Frases sobre algum
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“Que ondas enormes… - exclamou Thomas Buddenbrook.- Repara como se aproximam e rebentam, se aproximam e rebentam, uma atrás da outra, sem fim, sem propósito, mecânica e desordenadamente. E, no entanto, o seu marulhar é tão tranquilizador e reconfortante, como todas as coisas simples e necessárias da vida. Aprendi a gostar cada vez mais do mar… dantes, talvez preferisse as montanhas, porque ficavam mais longe daqui. Agora já não me atraem nada. Creio que apenas sentiria medo e vergonha. É que elas são muito caprichosas, tão irregulares, tão diversas… de certeza que me iria sentir muito pequeno ao pé delas. Que espécie de pessoas serão essas que preferem a monotonia do mar? Tenho a impressão de que são as que observaram por demasiado tempo- e com demasiada profundidade- as teias do seu mundo interior e que a única coisa que exigem agora, pelo menos do mundo exterior, é simplicidade… Não se trata de comparar as escaladas audazes pela montanha com o descanso sereno na areia da praia. Adiferença reside no olhar que se dirige numa e noutra direcção. Olhos seguros, obstinados e felizes, transbordantes de iniciativa, determinação e vitalidade, erram de cume em cume, ao passo que sobre a imensidão do mar- e das ondas que, conduzidas por um fatalismo místico e hipnótico, dançam e volteiam- repousa um olhar sonhador e velado, sábio e desalentado, o olhar de quem já alguma vez espreitou as profundezas e vislumbrou o triste caos da existência… Saúde e doença, é essa a grande diferença. Intrépidos, escalamos a extraordinária diversidade das montanhas denteadas e acidentadas, das alturas que rasgam os céus, a fim de pormos à prova a nossa vitalidade, intacta ainda. Repousamos, contudo, na ampla simplicidadedo mundo exterior, quando estamos cansados do caos que reina no interior.”

Buddenbrooks: The Decline of a Family

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“Não se pode explicar alguma coisa meramente lhe dando um nome.”

Yukio Mishima (1925–1970)

Death in Midsummer and Other Stories

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“VOCÊ É MÚSICA

Nos dias em que você acorda rock você é contestadora e demolidora de muralhas altas, que até então julgavam-se intransponíveis.
Você é caveira, que iguala, no final da vida, a todos os seres humanos do planeta.

Nos dias em que você acorda Jazz você é puro improviso, a elegância de fraseados únicos, e que jamais serão tocados da mesma maneira - já que você própria é única e inimitável.
Você cozinha Miles Davis com Chet Baker, e tempera tudo com as vozes da Sarah, da Ella e da Billie, e assim finalizando fabuloso prato.

Nos dias em que você acorda Blues você sente a melancolia em estado bruto, entremeada pelos seus cabelos, quase que etílica e desafiadora; você vira ácido rascante e dissolvente dos sentidos de qualquer incauto.

Nos dias em que você acorda Clássica você exala a erudição dos que ousaram inventar a música tal como a conhecemos hoje, não me permitindo com certeza discernir se você é complexa ao extremo ou contraditoriamente simples.
Você vira a mais harmônica sonata.

Nos dias em que você acorda Hip hop você traz dos guetos e dos morros de favelas suburbanos a voz revoltada daquele que não chegou jamais a ter alguma voz até agora; você grita em desespero pela igualdade e pela equidade absolutas.

Nos dias em que você acorda Eletrônica você eleva a sua agitação a um determinado nível de insanidade - e até de êxtase - peculiar aos que desejam segurar cada segundo a mais do tempo; e, de vez em quando, eu sinceramente não lhe aguento. Energia quântica em demasia.

Nos dias em que você acorda Barroca você vive a dualidade entre o divino e o mundano. Espírito e carne.
Você vive a mais pudica e a mais (deliciosa) depravada ao mesmo tempo. Você está na missa e no Beco do Mota simultaneamente, lá “pras” bandas de Diamantina.

Nos dias em que você acorda Caipira você se esbalda nos acordeons e nas violas aquecidas na fogueira e no arrasta-pé levantando poeira, que estende as madrugadas da fazenda, tomando cachaça de alambique.
Canta a alegria e a singeleza do homem do campo, tanto quanto a nostalgia e a saudade sertanejas dos que migram às cidades grandes.

Nos dias em que você acorda Disco você brinda à vida mergulhada em um mar de espumante, com a dança mais frenética e passos ensaiados ao longo de toda a sua existência.
Você sempre é a última, descalça e transpirante, a ir embora dos bailes de casamento e de formatura.

Nos dias em que você acorda Samba você se transforma em cerveja bem gelada, feijoada e bate-papo alegre nas manhãs de sábado naquele mercado antigo, quando a mesa de seu bar é templo: um oráculo indestrutível no qual as principais questões da humanidade são minuciosamente dissecadas e solucionadas com inconfundível (e não menos incontestável) sabedoria dos que vivem de verdade a vida.




Você faz com que os meus cinco sentidos sejam todos condensados em ondas sonoras, que me trazem o frescor de suas melodias, a limpidez de suas harmonias e a pujança de seus ritmos intensos e intermináveis.

