Frases sobre onde
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“o ar é uma pele, feita de poros por onde escoa a luz, gota por gota, como um suor solar.”

Mia Couto (1955)

Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra

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“Quando aquela senhora que me lembrava minha tia disse que me conhecia, ela não estava dizendo que conhecia minha história de vida e minha família, que sabia onde eu morava, que escolas frequentei, os romances que escrevi e as dificuldades políticas que enfrentei. Nem que conhecia minha vida particular, meus hábitos pessoais ou minha natureza essencial e minha visão de mundo, que eu tentara expressar relacionando-as com minha cidade natal em meu livro Istambul. A velha senhora não estava confundindo a minha história com as histórias de minhas personagens fictícias. Ela parecia falar de algo mais profundo, mais íntimo, mais secreto, e senti que a entendia. O que permitiu que a tia perspicaz me conhecesse tão bem foram minhas próprias experiências sensoriais, que inconscientemente eu colocara em todos os meus livros, em todas as minhas personagens. Eu projetara minhas experiências em minhas personagens: como me sinto quando aspiro o cheiro da terra molhada de chuva, quando me embriago num restaurante barulhento, quando toco a dentadura de meu pai depois de sua morte, quando lamento estar apaixonado, quando eu consigo me safar quando conto uma mentirinha, quando aguardo na fila de uma repartição pública segurando um documento molhado de suor, quando observo as crianças jogando futebol na rua, quando corto o cabelo, quando vejo retratos de paxás e frutas pendurados nas bancas de Istambul, quando sou reprovado na prova de direção, quando fico triste depois que todo mundo deixou a praia no fim do verão, quando sou incapaz de me levantar e ir embora no final de uma longa visita a alguém apesar do adiantado da hora, quando desligo o falatório da TV na sala de espera do médico, quando encontro um velho amigo do serviço militar, quando há um súbito silêncio no meio de uma conversa interessante. Nunca me senti embaraçado quando meus leitores pensavam que as aventuras de meus heróis também haviam ocorrido comigo, porque eu sabia que isso não era verdade. Ademais, eu tinha o suporte de três séculos de teoria do romance e da ficção, que podia usar para me proteger dessas afirmações. E estava bem ciente de que a teoria do romance existia para defender e manter essa independência da imaginação em relação à realidade. No entanto, quando uma leitora inteligente me disse que sentira, nos detalhes do romance, a experiência da vida real que "os tornavam meus", eu me senti embaraçado como alguém que confessou coisas íntimas a respeito da própria alma, como alguém cujas confissões escritas foram lidas por outra pessoa.”

Orhan Pamuk (1952) escritor turco, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 2006

The Naive and the Sentimental Novelist

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“É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.”

Gabriel García Márquez (1927–2014)

[Autor desconhecido; é uma das várias frases cuja autoria frequentemente se vê atribuída, na Internet, a García Márquez, embora não tenha sido escrito pelo autor]
Frases apócrifas e sem fontes, atribuídas a ele

