Frases sobre resposta

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da resposta, pergunta, vida, vida.

Frases sobre resposta

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“Cooperar


…todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, […] que são chamados segundo o seu propósito. v.28


Minha mulher faz um cozido de legumes e carne incrível para o jantar. Ela põe carne crua, batatas comuns e batatas-doces em fatias, aipo, cogumelos, cenouras e cebolas na panela elétrica Slow Cooker (cozimento lento). Seis ou sete horas depois, o aroma enche a casa e o sabor é delicioso. É sempre vantajoso esperar até que os ingredientes na panela cooperem para atingir algo que não conseguiriam individualmente.

Quando Paulo usou a frase “cooperar” no contexto do sofrimento, ele usou a palavra da qual provém a nossa palavra sinergia. Ele escreveu: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Ele queria que os romanos soubessem que Deus, que não causou o sofrimento deles, faria com que todas as circunstâncias cooperassem com o Seu plano divino — para o bem deles. O bem a que Paulo se referia não eram as bênçãos temporais de saúde, riqueza, admiração ou sucesso, mas “…para serem conformes à imagem de seu Filho [de Deus]” (v.29).

Que possamos esperar com paciência e confiança porque o nosso Pai celestial está permitindo que todo o sofrimento, toda a angústia e todo o mal, cooperem para a Sua glória e para o nosso bem espiritual. Ele deseja nos tornar semelhantes a Jesus.

O crescimento que temos por esperar em Deus 
é maior do que a resposta ou o resultado que desejamos. Marvin Williams”

“Chuvas de primavera


…como a alva a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, […] que rega a terra. v.3


Precisando de uma pausa, fui caminhar num parque das proximidades. Enquanto caminhava, uma explosão de verde me chamou a atenção. Fora da lama surgiam rebentos de vida que em poucas semanas seriam narcisos alegres, anunciando a primavera e o calor que se aproximava. Tínhamos sobrevivido a mais um inverno!

Quando lemos o livro de Oseias, podemos nos sentir, em parte, como num inverno implacável. O Senhor deu a este profeta a pouco invejável tarefa de se casar com uma mulher infiel para demonstrar o amor do Criador por Seu povo Israel (1:2,3). A esposa de Oseias, Gomer, quebrou seus votos de casamento, mas Oseias a aceitou novamente, desejando que ela o amasse com dedicação (3:1-3). Assim também o Senhor deseja que o amemos com a força e empenho que não se evaporarão como a névoa da manhã.

Como nos relacionamos com Deus? Será que o buscamos, principalmente em momentos de dificuldade, procurando respostas ao nosso sofrimento, mas ignorando-o em nossas celebrações? Somos como os israelitas, facilmente seduzidos pelos ídolos do nosso tempo, tais como: ocupação, sucesso e influência?

Hoje, podemos novamente nos comprometer com o Senhor, que nos ama, tão certo como os botões em flores na primavera.

Embora possamos ser infiéis a Deus, 
Ele nunca vai virar Suas costas a nós. Amy Boucher Pye”

“Nos bastidores

…foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. v.12

Minha filha enviou uma mensagem a um amigo, esperando receber logo a resposta. O telefone mostrava que a mensagem fora lida, e ela esperou ansiosa. Momentos depois, frustrada, gemeu de irritação pela demora. A irritação virou preocupação, e ela se questionou se isso significava que havia um problema entre ambos. A resposta veio e ela se sentiu aliviada ao ver que tudo estava bem. O amigo simplesmente levara algum tempo verificando os detalhes necessários.

O profeta Daniel também aguardou ansiosamente por uma resposta. Após receber a visão assustadora de grande guerra, Daniel jejuou e buscou a Deus em humilde oração (10:3,12). Durante três semanas, ficou sem resposta (vv.2,13). Finalmente, um anjo assegurou a Daniel de que suas preces tinham sido ouvidas “desde o primeiro dia”. Nesse meio tempo, o anjo estava lutando em defesa dessas orações. Embora Daniel não soubesse no início, Deus estava agindo durante cada um dos 21 dias que decorreram entre a primeira oração e a vinda do anjo.

Confiar que Deus ouve as nossas orações (Salmo 40:1) pode nos tornar ansiosos quando a resposta divina não vem quando a desejamos. Tendemos a questionar se o Senhor se importa. No entanto, a experiência de Daniel nos lembra de que Deus está agindo em favor dos que ama, mesmo se isso não nos parecer óbvio.

Deus está sempre pronto a agir em favor do Seu povo. Kirsten Holmberg”

“Oriente e Ocidente


Quem és tu que julgas o servo alheio?… v.4


Quando os alunos do sudeste da Ásia tiveram aulas com um professor visitante, este aprendeu uma lição. Depois de dar aos alunos um teste de múltipla escolha, surpreendeu-se ao descobrir muitas perguntas sem resposta. Enquanto devolvia os testes corrigidos, ele sugeriu que, da próxima vez, em vez de deixar respostas em branco eles deveriam dar um palpite. Surpreso, um dos estudantes levantou a mão e perguntou: “E se eu acidentalmente acertar a resposta? Estaria dando a entender que sabia a resposta.” O aluno e professor tinham perspectivas e práticas diferentes.

Nos dias do Novo Testamento, os convertidos judeus e gentios vinham para Cristo com perspectivas tão diferentes quanto o Oriente dista do Ocidente. Em pouco tempo, eles estavam em desacordo sobre assuntos tão diversos como dias de culto e o que um seguidor de Cristo seria livre para comer ou beber. O apóstolo Paulo exortou-os a lembrar um fato importante: Nenhum de nós está em posição de saber ou julgar o coração do outro.

Por uma questão de harmonia com outros cristãos, Deus nos exorta a percebermos que todos nós somos responsáveis diante de nosso Senhor, por agir de acordo com a Sua Palavra e nossa consciência. No entanto, somente Ele está em posição de julgar as atitudes do nosso coração (Romanos 14:4-7).

Seja lento para julgar os outros, 
mas rápido para julgar-se a si mesmo. Mart De Haan”

“Não é esse


Estabeleça-se, e seja para sempre engrandecido o teu nome […] O Senhor dos Exércitos é o Deus de Israel… v.24


Davi elaborou os planos, projetou o mobiliário, recolheu os materiais e fez todos os arranjos (1 Crônicas 28:11-19). Mas o primeiro templo construído em Jerusalém é conhecido como o Templo de Salomão, não de Davi.

Porque Deus tinha dito: Não é você o escolhido (v.4). Deus tinha escolhido Salomão, o filho de Davi, para construir o Templo. A resposta de Davi para esta negação foi exemplar. Ele se concentrou naquilo que Deus faria, em vez de naquilo que ele próprio não poderia fazer (vv.16-25). Manteve um espírito de gratidão. Fez tudo o que podia e reuniu homens capazes para ajudar Salomão na construção do Templo (1Crônicas 22).

J. G. McConville, comentarista da Bíblia escreveu: “Muitas vezes, podemos ter que aceitar que o trabalho que gostaríamos muito de realizar em termos de serviço cristão, não é aquele para o qual estamos mais bem equipados, e nem aquele para o qual Deus, de fato, nos chamou. Pode ser, como o de Davi, um trabalho preparatório, que leva a algo obviamente maior.”

Davi procurou a glória de Deus, não a sua própria. Ele fielmente fez tudo que podia para o Templo do Senhor, estabeleceu uma base sólida para quem viria depois dele para completar o trabalho. Que nós, da mesma forma, aceitemos as tarefas que Deus nos confiou e o sirvamos com o coração agradecido! Nosso amoroso Deus está fazendo algo “obviamente maior.”

