é demitido do novo emprego. Sem perceber os motivos pelo qual sua nova vida estava desmoronando, ele corre aos prantos pedindo ajuda ao demônio;

''– Por que? Por que a minha vida está desmoronando?'' Perguntou adam em completo desespero

O demônio, iluminado pela luz da manhã sorri de maneira singela, e sem dizer nada mostra para Adam mais duas novas vidas; A Primeira uma versão ainda mais bem sucedida, e a outra sua antiga vida da qual ele temia e fugia desesperadamente.

Sem hesitar, ele pegou novamente a arma e atirou em sua antiga vida, e em seguida atirou contra sua própria cabeça, e então acordou vivendo aquela nova vida que havia escolhido.

Dessa vez, tudo parecia perfeito. Adam saia com seus amigos para festas e baladas que eles escolhiam, todos riam e esbanjavam felicidade; Seus pais estavam cada dia mais orgulhosos do seu novo emprego (…) Mas Adam não estava feliz, todos a sua volta sorriam e todos o aceitavam, mas faltava algo, faltava algo que ele não conseguia perceber.

Furioso, ele volta correndo ao demônio, que desta vez estava chorando… Adam sem entender o que estava acontecendo, colocou as mãos no ombro daquele belo demônio e perguntou

‘’ – Por que choras?’’

O demônio, chorando e sem dizer absolutamente nada, mostra a Adam duas novas versões de sua vida. Adam confuso, observa uma versão ainda mais bem sucedida, e a sua antiga e original versão. Ele então indaga ao demônio de maneira furiosa

‘’ – Sobre o que isso se trata!? Por que eu não consigo ser feliz mesmo sendo um homem sucedido!?’’

O demônio se aproxima de adam, e aponta com os dedos para sua antiga vida e pela primeira vez ele diz algo

‘’ Para ser feliz, é preciso primeiro aceitar quem você realmente é’’

Uma gota de lágrima cai dos olhos do demônio, e ao olhar o seu reflexo adam finalmente percebe;

‘’ Somos todos diabos, aos olhos do mundo que não nos compreende’’

Muitas das vezes em meu âmbito de solidão, sou atormentado por monstros do passado que me assombram e gritam o meu nome me mostrando um passado que jurei esquecer, sou afogado em mágoas e arrependimentos e sufocado por uma versão de mim mesmo que a muito tempo eu não via (…) Para superar os monstros do passado, sou forçado a aceitar aquele que a muito tempo eu matei e jurei nunca ter existido.

Para conviver em paz com os monstros do passado, é necessário primeiro fazer as pazes com o cadáver que você foi um dia.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Poema – Astaroth

‘’ Quando um homem
se entrega as feridas
que existem em sua alma

Um abismo se abre
em seu coração
e de lá nascem os mais perversos demônios

Uma vez que o primeiro
demônio se liberta
mata-se o homem
e nasce a besta… ‘’

Os suicidas caminham em horizontes
entre os sonhos da vida
e os desejos da morte

Através deste desfiladeiro
tenho em mim as angustias de um homem morto

Se algum dia eu chorei por amor,
foi porque me entreguei a este sentimento sórdido
até transformá-lo em repulsa

Constantemente me encaro nos espelhos da vida
e me arrependo por não ter enforcado aquela maldita criança
no útero da minha mãe

Poupando a mim mesmo da miséria dos deuses
e os homens dos meus sonhos infantis

Se eu estou calado em um canto escuro
com o destino selado por uma corda em meu pescoço
é porque se eu falar sobre os meus sentimentos
vou faze-los se matarem em meu lugar

Me entreguei a rebeldia de judas
cuspindo em mim mesmo
como um verme miserável

Ainda que eu ame os meus familiares
mais do que as estrelas amam as constelações

Me odeio de maneira tão intensa
que prefiro dar a eles um lindo funeral
com o meu corpo pregado em uma cruz
do que flores para me chamarem de Jesus

'' - Lembram-se quando vocês eram jovens
e cheios de sonhos?
e hoje são produtos da própria derrota;''

Fracassei até mesmo em amar
só me resta a vitória dos meus sonhos perdidos
em um mar de baratas e podridão

Em palavras inocentes
revelarei com plena honestidade
ainda que na epiderme imunda
de uma infância hostil
e claramente sem futuro

Fui feliz
sem saber que algum dia
desejaria ter enforcado aquela
criança inocente em frente ao espelho

Finalizo estes versos
com uma dor que não pode
ser descrita em Poesias, Filosofias
ou maldições

Mas vocês vão se lembrar de mim
quando lerem a carta de suicídio
que eu cravei em seus corações
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Poema – Pequenininha

Em um mundo de angustias
dois corações improváveis
se encontraram

Essa é a história do poeta
que se apaixonou pelo anjo;

Perdido em sua própria escuridão
o poeta chorava lágrimas de sangue
e todas as noites antes de dormir
chorava abraçando um velho travesseiro

O Anjo havia perdido as suas asas
e caminhava sozinha no vale das sombras

Em seu passado remoto
os homens mais cruéis a fizeram sangrar

Ferida e sem esperanças
encontrou nos olhos do jovem Poeta
esperanças para viver mais um dia

Mas o poeta nunca acreditou no amor
o seu coração havia se partido
ah muito tempo

Ainda que em sua juventude
o suicídio o abraçou
mais do que a sua própria mãe;

O Anjo ferido sem desistir
com uma voz doce
ressoou a sinfonia dos deuses

Fazendo o jovem Poeta
se apaixonar pela primeira vez

Dois corações improváveis
agora sangravam juntos
banhando as rosas brancas
com o seu sangue

O Poeta que antes vivia na escuridão
agora chamava o seu anjo
de pequenininha
protegendo-a com a sua própria vida

Quem diria?
que um homem morto
poderia amar ao menos uma vez (…)

Em uma destas noites frias
quando as bruxas dançavam o Sabbath
72 dos demônios Goéticos possuíram
o coração daquele anjo

Transformando o seu amor
em um ódio incontrolável

O jovem poeta
novamente teve
o seu coração estilhaçado

Quando sentiu as mãos doces
do seu anjo
transformando-se em garras para feri-lo

Palavras malditas
eram proclamadas pelo anjo

E em cada uma delas
o poeta chorava o seu próprio sangue (…)

‘’ Como um homem apaixonado
Poderia sobreviver as angustias
De um amor infernal?’’

Ainda que sangrando
o jovem poeta caminhou
em um desfiladeiro entre a vida e a morte
com uma corda em seu pescoço

E todas as noites enforcava a si mesmo
para faze-la sorrir ao menos uma vez

Mas ele não sobreviveu por muitos anos
certa vez o anjo ganhou asas negras
e partiu para o abismo

Levando com ela o brilho nos olhos
do já falecido poeta…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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