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“Conhecimento e técnicas. 'Que aspectos seus você pode mudar?' Conhecimento. Um conhecimento factual desse tipo não garantirá a excelência, mas a excelência é impossível sem ele. 'O modo de uma pessoa se engajar na vida pode não se alterar muito. Mas o foco da pessoa sim…'Para onde quer que olhemos, podemos ver exemplos de gente que mudou seu foco mudando seus valores: a conversão religiosa de Saulo no caminho para Damasco… Se quer mudar sua vida para que outros possam se beneficiar de seus pontos fortes, mude seus valores. Não perca tempo tentando mudar seus talentos. A aceitação de algumas coisas que nunca podem ser transformadas - talentos. Não mudamos. Simplesmente aceitamos nossos talentos e reordenamos nossas vidas em torno deles. Nós nos tornamos mais conscientes. Técnicas. 1. Anote qualquer historia, fato ou exemplo que encontre eco dentro de você. 2. Pratique em voz alta. Ouça a si mesmo pronunciando as palavras. 3. Essas histórias vão se tornar suas 'contas', como de um colar; 4. Só o que você tem a fazer quando dá uma palestra é enfileirar as contas na ordem apropriada, e sua apresentação parecerá tão natural quanto uma conversa. 5. Use pequenos cartões de arquivos ou um fichário para continuar adicionando novas contas ao seu colar. As técnicas se revelam mais valiosas quando aparecem combinadas com o talento genuíno. O talento é qualquer padrão recorrente de pensamento, sensação ou comportamento que possa ser usado produtivamente. Qualquer padrão recorrente de pensamento, sensação ou comportamento é um talento se esse padrão puder ser usado produtivamente. Mesmo a 'fragilidade' como a dislexia é um talento se você conseguir encontrar um meio de usá-la produtivamente. David Boies foi advogado do governo dos Estados Unidos no processo antitruste… Sua dislexia o faz se esquivar de palavras compridas, complicadas. As diferenças mais marcantes entre as pessoas raramente se dão em função de raça, sexo ou idade; elas se dão em função da rede ou das conexões mentais de cada pessoa. Como profissional, responsável tanto por seu talento por seu desempenho quanto por dirigir sua própria carreira, é vital que adquira uma compreensão precisa de como suas conexões mentais são moldadas. Incapaz de racionalizar cada mínima decisão, você é compelido a reagir instintivamente. Seu cérebro faz o que a natureza sempre faz em situações como essa: encontra e segue o caminho de menor resistência, o de seus talentos. Técnicas determinam se você pode fazer alguma coisa, enquanto talentos revelam algo mais importante: com que qualidade e com que frequência você a faz. Como John Bruer descreve em The Myth of the First Three Years, a natureza desenvolveu três modos para você aprender quando adulto: continuar a reforçar suas conexões sinápticas existentes (como acontece quando você aperfeçoa um talento usando técnicas apropriadas e conhecimento), continuar perdendo um maior número de suas conexões irrelevantes (como também acontece quando você se concentra em seus talentos e permite que outras conexões se deteriorem) ou desenvolver algumas conexões sinápticas a mais. Finalmente, o risco do treinamento repetitivo sem o talento subjacente é que você fique saturado antes de obter qualquer melhora. Identofique seus talentos mais poderosos, apure-os com técnicas e conhecimento e você estará no caminho certo para ter uma vida realmente produtiva. Se as evidências mais claras sobre seus talentos são fornecidas pelas reações espontâneas, aqui vão mais três pistas para ter em mente: desejos, aprendizado rápido e satisfação. Seus desejos refletem a realidade física de que algumas de suas conexões mentais são mais fortes do que outras. Algumas tiravam satisfação de ver outra pessoa obter algum tipo de progresso infinitesimal que a maioria de nós nem perceberia. Algumas adoravam levar ordem ao caos.(…) havia as que amavam as ideias. Outras desconfiavam d”

Your Child's Strengths: Discover Them, Develop Them, Use Them

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“Quero licença poética,
E quebrar a censura, e ser livre
Para poder mandar alguém
Para onde eu quiser,
E também ser mandado
Ao bel prazer.”

Fragmento da poesia Sede, Você Pode: Antologia, organizada por Valter Bitencourt Júnior, Amazon/Clube de Autores, 2018, pág. 11, 12 e 13, ISBN: 9781980631071.
Valter Bitencourt Júnior

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“Onde existe crime, deve existir força para reprimi-lo. Quem nega? Certamente não Liberdade; Certamente não os anarquistas.”

Benjamin Tucker (1854–1939) Ativista Anarquista

Where crime exists, force must exist to repress it. Who denies it? Certainly not Liberty; certainly not the Anarchists.
Do livro Individual Liberty - Capítulo: Anarchism and Crime http://flag.blackened.net/daver/anarchism/tucker/tucker9.html

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“Sou contra qualquer tipo de violência, por isso não posso me posicionar a favor da redução da maioridade antes de saber que há serviços de educação e saúde para os jovens aqui fora. Não adianta as pessoas falarem que querem justiça se estão sendo injustas. Não tem um curso ou uma escola onde eles possam aprender.”