Deus pode ocultar o propósito de Seus caminhos, 
mas Seus caminhos têm propósitos. Poh Fang Chia”

“Seu maravilhoso olhar


Buscai o Senhor e o seu poder, buscai perpetuamente a sua presença. v.11


Meu filho de 4 anos, está cheio de perguntas, e conversa muito. Gosto muito de conversar com ele, mas ele desenvolveu o hábito impróprio de falar comigo, mesmo quando ele está de costas. Muitas vezes, lhe digo: “Eu não posso te ouvir, por favor olhe para mim quando estiver falando.”

Às vezes, penso que Deus quer dizer a mesma coisa para nós, não porque Ele não pode nos ouvir, mas talvez porque falhamos com Ele, sem realmente “olhar” para o Senhor. Oramos, mas permanecemos presos às nossas próprias perguntas e concentrados em nós mesmos, esquecendo da pessoa a quem estamos orando. Tal como o meu filho, fazemos perguntas sem prestar atenção à pessoa com quem falamos.

Muitas das nossas preocupações serão resolvidas se nos lembrarmos de quem Deus é o que Ele tem feito. Pelo simples fato de nos voltarmos a Ele, encontramos conforto naquilo que já conhecemos de Seu caráter: que Ele é amoroso, perdoador, soberano, e cheio de misericórdia.

O salmista acreditava que devemos buscar a face de Deus continuamente (Salmo 105:4). Quando Davi nomeou os líderes de adoração e oração, ele incentivou o povo a louvar o caráter de Deus e contar histórias de Sua fidelidade no passado (1 Crônicas 16:8-27).

Quando voltamos os nossos olhos para a bela face de Deus, podemos encontrar a força e o conforto que nos sustentam, mesmo em meio a perguntas sem resposta.

Buscar a face de Deus 
pode fortalecer a nossa fé. Amy Peterson”

“A risada na escuridão


…Deus amou o mundo […] que deu o seu Filho […] para que todo aquele que nele crê […] tenha a vida eterna. 3:16


Um renomado jornal estrangeiro estampou um artigo intitulado: “O mais recente projeto dos Titãs da tecnologia: desafiar a morte.” Ele descrevia os esforços de Peter Thiele e outros magnatas da tecnologia para prolongar a vida humana indefinidamente. E estão dispostos e preparados para gastar bilhões nesse projeto.

Eles chegaram um pouco tarde. A morte já foi derrotada! Jesus disse: “…Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente…” (João 11:25,26). Jesus nos garante que aqueles que colocam a sua confiança nele nunca, nunca, sob nenhuma circunstância, qualquer que seja, morrerão.

Para ser claro, o nosso corpo vai perecer e não há nada que alguém possa fazer para mudar esse fato. Mas a parte de nós que pensa, raciocina, lembra, ama, se aventura e que chamamos de: mim, meu, eu mesmo nunca, jamais morrerá.

E aqui está a melhor parte: Isto é um presente! Tudo que você tem a fazer é receber a salvação que Jesus oferece. C. S. Lewis, ao meditar sobre isso, descreve-o como sendo algo igual a “uma risada na escuridão”, — como a percepção de que a resposta é algo tão simples.

Alguns diriam: “Mas é muito simples.” Bem, eu lhes digo, se Deus o amou antes mesmo de você nascer e quer que você viva com Ele para sempre, que motivo Ele teria para dificultar?

Cristo substituiu a porta escura da morte 
pelo brilhante portão da vida.
David H. Roper”

“A morte da dúvida


…Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, […] de modo algum acreditarei. 20:25


Nós o conhecemos como Tomé, o incrédulo (João 20:24-29), mas o rótulo não é inteiramente justo. Afinal de contas, quantos de nós teríamos acreditado se o nosso líder executado tivesse ressuscitado? Na verdade, poderíamos muito bem chamá-lo de “Tomé, o corajoso”. Afinal, Tomé mostrou coragem impressionante à medida que Jesus submeteu-se, propositadamente, aos acontecimentos que levaram à Sua morte.

Por ocasião da morte de Lázaro, Jesus tinha dito: “Vamos outra vez para a Judeia” (João 11:7), levando a um protesto dos discípulos. “Rabi”, disseram, “…ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” (v.8). Foi Tomé quem disse: “Vamos também nós para morrermos com ele” (v.16).

As intenções de Tomé provaram ser mais nobres do que as suas ações. Após a prisão de Jesus, Tomé fugiu com o restante para o pátio do sumo sacerdote, deixando Pedro e João para acompanhar Cristo. Apenas João seguiu Jesus todo o caminho até a cruz (Mateus 26:56).

Apesar de ter testemunhado a ressurreição de Lázaro (JOÃO 11:38-44), o cético Tomé ainda não conseguia crer que o Senhor crucificado havia vencido a morte. Isto é, até tê-lo visto ressuscitado e exclamar: “Senhor meu e Deus meu!” (JOÃO 20:28). A resposta de Jesus deu a garantia ao cético e conforto incomensurável para nós: “…Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (v.29).

A verdadeira dúvida busca pela luz; 
a incredulidade se contenta com a escuridão. Tim Gustafson”

“Eu sei tudo


Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. v.3


Nosso filho e nora tiveram uma emergência. Nosso neto estava com pneumonia e bronquite e precisou ser levado ao hospital. Meu filho perguntou se poderíamos buscar seu filho de 5 anos na escola e levá-lo à nossa casa. Minha esposa e eu ficamos contentes por ajudá-los.

Quando meu neto entrou no carro, a vovó perguntou-lhe: “Você está surpreso que nós viemos buscá-lo hoje?” Ele respondeu: “Não!” Quando perguntamos o porquê, ele nos respondeu: “Porque eu sei tudo!”

Uma criança de 5 anos pode pensar que sabe tudo, mas nós que somos um pouco mais velhos entendemos melhor. Muitas vezes temos mais perguntas do que respostas. Gostaríamos de saber sempre sobre ‘os porquês, os quando e os como’ da vida, com frequência esquecendo-nos que embora não saibamos tudo, conhecemos o Deus que sabe.

O Salmo 139:1,3 fala do nosso Deus onisciente e do Seu conhecimento que é abrangente, Ele nos conhece intimamente. Davi diz: “Senhor, tu me sondas e me conheces. […] Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.” Como é consolador saber que Deus nos ama perfeitamente, e tem plena consciência do que vamos enfrentar hoje, e Ele sabe a melhor forma de nos ajudar em todas as circunstâncias da vida.

O nosso conhecimento será sempre limitado, mas conhecer a Deus é o que mais importa. Podemos confiar nele.

Conhecer a Deus 
é o que mais importa. Bill Crowder”

“Isto me traz alegria?

…tudo o que é verdadeiro, […] se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. v.8

Marie Kondo, jovem japonesa, escreveu o livro A mágica da alegria (Ed. Sextante, 2015), sobre o descarte e a organização e já vendeu dois milhões de cópias em todo o mundo. O objetivo é ajudar as pessoas a livrarem-se de coisas desnecessárias em suas casas e armários, coisas que lhes pesam. Ela sugere que seguremos cada item e nos perguntemos: Isso me traz alegria? Se a resposta for sim, devemos mantê-lo. Se for não, descartá-lo.

Paulo exortou os cristãos de Filipos a buscarem a alegria em seu relacionamento com Cristo. “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez vos digo: alegrai-vos” (Filipenses 4:4). Em vez de uma vida cheia de ansiedade, ele exortou-os a orar por tudo e permitir que a paz de Deus guarde os seus corações e mentes em Cristo (vv.6,7).

Olhando para as nossas tarefas e responsabilidades diárias, vemos que nem todas são agradáveis. Mas podemos questionar: “De que maneira esta tarefa pode agradar a Deus e a mim também?” Uma mudança no objetivo do que fazemos pode transformar a maneira como nos sentimos a respeito dessas tarefas e responsabilidades.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (v.8).

As palavras de despedida de Paulo são alimento para a mente e uma receita para a alegria.

