Frases sobre termo
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“Quando vemos um gigante, precisamos primeiro examinar a posição do sol e observar para termos certeza de que não se trata da sombra de um pigmeu.”

Novalis (1772–1801)

Wenn man einen Riesen sieht, so untersuche man erst den Stand der Sonne - und gebe acht, ob es nicht der Schatten eines Pygmäen ist.
Novalis schriften: th. Ueber das lehen Friedrichs von Hardenberg (signed: Just). Aus Novalis tagebuche seiner letzien lebeusjahre. Gedichte. Verstreute blätter. Briefe. Fragmente, Volume 3 - página 314 https://books.google.com.br/books?id=mao5AAAAMAAJ&pg=PA314, Novalis, ‎Ludwig Tieck, ‎Karl Eduard von Bülow - G. Reimer, 1846

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“Se a liberdade e a democracia, não são termos equivalentes, mas são complementares: Sem liberdade, a democracia é despotismo, a democracia sem a liberdade é uma ilusão.”

Octavio Paz (1914–1998)

Octavio Paz, Zwiesprache. Essays zu Kunst und Literatur. [Ensaios sobre arte e literatura]. A partir do espanhol por Elke Wehr e Rudolf Wittkopf. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1984. S. 236 P. 236

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“Sem termos consciência de estar usando máscaras, temos uma cara específica para cada amigo.”

Oliver Wendell Holmes (1809–1894)

Fonte: livro "a sabedoria do eneagrama", Richard riso, pg 176.

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“O mais terrível não é termos nosso coração partido (pois corações foram feitos para serem partidos), mas sim, transformar nossos corações em pedra.”

The most terrible thing about it is not that it breaks one's heart — hearts are made to be broken — but that it turns one's heart to stone.
De profundis: Lectures and essays ... (Volume 11) - Página 51, Oscar Wilde - G. Wells, 1925

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“Não estou me referindo especificamente a ninguém. É uma questão geral, e eu acho que nós deveríamos conversar sobre isto juntos, de uma maneira calma, para termos certeza de que coisas assim não acontecerão novamente”

Fernando Alonso (1981) piloto espanhol de Fórmula 1

Afirmando não estar atacando Lewis Hamilton após a polêmica demora na punição ao inglês por ter ultrapassado o safety car após o acidente de Mark Webber na décima volta do GP da Europa de 2010, disputado em Valência na Espanha.
Verificadas
Fonte: GLOBOESPORTE.COM. Publicado em 30 de Junho de 2010.

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“A coragem é quase uma contradição em termos. Significa um forte desejo de viver, sob a forma de disposição para morrer”

Gilbert Keith Chesterton (1874–1936)

Courage is almost a contradiction in terms. It means a strong desire to live taking the form of readiness to die
A Chesterton calendar: Comp. from the writings of G. K. C. Both in verse & in prose. With a section apart for the moveable feasts, Gilbert Keith Chesterton - K. Paul, Trench, Trübner & co.,1911 - 421 páginas

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“O remorso é uma impotência. Ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo.”

Le Remords est une impuissance, il recommencera sa faute. Le Repentir seul est une force, il termine tout.
Fontes:
Séraphita. - Página 8; de Honoré de Balzac - Publicado por H. souverain, 1840 http://books.google.com.br/books?id=rHVJAAAAMAAJ&pg=PA8&lpg=PA8&dq=Balzac+Le+remords+est+une+impuissance.&source=web&ots=tgIdV2zXJL&sig=OsE1ppSp0L7Cc9f5dtdXbq6RE5o&hl=pt-BR&sa=X&oi=book_result&resnum=10&ct=result
"La comédie humaine" - Página 351; de Honoré de Balzac, Pierre Citron - Publicado por Éditions du Seuil, 1965

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“Existência - bem, o que é que isso importa? Existi nos melhores termos que pude. O passado faz parte do meu futuro. O presente está fora de controlo”

Ian Curtis (1956–1980) Cantor britânico, vocalista da banda Joy Division

Existence well what does it matter? I exist on the best terms I can. The past is now part of my future, The present is well out of hand.
na música "Heart and Soul" citado em "Ian Curtis et Joy division: histoire d'une vie" - Página 316, Deborah Curtis - Camion Blanc, 1995, ISBN 2910196062, 9782910196066 - 205 páginas

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“Vocês têm de encontrar uma boa mulher. Nem muito inteligente nem muito burra. Nem muito velha nem muito nova. Meio-termo. Uma que saiba cozinhar e limpar.”

