Frases sobre olhar
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“Brianna olhou para seu relógio, ainda surpresa em vê-lo ali. Ainda faltava meia hora. Se pudessem evitar derramamento de sangue até…
Um grito lancinante vindo de cima e ela fez uma careta. A ajudante, menos preparada, deixou cair sua prancheta de anotações com um gritinho.
- MAMÃE! - Jem, em tom de queixa.
- O QUE FOI? - ela rugiu em resposta. - Estou OCUPADA!
-Mas mamãe! Mandy me BATEU! -veio o relato indignado do alto da escada. Erguendo os olhos, ela podia ver a parte de cima de sua cabeça, a luz da janela brilhando em seus cabelos.
- É mesmo? Bem…
- Com uma VARINHA!
- Que tipo de…
- De PROPÓSITO!
- Bem, não acho…
- E… - uma pausa antes do desfecho incriminador - ELA NÃO PEDIU DESCULPAS!
O construtor e sua ajudante desistiram de procurar larvas de caruncho para acompanhar a emocionante narrativa, e agora ambos olhavam para Brianna, sem dúvida esperando algum decreto salomônico.
Brianna fechou os olhos por um instante.
- MANDY - ela berrou. - Peça desculpas!
- Não! - veio uma recusa estridente de cima.
- Sim, tem que pedir! - veio a voz de Jem, seguida de ruídos de luta.
Brianna dirigiu-se às escadas, com um olhar assassino. Assim que botou o pé no degrau, Jem emitiu um grito agudo.
- Ela me MORDEU!
- Jeremiah Mackenzie, nem PENSE em devolver a mordida! - gritou. - Vocês dois, parem com isso agora mesmo!
Jem enfiou uma cabeça desgrenhada pelo corrimão, os cabelos arrepiados. Usava uma brilhante sombra azul nos olhos e alguém aplicara batom cor-de-rosa em uma forma tosca de boca de uma orelha à outra.
- Ela é uma pestinha - ele informou furiosamente aos fascinados espectadores embaixo. - Meu avô disse.”

A Breath of Snow and Ashes

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“O Conhecimento me trouxe um fardo, como uma assombração que me persegue por todos os cômodos da casa. Uma criatura negra que suga toda a felicidade que existe em mim afim de me transformar em algo tão sombrio quanto esta própria assombração (…)

Eu me lembro, sim eu me lembro! como se fosse ontem, em meus belos dias de ignorância víu, no auge de minha juventude. Aquele sorriso ao me entreter com a futilidade da vida, aqueles amigos falsos com sorrisos malditos prontos para me apunhalar pelas costas, o calor mentiroso embora aconchegante da religião. Aqueles eram dias felizes, a ignorância me trazia a paz e a felicidade que um homem precisa para viver neste planeta como mais uma formiga trabalhadora.

Mas ela veio até mim, a assombração do conhecimento. Aquela criatura negra e gélida apareceu pela primeira vez em forma de cálculos matemáticos em um livro do Stephen Hawking. E foi neste particular momento que meus olhos abriram-se pela primeira vez, como uma criança que acabou de nascer, e ao olhar para o céu eu não via apenas pontos luminosos eu via mundos inteiros, constelações e galáxias.

Algo tomou conta de mim… era aquela assombração e ela pedia por mais, ela implorava por mais e para que sua sede fosse saciada, caminhei lado a lado com aquela criatura negra até uma biblioteca.

E ao sentar em uma das cadeiras me vi embriagado em pensamentos e reflexões Filosóficas, Nietzsche, Camus, Carl Sagan e o sádico Aleister Crowley. Todos eles agora viviam em mim, o conhecimento agora havia aberto meus olhos para um mundo que sempre esteve ali, mas eu nunca pude vê-lo.

Agora eu estou aqui, sozinho em uma casa velha com as luzes apagadas e uma vela que ilumina um velho caderno, do qual escrevo textos melancólicos sobre a vida. Para que algum dia outros conheçam está assombração.

Ela… Que é a minha melhor amiga.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Imagine que um belo demônio, saísse do espelho e te oferecesse uma nova vida, mas para isso você teria que matar a si mesmo para vive-la – todas as suas decepções, seus medos, as noites que passou chorando, os seus dramas, absolutamente tudo seria apagado e você acordaria vivendo uma vida bem sucedida.

Uma vida na qual todos te amam, seus pais se orgulham, seus amigos sempre o chamam para sair, você é aceito na sociedade e seu emprego tem um salário tão bom que poderia pagar por tudo que sempre sonhou.

Você mataria a si mesmo, para viver essa nova vida?

Adam, um jovem que odiava sua existência, tomou a sua decisão, aceitou o pacto com aquele belo demônio e apertou o gatilho contra sua própria cabeça.

E ao acordar, estava vivendo uma nova vida os pássaros cantavam, sua mãe sorria esbanjando orgulho do seu filho, seu celular tocava incansavelmente com mensagens de seus fiéis amigos – tudo parecia perfeito.