Envolver-se completamente com o Senhor 
é o princípio da alegria. David C. McCasland”

“Comece onde você está


Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. v.1


Hoje, deparei-me com uma flor solitária que cresce nas campinas, uma pequena flor roxa “desperdiçando a sua doçura no ar do deserto”, tomei emprestado a linda linha de um verso do poeta inglês, Thomas Gray. Tenho certeza de que ninguém tinha visto esta flor anteriormente, e talvez ninguém a verá novamente. E pensei: Por que esta beleza neste lugar?

A natureza nunca é desperdiçada. Ela exibe diariamente a verdade, bondade e beleza daquele que a trouxe à existência. Cada dia a natureza oferece uma nova declaração da glória de Deus. Será que vejo Deus em meio a essa beleza, ou apenas lanço um olhar à natureza e demonstro indiferença?

Toda a natureza declara a beleza daquele que a criou. Nossa resposta pode ser louvor, adoração e gratidão, pelo brilho de uma flor centaurea (escovinha, marianinha), pelo esplendor de um nascer do sol, pela simetria de uma árvore em particular.

O escritor C. S. Lewis descreve uma caminhada na floresta num dia de verão. Ele perguntou ao seu amigo sobre a melhor forma de cultivar um coração agradecido a Deus. Seu companheiro de caminhada virou-se para um riacho nas proximidades, lavou o rosto e as mãos em uma pequena cascata, e perguntou: “Por que não começar com isto?” Lewis disse que aprendeu um grande princípio naquele momento: “Comece onde você está.”

Uma cachoeira, o vento nos salgueiros, um pássaro, uma minúscula flor. Que tal agradecer agora mesmo?

Deus é a beleza por trás de toda a beleza. 
Steve DeWitt David H. Roper”

“Humano demais


…eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. v.14


O escritor britânico Evelyn Waugh usava as palavras de maneira que acentuava as suas falhas de caráter. Finalmente, ele se converteu ao cristianismo, mas ainda lutava. Certo dia, uma mulher lhe perguntou: “Sr. Waugh, como pode o senhor se comportar assim e ainda se dizer cristão?” Ele respondeu: “Senhora, eu posso ser tão ruim quanto diz. Mas, creia-me, se não fosse por minha religião, eu mal seria um ser humano.”

Waugh estava travando a batalha interior descrita pelo apóstolo Paulo: “…o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo” (Romanos 7:18). Ele também diz: “…bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado” (v.14). Ele explica ainda: “…no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei […]. Quem me livrará do corpo desta morte?” (vv.22-24). Em seguida, a resposta exultante: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor…” (v.25).

Quando passamos a crer em Cristo, admitindo nossas transgressões e nossa necessidade de um Salvador, tornamo-nos imediatamente uma nova criação. Porém, nossa formação espiritual continua sendo uma jornada por toda a vida. Como observou o discípulo João: “…agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. […] quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (1 JOÃO 3:2).

C. S. Lewis nos diz que: Ser cristão é perdoar o imperdoável, 
porque Deus perdoou o imperdoável em nós. Tim Gustafson”

“A face de Deus


Porque Deus […] resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus… v.6


Grande parte da minha carreira de escritor tem girado em torno do problema da dor. Sempre volto às mesmas perguntas, como se estivesse cutucando uma velha ferida que nunca sara. Os leitores de meus livros me escrevem e suas histórias angustiantes dão faces humanas às minhas dúvidas. Lembro-me de um pastor de jovens me telefonando após descobrir que sua esposa e filha estavam morrendo de AIDS devido a uma transfusão de sangue contaminado. Ele perguntou: “Como posso falar ao meu grupo de jovens sobre um Deus amoroso?”

Aprendi a nem tentar responder a esses “por quês”. Por que a esposa do pastor de jovens recebeu o frasco de sangue contaminado? Por que um tornado atingiu uma cidade e não a outra? Por que as orações por cura física não são respondidas?

Uma pergunta, porém, já não me atormenta como antes: “Deus se importa?” Só conheço uma maneira de responder a essa pergunta, e a resposta é Jesus. Em Jesus, Deus nos deu uma face. Se você quiser saber como Deus se sente quanto ao sofrimento neste planeta que geme, olhe para aquela face.

“Deus se importa?” A morte de Seu Filho por nós, que acabará por eventualmente destruir toda dor, tristeza, sofrimento e morte eternamente, responde a essa pergunta.

O amor de Deus por nós é tão abrangente 
quanto os braços abertos de Cristo na cruz. Philip Yancey”

“Atos aleatórios de bondade


…Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira? v.10


Alguns dizem que a escritora norte-americana Anne Herbert rabiscou a frase “Pratique atos aleatórios de bondade e atos insensatos de beleza” algo do tipo: “Pratique o bem sem olhar a quem” — numa toalha de mesa individual num restaurante em 1982. Desde então, esse sentimento foi popularizado pelo cinema e pela literatura, e incorporou-se à língua.

A pergunta é: “Por quê?” Por que devemos demonstrar bondade? Para aqueles que seguem Jesus, a resposta é clara: Para demonstrar a terna misericórdia e bondade de Deus.

No Antigo Testamento há um exemplo desse princípio na história de Rute, a emigrante de Moabe. Ela era estrangeira, vivendo em terra estranha cuja língua e cultura não entendia. Além disso, ela era desesperadamente pobre, totalmente dependente da caridade de pessoas que mal a percebiam.

No entanto, um israelita demonstrou graça a Rute e tocou-lhe o coração (Rute 2:13). Ele lhe permitiu respigar em seus campos, porém, mais do que simples caridade, ele lhe demonstrou por meio de sua compaixão a terna misericórdia de Deus, Aquele sob cujas asas ela poderia se refugiar. Rute se tornou esposa de Boaz, parte da família de Deus e fez parte da linhagem de ancestrais que levou a Jesus, que trouxe salvação ao mundo (Mateus 1:1-16).

Jamais imaginamos o alcance de algo feito em nome de Jesus.

Nunca é cedo demais para ser bondoso. David H. Roper”

“Ame o outro primeiro

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. v.19

Com paciência ajudamos o nosso filho a se adaptar à nova vida em nossa família. O trauma de seus primeiros dias num orfanato se refletia em alguns comportamentos negativos. Apesar da compaixão pelas dificuldades que ele experimentara antes, senti que me afastava dele emocionalmente por causa desses comportamentos. Envergonhada, compartilhei minha luta com a terapeuta dele. Sua resposta gentil veio ao meu encontro: “Ele precisa que você o alcance primeiro, para mostrar que ele é digno de amor antes que possa agir como alguém amado.”

João conduz os leitores de sua carta a um amor de incrível profundidade e cita o amor de Deus como fonte e motivo para amarmos uns aos outros (1 João 4:7,11). Admito que muitas vezes não demonstro esse amor a outros, sejam eles estranhos, amigos ou meus filhos. No entanto, essas palavras despertam em mim o desejo renovado e a capacidade de fazê-lo: Deus foi primeiro. Ele enviou Seu Filho para demonstrar a plenitude do Seu amor para cada um de nós. Sou grata porque Ele não responde como nós somos propensos a fazer, afastando-se.

Embora as nossas ações pecaminosas não atraiam o amor divino, Deus é inabalável em oferecê-lo a nós (Romanos 5:8). Seu amor foi “primeiro” e isso nos compele a amar uns aos outros em resposta e como reflexo desse amor.

Deus nos amou primeiro para que possamos amar os outros. Kirsten Holmberg”

“Silêncio


Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás?… 1:2


As aves se espalharam quando os caminhões de distribuição de alimentos passaram pelas cabanas desgastadas da aldeia. As crianças descalças olhavam. Era raro o tráfego nesta “estrada” devastada pela chuva.

De repente, a mansão do prefeito, toda murada, surgiu à vista do comboio. O povo carecia de necessidades básicas, enquanto ele descansava no luxo duma cidade distante.

Tal injustiça nos indigna. E indignou também o profeta de Deus. Quando Habacuque viu a opressão desenfreada, perguntou: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e tu não me escutarás?” (v.2). Mas Deus tinha notado, e disse, “Ai daquele que acumula o que não é seu […] Que constrói a sua casa por ganho injusto!” (2:6,9). O julgamento estava chegando!

