Frases sobre presença
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“Os romances nunca serão totalmente imaginários nem totalmente reais. Ler um romance é confrontar-se tanto com a imaginação do autor quanto com o mundo real cuja superfície arranhamos com uma curiosidade tão inquieta. Quando nos refugiamos num canto, nos deitamos numa cama, nos estendemos num divã com um romance nas mãos, nossa imaginação passa a trafegar o tempo entre o mundo daquele romance e o mundo no qual ainda vivemos. O romance em nossas mãos pode nos levar a um outro mundo onde nunca estivemos, que nunca vimos ou de que nunca tivemos notícia. Ou pode nos levar até as profundezas ocultas de um personagem que, na superfície, parece semelhante às pessoas que conhecemos melhor. Estou chamando atenção para cada uma dessas possibilidades isoladas porque há uma visão que acalento de tempos em tempos que abarca os dois extremos. Às vezes tento conjurar, um a um, uma multidão de leitores recolhidos num canto e aninhados em suas poltronas com um romance nas mãos; e também tento imaginar a geografia de sua vida cotidiana. E então, diante dos meus olhos, milhares, dezenas de milhares de leitores vão tomando forma, distribuídos por todas as ruas da cidade, enquanto eles lêem, sonham os sonhos do autor, imaginam a existência dos seus heróis e vêem o seu mundo. E então, agora, esses leitores, como o próprio autor, acabam tentando imaginar o outro; eles também se põem no lugar de outra pessoa. E são esses os momentos em que sentimos a presença da humanidade, da compaixão, da tolerância, da piedade e do amor no nosso coração: porque a grande literatura não se dirige à nossa capacidade de julgamento, e sim à nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro.”

Orhan Pamuk (1952) escritor turco, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2006
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“Tudo que a humanidade sofreu com as guerras, com a pobreza, com a pestilência, com a fome, com o fogo e com o dilúvio, todo o pavor e toda a dor de todas as doenças e de todas as mortes – tudo isso se reduz a nada quando posto lado a lado com as agonias que se destinam às almas perdidas. Este é o consolo da religião cristã. Esta é a justiça de Deus – a misericórdia de Cristo. Este dogma aterrorizante, esta mentira infinita: foi isto que me tornou um implacável inimigo do cristianismo. A verdade é que a crença na danação eterna tem sido o verdadeiro perseguidor. Fundou a Inquisição, forjou as correntes e construiu instrumentos de tortura. Obscureceu a vida de muitos milhões. Tornou o berço tão terrível quanto o caixão. Escravizou nações e derramou o sangue de incontáveis milhares. Sacrificou os melhores, os mais sábios, os mais bravos. Subverteu a noção de justiça, derriscou a compaixão dos corações, transformou homens em demônios e baniu a razão dos cérebros. Como uma serpente peçonhenta, rasteja, sussurra e se insinua em toda crença ortodoxa. Transforma o homem numa eterna vítima e Deus num eterno demônio. É o horror infinito. Cada igreja em que se ensina esta idéia é uma maldição pública. Todo pregador que a difunde é um inimigo da humanidade. Em vão se procuraria uma selvageria mais ignóbil que este dogma cristão. Representa a maldade, o ódio e a vingança sem fim. Nada poderia tornar o inferno pior, exceto a presença de seu criador, Deus. Enquanto estiver vivo, enquanto estiver respirando, negarei esta mentira infinita com toda minha força, a odiarei com cada gota de meu sangue.”

Robert Green Ingersoll (1833–1899)

Porque sou agnóstico

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“Testes de programas podem ser uma maneira muito eficaz para demonstrar a presença de erros, mas é irremediavelmente insuficiente para mostrar a sua ausência.”

Edsger Dijkstra (1930–2002)

Program testing can be a very effective way to show the presence of bugs, but is hopelessly inadequate for showing their absence.
The Humble Programmer, ACM Turing Lecture 1972

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“O pensamento é a presença do infinito na mente humana.”

Emilio Castelar (1832–1899)

el pensamiento, que es la presencia de lo infinito en la humana mente.
Discursos politicos y literarios‎ - Página 32, de Emilio Castelar - Publicado por Impr. de J. Antonio García, 1861 - 415 páginas

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“O mal é presença ubíqua e poderosa.”

Pérsio Arida (1952) Banqueiro de investimentos

Persio Arida, sócio do Opportunity, sobre as gravações de suas conversas com Mendonça de Barros
Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/231298/p_012.html de 23/12/98

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“As virtudes de coragem e patriotismo deram prova recente de sua presença continuada e poder crescente nos corações e sobre a vida das nossas pessoas.”