Saddam Hussein (1937–2006) político e militar iraquiano

Saddam Hussein, ex-ditador do Iraque, dando conselhos amorosos aos soldados americanos encarregados de vigiá-lo no cárcere, segundo reportagem da revista americana GQ (junho de 2005)
Fonte: Revista VEJA, Edição 1937, de 28 de dezembro de 2005.

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“Não há categorias de franceses. Só há cidadãos livres e iguais em direitos, e quando alguém comete delito ou crime é um delinqüente ou um criminoso. É o que diz lei. Esses são os termos que é preciso empregar. Isso é a República.”

Jacques Chirac (1932–2019) político francês, 22° Presidente da França

Então como presidente francês, criticando o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, que chamou os jovens baderneiros que aterrorizaram as noites das cidades francesas de "escória" . Citado na Revista VEJA Edição 1936, de 21 de dezembro de 2005

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“Apesar da minha condição de socialista militante, não tentei vincular a estratégia de trabalho apontada exclusivamente ao marxismo. Tanto no plano do ensino quanto no da pesquisa não procurei romper com o ecletismo, herdado dos professores europeus e posto por mim em uma outra órbita, com uma compreensão mais rigorosa da interdependência dos vários modelos de explicação na Sociologia. Evoluí rapidamente, portanto, para um ecletismo balanceado e que convergia, criticamente, para o significado lógico e empírico específico de cada solução metodológica e de cada contribuição teórica. Em termos operacionais, deixava o campo aberto para que os estudantes e os pesquisadores jovens pudessem receber um treino sociológico capaz de prepará-los, de fato, para colocarem em prática a estratégia de trabalho mencionada. Pelo menos três campos da sociologia saíram privilegiados – o da Sociologia Descritiva, o da Sociologia Comparada e o da Sociologia Diferencial ou Histórica – e o adestramento sociológico precisaria cobrir, naturalmente, pelo menos esses três campos. Não obstante, o caminho percorrido envolvia rupturas profundas. Primeiro, com minhas ambições científicas anteriores. De início, senti-me fortemente inclinado a concentrar-me nos problemas teóricos da Sociologia e vários dos meus ensaios revelam essa preocupação, pela qual, no fundo, o <> procurava igualar-se ao <>”.”

Florestan Fernandes (1920–1995)
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“A lição política de Watergate é isto: Nunca mais deve a América permitir que um guarda arrogante da elite de adolescentes políticos contorne a organização regular do partido e dite os termos de uma eleição nacional.”

Gerald Ford (1913–2006) político americano

The political lesson of Watergate is this: Never again must America allow an arrogant, elite guard of political adolescents to by-pass the regular party organization and dictate the terms of a national election.
Observação sobre o Comitê Reeleição do Presidente (Committee to Re-elect the President), como citado em The New York Times (31 de março de 1974)

“O grupo comunista exibe um nítido desejo de que a era do Dr. Salazar não atinja o seu termo.”

Victor Cunha Rego (1933–2000) jornalista português

sobre as revoltas contra a Ditadura Salazarista, trecho do livro "Liberdade", publicado em 2004 pelo jornal "O Independente".

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“Nós estamos sob uma Constituição, mas a Constituição é o que os juízes dizem que é, e do poder judicial é a salvaguarda da nossa liberdade e da nossa propriedade nos termos da Constituição.”