Aos poucos, vivendo essa nova vida adam percebe que seus amigos começam a se afastar, seus pais começam trata-lo com desprezo e ele é demitido do novo emprego. Sem perceber os motivos pelo qual sua nova vida estava desmoronando, ele corre aos prantos pedindo ajuda ao demônio;

''– Por que? Por que a minha vida está desmoronando?'' Perguntou adam em completo desespero

O demônio, iluminado pela luz da manhã sorri de maneira singela, e sem dizer nada mostra para Adam mais duas novas vidas; A Primeira uma versão ainda mais bem sucedida, e a outra sua antiga vida da qual ele temia e fugia desesperadamente.

Sem hesitar, ele pegou novamente a arma e atirou em sua antiga vida, e em seguida atirou contra sua própria cabeça, e então acordou vivendo aquela nova vida que havia escolhido.

Dessa vez, tudo parecia perfeito. Adam saia com seus amigos para festas e baladas que eles escolhiam, todos riam e esbanjavam felicidade; Seus pais estavam cada dia mais orgulhosos do seu novo emprego (…) Mas Adam não estava feliz, todos a sua volta sorriam e todos o aceitavam, mas faltava algo, faltava algo que ele não conseguia perceber.

Furioso, ele volta correndo ao demônio, que desta vez estava chorando… Adam sem entender o que estava acontecendo, colocou as mãos no ombro daquele belo demônio e perguntou

‘’ – Por que choras?’’

O demônio, chorando e sem dizer absolutamente nada, mostra a Adam duas novas versões de sua vida. Adam confuso, observa uma versão ainda mais bem sucedida, e a sua antiga e original versão. Ele então indaga ao demônio de maneira furiosa

‘’ – Sobre o que isso se trata!? Por que eu não consigo ser feliz mesmo sendo um homem sucedido!?’’

O demônio se aproxima de adam, e aponta com os dedos para sua antiga vida e pela primeira vez ele diz algo

‘’ Para ser feliz, é preciso primeiro aceitar quem você realmente é’’

Uma gota de lágrima cai dos olhos do demônio, e ao olhar o seu reflexo adam finalmente percebe;

‘’ Somos todos diabos, aos olhos do mundo que não nos compreende’’

Muitas das vezes em meu âmbito de solidão, sou atormentado por monstros do passado que me assombram e gritam o meu nome me mostrando um passado que jurei esquecer, sou afogado em mágoas e arrependimentos e sufocado por uma versão de mim mesmo que a muito tempo eu não via (…) Para superar os monstros do passado, sou forçado a aceitar aquele que a muito tempo eu matei e jurei nunca ter existido.

Para conviver em paz com os monstros do passado, é necessário primeiro fazer as pazes com o cadáver que você foi um dia.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Diálogo entre um Psicólogo Niilista e um Depressivo Existencialista

- Você poderia me explicar o por quê da consulta? Perguntou o nobre Psicólogo arrumando os óculos; Com a cabeça baixa e o cabelo cobrindo seu rosto Adam responde – Existe algo em mim que eu não sei explicar, e esse algo fere a todos que se aproximam de mim (…) – E o que seria esse algo Adam? Perguntou.

É Como um peso que tira de mim a vontade de viver, que dilacera toda esperança que havia em mim, um peso tão pesado que há dias do qual eu simplesmente não quero e não consigo sair da cama. E esse peso se transforma em uma dor gritante que ecoa no vazio do meu coração mostrando para mim que meu nascimento foi um erro, e tudo que eu sou é decepção (…) Adam olha com os olhos cheios de lágrimas para o psicólogo, e desvia o olhar.

- E Para que viver? Respondeu o psicólogo de forma fria, ajeitando seus óculos finos.

Adam sem saber o que responder, apenas disse aquilo que havia preso em seu coração; - Para que viver? Porque todos vivem, amam, festejam, abraçam e sorriem enquanto eu sofro e choro em um quarto escuro escutando todos a minha volta dizer que eu sou um fracasso! Queria eu sair desse quarto e realizar algum sonho, escrever, publicar, e alcançar alguma coisa! Para que viver? A vida é bela e cruel mas não foi feita para mim, eu só queria viver e conquistar alguma coisa!

- A Vida não foi feita para nenhum de nós, tudo que existe ou já existiu nesse planeta nada mais é do que o reflexo do tempo repelido nesta vastidão cósmica que conosco nada se importa, somos apenas macacos… macacos vivendo em sociedade com outros macacos buscando desesperadamente um motivo para viver! Então eu te pergunto novamente adam.

Para que viver?

Adam espantado com o discurso do psicólogo, não compreendia a situação afinal tudo que ele queria era ajuda para sua depressão. E ao tirar o cabelo da cara e respirar fundo Adam responde

Por que você vive?