Thaíde (1967) rapper, compositor, produtor, apresentador e ator brasileiro

como citado in: Jovem Pan http://jovempanfm.uol.com.br/panico/gente-ensaiava-na-rua-e-dancava-na-cadeia-diz-rapper-thaide-sobre-regime-militar.html: “A gente ensaiava na rua e dançava na cadeia”, diz rapper Thaíde sobre regime militar , 27/05/2015 13h45 . - Atualizado em 13/04/2016 05h00

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“Exploração, assim visto, tem muitas faces. Mas seja o que for que guise assume, esse mal é temível onde ela não existe e esmagado onde faz.”

Haile Selassie (1892–1975) Regente e Imperador da Etiópia

Endereço da Liga das Nações 1936

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“E o povo, onde está o povo que não se levanta?”

Jânio Quadros (1917–1992) político brasileiro, 22° presidente do Brasil

25 de agosto de 1961, ao lado da esposa, no Aeroporto de Cumbica
Renúncia

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“Estamos onde colocamos nossa atenção.”

reiki universal, Johnny de' Carli, citações, atenção

“Faça sempre o melhor que puder, dentro de suas possibilidades, onde quer que esteja.”

reiki universal, Johnny de' Carli, citações, dedicação

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“(…)
Procuro meu ser poeta,
Que só o meu destino
Pode encontrar!
Onde não sei…
Vejo tudo em neblinas.”

Valter Bitencourt Júnior (1994) poeta e escritor brasileiro

Fonte: Fragmento da poesia "À procura", Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, 2017, Clube de Autores/Amazon, pág. 26, ISBN: 9781549710971.

“Quando você descobrir verdadeiramente quem você é, você finalmente descobrirá de onde você veio e por que e para que veio.”

K. Monic (1966)

Fonte: Livro Rastejar ou Voar? A Escolha é Sempre Sua

“Saiba que nenhuma pessoa jamais chegou na atual situação onde se encontra na vida, por mero acaso.”

K. Monic (1966)

Fonte: Livro Rastejar ou Voar? A Escolha é Sempre Sua

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“A expressão começa onde o pensamento acaba.”

Albert Camus (1913–1960)

Fonte: O mito de sísifo (1942), p. 114

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“Todos os homens deveriam se esforçar para aprender, antes da morte, do que estão fugindo, para onde vão e por quê?”

James Thurber (1894–1961)

All men should strive to learn before they die what they are running from, and to, and why
Further Fables for Our Time‎ - Página 174, de James Thurber - Publicado por Simon and Schuster, 1956 - 174 páginas

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“A unidade de todas as coisas vivas existe neste mundo onde todo o mundo e todas as coisas buscam silenciosamente a Deus. Somente os ateus vêem um silêncio eterno.”

Hélas ! dit-elle avec attendrissement, le spectacle de la nature, si vivant, si animé pour nous, est mort aux yeux de l’infortuné Wolmar, et, dans cette grande harmonie des êtres où tout parle de Dieu d’une voix si douce, il n’aperçoit qu’un silence éternel
literalmente, em vez da expressão ateus, diz Wolmar, personagem a quem se refere
Lettre V à milord Edouard in: Julie ou la Nouvelle Héloïse, Cinquième partie (1761)
La nouvelle Héloïse

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“Imaginem um mundo onde seja concedido a toda e qualquer pessoa do planeta o acesso livre ao conjunto de todo o conhecimento humano. É o que estamos fazendo.”

Jimmy Wales (1966) co-fundador da Wikipédia

Robin "Roblimo" Miller, "Wikimedia Founder Jimmy Wales Responds," http://interviews.slashdot.org/article.pl?sid=04/07/28/1351230 Slashdot (2004-07-28)

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“Onde eu me sentia liberto e aliviado, porque havia transformado a realidade em poesia, meus amigos se enganaram acreditando que se devia transformar a poesia em realidade.”

Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832) escritor alemão

Sobre o Caso Werther e a colocação de seus livros no Index Librorum Prohibitorum.
Os Imortais da Litertura Universal. vol 1. Abril Cultural: São Paulo, 1971. p. 55.