Charles Evans Hughes (1862–1948)

We are under a Constitution, but the Constitution is what the judges say it is, and the judiciary is the safeguard of our liberty and of our property under the Constitution.
Discurso perante a Câmara de Comércio, Elmira, Nova York (3 maio 1907), publicada no "Addresses and Papers of Charles Evans Hughes", governador de Nova Iorque, 1906-1908 (1908), p. 139

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“Mas e quanto ao imperativo darwiniano de sobreviver e reproduzir-se? No que concerne ao comportamento cotidiano, não existe esse imperativo. Há quem fica assistindo a um filme pornográfico quando poderia estar procurando um parceiro, quem abre mão de comida para comprar heroína, quem posterga a gestação dos filhos para fazer carreira na empresa, quem come tanto que acaba indo mais cedo para o túmulo. O vício humano é prova de que a adaptação biológica, na acepção rigorosa do termo, é coisa do passado. Nossa mente é adaptada para os pequenos bandos coletores de alimentos nos quais nossa família passou 99% de sua existência, e não para as desordenadas contingências por nós criadas desde as revoluções agrícola e industrial. Antes da fotografia, era adaptativo receber imagens visuais de membros atraentes do sexo oposto, pois essas imagens originavam-se apenas da luz refletindo-se de corpos férteis. Antes dos narcóticos em seringas, eles eram sintetizados no cérebro como analgésicos naturais. Antes de haver filmes de cinema, era adaptativo observar as lutas emocionais das pessoas, pois as únicas lutas que você podia testemunhar eram entre pessoas que você precisava psicanalizar todo dia. Antes de haver a contracepção, os filhos eram inadiáveis, e status e riqueza podiam ser convertidos em filhos mais numerosos e mais saudáveis. Antes de haver açucareiro, saleiro e manteigueira em cada mesa, e quando as épocas de vacas magras jamais estavam longe, nunca era demais ingerir todo o açúcar, sal e alimentos gordurosos que se pudesse obter. As pessoas não adivinham o que é adaptativo para elas ou para seus genes. Estes dão a elas pensamentos e sentimentos que foram adaptativos no meio em que os genes foram selecionados.”

Como a Mente Funciona - Página 223, Steven Pinker - Editora Companhia das Letras, 1998, ISBN 8571648468, 9788571648463 - 666 páginas

“Não existe modalidade de transporte que, isoladamente, resolva todos os problemas. Levando-se em conta que as três variáveis mais importantes na mobilidade são a acessibilidade, o tempo de espera e a velocidade do equipamento, não adianta termos uma ou duas delas se não tivermos a terceira.”

Oskar Coester (1886–1955) pintor alemão

Entrevista: CBTU; Informativo Perspectivas Metroferroviárias - O Transporte e as Cidades; "Energia para transportar pessoas e menos peso morto" http://www.cbtu.gov.br/noticias/perspectiva/entrevista/entrevista_oskarcoester.htm; 17 de junho de 2008.

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“Era televisão e futebol. Construíram estádios e essa rede impressionante de telecomunicações por todo o Brasil, e ao mesmo tempo uma degradação crescente em termos de educação e saúde. Tudo isso foi descuidado.”

Chico Buarque (1944) compositor, cantor e escritor brasileiro

Sobre o avanço da televisão na época da ditadura militar.
citado em "Muito além do Cidadão Kane", Geraldo Anhaia Mello, Editora Scritta, 1994, ISBN 8585328797, 9788585328795, 76 páginas

“Pelos termos do RIAA, nós cometemos pirataria cada vez que nós compartilhamos arquivos na Internet. Em realidade, foram pirateados quase todos os 400 milhões de disco laser vendidos na América no ano passado, desde que as pessoas que fizeram a música não foram pagos por elas.”

Dave Marsh (1950)

By the RIAA's terms, we commit piracy every time we share files on the Internet. In reality, the RIAA pirated almost all the 400 million CDs sold in America last year, since the people who made the music didn't get paid for them.
Fonte: "Paying the Cost to Feed the Boss" http://www.counterpunch.org/marsh0430.html (Pagando o Custo Alimentar do Patrão), CounterPunch http://en.wikipedia.org/wiki/CounterPunch_(newsletter) (30 de abril de 2002)

“"Bruxas não pechincham "igualdade" pois sabemos que não há igualdade entre Eus únicas. Notando que uma definição do termo igual é "capaz de atender às exigências de uma situação ou de uma tarefa", Jan Raymond observa que o que cada uma pede da outra é que ela seja igual à tarefa em mãos …. Anciãs esperamos e en-corajamos umas às outras a nos tornarmos irmãs pirotécnicas, construindo o fogo que é alimentado pela Fúria, o fogo que aquece e ilumina o lugar onde cada uma pode ter um tear próprio, onde podemos fiar e tecer as tapeçarias da criação centrada na Anciã.”