Eu não vivo, eu só existo (…) Existo para mim e amo a mim mesmo, todos os dias durmo e acordo comigo, e no auge do meu egoísmo Niilista eu ajudo aqueles que ainda não entenderam para que serve a vida. Respondeu o psicólogo ajeitando seus óculos

Então para que serve a vida!!! gritou Adam

- Para nada… só para existir.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“A minha alma afoga-se em lágrimas,
estou hoje morto
como se nunca tivesse nascido

Nas noites solitárias
em que a angustia transforma-se em desespero
enforco-me nos meus sonhos de infância
que um dia me fizeram sorrir

Tudo o que eu vivi
vivi em agonia;

Sou o monstro que rasgou as entranhas da minha mãe
e a matou no parto
sou a miséria que se alastra pelo mundo

E ao mesmo tempo não sou nada
além de um verme qualquer

E como eu poderia ser alguma coisa?
se falhei em tudo!

Vivo a vida com intensidade
despertando paixões
nos rincões do universo

Mentindo no espelho
que eu não irei me matar
e por que eu me mataria?

Se as dores que vivem em meu peito
são as únicas coisas que me mantém vivo

Como eu ousaria cometer este crime terrível?
e tirar a minha própria vida
quando cometo a petulância de olhar na cara de Deus e dizer

- Não amaldiçoas-te me com a vida?
Agora amaldiçoou a ti com a Filosofia

Eu sou o homem que nasceu para odiar a vida,
e em letras transformo meu ódio em Poesia
minha tristeza em Filosofia e
minha paixão em Melancolia

Se algum dia eu tirar a minha própria vida,
irei certificar-me de ter feito dela o meu parque de diversões
o meu reino de Deus
o meu Céu
e o meu Inferno

Se algum dia eu tirar minha própria vida,
sobre o meu tumulo irão de escrever
- Aqui jaz o homem que fez a vida curvar-se perante os seus pés

Não me entregarei as dores do mundo,
ou a está maldição que a mim foi concebida
contra minha maldita vontade

Não direi a vida
em sua cara covarde
‘’ Oh vida não suporto as suas dores’’
Irei gritar em seu rosto frio!
- OH VIDA, TU NÃO ME SUPORTAS!!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo, Morte, Solidão

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“Poema - Isaías 13:9

Enforquem-se uns aos outros,
gritem por misericórdia
enquanto mutilam seus próprios filhos

Os deuses voltaram!
e clamam sangue aos homens!

Ah, se ouvistes as vozes que gritam em minha mente
se sentistes as dores que ferem a minha alma
não me chamarias de louco
tampouco me apontariam seus dedos sujos

Vocês nunca vão compreender a minha loucura
eu cometo inúmeros suicídios para suportá-la
e todas as vezes em que eu morro
torno-me insano!

Não escutas os lobos uivarem o seu nome?
não veem os vermes alimentando-se de suas crianças?

De que te serves a sanidade
se não enxergas o mundo?

Talvez, matando-se, o conheças finalmente
então matem-se!
é preciso morrer para se enxergar a verdade

Sinto-me solitário mesmo que em companhia
e em meu coração existe um vazio
que eu não consigo explicar

Me lançarei de joelhos sobre os vossos pés
gritarei como almas torturadas no inferno;
- Matem-me! Eu suplico!

Essa doença que vive em meu peito
me impede até mesmo de morrer
almejo a morte todos os dias
nem mesmo consigo apertar o gatilho
ainda que eu odeie a vida
parte de mim sonha em viver…

E que diferença faríamos se estivéssemos todos mortos?
se os nossos corpos balançassem dependurados em arvores
com cordas em nosso pescoço?

Para o universo não somos nem mesmo parasitas
nossos deuses não passam de devaneios de uma mente insana

Se os deuses existissem
ao olhar por suas janelas celestiais
e perceberem o que nos tornamos
desceriam dos céus em cavalos de fogo
e cortariam nossas cabeças

Não há nada mais podre e covarde do que a vida humana
fúteis criaturas a vagar sobre a terra

Matem os homens!
para que os animais possam viver!

Até a mais cruel das feras
é superior ao homem mais elevado
que já pisou sobre a face deste planeta

Então cantem
Isso!
Cantem e dancem ao meu lado!

Oh, não estão escutando?
Sim!
Sim!

São elas!
as trombetas do apocalipse!
os anjos do inferno vieram cantar
sobre as lágrimas do meu ultimo suicídio”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Solidão Ateu

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“Poema - 11/02/1963

Canções negras
transformam almas vazias
em deuses ou suicidas!

