Frases sobre lembrança
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“As lembranças estão ainda presentes, melhor dizendo as impressões (os cachorros de noite, as calçadas e a rua arrebentadas após o inverno, os sons da língua romena…) que não são ainda lembranças, mas parecem disponiveis, mobilisadas, presentes ( …) Mas sinto também como estas sensações diversas se distanciam umas das outras, já se separam : algumas adquirem importância em detrimento de outras, formam pequenos grupos, se organisam em "lembranças", capazes de penetrar na memória profunda.”

Pierre Pachet (1937–2016)

"Les souvenirs sont encore là, les impressions plutôt (les chiens la nuit, les trottoirs et la chaussée crevée après l’hiver, les sons de la langue roumaine…) qui ne sont pas encore des souvenirs, mais semblent disponibles, mobilisées, présentes (…) Mais je sens aussi comment ces diverses sensations s’écartent les unes des autres, se désolidarisent déjà : certaines prennent de l’importance aux dépens des autres, forment de petits groupes, s’organisent en « souvenirs » aptes à entrer dans la mémoire profonde".
Conversations à Jassy -
Fonte: Conversations à Jassy, éditeur Maurice Nadeau, 1987, page 7, ISBN 2-86231-141-3

“O menino, vejo-o de maneira nítida. Ele tem, no mínimo, cinco anos, posto que o que precede sofre de amnésia e, no máximo, sete, porque foi neste ano que meu avô morreu. Ora, sua longa silhueta magra se ergue na minha lembrança.”

"Le gamin, je le vois nettement. Il accuse, au minimum, cinq ans, puisque ce qui précède est frappé d’amnésie et, au maximum, sept, parce que c’est cette année-là que grand-père nous a quittés. Or, sa longue silhouette maigre se dresse dans mon souvenir."
Le Grand Sylvain -
Fonte: Le Grand Sylvain: Editora Verdier, 1993, página 8,ISBN 2-86432-176-9

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“… o quintal existe para vocês terem lembranças, não se esqueçam de fazer um quintal para seus filhos.”

Ana Miranda (1951) atriz, poetisa e romancista Brasileira

na crônica " Passeio nos quintais http://www.opovo.com.br/app/colunas/anamiranda/2011/08/27/noticiasanamiranda,2287263/passeio-nos-quintais.shtml"

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“Que tipo de lembrança? Será que eles sofreram muito? Sofreram porque perderam suas casas? Claro que é triste ser forçado a abandonar a própria casa e a própria terra, mas os judeus perderam suas casas e seus parentes. Expulsões causam sofrimento, mas existe muito sofrimento no mundo. Os doentes sofrem, mas ninguém constrói monumentos em sua homenagem.”

Marek Edelman (1922–2009)

Marek Eldeman, para a revista polonesa Tygodnik Powszechny, em 17 de agosto de 2003
Reação de Edelman ao assinar uma petição, em 2003, contra a criação do Centro Contra Expulsões, museu dedicado as vítimas de limpeza étnica, em Berlim

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“Conquanto criação original, nativa, brasileira, Brasília (com seus eixos e perspectivas de ordenance) é de filiação francesa. Inconsciente embora, a lembrança amorosa de Paris esteve sempre presente.”

Lucio Costa (1902–1998) Urbanista brasileiro

Fonte: Com a palavra, Lucio Costa. Costa, Maria Elisa. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2001.

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“Arrependimentos e erros são frutos das lembranças.”

Adele (cantora) (1988) cantora e compositora britânica

Trecho da música Someone Like You

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“Embora o espírito estremeça à lembrança e seja avesso ao pranto,
começarei.”

Virgilio (-70–-19 a.C.) poeta romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina
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“Cobarde, realmente cobarde é apenas quem teme as próprias lembranças.”

Elias Canetti (1905–1994)

Variante: Covarde, realmente covarde é apenas quem teme as próprias lembranças.

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“Algumas lembranças são confusas: umas me fazem rir, quando lembro que chorei. Outras me fazem chorar, quando lembro que rimos juntos.”