Alegramo-nos com o julgamento de Deus aos outros, mas Habacuque nos faz dar uma pausa: “O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (2:20). Toda a terra. Os oprimidos e os opressores. Às vezes, o silêncio é a resposta apropriada ao silêncio aparente de Deus!

Por que silêncio? Porque facilmente esquecemos a nossa pobreza espiritual. O silêncio nos permite reconhecer nossa pecaminosidade na presença de um Deus santo.

Habacuque aprendeu a confiar em Deus, e nós também o podemos. Não conhecemos todos os Seus caminhos, mas sabemos que Ele é bom. Nada está além do Seu controle e tempo.

Informa-se o justo da causa dos pobres, 
mas o perverso de nada disso quer saber. Provérbios 29:7 Tim Gustafson”

“Veja as nuvens


Tens tu notícia do equilíbrio das nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento? v.16


Um dia, muitos anos atrás, meus meninos e eu estávamos deitados de costas no quintal vendo as nuvens passarem. “Pai”, perguntou um, “por que as nuvens flutuam?” “Bem, filho”, comecei, com a intenção de lhe dar o benefício de meu vasto conhecimento, mas depois caí em silêncio. “Não sei, mas vou descobrir para você.”

Descobri que a umidade é condensada, descendo por gravidade, e encontra temperaturas mais quentes que sobem do solo. Essa umidade se transforma em vapor e sobe de volta ao ar. Essa é uma explicação natural para o fenômeno.

Mas explicações naturais não são as respostas finais. As nuvens flutuam porque Deus, em Sua sabedoria, ordenou as leis naturais de tal maneira que revelam as “maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento” (v.16). As nuvens podem então ser pensadas como um símbolo — um sinal exterior e visível da bondade e graça de Deus na criação.

Então, um dia, quando você estiver tomando algum tempo para ver que imagens você pode imaginar nas nuvens, lembre-se disso: Aquele que fez todas as coisas bonitas faz as nuvens flutuarem pelo ar. Ele faz isso para nos chamar à admiração e à adoração. Os céus, até mesmo os cúmulos, estratos e nuvens cirros, declaram a glória de Deus.

A criação está cheia de sinais 
que apontam para o Criador. David H. Roper”

“A Rocha firme

“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” v.46

Uma cruz iluminada e ereta está firme em Table Rock, o platô rochoso que do alto observa a minha cidade natal. Várias casas foram construídas em seu redor, mas recentemente os proprietários foram forçados a sair devido às preocupações com a segurança. Apesar da proximidade com a rocha firme, as casas não estão seguras. Elas se deslocam de suas fundações, quase oito centímetros por dia, causando o risco de quebra de tubulações de água, o que aceleraria o deslizamento.

Jesus compara os que o ouvem e obedecem às Suas palavras aos que edificam suas casas sobre a rocha (vv.47,48). Estas sobrevivem às tempestades. Em contraste, Ele diz que as casas construídas sem a fundação firme, como os que não atendem à Sua instrução, não podem resistir às torrentes.

Em muitas ocasiões, fiquei tentado a ignorar minha consciência ao reconhecer que Deus me pedira mais do que eu tinha dado, pensando que minha resposta tinha sido “suficientemente próxima”. No entanto, as casas próximas àquelas montanhas rochosas me demonstraram que estar “perto” está longe de ser suficiente quando se trata de obedecer ao Senhor. Para sermos como aqueles que construíram suas casas em bases firmes e resistem às tempestades da vida que tão frequentemente nos assaltam, devemos atender completamente às palavras de nosso Senhor.

A Palavra de Deus é a única base segura para a vida Kirsten Holmberg”

“Defendendo Deus


A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Provérbios 15:1


Os adesivos contra Deus no vidro traseiro do carro chamaram a atenção de um professor universitário. Como ex-ateu, o professor pensou que talvez o proprietário quisesse que os cristãos sentissem raiva. “A raiva ajuda o ateu a justificar o seu ateísmo”, explicou. E advertiu: “Com muita frequência, o ateu obtém exatamente o que está procurando.”

Ao recordar sua própria jornada para a fé, este professor observou a preocupação de um amigo cristão que o convidara a considerar a verdade de Cristo. O sentimento de urgência de seu amigo foi transmitido sem qualquer traço de raiva. Ele nunca esqueceu o respeito e a graça genuína que recebera naquele dia.

Os cristãos muitas vezes se ofendem quando os outros rejeitam Jesus. Mas como Ele se sente sobre essa rejeição? Jesus constantemente enfrentava ameaças e ódio, mas jamais duvidou pessoalmente de Sua divindade. Uma vez, quando uma aldeia lhe recusou hospitalidade, Tiago e João queriam retaliação imediata: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” (Lucas 9:54). Jesus não queria isso, e Ele “voltando-se os repreendeu” (v.55). Afinal, “…Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3:17).

Pode nos surpreender que Deus não precise de nós para defendê-lo. Ele quer que nós o representemos! Isso leva tempo, trabalho, autorrestrição e amor.

A melhor maneira de defender Jesus 
é viver como Ele. Tim Gustafson”

“Perguntas para Deus


Vai nessa tua força […] já que eu estou contigo… vv.14,16


O que você faria se o Senhor aparecesse no meio de seu expediente com uma mensagem? Isto aconteceu com Gideão: “…o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: o Senhor é contigo, homem valente!” Gideão poderia ter respondido com um aceno e engolido em seco, mas disse: “…Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto?…” (vv.12,13). Gideão queria entender o porquê parecia que Deus tinha abandonado o Seu povo.

Deus não lhe deu a resposta. Depois que Gideão suportou por 7 anos os ataques dos inimigos, a fome e o esconder-se em cavernas, Deus não explicou por que Ele nunca interveio. O Senhor poderia ter revelado que o motivo era o pecado passado de Israel, mas em vez disso deu-lhe esperança para o futuro, dizendo: “…Vai nessa tua força… eu o ajudarei. Você esmagará todos os midianitas” (vv.14,16).

Você já se questionou por que Deus permitiu o sofrimento em sua vida? Em vez de responder-lhe, Deus pode satisfazê-lo com a Sua presença hoje e lembrá-lo de que você pode confiar na força dele quando se sentir fraco. Quando Gideão finalmente acreditou que Deus estava com ele e o ajudaria, construiu-lhe um altar e o chamou de “O Senhor é paz” (v.24).

Há paz em saber que em tudo o que fizermos e onde formos, iremos com Deus, que prometeu nunca nos deixar e nem abandonar os Seus seguidores.

O que poderia ser melhor do que obter respostas 
para os nossos por quês? Confiar em Deus. Jennifer Benson Schuldt”

“A coragem de Kossi


Não terás outros deuses diante de mim. […]. Não as adorarás, nem lhes darás culto… Êxodo 20:3,5


Enquanto aguardava por seu batismo no rio, Kossi inclinou-se para pegar uma velha escultura de madeira. Sua família tinha adorado esse objeto por gerações, e, agora o viam jogá-la no fogo preparado para a ocasião. Não mais escolheriam suas melhores galinhas para o sacrifício a esse deus.

No Ocidente, a maioria dos cristãos pensa em ídolos como metáforas para o que colocam no lugar de Deus. No Togo, África Ocidental, os ídolos representam, literalmente, os deuses que devem ser apaziguados com sacrifícios. A queima do ídolo e o batismo representam uma declaração corajosa sobre a fidelidade do novo cristão ao único Deus verdadeiro.

Aos 8 anos, o rei Josias chegou ao poder em meio à cultura de adoração aos ídolos e obcecada por sexo. Seu pai e o avô tinham sido dois dos piores reis em toda a história sórdida de Judá. Nesse contexto, o sumo sacerdote descobriu o Livro da Lei, e quando o jovem rei ouviu suas palavras, guardou-as no coração (22:8-13). Josias destruiu os altares, queimou os itens dedicados à deusa Astarote e aboliu a prostituição ritual (cap.23). Em vez disso, celebrou a Páscoa (23:21-23).