Benjamin Harrison (1833–1901) político estadunidense, 23° Presidente dos Estados Unidos

The virtues of courage and patriotism have given recent proof of their continued presence and increasing power in the hearts and over the lives of our people.
Discurso de posse [First Inaugural Address]; "Complete US Presidential Inagural Addresses" - Página 156 http://books.google.com.br/books?id=cEiyLcWKQr8C&pg=PA156; de by Anonymous; Publicado por Forgotten Books ISBN 1606209108, 9781606209103; 341 páginas

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“Deus vem ao nosso encontro em sua palavra, numa palavra concreta: a pregação instituída por Jesus Cristo. Embora se possa dizer que Deus vem ao nosso encontro sempre e em toda parte, não O vemos e não O ouvimos sempre e em toda parte, a não ser que nos sobrevenha sua palavra e nos torne capazes de compreender o momento aqui e agora, como costumava afirmar Lutero. A idéia do Deus onipresente e todo-poderoso somente se torna real em minha existência pessoal por sua palavra pronunciada aqui e agora. Por conseguinte, devemos afirmar que a palavra de Deus somente é o que é no instante em que é pronunciada. A palavra de Deus não é um enunciado intemporal, mas sim uma palavra concreta dirigida a pessoas aqui e agora. Sem dúvida, a palavra de Deus é sua palavra eterna, mas essa eternidade não deve ser concebida como intemporalidade, e sim como uma presença sempre atualizada aqui e agora. É sua palavra na forma de acontecimento que se dá num encontro, mas não como um conjunto de idéias nem, por exemplo, um enunciado sobre a graça de Deus em geral, embora, por outra parte, tal enunciado possa ser correto, mas sim unicamente na medida em que se dirige a mim sob a forma de um acontecimento que ocorre a mim e me atinge como Sua misericórdia. Somente dessa maneira ela é o verbum externum, a palavra que nos vem de fora. Contudo, não como um conhecimento que possuo de uma vez para sempre, mas sim como um encontro constantemente renovado.
Depreende-se daí que a palavra de Deus é uma palavra verdadeira, que me é dita numa linguagem humana, seja na pregação da Igreja ou na Bíblia, sempre que não se considere a Bíblia simplesmente como uma interessante compilação de fontes para a história da religião, mas sim como transmitida pela Igreja como uma palavra que nos interpela. Essa palavra viva de Deus não foi inventada pelo espírito e pela sagacidade do ser humano, mas ocorre na história. Sua origem é um acontecimento histórico, que confere autoridade e legitimidade à expressão dessa palavra - a pregação. Esse acontecimento histórico é Jesus Cristo.”

Rudolf Karl Bultmann (1884–1976) professor académico alemão

Verificadas, Jesus Cristo e Mitologia

“Entre os dias 5 e 10 de novembro, a empresa Terra Byte enviou às comunidades de Baracatatiua e Mamuna, do território quilombola de Alcântara, Maranhão, representantes para realizar uma pesquisa. De acordo com João da Mata, presidente da Associação de Mamuna, a empresa começou a cavar buracos para retirada de amostras de solo sem o consentimento da comunidade. Enquanto isso, Laura Urrejolas, ex-consultora da Agência Espacial Brasileira, visitava as duas comunidades e afirmava que traria projetos de desenvolvimento para o local. No caso de Baracatatiua, a empresa garantiria luz, telefone público e poço artesiano, benefícios inexistentes no local até os dias atuais. Por precaução, o Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara (MABE) e o Movimento de Mulheres Trabalhadoras de Alcântara (MOMTRA) foram a Baracatatiua no dia 10 de novembro, quando foi marcada uma reunião entre Laura e a comunidade. No encontro também estavam presentes os assessores da Prefeitura de Alcântara que afirmaram não ter conhecimento do motivo da presença da empresa na região. Laura se apresentou como funcionária da ATECH, uma empresa contratada pela Ucrânia para pesquisar os melhores locais da região para implantar sítios de lançamento que compõem o Centro Espacial de Alcântara (CEA). Ela afirmou que a empresa havia sido contratada porque os ucranianos não têm confiança no governo brasileiro e, por isso, a ATECH seria intermediária entre as comunidades e a Ucrânia. Laura e o engenheiro que a acompanhava afirmaram que as perfurações já realizadas no local visavam somente marcar a área e que a prospecção ainda seria realizada. Ela afirmou ter autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e que o subsolo não pertence aos quilombolas. Integrantes do MABE e do MONTRA se mostraram surpresos com a visita da representante da ATECH já que existe uma ação civil pública, na qual são réus a Fundação Cultural Palmares, o INCRA, e a União, sobre a titulação das terras dessas comunidades.”

Maristela de Paula Andrade (1956) antropóloga brasileira

Território quilombola em Alcântara é invadido por pesquisadores ucranianos, Maristela de Paula Andrade, publicado em Notícias da Terra e Água Ed. 17

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“Por que FHC não revela ao povo a presença de extraterrestres entre nós?”