Mary Daly (1928–2010)

Hags do not haggle over "equality," for we know there is no equality among unique Selves. Noting that one definition of the term equal is "capable of meeting the requirements of a situation or a task," Jan Raymond observes that what each asks of the other is that she be equal to the task at hand.... Crones expect and en-courage each other to become sister pyrotechnists, building the fire that is fueled by Fury, the fire that warms and lights the place where we can each have a loom of our own, where we can spin and weave the tapestries of Crone-centered creation.
Gyn/Ecology: The Metaethics of Radical Feminism, p. 384 (1978-1990)
Gyn/Ecology: The Metaethics of Radical Feminism (1978–1990)

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“Atenção: sempre que um petista usar o termo cidadão, é porque ele quer meter a mão no seu dinheiro.”

no artigo "Escola é perda de tempo"; Revista Veja http://veja.abril.com.br/240903/mainardi.html; Edição 1821 . 24 de setembro de 2003

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“É incontestável que a arte deve conter valor social; como poderoso meio de comunicação que é, deve ser dirigida e em termos compreensíveis à percepção da humanidade.”

Rockwell Kent (1882–1971)

Art must unquestionably have a social value; that is, as a potential means of communication it must be addressed, and in compreensible terms, to the understanding of mankind.
citado em The great quotations‎ - Página 387, de George Seldes - Publicado por L. Stuart, 1960 - 893 páginas

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“[…] "Para o ser humano, o que é essencial em termos de propósito e disciplina?”

Yamamoto Tsunetomo (1659–1719)

[...] "É tornar a mente pura e serena". Em geral, as pessoas parecem ser desanimadas. Quando se tem uma mente pura e serena, sua expressão é de vivacidade."
Hagakure - O Livro do Samurai, Capítulo I

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“Não diria que se perdeu, mas a cultura de décadas da companhia ficou, em determinado momento, à mercê dos pensamentos e das idéias de quem estava no comando. Foi a principal razão de termos tido cinco anos difíceis, traduzidos por desempenhos medíocres.”

Abílio Diniz (1936)

Folha de S. Paulo https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/11/17/abilio-diniz-critica-excesso-de-liberdade-aos-executivos, 17/11/2008 - retirado da seleção de notícias do Governo Federal.
ao ser perguntado sobre a cultura do Grupo Pão de Açúcar.

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“O que nos ajuda mais a conservar e manter a nossa força é o fato de sermos amados; e o que se lhe opõe mais é o fato de termos medo. O medo é mau guarda da nossa longevidade; a benevolência, pelo contrário, é fiel e dura até à eternidade.”

Cícero (-106–-43 a.C.) orador e político romano

Variante: O que nos ajuda mais a conservar e manter a nossa força é o facto de sermos amados; e o que se lhe opõe mais é o facto de termos medo. O medo é mau guarda da nossa longevidade; a benevolência, pelo contrário, é fiel e dura até à eternidade.

“A insensatez que poderíamos nós termos cometidos é aquela que nós menos estamos dispostos a perdoar quando são os outros que a praticam.”