Eu diria que você é música.”

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“É preciso ser alguma coisa para parecer alguma coisa.”

Ludwig Van Beethoven (1770–1827) compositor alemão

Man muß was sein, wenn man was scheinen will
citado em "Ludwig van Beethoven: Ein musikalisches Charakterbild" - página 223, G. Mensch - F.C.E. Leuckart (C. Sander), 1871 - 298 páginas
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“Não há livro tão mau que não tenha alguma coisa de bom.”

Miguel de Cervantes (1547–1616)

No hay libro tan malo [...] que no tenga algo bueno
El ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha‎ - Página 266 http://books.google.com.br/books?id=lGAMAAAAYAAJ&pg=PA266, de Miguel de Cervantes Saavedra, Adolfo de Castro - Publicado por Imprenta y Liberia de Gaspar y Roig, 1864 - 540 páginas

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“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.”

George Orwell (1903–1950) escritor e jornalista britânico

If liberty means anything at all it means the right to tell people what they do not want to hear
Orwell and Politics: Animal Farm in the Context of Essays, Reviews and Letters Selected from the Complete Works of George Orwell - Página 314, de George Orwell, Peter Davison, Peter Hobley Davison, Timothy Garton Ash - Publicado por Penguin, 2001 ISBN 014118518X, 9780141185187 - 560 páginas

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“Você se especializa em alguma coisa até um dia descobrir que a coisa se especializou em você.”

You specialize in something until one day you find it is specializing in you.
The Price (1967)

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“Se há alguma coisa sagrada é o corpo humano.”

Walt Whitman (1819–1892)

Fonte: "Folhas de Relva"

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“A educação é o estabelecimento de comportamentos que serão vantajosos para o indivíduo e para outros em algum tempo futuro”

Burrhus frederic Skinner (1904–1990) American behaviorist

Education is the establishing of behavior which will be of advantage to the individual and to others at some future time
Science and human behavior‎ - Página 402, Burrhus Frederic Skinner - Macmillan, 1953 - 461 páginas

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“O nobre quer criar alguma coisa nobre e uma nova virtude. O bom deseja o velho e que o velho se conserve.”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

Assim falou Zaratustra

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“Se há algum segredo do sucesso, consiste na habilidade de aprender o ponto de vista do outro e ver as coisas tão bem pelo ângulo dele como pelo seu.”

Henry Ford (1863–1947)

if there is any secret of success it lies in the ability to get another person's point of view and see things from his angle as well as from your own.
citado em American artisan: residential air conditioning, warm air heating, Sheet Metal Contracting - Volume 72,Parte 2 - Página 17, Engineering Publications,Incorporated, 1916
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“Examinem alguns fragmentos de pseudociência e encontrarão um manto de proteção, um polegar para chupar, algo a que se agarrar. E o que nós oferecemos em troca? A incerteza, a insegurança!”

Isaac Asimov (1920–1992) Autor e professor russo-americano

Inspect every piece of pseudoscience and you will find a security blanket, a thumb to suck, a skirt to hold. What have we to offer in exchange? Uncertainty! Insecurity!
Past, present, and future - página 65, Isaac Asimov - Prometheus Books, 1987, ISBN 0879753935, 9780879753931 - 374 páginas

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“A fé é uma função do coração. Deve ser imposta pela razão. As duas coisas não são antagônicas, como pensam algumas pessoas. Quanto mais intensa a fé, mais profunda se torna a razão. Quando a fé se torna cega, inevitavelmente morre.”

Mahátma Gándhí (1869–1948) líder político e religioso indiano

Faith is a function of the heart. It must be enforced by reason. The two are not antagonistic as some think. The more intense one's faith is, the more it whets one's reason. When faith becomes blind it dies.
Teachings of Mahatma Gandhi - página 202, Gandhi (Mahatma) - The Indian Printing Works, 1947 - 620 páginas

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“Nosso critério não é o de escolher papéis, mas procurar peças que queiram dizer alguma coisa. Fazer teatro é um destino.”

Fernanda Montenegro (1929) atriz brasileira de teatro, novelas, televisão e cinema

Em entrevista à Revista Veja, em abril de 1976

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“Você sabe o quanto eu sou ruim em testes? 50% do tempo eu tenho que sair da sala. Sou muito pálido então fico muito vermelho e suado. E eu tenho literalmente que sair da sala. Algumas vezes fazer apenas meio teste. Começo a ter uma série de conversas com meu cérebro: ‘Chris, não faça isso. Chris, vá com calma. Isto não é vida. E deixar isto afetar você? É uma vergonha.”