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“Onde há uma grande vontade de aprender, haverá necessariamente muita discussão, muita escrita, muitas opiniões; pois as opiniões de homens bons são apenas conhecimento em bruto.”

John Milton (1608–1674)

Where there is much desire to learn, there of necessity will be much arguing, much writing, many opinions ; for opinion in good men is but knowledge in the making.
A Selection from the English Prose Works of John Milton‎ - Vol. II, Página 61 http://books.google.com/books?id=4gARAAAAIAAJ&pg=PA61, de John Milton, Francis Jenks - Publicado por Bowles and Dearborn, 1826

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“Eles entraram em um vácuo que já estava completamente pronto para eles, esquecendo de todas as outras bandas que fizeram o trabalho sujo, que criaram o chão onde pisam.”

Johnny Rotten (1956)

O Estado de São Paulo http://www.flogao.com.br/Modulos/Flogs/ReadNews.aspx?id=2461693&idflog=5052269
Sobre o Green Day.

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“Quando você acorda de manhã e sabe que está indo para o trabalho, onde vai tirar a roupa, isso é como se fosse o pior dia de sua vida. Você se sente péssima, enjoada. Depois, você chega a cogitar a hipótese de nunca mais fazer isso de novo.”

Kate Winslet (1975) Atriz britânica

Então com 31 anos, que está sofrendo na pele da protagonista de Little Children, uma viciada em pornografia
Fonte: Revista ISTO É Gente, Edição 376 http://www.terra.com.br/istoegente/376/frases/index.htm, de Novembro de 2006.

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“Fazíamos música sentados na grama das super-quadras de Brasília, em casa, nos colégios. Era uma época criativa, mais ingênua, onde as pessoas se divertiam mais, brincavam mais.”

Kátya Chamma (1961)

Fonte: Entrevista cedida a Luiz Alberto Machado, Recanto das Letras, em 2007 http://recantodasletras.com.br/entrevistas/625556

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“As pessoas se incomodam, quando veem uma mulher forte. Acham que você é forte como um homem e, por isso, veem um pênis onde não há um.”

Lady Gaga (1986) cantora e compositora dos Estados Unidos

Sobre os boatos de que ela seria hermafrodita.
Verificadas
Fonte: OFuxico, 4 de setembro de 2009.

“Se você não sabe para onde vai, provavelmente terminará em algum outro lugar.”

Laurence J. Peter (1919–1990)

If you don't know where you are going, you will probably end up somewhere else.
THE PETER PRINCIPLE WHY THINGS ALWAYS GO WRONG‎ - Página 159, de Dr. Laurence J. Peter, Raymond Hull - 1969

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“"Eu pessoalmente simplesmente encorajo as pessoas a mudarem para o KDE. Essa mentalidade "usuários são idiotas e são confundidos pelas opções" do Gnome é uma doença. Se você acha que seus usuários são idiotas, então apenas idiotas vão usá-lo (o programa). Eu não uso o Gnome, pois na busca pela simplicidade ele há muito tempo chegou ao ponto em que simplesmente não faz o que preciso que faça. (…) Por favor, simplesmente diga para as pessoas usarem o KDE. O motivo de não usar o Gnome é que toda outra interface que conheço é poderosa e extensível, onde você pode atribuir funções a diferentes botões do mouse. Tente adivinhar qual não é, por que iria confundir os pobres usuários? Aqui vai uma pista: não é uma interface leve nem rápida. E quando digo isso a alguém, eles geralmente concordam e contam alguma história pessoal de algum recurso que utilizavam mas foi removido por que acharam (os desenvolvedores) que poderia ser fonte de confusão. O mesmo com o diálogo de seleção de arquivo (que foi o tema que originou a discussão). Aparentemente é muito "confuso" permitir que os usuários simplesmente digitem o nome do arquivo (como opção). Então o Gnome te força a usar o diálogo de seleção, sem se importar que seja um milhão de vezes mais demorado.”