Elba Ramalho (1951) Cantora

Fonte: Revista IstoÉ Edição 1655

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“Eu acho que a minha presença incomoda. Não sei se é porque eu já fiquei com muitas mulheres e isso incomoda os homens.”

Dado Dolabella (1980) Ator, compositor e cantor brasileiro

Fonte: Revista ISTO É Gente!, Edição 360 http://www.terra.com.br/istoegente/360/reportagens/capa_dado_01.htm.

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“Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida…”

Bob Marley (1945–1981) foi um cantor, guitarrista (raggae) e compositor jamaicano famoso por popularizar o gênero
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“Ao criar um perfil nas redes sociais, as pessoas passam a responder e a atuar como se esse perfil fosse uma extensão sua, uma presença extra daquilo que constitui sua identidade.”

Fonte: Livro: Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação, Editora Paulus, 2013, pág.115.

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“Quando um chato diz: Eu vou embora, que presença de espírito.”

Millôr Fernandes (1923–2012) cartunista, humorista e dramaturgo brasileiro.
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“A felicidade raras vezes está ausente. Nós é que não damos pela sua presença”

Maurice Maeterlinck (1862–1949)

Happiness rarely ls absent. lt is that we know not of its presence.
Maurice Maeterlinck citado in: Labor Digest: A National Magazine for the Advocacy of Industrial Peace, Volume 3, página 31, 1910
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“Uma das poucas coisas da infância no Meio-Oeste que ainda me fazem falta é essa convicção bizarra, iludida porém inabalável, de que tudo ao meu redor existia única e exclusivamente Para Mim. Serei eu o único a ter possuído essa sensação profunda e estranha quando criança? - de que tudo exterior a mim existia apenas na medida em que me afetava de alguma maneira? - de que todas as coisas eram de alguma maneira, por via de alguma atividade adulta obscura, especialmente dispostas ao meu favor? Alguém mais se identifica com essa memória? A criança deixa um quarto e agora tudo naquele quarto, assim que ela não está mais lá para ver, se dissolve numa espécie de vácuo de potencial ou então (minha teoria pessoal da infância) é levado embora por adultos escondidos e armazenado até que uma nova entrada da criança no quarto ponha tudo de volta em serviço ativo. Será que era insanidade? Era radicalmente egocêntrica, é claro, essa convicção, e consideravelmente paranoica. Fora a responsabilidade que implicava: se o mundo inteiro se dissolvia e se desfazia cada vez que eu piscava, o que aconteceria se meus olhos não abrissem?

Talvez o que me faça falta agora seja o fato de o egocentrismo radical e delusório de uma criança não lhe trazer conflitos nem dor. Cabe a ela o tipo de solipsismo majestosamente inocente de, digamos, o Deus do bispo Berkeley: as coisas não são nada até que sua visão as extraia do vazio: sua estimulação é a própria existência do mundo. E talvez por isso uma criança pequena tema tanto o escuro: não tanto pela possível presença de coisas cheias de dentes escondidas no escuro, mas precisamente pela ausência de tudo que sua cegueira apagou. Para mim, ao menos, com o devido respeito aos sorrisos indulgentes dos meus pais, esse era o verdadeiro motivo por trás da necessidade de uma luz noturna: ela mantinha o mundo nos eixos.”

David Foster Wallace (1962–2008)

Ficando Longe do Fato de já Estar Meio que Longe de Tudo

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“Deve-se neste momento - relacionando-a com certas informações do dicionário - formular ainda a pergunta: o que são afinal os bens da vida humana? Quem nos diz que um determinado bem é superior ou inferior? Há lacunas desagradáveis nos dicionários, até nos mais conhecidos. Pode-se demonstrar que há pessoas para quem DM 2,5 são um bem muito superior a qualquer outra vida humana, com excepção da deles, e há até outros que, por amor a um bocado de chouriço de sangue, que conseguem ou não apanhar, arriscam sem hesitação os bens das mulheres e dos filhos, como, por exemplo: uma vida familiar alegre e a presença de um pai ao menos uma vez radiante. E que significado tem esse bem, que louvamos sob o nome de F.(Felicidade)? Que diabo, este está bem perto da F., se consegue juntar as três ou quatro beatas que chegam para ele fazer outro cigarro ou se pode beber o resto de Vermute de uma garrafa que se deitou fora, aquele precisa para ser feliz durante cerca de dez minutos - pelo menos segundo o costume ocidental de amor a ritmo acelerado-, mais precisamente: para estar ràpidamente com a pessoa que naquele momento deseja, precisa de um avião a jacto particular, no qual voa entre o pequeno-almoço e o chá da tarde, sem que a pessoa que legal e religiosamente é a sua E.(Esperança) dê por isso, até Roma ou Estocolmo ou (neste caso precisa do tempo até ao pequeno-almoço do dia seguinte) até Acapulco - para ter relações com a ou o desejado - homem-com-homem, mulher-com-mulher ou simplesmente homem-com-mulher.”

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