Quando encontrarem o meu corpo
atendam o meu último pedido

Não enxuguem as lágrimas em meus olhos
pois nelas estão todos os meus sonhos;

Quem sou eu?
senão o pior de todos os homens

As feridas nas mãos de Cristo
e o sorriso de Judas ao vê-lo morrer

Abdiquei-me de todas as coisas
os meus martírios
reduziram-me a nada

Deitado nesta cama
adoeço todas as noites

Reviro-me de um lado
para o outro
com a escuridão
me engolindo a cada segundo

Grito por ajuda
mas aqueles que podem me ouvir
tampouco podem compreender
as minhas dores

Tento me levantar
com as minhas próprias pernas
mas as minhas asas quebradas
prendem-me em meu próprio abismo

Recolho-me como uma
criança solitária

Abraço as minhas próprias pernas aos prantos
e chorando pergunto a mim mesmo

- Por que nasceste?
oh criatura infernal

Vejo em mim todas as pragas
e todas as dores

Como uma doença
que se espalha pelo mundo
eu mato todas as flores
para sangrar em seus espinhos;

Como eu posso me olhar no espelho?
se nem mesmo sei quem eu sou

Como eu posso me levantar?
se o meu espirito se enforcou
em meio aos lençóis

As minhas dores se espalham
por todos os cantos da casa

Escrevo uma carta
para todos aqueles que
acredito que sentiriam a minha falta

Com os pés sujos de sangue
nem mesmo a solidão
caminha ao meu lado

Enforco-me aonde ninguém
pode me ouvir gritar

Sinto as cordas quebrando
o meu pescoço
levando as minhas ultimas dores
para o vale dos suicidas;

Uma voz doce clama pelo meu nome
um anjo tão belo
quanto as estrelas que brilham na escuridão
me acolhe em seus braços

Deito-me em suas pernas
e suas mãos doces
enxugam as lágrimas em meus olhos

Eu me enforquei naquele quarto
para renascer na sua vida…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“Poema – Culpa

Rastejando como um verme
podre neste mundo hostil
fedendo a sangue e enxofre

Fui batizado com a saliva
do diabo e nomeado
pelos deuses

A criatura mais insignificante
deste mundo

Reúnam-se em coletivos
marchem em direção a
minha casa

Com a suas tochas
e símbolos da paz

Matem-me com violência
enquanto o meu corpo frio
debate-se em êxtase
pela dor infligida na minha alma

Arrastem o meu corpo
pelas ruas e justifiquem
tal ato com louvores e bênçãos

Caminharei
com os pés descalços
e mãos amarradas

Enquanto chicoteiam
as minhas costas

- Não tenham pena
deste homem imundo!

A dor que eu farei
senti-los se me deixarem viver
é muito maior do que
estas feridas

Eu sou a destruição deste mundo
a praga que tanto temem
em suas histórias bíblicas

A depressão já instaurada
na parte mais minuciosa
do seu intimo

As lágrimas que choram
sem saber porque

O sentimento de vazio!
a solidão que os assombra
todas as noites!

Sou o culpado por cada morte
cada ente querido enterrado
neste solo maldito
que agora alimentam os vermes

- Parem com essas orações
- Esses olhares de pena!

Continuem com as martirizações
atirem pedras em meu corpo nu
diante de suas catedrais

Acabar com a minha vida
significa viver mais um dia!

- Não querem voltar para
suas casas?

- Abraçar os seus filhos?

- Rezar para o seu Deus?

Se almejam tanto a felicidade
um sacrifício de sangue
será necessário

Diante de todos estes olhares
que me encaram
eu me declaro culpado
por suas dores

Crucifiquem-me
e atirem fogo em meu corpo

Para que nenhum milagre
caia sobre as minhas cinzas…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

“Teu olhar pela manhã
Acompanha-me lua!”

Nelson Martins

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“Poema – Solitude & Depressão

Há um demônio que vive dentro de mim
Todas as vezes que eu tento ser eu mesmo
Ele machuca as pessoas que eu amo

Então sou obrigado a fingir
Ser outro alguém

Aqueles que realmente me conhecem
Me olham com olhar de ódio e repulsa

Mas eu não posso culpá-los
Quem amaria um monstro como eu?

Tentei me esconder na solidão
Mas a depressão fez de mim
Vítima da minha própria doença;

Corri em meio a florestas
Atormentadas por bruxas e demônios
E pela primeira vez me senti em casa

Todas as manhãs ascendo velas
Para o diabo
E ele me conta histórias fantásticas

De um lugar repleto de luz
Aonde a minha escuridão
Não pode ferir ninguém;

Há uma criança tímida que vive
Dentro de mim

Tudo que ela queria fazer
Era amar e sorrir como uma pessoa normal

Mas quando olham diretamente em seus olhos
Eles veem apenas o demônio
Que tenta se esconder em meio as suas lágrimas

Hoje a única pessoa que eu acreditei
Que me amava
Disse que eu havia mudado

Ela finalmente descobriu quem eu realmente era
Sei que em algum momento ela irá embora
Como todos fazem

Mas eu não posso culpa-los…
Quem iria amar um monstro como eu?