Linus Torvalds (1969) programador finlandês

Numa entrevista concedida em dezembro de 2005.
Fonte: Site da Gnome http://mail.gnome.org/archives/usability/2005-December/msg00021.html

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“O Dr. Cottard nunca sabia ao certo como deveria responder a alguém, se seu interlocutor queria rir ou estava sério. E, ao acaso, ele acrescentava a todas as suas expressões fisionômicas o oferecimento de um sorriso condicional e provisório na finura expectante, o desculparia da censura de ingenuidade, se as palavras que lhe dirigiam, fossem de fato espirituosas. Porém, como tinha de enfrentar a face oposta, nunca deixava o sorriso se afirmar nitidamente no rosto, onde se via flutuar perpetuamente uma incerteza em que se lia a pergunta que não tem coragem de fazer: "O senhor fala isto a sério?" Da mesma maneira que nos salões, não estava igualmente certo de como devia se comportar na rua, e até, em geral na vida, e assim opunha aos passantes, aos carros e aos acontecimentos um só malicioso, que previamente eliminava de sua atitude toda impropriedade, visto que provava, se não era adequada ao caso, que ele bem o sabia e só por zombar procedera daquele jeito. Entretanto, em todos os assuntos onde era permitido, o doutor não deixava de esforçar-se para restringir o campo de incertezas e de completar sua instrução.””

Marcel Proust (1871–1922) Escritor francês

[Atenção: este trecho não corresponde exatamente ao original em português, ou seja, à tradução de Mário Quintana, editora Globo, 1948, devendo ser consultado, portanto, no livro para se ler o trecho na versão original. O mesmo deve ter ocorrido aos trechos abaixo)
nota de Ana P.
No caminho de Swann

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“Mas no mesmo instante em que aquele gole, de envolta com as migalhas do bolo, tocou meu paladar, estremeci, atento ao que se passava de extraordinário em mim. Invadira. me um prazer delicioso, isolado, sem noção de sua causa. Esse prazer logo me tornaria indiferente às vicissitudes da vida, inofensivos seus desastres, ilusória sua brevidade, tal como o faz o amor, enchendo-me de uma preciosa essência: ou antes, essa essência não estava em mim, era eu mesmo. Cessava de me sentir medíocre, contingente, mortal. De onde me teria vindo aquela poderosa alegria? Senti que estava ligada ao gosto do chá e do bolo, mas que ultrapassava infinitamente e não devia ser da mesma natureza. De onde vinha? Que significava? Onde apreendê-la? Bebo um segundo gole que me traz um pouco menos que o segundo. É tempo de parar, parece que está diminuindo a virtude da bebida. É claro que a verdade que procuro não está nela, mas em mim. A bebida a despertou, mas não a conhece, e só o que pode fazer é repetir indefinidamente, cada vez com menos força, esse mesmo testemunho que não sei interpretar e que quero tornar a solicitar-lhe daqui a um instante e encontrar intato a minha disposição, para um esclarecimento decisivo. Deponho a taça e volto-me para meu espírito. É a ele que compete achar a verdade. Mas como? Grave incerteza, todas as vezes em que o espírito se sente ultrapassado por si mesmo, quando ele, o explorador, é ao mesmo tempo o país obscuro a explorar e onde toso o seu equipamento de nada lhe servirá. Explorar? Não apenas explorar: criar. Está diante de qualquer coisa que ainda não existe e a que só ele pode dar realidade e fazer entrar em sua luz.”

Marcel Proust (1871–1922) Escritor francês

No caminho de Swann

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“É justamente porque a humanidade não sabia por onde ia que conseguiu encontrar o seu caminho.”

It is because Humanity has never known where it was going that it has been able to find its way
Intentions - Página 106, Oscar Wilde - Heinemann and Balestier, 1891 - 258 páginas
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“Não precisamos saber nem 'como' nem 'onde', mas existe uma pergunta que devemos fazer sempre que começamos qualquer coisa. 'Para que tenho que fazer isto?”

Paulo Coelho (1947) escritor e letrista brasileiro

Palavras essenciais - Página 71, Paulo Coelho - Vergara e Riba Editoras Ltda, 2001, ISBN 8587213156, 9788587213150 - 104 páginas
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