Chris Evans (1981) Ator norte-americano

Fonte: Globo.com. 14 de abril de 2012.
Fonte: Em entrevista, Chris Evans diz que gostaria de ser apenas o cara de Boston que gosta de tomar cerveja, 14 de abril de 2012, 25 de junho, 2012, globo.com, pt http://gq.globo.com/estilo/em-ewntrevista-chris-evans-diz-que-gostaria-de-ser-apenas-o-cara-de-boston-que-gosta-de-tomar-cerveja/,

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“Antes de nos termos encontrado, atravessava a vida sem sentido, sem razão. Sei que de alguma maneira, todos os passos que dei desde o momento em que comecei a andar eram passos dirigidos ao teu encontro. Estávamos destinados a encontrarmo-nos. Mas agora, sozinho na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar, e dou por mim a perguntar-me porque razão - de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado - tinha de me apaixonar por alguém que foi levada para longe”

Before we came together, I moved through life without meaning, without reason. I know that somehow, every step I took since the moment I could walk was a step toward finding you. We were destined to be together. But now, alone in my house, I have come to realize that destiny can hurt a person as much as it can bless him, and I find myself wondering why out of all the people in all the world I could ever have loved I had to fall in love with someone who was taken away from me
"Message in a Bottle" - página 79, Nicholas Sparks - Thorndike Press, 1998, ISBN 0786214228, 9780786214228 - 464 páginas

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“Bem pode o temor mais arrojado e o tremor mais sábio quando incorrer responsabilidades em que pode depender o nosso país da paz e prosperidade, e em algum grau as esperanças e felicidade da família humana inteira.”

James Knox Polk (1795–1849) político estadunidense, 11° presidente dos Estados Unidos da América

Well may the boldest fear and the wisest tremble when incurring responsibilities on which may depend our country's peace and prosperity, and in some degree the hopes and happiness of the whole human family.
Discurso de posse (4 de março de 1845)

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“É (…) melhor arrepender-se por ter feito alguma coisa do que por não ter feito nada.”

Giovanni Boccaccio (1313–1375)

Variante: É melhor arrepender-se por ter feito alguma coisa do que por não ter feito nada.

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“O segredo de um negócio está em saber alguma coisa que ninguém sabe.”

Aristóteles Onassis (1906–1975)

Variante: O segredo de um grande negócio consiste em saber algo que mais ninguém sabe.

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“CAPÍTULO XCIX   O FILHO É A CARA DO PAI   Minha mãe, quando eu regressei bacharel quase estalou de felicidade Ainda ouço a voz de José Dias, lembrando o evangelho de São João, e dizendo ao ver-nos abraçados: – Mulher, eis aí o teu filho! Filho, eis aí a tua mãe! Minha mãe, entre lágrimas: – Mano Cosme, é a cara do pai, não é? – Sim, tem alguma cousa, os olhos, a disposição do rosto. É o pai, um pouco mais moderno, concluiu por chalaça. E diga-me agora mana Glória, não foi melhor que ele não teimasse em ser padre? Veja se este peralta daria um padre capaz. – Como vai o meu substituto? – Vai indo, ordena-se para o ano, respondeu tio Cosme. Hás de ir ver a ordenação; eu também, se o meu senhor coração consentir. É bom que te sintas na alma do outro, como se recebesses em ti mesmo a sagração. – Justamente! – exclamou minha mãe. – Mas veja bem, mano Cosme, veja se não é a figura do meu defunto. Olha, Bentinho, olha bem para mim. Sempre achei que te parecias com ele, agora é muito mais. O bigode é que desfaz um pouco… – Sim, mana Glória, o bigode realmente… mas é muito parecido. E minha mãe beijava-me com uma ternura que não sei escrever. Tio Cosme, para alegrá-la, chamava-me doutor, José Dias também, e todos em casa, a prima, os escravos, as visitas, Pádua, a filha, e ela mesma repetiam-me o título.”

Dom Casmurro

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“Arranquei do calendário os dias de Maio e de Junho, disse Susan, e vinte e dois dias de Julho. Arranquei-os e amarfanhei-os, e por isso já só existem como um peso no meu coração. São dias mutilados, como borboletas nocturnas com as asas arrancadas, incapazes de voar. Já só faltam oito dias. Dentro de oito dias, descerei do comboio e ficarei parada no cais às seis e vinte e cinco. A minha liberdade vai então desabrochar, fazendo estalar todas as obrigações que me tolhem e diminuem — os horários, a ordem, a disciplina, o ter de estar aqui e ali a horas certas. O dia explodirá de brilho quando eu abrir a porta e vir o meu pai com o seu velho chapéu e as polainas. Vou tremer. Romper em lágrimas. Depois, na manhã seguinte, levanto-me de madrugada. Saio pela porta da cozinha. Irei pelo paul, ouvindo trovejar atrás de mim os grandes cavalos montados por fantasmas que de súbito se detêm. Verei a andorinha roçando a erva. Vou atirar-me para um banco junto ao rio e ficar a ver os peixes deslizando entre os juncos. Terei nas palmas das mãos as marcas das agulhas dos pinheiros. Então poderei desdobrar e examinar com atenção tudo o que aqui nasceu em mim, qualquer coisa de duro. Porque alguma coisa cresceu dentro de mim, através do Inverno e do Verão, dos dormitórios e escadarias. Ao contrário de Jinny não quero ser admirada. Não quero que as pessoas ergam os olhos de admiração quando entro. Quero dar e receber e quero a solidão onde possa desdobrar em paz tudo o que possuo.”

The Waves

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