Joseph Roux (1834–1905) poeta francês

Meditações de um padre parisiense (1866), Parte 4

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“Calcula-se que a Peste Negra matou entre um terço e metade dos europeus, e que teve um impacto equivalente na China. Assinalou, para ambas as civilizações, o termo súbito e selvagem de uma era de crescimento e progresso, exacerbada por uma mudança no clima que trouxe invernos muito mais frios e colheitas devastadas. Na Europa, teria alguns efeitos surpreendentes. Excepcionalmente, uma vez que tanto do indispensável campesinato trabalhador nos países ocidentais, como França e Inglaterra, morreu, os que restaram puderam negociar melhores salários e libertar-se um pouco das exigências dos senhorios. Os começos de uma sociedade mais versátil, já não tão aferrada à propriedade da terra pelas famílias nobres, surgiram em consequência da matança bacteriana.
Estranhamente, na Europa Oriental o efeito foi quase inverso. Os proprietários de terras acabaram por ver o seu poder e alcance acrescidos e arrastaram gradualmente o campesinato sobrevivente para uma sujeição mais pesada, designada pelos historiadores como «segunda servidão». Isto foi possível porque os proprietários da Europa Oriental, que chegaram mais tarde ao feudalismo, eram um pouco mais poderosos e bem enraizados antes de ter chegado a epidemia. As cidades da actual Polónia, da Alemanha Oriental e da Hungria eram menos povoadas e poderosas do que as cidades mercantis – apoiadas no comércio da lã e do vinho – do norte de Itália e de Inglaterra. Os progressos nos direitos jurídicos e no poder das guildas na Europa Ocidental poderão não ter sido extraordinários pelos padrões actuais, mas foram suficientes para terem feito pender a vantagem contra a nobreza, num momento em que a força de trabalho era escassa. A leste, a aristocracia era mais impiedosa e deparava com menos resistência do campesinato disperso. Assim, uma modesta diferença no equilíbrio do poder, subitamente exagerada pelo abalo social decorrente da Peste Negra, provocou mudanças extremamente divergentes que, durante séculos, teriam como efeito um maior avanço e uma maior complexidade social da Europa Ocidental em comparação com territórios de aparência semelhante imediatamente a leste.
A França e a Holanda influenciaram todo o mundo; a Polónia e as terras checas influenciaram apenas o mundo da sua envolvência imediata.
Esses efeitos eram, obviamente, invisíveis para aqueles que atravessaram as devastações da peste, que regressaria periodicamente nos séculos mais próximos. No primeiro regresso, particularmente horrendo, as cidades tornaram-se espectros fantasmagóricos do espaço animado que em tempos haviam sido. Aldeias inteiras esvaziaram-se, deixando os seus campos regressarem ao matagal e aos bosques. Prosperaram a obsessão e o extremismo religiosos, e impregnou-se profundamente no povo cristão uma visão sombria do fim dos tempos. As autoridades vacilavam. As artes e os ofícios decaíram. O papado tremeu. Do outro lado da Eurásia, a glória da China Song desmoronou-se e também aí os camponeses se revoltaram. A mensagem de esperança de Marco Polo ecoou em vão entre povos que ainda não estavam suficientemente fortes para se esticarem e darem as mãos.”

Andrew Marr (1959) jornalista britânico

História do Mundo

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“- Axioma: uma doença não é produtiva. Em si mesma, não cria quaisquer produtos de consumo e, consequentemente, não gera dinheiro. Embora seja uma desculpa para muitas actividades, em termos económicos só permite que o dinheiro troque de mãos. Dos doentes para os saudáveis. Dos pacientes para os médicos, dos clientes para os curandeiros. Podemos chamar-lhe uma osmose financeira.
[…]
- Agora, supõe que és uma empresa chamada SábiaSaúde. Supõe que ganhas dinheiro com as drogas e as técnicas que curam pessoas doentes ou, melhor ainda, que tornam impossível que as pessoas cheguem a ficar doentes.
[…]
- Então, de que é que vais precisar mais tarde ou mais cedo?
- De mais curas?
- Depois disso?
O que queres dizer com "depois disso"?
- Depois de curares tudo o que existe para ser curado.
[…]
- Lembras-te da má situação financeira em que ficaram os dentistas depois de aquele novo colutório ter entrado no mercado? Aquele que substituía as bactérias nocivas da placa dentária por outras benéficas que preenchiam o mesmo nicho ecológico, nomeadamente a tua boca? Nunca mais ninguém precisou de chumbar um dente e muitos dentistas foram à falência.
- E então?
- Então, precisarias de mais doentes. Ou… o que ia dar no mesmo… de mais doenças. Novas e diferentes, certo?
- É plausível - admitiu Jimmy depois de uma breve pausa. De facto era. - Mas não estão constantemente a ser descobertas novas doenças?
- A ser descobertas, não - retorquiu Crex. - A ser criadas.”

Oryx and Crake

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