Bob Marley (1945–1981) foi um cantor, guitarrista (raggae) e compositor jamaicano famoso por popularizar o gênero
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“Certos pecados existem cujo fascínio estava mais na lembrança do que no ato de fazê-lo”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa
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“Stendhal, desde infância, amou as mulheres sensualmente; projetou nelas as aspirações de sua adolescência; imaginava-se de bom grado salvando de algum perigo uma bela desconhecida e conquistando-lhe o amor. Chegando a Paris, o que desejava mais ardentemente era "uma mulher encantadora; nós nos adoraremos, ela conhecerá minha alma"… Velho, escreve na poeira as iniciais das mulheres que mais amou. "Creio que foi o devaneio que preferi a tudo", confia-nos ele. E são imagens de
mulheres que lhe alimentaram os sonhos; a lembrança delas anima as paisagens. "A linha de rochedos aproximando-se de Arbois, creio, e vindo de Dôle pela estrada principal, foi para mim uma imagem sensível e evidente da alma de Métilde." A música, a pintura, a arquitetura, tudo o que amou, amou-o com uma alma de amante infeliz; quando passeia em Roma, a cada página, uma mulher aparece; nas saudades, nos desejos, nas tristezas, nas alegrias
que elas suscitaram-lhe, conheceu o gosto do próprio coração; a elas é que deseja como juizes. Freqüenta-lhes os salões, procura mostrar-se brilhante aos seus olhos, deveu-lhes suas maiores felicidades, suas penas; foram sua principal ocupação. Prefere seu amor a toda amizade e sua amizade à dos homens; mulheres inspiram seus livros, figuras de mulheres os povoam; é em grande parte para elas que escreve. "Corro o risco de ser lido em 1900 pelas almas que amo, as Mme Roland, as Mélanie Guibert…" As mulheres foram a própria subsistência de sua vida. De onde lhe veio esse privilégio? Esse terno amigo das mulheres, e precisamente porque as ama em sua verdade, não crê no mistério feminino; nenhuma essência define de uma vez por todas a mulher; a idéia de um "eterno feminino" parece-lhe pedante e ridículo. "Pedantes repetem há dois mil anos que as mulheres têm o espírito mais vivo e os homens, mais solidez; que as mulheres têm mais delicadeza nas idéias e os homens, maior capacidade de atenção. Um basbaque de Paris que passeava outrora pelos jardins de Versalhes concluía, do que via, que as árvores nascem podadas." As diferenças que se observam entre os homens e as mulheres refletem as de sua situação. Por exemplo, por que não seriam as mulheres mais romanescas do que seus amantes? "Uma mulher com seu bastidor de bordar, trabalho insípido que só ocupa as mãos, pensa no amante, enquanto este galopando no campo com seu esquadrão é preso se faz um movimento em falso." Acusam igualmente as mulheres de carecerem de bom senso. "As mulheres preferem as emoções à razão; é muito simples: como em virtude de nossos costumes vulgares elas não são encarregadas de nenhum negócio na família, a razão nunca lhes ê útil… Encarregai vossa mulher de tratar de vossos interesses com os arrendatários de duas de vossas propriedades; aposto que as contas serão mais bem feitas do que por vós." Se a História revela-nos tão pequeno número de gênios femininos é porque a sociedade as priva de quaisquer meios de expressão: "Todos os gênios que nascem mulheres estão perdidos para a felicidade do público; desde que o acaso lhes dê os meios de se revelarem, vós as vereís desenvolver os mais difíceis talentos." O pior handicap que devem suportar é a educação com que as embrutecem; o opressor esforça-se sempre por diminuir os que oprime; é propositadamente que o homem recusa às mulheres quaisquer possibilidades. "Deixemos ociosas nelas as qualidades mais brilhantes e mais ricas de felicidade para elas mesmas e para nós." Aos dez anos, a menina é mais fina e viva do que seu irmão; com vinte, o moleque é homem de espírito e a moça "uma grande idiota desajeitada, tímida e com medo de urna aranha"; o erro está na formação que teve. Fora necessário dar à mulher exatamente a mesma instrução que se dá aos rapazes.”

The Second Sex

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