Eu tento do fundo do meu coração
Ser uma boa pessoa
Mas até mesmo a minha forma de falar
Acaba ferindo aqueles que se aproximam de mim

Acredito fielmente
Que eu deveria me enforcar
Enquanto todos dormem

E deixá-los
Somente com as memórias
Do homem que eu nunca fui…

Mas há uma criança tímida
Que vive dentro de mim…

E tudo que ela queria fazer
Era sorrir e amar como uma pessoa normal

Mas por que?
Oh deus!

Por que?
Vocês não conseguem enxergá-la?

Tudo que veem é um
Demônio solitário
Clamando por um pouco de amor…

Me desculpem!
Por favor me desculpem
Por ter nascido!

Eu prometo que eu vou concertar
Esse erro algum dia…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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“É isso que fez eu me identificar com o Rap, a representatividade. Eu me enxerguei nos caras, e ainda me enxergo. É isso que faz 90% dos garotos de periferia em algum momento da vida sonharem em ser jogadores de futebol (inclusive eu, até ver que não nasci pra isso), é olhar pro campo e se ver nas maiores estrelas do esporte.”

como citado in Revista Galileu http://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2015/11/com-clip-novo-rapper-rashid-fala-sobre-discriminacao-no-brasil.html; entrevista a Nathan Fernandes, 13/11/2015 - 14H11/ atualizado 10H0707

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“Não quero ser só apenas o Teu servo quero atrair teu olhar de amor, Senhor eu venho a ti como um filho que te ama tudo o que eu quero é estar perto de ti.”

Aline Barros (1976) Cantora gospel

na música Casa do Pai http://letras.mus.br/aline-barros/casa-do-pai/

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“Eu penso que é muito importante que os filmes façam as pessoas olhar para o que elas esqueceram.”

Spike Lee (1957)

Fonte: Os 25 anos de ‘Faça a coisa certa’, de Spike Lee, JOEL ZITO ARAÚJO, Oglobo, 02 de julho de 2015 http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/os-25-anos-de-faca-coisa-certa-de-spike-lee-13072495,

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“O Capitão América é um bom sujeito, um cara de bom coração. Ele é sinceramente altruísta, generoso, sempre preocupado com os outros, com O que é melhor para todos, não apenas para si mesmo. Isso é uma coisa que procuro praticar em mim mesmo. Eu sinceramente quero ser uma boa pessoa. Quero fazer o melhor pelas pessoas que amo. Todos nós temos famílias, não é mesmo? E famílias podem ser complicadas… Minha meta é poder chegar ao fim do dia, me olhar no espelho e poder dizer, independente da opinião de outras pessoas à minha volta, que eu sou uma pessoa do bem.”

Chris Evans (1981) Ator norte-americano

Em resposta à “Você se identifica com o Capitão América de algum modo?”
Fonte: UOL. Data: 25 de abril de 2012.
Fonte: Capitão América de "Os Vingadores" diz que Downey Jr. domina a cena; assista a entrevista, Ana Maria Bahiana, UOL, 25 de abril de 2012 http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2012/04/25/capitao-america-de-os-vingadores-diz-que-downey-jr-domina-a-cena-assista-a-entrevista.htm,

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“O meu marido está aqui a olhar para mim com uma cara muito gulosa.”

" Gravidez empresarial ", Mixórdia de Temáticas 20-06-2014

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“Ele sabe que eu estava a olhar para ele, e ele a escarrar.”

" Alguns pensamentozinhos ", Mixórdia de Temáticas 23-05-2014

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“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

Søren Kierkegaard (1813–1855)

Fonte: O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates, p. 245-246

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“É com apreço e gratidão que aceito este prémio em nome do Laboratório de Los Alamos, e pelos homens e mulheres cujo trabalho e dedicação o construiram. É nossa esperança que no futuro possamos olhar para este prémio e para tudo o que ele significa com orgulho. Hoje esse orgulho deve ser moderado face a uma profunda preocupação. Se bombas nucleares forem adicionadas como novas armas aos arsenais de um mundo em guerra, ou aos arsenais de nações preparando-se para a guerra, então chegará o dia em que o mundo amaldiçoará os nomes de Los Alamos e Hiroshima. Os povos deste mundo têm de se unir, ou perecerão. Esta guerra que tanto devastou esta Terra escreveu estas palavras. A bomba atómica soletrou-as para que todos os homens as percebam. Outros homens usaram estas palavras em outros tempos, sobre outras guerras e outras armas. Elas não prevaleceram. Existem alguns que, ludibriados por um falso sentido de história humana, defendem que elas não prevalecerão agora. Não nos cabe a nós acreditar nisso. Pelas nossas mentes estamos comprometidos a um mundo unido perante o perigo comum, na lei e na humanidade.”