Ao procurarmos respostas que não vêm de Deus, consciente ou inconscientemente, perseguimos um falso deus. Quais os ídolos, literais ou em sentido figurado, que precisamos jogar no fogo?

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. 
1 João 5:21 Tim Gustafson”

“Quando o sim significa não


Na minha angústia, clamo ao Senhor, e ele me ouve. Salmo 120:1


Sou grata pelo privilégio de ter cuidado da minha mãe durante sua batalha contra a leucemia. Os medicamentos a prejudicaram e ela parou com o tratamento, dizendo: “Não quero sofrer mais, quero aproveitar meus últimos dias com a família. Deus sabe que estou pronta para ir ao lar eterno.”

Clamei ao amoroso Pai celestial, confiante em Seu poder. Mas para dizer “sim” para as orações dela, Ele teria de dizer “não” à minha. Soluçando, me rendi: “Faça a Sua vontade, Senhor.”

Logo depois, Jesus a recolheu para uma eternidade sem dor.

Neste mundo decaído, experimentaremos o sofrimento até a volta de Jesus. Nossa natureza pecaminosa, visão limitada e medo da dor pode distorcer a nossa capacidade de orar. Felizmente, “…aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (v.27). Ele nos lembra que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam (v.28), mesmo quando o Seu “sim” para outra pessoa significa um doloroso “não” para nós.

Ao aceitarmos nossa parte em Seu propósito maior, podemos repercutir o lema de minha mãe: “Deus é bom, e isso é o que importa. Seja o que for que Ele decidir, estou em paz.” Confiamos na bondade do Senhor que responde a todas as orações de acordo com a Sua vontade e para a Sua glória.

As respostas de Deus são mais sábias 
do que as nossas orações. Xochitl Dixon”

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“O Duplo - Uma Alegoria Niilista

Sentado em seu quarto com a corda nas mãos, o filósofo exausto enfrentava seu lado obscuro.

Não suporto mais as dores que me afligem, aonde se escondem as motivações? Estariam elas enterradas junto ao tumulo de deus?

Disse o filósofo em um tom sereno, sozinho, naquele quarto abandonado, andando de um lado para o outro

― Então desista! O Que te impede de colocar a corda sobre o pescoço e se deleitar com a morte?

Diziam as vozes em sua mente

Cale-se!! Deve existir algum motivo, alguma razão, alguma circunstância para se viver. Algo tão solido, que as dores que afligem meu coração não me torne um escravo da melancolia

Gritou o filósofo arremessando a corda para longe

― Mas você não encontrou certo? Estas inexplicáveis dores te assombram desde a infância, e a muito tempo vem mentindo para si mesmo que isso ou aquilo é o que te mantem vivo. E agora? O que restou? Todos que você um dia amou não passam de cadáveres!

Disse a voz em um tom fino e calmo

Mas (…) eu ainda tenho os meus livros. O Que me diz sobre eles? Meus trabalhos serão lembrados para sempre! Um filósofo não é útil vivo…

Dizia o Filósofo enquanto pegava uma de suas obras nas mãos, sentindo orgulho de si mesmo.

A voz doce, fala calmamente em seu ouvido

― O Que é a filosofia? Se não aforismos da mente de um grupo de primatas na fração de um ponto. Não seja egoísta, nós dois sabemos que um dia toda a realização da humanidade irá desaparecer no tempo

Com esse pensamento aonde iremos? Se todos pensarmos assim, todo o conhecimento da humanidade irá parar no tempo, o que sugere? Pensas que tem a resposta para tudo? Acha que morrer é a solução?

Disse o filósofo encarando o espelho

― Eu? Eu não posso sugerir nada, não se esqueça que está sozinho, sempre esteve, e assim morrerá! Chegou ao ponto de delirar e discutir consigo mesmo! Ainda acha que um homem louco gritando sozinho em um quarto vazio merece viver? Se tudo que tem de valor em sua vida patética são livros, eu é que te pergunto…

O Que sugere?

Não há nenhuma sugestão, nenhuma forma de resolver isso, a não ser no leito de morte.

― Então continue, vá em frente, coloque as cordas sobre seu pescoço e desista!

O Filósofo caminha até o canto do quarto, pega a corda, e a coloca sobre o seu pescoço

― Você nunca foi nada, nunca poderá ser nada, e este é o seu destino, morrer como um nada!

Cale-se…

Disse o filósofo em voz baixa, enquanto ajeitava a corda em seu pescoço. Ele então caminha até o espelho e o encara por alguns minutos…

― Há um intrínseco Niilismo em nossas vidas…

Disse a voz em sua mente, de maneira tão suave que a própria escuridão o abraçou

Essa não é a nossa primeira discussão, e não será a última…

Disse o filósofo ainda encarando o espelho com a corda no pescoço

― Então a dor passou não é? Flertar com a morte sempre cura as mais profundas feridas.

Passou (…) agora sinto a melancolia preenchendo todo o meu ser

― Talvez, o grande significado por trás da vida humana, seja simplesmente alimentar os vermes em nosso leito de morte.

Parte em ser Niilista, é compreender nosso lugar no cosmos. Nós não significamos nada, e a vida é repleta de dor e sofrimento.

O Niilismo, te entrega a chave do conhecimento para compreender esses fatos e seguir em frente, flertamos com o suicídio, mas não nos suicidamos, pois compreendemos a realidade ao nosso redor.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Diálogo entre o Padre e o Filósofo - Uma Dialética Niilista

Sentado nas beiradas sujas do décimo terceiro andar de um prédio abandonado, estava um filósofo decidido em acabar com a sua vida

Abel um de seus amigos mais religiosos, considerou a hipótese de que seria uma grande ideia enviar um padre para conversar com ele, afim de convence-lo de que a vida segundo Abel

‘’ Era um presente de deus’’ e deveria ser vivida, e que o suicídio era uma péssima escolha.

O Bravo e corajoso padre então foi chamado, e com sua bíblia nas mãos subiu até o décimo terceiro andar deste prédio. Sentou-se então ao lado do filósofo, enquanto ambos eram observados por uma multidão de pessoas preocupadas.

O Filósofo parecia tranquilo, a vida já não existia em seu olhar e ele observava atentamente o horizonte ignorando completamente aquele estranho porem caricato padre sentado ao seu lado.

O Padre tranquilo segurava a sua bíblia como se estivesse segurando as próprias mãos de cristo, a coragem e a determinação de salvar aquele jovem filosofo do suicídio era a sua missão, e sem hesitar perguntou

- Oh meu filho por que renunciais a vida? tão belas que és, tão lindas que és, dada a nós por deus, e paga com o sangue de cristo que morreu por nós para que você não precise morrer hoje.

O Filósofo escutando as palavras do padre, observava atentamente o horizonte, e sem responder permanecia em silencio, o padre por sua vez continuava o discurso.

- Meu filho, observe a beleza do mundo essas montanhas ao fundo, esses prédios cheios de vida, se não fosse a vida o que seriamos de nós? A vida é tudo que temos, nosso único tesouro, nosso maior presente.

O Padre ainda determinado abre a sua bíblia em uma parte que já estava marcada e começa a ler

- Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 1 João 4:7

E no momento em que o filósofo escuta as palavras bíblicas, ele sorri e pela primeira vez olha para o padre, ainda com os olhos sem vida já morto por dentro, mas com um sorriso sincero perguntou ao padre

- Por que vives padre?

O Padre sem pestanejar, de supetão logo respondeu

- Eu vivo por cristo, e cristo vive em mim, eu vivo pela igreja e pelo amor que eu tenho a aqueles que seguem a jesus. Eu vivo, porque a vida é bela, porque amo aqueles próximos a mim, amo a minha família e a minha igreja.