Robert Oppenheimer (1904–1967)

"It is with appreciation and gratefulness that I accept from you this scroll for the Los Alamos Laboratory, and for the men and women whose work and whose hearts have made it. It is our hope that in years to come we may look at the scroll and all that it signifies, with pride. Today that pride must be tempered by a profound concern. If atomic bombs are to be added as new weapons to the arsenals of a warring world, or to the arsenals of the nations preparing for war, then the time will come when mankind will curse the names of Los Alamos and Hiroshima. The people of this world must unite or they will perish. This war that has ravaged so much of the earth, has written these words. The atomic bomb has spelled them out for all men to understand. Other men have spoken them in other times, and of other wars, of other weapons. They have not prevailed. There are some misled by a false sense of human history, who hold that they will not prevail today. It is not for us to believe that. By our minds we are committed, committed to a world united, before the common peril, in law and in humanity."
Verificadas
Fonte: Discurso de aceitação do Army-Navy "Excellence" Award, 16 de novembro de 1945

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“O olhar revela a sinceridade da alma e as palavras revelam sua essência.”

O olhar revela a sinceridade da alma e as palavras revelam sua essência.

“Louco é você olhar pra alguém, e saber que mesmo que vocês não fiquem juntos, que mesmo que passe o tempo que for, aquela pessoa vai ser pra sempre dona do seu amor.”

Louco é você olhar pra alguém, e saber que mesmo que vocês não fiquem juntos, que mesmo que passe o tempo que for, aquela pessoa vai ser pra sempre dona do seu amor.

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“Rugas de um Amor perfeito
Olho para o teu rosto, nele existem as marcas de uma vida. Olhar cansado e cheio de doçura, na tua boca as palavras sábias, que eu as acolhi dentro do coração. Mesmo com teus cabelos esbranquiçados é capaz de sacrificar sua vida pelos filhos e netos. Os dias passam para ti e não pode recuperá-los, são gastos em proveito dos outros do que de si mesmo. Às vezes olha para os filhos em silencio, em seu olhar nenhuma severidade, nenhuma raiva, nenhum castigo, ao contrário no teu olhar tem uma infinita compaixão, uma infinita bondade que me deixa a refletir de como estou sendo para os meus filhos. Sua voz, suas palavras cheia de doçura parece uma "morada tranquila". Tu estás sempre ofertando para os outros um pedacinho do teu tempo. Teus passos suaves e lentos não te deixa correr como antes, mas vem sempre em minha direção como se eu fosse ainda aquela pequena criança. E, quando te vejo, ombros meios caídos, corpo aos poucos curvado. Às vezes sentada em frente de casa ou num canto da sala, às vezes paralisada pela idade, pelo cansaço, esperando apenas um abraço, mesmo com as rugas de uma vida, seu rosto é expressivo, mostra o que teu coração sente, fala mansa, cada vez mais devagar nas palavras, teu olhar que é o porto que me acalma. Fico a pensar, se vou ter um pouco dessa tua sabedoria, dessa tua imensa bondade, dessa tua paz tão quieta.
Envelhecer com essa paz que tu transmite é mostrar ao mundo como se vive bondosamente.”

“Neste vasto mundo olho para trás e vejo que deixei pegadas de dor mas, também de amor. Isso só mostra que estou caminhando bem, com minhas simples qualidades e meus exagerados defeitos. Não cobro de mim, nem mais e nem menos, tenho procurado o equilíbrio de me achar e de ser alguém que inspire Amor. Plantar! Para colher os frutos… E espalhar esses frutos colhidos do amor que devo doar, pois o que tenho de melhor, não pode ser guardado. Eu acredito que Deus nos enche de sentimentos bons, para que esses sentimentos sejam compartilhados e praticados com o próximo, que precisa de uma palavra ou de um consolo, sempre tem alguém precisando de um afago… E esse afago posso oferecer em forma de palavras, abraços, beijos, sorrisos, orações, atitudes, gestos, em doação, mas tem que partir do coração. Eu me proponho, apesar das dificuldades, me sentir intensa dos momentos de felicidade e estes sim, compartilhar. Amor plantar e sorrisos doar, e se não receberem este meu “presente” como espero, ao menos doei amor sincero, plantei sementes de compaixão. Ainda tenho muito o que aprender, mas tenho orgulho de olhar para trás e ver que o que vivi e o quanto caminhei me trouxe até aqui tão mais madura, leve e plena de mim. E mesmo que lá fora o dia esteja nublado, insisto em ser sol na vida das pessoas que amo!””

Autoras: Bia Silva, Maria Solange Greguer Alves e Helena Cristina Greguer)

“Vamos conversar?
Quero falar sobre a importância da EMPATIA e não digo somente de compreender a dor alheia não, pois empatia vai muito além.
Garanto que você começou 2020 fazendo aquela velha promessa de ajudar mais, de compreender, de querer bem, sem olhar a quem.
O ano já começou faz tempo, tantas coisas de Janeiro até aqui Março aconteceram, entre elas essa pandemia que assusta do menor ao maior, do mais novo ao mais velho.
O que você está fazendo para ajudar o seu próximo?
E aí? Vai esperar ver a necessidade do outro chegar bem perto de você para que olhe com mais amor?
Não estou me referindo somente a um apoio emocional, mas aquele apoio de dizer: eu tenho pouco, mas quero dividir com você.
Saiba que nesses dias de aflições tanto a saúde fisica como a mental estão sofrendo surtos terríveis.
A saúde fisica mostra hospitais lotados, pessoas morrendo, e a saúde mental precisa de atenção porque muitos estão chorando por seus entes queridos, aqueles que estão acamados e aqueles que se foram.
Precisamos ser solidários até de alma para alma. De coração pára coração.
Escrevo não para ter curtidas ou visualizações, mas para que você olhe um pouco a realidade de quem não está no conforto de um lar, no isolamento dentro de casa. Eu falo daqueles que estão nas ruas, nas calçadas, (esses corações precisa ser cuidados),
E, com certeza eles se tornaram uma grande isca para esse vírus que nos assombra.
Não víamos tanta gente correndo de um lado para o outro, atrás de se proteger.
E, com certeza muita gente por aí aumentou a depressão, as crises de ansiedade, a sindrome do pânico.
Muita gente por ai ( inclusive os moradores de rua) estão se sentindo mais excluídos, mais solitários, menos e menos vistos.
Vamos cuidar da nossa saude? E a do outro como podemos cuidar?
Não espere a necessidade ou a mídia mostrar que você pode ajudar.

Vamos lá? Não importa como, mas mexa-se.
Se comprar dois álcool em gel, olhe para o lado e vê se alguém precisa de um e divida. Se você pode sair pra comprar seu alimento, olhe para quem já é idoso e não tem que faça por ele.
A propósito não abraçar, não apertar as mãos não quer dizer que o coração não deva sentir.
O toque mais bonito que existe, ainda se chama Amor, e esse até no olhar se transmite.
Fica a dica, meio longa de ler, mas que possa Fluir em você sentimentos que nos ajudem a vencer mais essa batalha.
Empatia, é o remédio adequado para salvar outras vidas.”

Andre Rodrigues Costa Oliveira photo
Andre Rodrigues Costa Oliveira photo
Gerson De Rodrigues photo

“Poema – Vozes e Goétia

‘’ Se todos os meus pensamentos
Fossem revelados ao mundo

Pedófilos, estupradores, e ditadores
Seriam considerados santos
Diante da minha miséria

Ah em mim tanta podridão
Que as lágrimas que escorrem
Dos meus olhos causam náusea aos Deuses’’

- Não ouviram falar do homem louco?
Que arrancou os seus tímpanos com as unhas

E com eles nas mãos em plena manhã
Lançou-se em meio à multidão gritando

– Não estão escutando estes sussurros?
- As janelas batendo ao vento?
- Andem matem uns aos outros e enforquem-se até que
A sua alma pare de gritar!

E lá,
Em meio à praça publica
Enquanto gritava como um lunático

Encontrou homens e mulheres
Prontos para julga-lo

Haviam aqueles que zombavam das suas roupas
Porque eram velhas e surradas

Outros gargalhavam sobre a cor da sua pele
E também haviam aqueles que zombavam do seu cabelo

E como se não bastassem!
Jogavam no homem louco
Frutas podres, pedras e pedaços de pau

Enquanto zombavam também
Da sua sexualidade

O homem louco perdido em meio a multidão
Chorava e gritava para que aqueles que o cercavam
Pudessem ajuda-lo a cessar as vozes na sua cabeça.

- E o que aconteceu com o homem louco?
Deves estar se perguntando!

Naquela mesma noite
Refugiou-se em meio as colinas
Trancafiou-se no mais terrível abismo
E nunca mais foi visto

Mas dizem as lendas
Rogadas por Padres, Poetas e Filósofos

Que o homem louco
Arrancou os seus próprios olhos com uma colher
Para que nunca mais pudesse se olhar no espelho

Então ele ateou fogo em seu cabelo
Para que nunca mais pudessem zombar dele

Dilacerou até mesmo suas genitálias
E rasgou sua pele com as unhas
Para que nenhuma alma
Possa julga-lo novamente

Dizem que até hoje
Ele se arrasta com os seus tímpanos nas mãos
Atrás de almas perdidas como a sua
Implorando para que cessem as vozes na sua mente

Mas as vozes nunca cessaram
Elas sempre estiveram lá

Como uma assombração
Perseguindo-o por todos os cantos

Tal como as vozes
Na sua cabeça…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Filosofia Niilista

Gerson De Rodrigues photo

“Poema – Paganini part 2

‘’ Os suicidas inventaram a música
Pois não conseguiam sobreviver todos os dias
Com os martírios de suas almas’’

Certa vez um musico
Cujo os olhos foram arrancados pelos Deuses
Em uma falha tentativa de suicídio

Compôs um Poema
Que futuramente se transformaria em uma canção

Nela ele vomitou todas as suas angustias
Até mesmo aquelas das quais
Nem mesmo ousaria contar para sua própria sombra