O Filósofo sorrindo, pergunta novamente ao padre mas desta vez com um tom um pouco mais sério

- Por que vives padre?

O Padre sem entender, pois já havia respondido a pergunta gagueja levemente e responde

- E.. eu, eu.. vi.. vivo por cristo, vivo por aqueles que amo, e pela igreja! O Suicídio é um pecado sem retorno e a vida é o presente mais belo que deus poderia nos dar. Ele enviou seu próprio filho para se sacrificar por nós, em pró de nossas vidas pecaminosas.

O Filósofo vira o seu rosto para frente, observando o horizonte respira tranquilamente e pergunta outra vez com uma tonalidade calma em sua voz

- Por que vives padre?

O Padre já sem resposta, demora a alguns segundos para pensar em uma, segura sua bíblia com toda sua força suando frio com a outra mão agarra com ainda mais forças a beirada do prédio, descontrolado o padre grita

- O CRISTÃO VIVE PELA Fé!! E Eu tenho fé em cristo, fé na vida, fé de que ambos sairemos deste prédio de mãos dadas!

Com os braços cruzados, o Filósofo olha para baixo, e sorri para o abismo, e o abismo sorri de volta. Sorrindo então ele olha para o padre e novamente pergunta de maneira serena e calma

- Por que você vive padre?

O Padre sem reação olha para baixo, e o abismo sorri para ele e ele pula para o abismo.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Cartas Póstumas

Eu vivi uma vida de Rebeldia Neguei os deuses e gritei por Anarquia Nas canções mais lindas escrevi versos de Poesia Fui uma alma abandonada que amou a Melancolia Que nos momentos mais sombrios se encontrou na Filosofia

No momento enquanto escrevo essa carta, estou decidido em me matar. Essa é uma vontade constante que a muito tempo me assombra. Todas as vezes em que estou decidido em acabar com tudo, eu simplesmente invento uma nova mentira.

E quando eu menos percebo, lá estou eu vivendo como todos os outros sem perceber o barulho das correntes em nossos pés…

Talvez, quando estiveres lendo essa carta daqui a cinco ou cinquenta anos eu já esteja morto. Ou talvez eu tenha encontrado motivos para viver, motivos o suficiente que me façam ler estes versos no futuro e dizer

- Tolo, como ousas dizer tamanha estupidez?

O Futuro é incerto. Eu fico me perguntando, todas as vezes em que me pego refletindo sobre a minha morte Quantos livros eu publiquei enquanto estava vivo? Quantas aulas eu dei? Quantas pessoas eu influenciei? Quantas vidas eu salvei? Será que… eu fiz o meu trabalho como Filósofo? Ou o tempo me apagou de sua história?

De qualquer forma, todos seremos apagados um dia. Então a resposta para essa pergunta de fato não importa.

Oh sim, eu vivi uma vida interessante. Tive uma juventude repleta de rebeldia e anarquia e aos vinte e três me vi publicando meu primeiro livro de Filosofia. Aquele jovem rebelde que só sabia gritar ‘’ Anarquia’’ hoje é um professor de Filosofia.

Quem diria não é mesmo? Em quantos momentos da minha juventude eu não jurei que o dia seguinte seria o último, e aqui estou eu, vivo e escrevendo.

Talvez esses momentos de escuridão com a assombração da morte cantando em meus ouvidos sejam de fato passageiros, ou talvez na pior das hipóteses eu simplesmente esteja me entregando a ela aos poucos.

Existem tantas coisas que eu poderia conquistar, tantos outros livros a publicar, pessoas para amar, causas para se lutar, alunos para ensinar…

Mas tudo que eu quero nesse momento é o direito de me suicidar.

Para aqueles que ficam, meus pais e meus amigos:

Nenhuma mãe deveria enterrar o seu filho, e nenhum amigo deveria chorar sobre o tumulo do outro. Embora eu de fato sinta um carinho enorme por todos vocês, sinto que a minha história seria de maior relevância com um ponto final em seu caminho.

Aos vermes que se alimentarem do meu corpo putrefato, desejo a vocês boa sorte. Algum dia, seremos ambos poeira no abismo do espaço e nenhuma diferença existirá dos homens aos vermes.

E Para aqueles que estiverem lendo essa carta. Vivam!! Pois para mim já é tarde demais…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Suicídio Morte Niilismo Cartas Costumas - Gerson De Rodrigues
Variante: Cartas Póstumas

Eu vivi uma vida de Rebeldia
Neguei os deuses e gritei por Anarquia
Nas canções mais lindas escrevi versos de Poesia
Fui uma alma abandonada que amou a Melancolia
Que nos momentos mais sombrios se encontrou na Filosofia

No momento enquanto escrevo essa carta, estou decidido em me matar. Essa é uma vontade constante que a muito tempo me assombra. Todas as vezes em que estou decidido em acabar com tudo, eu simplesmente invento uma nova mentira.

E quando eu menos percebo, lá estou eu vivendo como todos os outros sem perceber o barulho das correntes em nossos pés...

Talvez, quando estiveres lendo essa carta daqui a cinco ou cinquenta anos eu já esteja morto. Ou talvez eu tenha encontrado motivos para viver, motivos o suficiente que me façam ler estes versos no futuro e dizer

- Tolo, como ousas dizer tamanha estupidez?

O Futuro é incerto. Eu fico me perguntando, todas as vezes em que me pego refletindo sobre a minha morte
Quantos livros eu publiquei enquanto estava vivo?
Quantas aulas eu dei?
Quantas pessoas eu influenciei?
Quantas vidas eu salvei?
Será que... eu fiz o meu trabalho como Filósofo?
Ou o tempo me apagou de sua história?

De qualquer forma, todos seremos apagados um dia. Então a resposta para essa pergunta de fato não importa.

Oh sim, eu vivi uma vida interessante. Tive uma juventude repleta de rebeldia e anarquia e aos vinte e três me vi publicando meu primeiro livro de Filosofia. Aquele jovem rebelde que só sabia gritar ‘’ Anarquia’’ hoje é um professor de Filosofia.

Quem diria não é mesmo? Em quantos momentos da minha juventude eu não jurei que o dia seguinte seria o último, e aqui estou eu, vivo e escrevendo.

Talvez esses momentos de escuridão com a assombração da morte cantando em meus ouvidos sejam de fato passageiros, ou talvez na pior das hipóteses eu simplesmente esteja me entregando a ela aos poucos.

Existem tantas coisas que eu poderia conquistar, tantos outros livros a publicar, pessoas para amar, causas para se lutar, alunos para ensinar...

Mas tudo que eu quero nesse momento é o direito de me suicidar.

Para aqueles que ficam, meus pais e meus amigos:

Nenhuma mãe deveria enterrar o seu filho, e nenhum amigo deveria chorar sobre o tumulo do outro. Embora eu de fato sinta um carinho enorme por todos vocês, sinto que a minha história seria de maior relevância com um ponto final em seu caminho.

Aos vermes que se alimentarem do meu corpo putrefato, desejo a vocês boa sorte. Algum dia, seremos ambos poeira no abismo do espaço e nenhuma diferença existirá dos homens aos vermes.

E Para aqueles que estiverem lendo essa carta. Vivam!! Pois para mim já é tarde demais...

- Gerson De Rodrigues

“Pela fé

Todos estes morreram na fé, não tendo recebido as promessas. - Hebreus 11:13

Todos os dias Lisa e David Holden pediam a Deus um bebê. Ela escreve que eles oravam “às vezes com amargo desapontamento, às vezes com uma confiança que parecia infalível e às vezes com frustração e uma dor tão profunda que doía”. Lisa finalmente concebeu, e Peter, de 4 anos, agora ilumina suas vidas.

Lisa e David tinham amigos íntimos que também queriam filhos. Eles também oraram fervorosamente sobre sua situação. Eventualmente, eles decidiram adotar, mas foram informados de que eles eram muito velhos. Ambos os casais rezaram em fé. Um pedido foi concedido; o outro foi negado.