A única criatura capaz de ler
Aqueles versos compostos por um homem cego e sem alma
Eram o próprio Asmodeus e as criaturas da velha Goétia

Diziam as lendas
Que até hoje
Diabos lamentadores choravam ao lerem os seus versos…

‘’ Sentado nas estreitas vielas
De sentimentos profundos
Que dilaceram a minha alma

Enjaulado na mais ríspida solidão
Abandonado pelas próprias crenças e convicções
Me tornei órfão de Mãe, Pai, Filho e Espirito Santo

Nesta ríspida solidão
Sou um monstro

Um Padre a devorar criancinhas
Um Thelemita cuja as leis de Therion foram quebradas

Nesta acostumada porém virtuosa solidão
Guardo segredos que se revelados
Trariam ao mundo mais miséria que toda a fome e a praga
Jamais ousariam trazer aos pobres

Não suporto os espelhos da vida
Pois ao me olhar nos olhos
Revelo a mim mesmo, o monstro que tento esconder

Escondo-me em mentiras
Escondo-me em crenças e ideologias

Ao mundo revelo um personagem
Pois o monstro que o controla

Através destas cordas de mentira
Que compõe este paraíso de loucos e lunáticos
É tão somente uma pobre e vil criatura

Cuja a pele esgrouvinhada e os dedos podres
Revelam uma terrível e nojenta peste
De um homem, que aos olhos de Deus e da Sociedade
Deveria estar morto.

Os suicidas e os Diabos
Talvez sejam os únicos capazes
De me olhar com brilho nos olhos

Não porque compreendem as minhas dores
E sim porque no ápice de sua amargura

Suas almas chorariam de felicidade e euforia
Ao descobrirem que existe neste mundo
Algo tão podre, tão sórdido e imundo
Quanto as suas almas negras e corrompidas

Se não fosse a música
E estes olhos cegos

O monstro que corrói a minha alma todas as noites
Transbordaria em um rio de sangue…
E lágrimas!

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Gerson De Rodrigues Poesias & Maldições Nietsche

Valter Bitencourt Júnior photo

“Se veja bonito e nada vai tirar a beleza do seu olhar!”

Fonte: Livro: "Aprendiz, Poesias, frases, haicais e sonetos", Valter Bitencourt Júnior, 2021, pág. 59, Publicação Independente.

Valter Bitencourt Júnior photo

“Se veja bonito e nada vai tirar a beleza do seu olhar!”

Fonte: Livro: "Aprendiz: Poesias, frases, haicais e sonetos", Publicação Independente, 2021, pág. 59.

Gerson De Rodrigues photo

“Poema – Caps part 3

- Rasgue os seus pulsos!
Corte a sua garganta!

- Não vê como todos estão te olhando?
Eles não te amam!
É impossível amar um monstro como você!

- Você não precisa sair do quarto
Ninguém lá fora se importa com você

- O que esta esperando?
Enforque-se! Enforque-se!

- Ninguém sentirá a sua falta
Todos vão sorrir quando você se for!

- Calem estas vozes! Eu suplico!
Tranquem-me em um quarto escuro

E me amarrem em camisas de força
Quero definhar em uma ala psiquiátrica
Até esquecer o meu nome

Sinto as baratas corroendo as minhas entranhas
Barulhos de ratos arranhando as paredes

- Calem-se! Calem-se!

- Quebrem os espelhos
Eu não consigo olhar o meu próprio rosto

Dilacerem a minha garganta!
Para que eu nunca mais consiga escutar
A minha própria voz

Eu não consigo parar de gritar e gritar
Mas parece que ninguém consegue me ouvir

Há uma multidão vivendo em mim
E todos eles sou eu!

- Eu quero rasgar o meu rosto com as unhas
Quero sentir os nervos e as vísceras pulsando
Nos meus dedos sujos de sangue!

- Matem-me, Matem-me!
Pois sou um homem covarde e doente

Eu não consigo tirar a minha própria vida
Tampouco calar estas vozes que me enlouquecem

- Você é um monstro
Não percebe como as pessoas te olham?

- Estão todos mentindo pra você
Todos eles vão partir e te abandonar

- Se enforque!
Enforque-se e poupe sofrimentos e angustias

- Você deveria raspar os cabelos
E cortar os pulsos!

- O seu corpo não é perfeito
As suas roupas fedem como trapos
E todos te olham com ódio e repulsa!

Calem-se!
Eu suplico que calem-se

Eu desejo definhar em uma ala psiquiátrica
Até esquecer o meu nome

Quero definhar até as vozes calarem-se por completo
Quero definhar até que o único som sejam os das baratas
Se alimentando das minhas vezes

Quero definhar…
Até não sobrar mais nada

Até que o pó
Que um dia compôs o meu corpo
Desapareça com o vento
No recanto do nada…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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