Em Hebreus 11:11, lemos: “pela fé, a própria Sara também recebeu força para conceber”. Mas, em contraste, quando o apóstolo Paulo orou para que seu “espinho na carne” não identificado fosse removido dele, o Senhor respondeu: “Minha graça é suficiente para você ”(2 Coríntios 12: 9), e o“ espinho ”permaneceu. Até o próprio Cristo orou ao seu Pai celestial para que o cálice de agonia que o aguardava no Calvário fosse tirado dEle, mas acrescentou: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42).

Ó Senhor, se nossos anseios mais profundos e mais desesperados são ou não concedidos, nossa fé está em você. Ajude-nos a desejar sua vontade acima de tudo. Um homem.

Eu orei - a resposta adiada por muito tempo
Não trouxe a coisa que eu procurava;
Ele respondeu melhor do que o meu pedido,
sim, melhor do que o meu pensamento. —Anon.

Quando a resposta de Deus é negativa, Sua razão é afirmativa.
David C. Egner”

“Uma maioria de um

Com ele é um braço de carne; mas conosco é o Senhor nosso Deus. - Escritura de hoje :
2 Crônicas 32: 1-8

Quando Senaqueribe, rei da Assíria, invadiu Judá, Ezequias soube que a cidade de Jerusalém seria atacada, então ele entrou em ação para defender a cidade. Ele construiu a parede quebrada e levantou outro fora dela. Ele também “fez armas e escudos em abundância” e “pôs capitães militares sobre o povo” (vv.5-6).

Mas seria preciso mais do que isso para salvar a cidade do ataque dos poderosos exércitos de Senaqueribe. Então Ezequias convocou as pessoas para encorajá-las. Em face de sua situação aparentemente sem esperança, ele declarou: “Há mais conosco do que com ele” (v.7).

Como ele poderia dizer isso? Ele dá a resposta no versículo seguinte: “Com [Senaqueribe] é um braço de carne; mas conosco está o Senhor nosso Deus, para nos ajudar e combater nossas batalhas. ”Essa era a esperança deles. Senaqueribe tinha poder, homens e prestígio - “um braço de carne” -, mas os habitantes de Jerusalém tinham o Senhor!

Existe algum "inimigo" pressionando você hoje? Você se sente como se a oposição estivesse prestes a esmagá-lo e destruí-lo? Tudo parece sem esperança? Tome coração, filho de Deus! Com o Senhor do seu lado, você nunca está em desvantagem.

Refletir e Orar
Uma poderosa fortaleza é o nosso Deus,
um baluarte que nunca falha;
Nosso ajudador Ele, em meio ao dilúvio
De males mortais prevalecentes. —Lutter

Um mais Deus é sempre uma maioria. Richard DeHaan”

“Testemunhando de uma cadeira de rodas

O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir. - Escritura de hoje :
Mateus 25: 31-40

Uma mulher chamada Nancy colocou esse anúncio em seu jornal local: “Se você está sozinho ou com algum problema, ligue para mim. Estou em uma cadeira de rodas e raramente saio. Podemos compartilhar nossos problemas uns com os outros. Apenas ligue. Eu adoraria conversar. ”A resposta a esse anúncio foi enorme - 30 ligações ou mais a cada semana.

O que motivou essa mulher a sair de sua cadeira de rodas para ajudar os necessitados? Nancy explicou que antes de sua paralisia, ela estava perfeitamente saudável, mas em profundo desespero. Ela tentou cometer suicídio pulando da janela de seu apartamento, mas ficou paralisada da cintura para baixo. No hospital, completamente frustrada, ela sentiu Jesus dizendo a ela: “Nancy, você teve um corpo saudável, mas uma alma aleijada. De agora em diante, você terá um corpo aleijado, mas uma alma saudável ”. Como resultado dessa experiência, ela entregou sua vida a Cristo. Quando ela finalmente foi autorizada a ir para casa, ela orou por uma maneira de compartilhar a graça de Deus com os outros, e a idéia do anúncio de jornal ocorreu a ela.

Todo crente pode fazer algo para ajudar pessoas necessitadas. Por mais limitado que seja pela doença, velhice ou incapacidade, ainda podemos orar, telefonar ou escrever. Não importa qual seja a nossa condição, podemos ser uma testemunha eficaz para Jesus Cristo.

Refletir e Orar
Senhor, deixe-me ser uma luz brilhante
Para que outros possam ver
Sua misericórdia e Seu amor exibidos
Em tudo que eu digo e faço. —Sesper

Somente depois de conversar com Deus sobre pessoas necessitadas você está pronto para falar com pessoas necessitadas sobre Deus. Vernon Grounds”

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“Silêncio é a unica resposta que deves dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala a inteligência não dá palpites!”

Benito Mussolini (1883–1945) político italiano

Citado em "The Book of Italian Wisdom" - página 87, Antonio Santi, Citadel Press, 2003.
Atribuídas

“Se não encontrarmos respostas adequadas a todas as questões sobre educação, continuaremos a forjar almas de escravos em nossos filhos.”

Célestin Freinet (1896–1966)

Fonte: Revista Nova Escola http://revistaescola.abril.com.br/especiais/pensadores/pdfs/celestin_freinet.pdf

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“Quando você acha q sabe todas as perguntas vem à vida e muda todas as respostas”

Bob Marley (1945–1981) foi um cantor, guitarrista (raggae) e compositor jamaicano famoso por popularizar o gênero
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“O amor é a única resposta sã e satisfatória para o problema da existência humana.”

Erich Fromm (1900–1980) professor académico alemão

Variante: O amor é a mais sã e satisfatória resposta para o problema da existência humana.

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“Imaginem que um Filósofo ao visitar uma velha Biblioteca se depara com um velho Sábio

- Estais perdido? Perguntou o Sábio

- Se estou perdido, como poderias tu orientar-me a razão? Disse o filósofo em tom questionador

O Sábio abaixa sua cabeça, caminha de um lado para o outro e indaga – Estais perdido!?

Filósofo: E não estamos todos?

O Completo e absoluto silencio gritava mais alto do que suas bocas caladas, embora suas mentes gritassem mais alto do que o mais feroz diabo.

Sábio: Não posso estar perdido, se eu sei exatamente aonde o verdadeiro eu estas, e deverias estar.

Filósofo: E Como poderias tu saber aonde deverias estar e aonde estas?

Sábio: Mas isso é muito simples, se estou em algum lugar, sigo a minha vontade. Está de acordo?

Filósofo: E Como saberias que segues a tua própria vontade? Se não foi influenciado pelo homem que vive em ti, o homem que crê em ti e nos deuses! Como poderias tu, saber aonde deverias ir?

O Sábio caminha a uma das muitas prateleiras e pega um livro, senta-se na frente do filósofo e diz de maneira serena

Sábio: Se leres este livro, e após a leitura tornar-se outro homem, como diferenciarias quem tu és, para quem tornou-se?

Filósofo: O Homem que leu este livro, para ti és um homem diferente antes deste mesmo livro? Digo, se hoje acredito no poder dos deuses, e amanhã perco completamente a fé por ler um livro ou dois, teria eu tornado me um homem sem fé, ou um homem diferente do que sempre fui?

Sábio: Tornarias outro homem

Filósofo: Mas isso é uma loucura, se torna-se outro homem a cada nova experiência, então tu, quem és afinal?

Sábio: Isso é muito simples…

O Sábio se levanta novamente e pega uma bíblia sagrada na escrivaninha a direita

Sábio: Se ao ler estas fábulas, e acreditares com toda as forças que és cristo, isso torna-te cristo?

Filósofo: Esse ato tornaria me um estudioso, um homem em busca de respostas

Sábio: Mas se as respostas levarem este homem a mais perguntas como poderias responde-las?

Filósofo: Não há respostas afinal.

Sábio: Quando tinhas dez anos de idade, pensavas o que?

Filósofo: Eu era uma criança comum, católico, vivia na cidade pequena, mas o que a minha infância tem a ver com tudo isso?

Sábio: Aquela criança ainda vive?

Filósofo: Eu a matei, ela tornou-se o homem que sou

Sábio: E ao matar o passado, tornou-se quem tu és!

Filósofo: Mas esse argumento não sustenta a sua teoria, que ao lermos novos livros tornamo-nos outro homem

Sábio: Ao ler as palavras de cristo, tens dois homens prontos a nascer. Se ao leres a bíblia, e acreditar com toda a sua fé que és cristo, e que cristo vives em ti, o que tornarias?

Filósofo: Um tolo

Sábio: E o que este tolo faria após tornar-se um tolo?

Filósofo: Viverias como um tolo

Sábio: Ao leres as palavras de cristo e duvidares de sua existência, o que tornarias?

Filósofo: Um sábio…

Sábio: Então tornarias tu, outro homem

O Filósofo pensativo caminha até uma seção na velha biblioteca, e pega uma série de livros matemáticos, senta-se em uma velha mesa acompanhada de uma pequena cadeira. Abre um dos velhos livros, aponta seu dedo sobre uma teoria matemática cientifica

Filósofo: O Que compreendes ao ler esta teoria?

Sábio: A Gravidade em sua mais bela e poética sinfonia matemática

Filósofo: E Quem a escreveu? Poderias me dizer?

Sábio: Isaac Newton

Filósofo: Consideravas Newton um sábio?

Sábio: Mas é claro, um homem de muitas virtudes

Filósofo: Mas este acreditava nos deuses

Sábio: E o que queres dizer com estas alegações?

O Filósofo se levanta novamente e vai a uma pilha de livros ao lado, pegando então Assim falou Zaratustra de Friedrich Nietzsche

Filósofo: Conheces Nietzsche?

Sábio: Mas é claro, estais a insultar-me?

Filósofo: Se ao leres Newton e Nietzsche, o que tornarias?

Sábio: Um novo homem…

Filósofo: Este novo homem, serias quem? Nietzsche? Ou Newton? Como este homem diferenciaria os deuses da matemática? Friedrich de Newton?

O Que eu quero dizer, como poderias tu, tornar-se outro homem ao leres dois autores distintos, se não o mesmo homem que agregou a si mesmo novas categorias do conhecimento.

Sábio: Então alegas descaradamente, que sou o mesmo homem todos os dias da minha vida?

Filósofo: E Como não poderias ser? Se ao leres mil livros, mudas-te de opinião mil vezes, és um metamorfo. Se ao escreveres mil livros, es um deus sobre os homens. Mas, se ao leres mil livros e aprenderes com estes próprios és o mesmo homem, com um intelecto refinado ao homem que eras anteriormente.

Sábio: Queres dizer que o conhecimento é como um diabo possessor?

Filósofo: Um diabo possessor?

Sábio: Um diabo que tomas o corpo de um homem, mas não toma sua verdadeira essência.

Filósofo: Estou de acordo, então voltamos a mesma questão ao nos conhecermos, como sabes que estais a seguir a sua própria vontade e não a de outros homens ou deuses

Sábio: Deixe-me responder essa questão, com uma alegoria que irá também sustentar meu outro ponto de vista

Imagines que és um crente, que acreditas no poder do divino. Vives então em templos sagrados, seu mundo é o louvor, então descobres por um telescópio apontado aos céus que lá não há deuses, e sim homenzinhos verdes em outros mundos, descobririas então que neste novo mundo há também novos deuses como saberias tu que o deus que pregas e rezas és o verdadeiro?

Filósofo: Não saberias, questionaria também os outros deuses

Sábio: E Se ao descobrires que além destes homenzinhos verdes, também existem tantos outros, e que o cosmos é repleto de deuses e vida. O Que tornarias a sua crença em um deus de carne?

Filósofo: Se tornaria insensata, ausente de razão, mas ainda questionadora pela vontade de questionar e aprender sobre esses novos deuses.

Sábio: Então responda-me, ao descobrir novos mundos tornou-se um homem diferente daquele pobre religioso de pés sujos em templos falsos?

Filósofo: Deixaria de ser um crente, e tornaria me um questionador. Mas ainda seria o mesmo homem

Sábio: Se és o mesmo homem, por que não crê nos mesmos deuses? Tornou-se um novo homem ao conhecer outros mundos, pois o homem que fois um dia, suicidou-se diante das cordas sinceras da realidade

Filósofo: Se o que diz é verdade, e somos de fato, diabos possessores, possuídos pelo conhecimento que mata o homem mas não mata sua essência, como sabes que não estás perdido? Como diferencias a decisão do homem com a decisão do diabo?

Se a cada nova experiência somos possuídos por um diabo diferente, se a cada livro torno-me um novo homem, se a cada mundo matamos um novo deus, quem eres tu afinal?

Sábio: Mas isso é muito simples, imagine comigo a seguinte alegoria

Somos todos homens vagueando em um vale sem fim, pense que cada livro desta biblioteca és um diabo, ao seres possuído pelo diabo, torna-se o diabo, embora sua essência humana ainda prevaleça

Filósofo: Então acreditas que podes matar a si mesmo, e tornar-se o homem que eras, mas renovado em sabedoria?

Sábio: Novamente estamos de acordo, poderias por favor dizer-me o que fazes em uma velha biblioteca como essa?

Filósofo: Vim em busca de conhecimento, e autoconhecimento, mas acabei perdendo-me em tamanha sabedoria e tormento

Sábio: E ao encontrar-me continua com este tormento?

Filósofo: Não

Sábio: E Por que não?

Filósofo: Porque sei quem tu és, e vós não o conheceis, mas eu o conheço, e se disser que não o conheço, serei mentiroso como vós. Mas eu o conheço, e guardo a sua palavra.

Sábio: E quem sou eu?

Filósofo: Tu és o meu Deus, e eu te darei graças; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.

Sábio: Se eu sou o seu Deus, o único e verdadeiro Deus, sou tu enquanto falas sozinho para as paredes, divagando sobre quem tu és e o que tornou-se!

Tornas-te Deus, ao questionar a si, mas continuaste o homem que és, e que fois ao lembrar-se de si, e o que és.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Homem e o Conhecimento – Uma Alegoria dialética.

Certa vez, um filósofo em busca de conhecimento e sabedoria foi ao encontro de um velho Monge, conhecido por seus grandes feitos na literatura e no conhecimento mundial.

Esse monge, conhecido como ‘’ Thoth o Sábio’’ Vivia no alto de um monte em uma biblioteca pessoal de livros escritos por ele mesmo.

Ao subir o grande monte com muito esforço e dedicação e adentrar os portões de ouro da sagrada biblioteca, o Filósofo se surpreende com aquele velho monge. Que se encontrava sentado em meio aos livros em posição de Lótus expressando tamanha sabedoria.

Com cautela, o Filósofo calmamente indaga uma forte questão ao sábio monge. Questão da qual, nunca a ele foi dirigida antes

― Como podes um homem tão sábio, possuir tamanha certeza de sua vasta sabedoria? Poderias tu, me guiar a sabedoria do mundo?

O Monge, abre calmamente seus olhos que antes estavam fechados e meditando calmamente. Ainda sentado na posição de Lótus, respondeu friamente

― Quem eres essa tola alma que ousas dirigir-me a palavra?

O Filósofo, ao ser chamado de tolo sorriu de maneira irônica com o canto de sua boca.

― Sou apenas um jovem poeta, um velho filósofo, muitas histórias eu escutei sobre ti. Homens que o seguem como um deus, mulheres que o idolatram como um símbolo, crianças que leem seus livros e tornam-se jovens revolucionários. Pensei, se tamanha mente existe, o que seria de mim então? Um tolo. Tu és de fato, o mais sábio dos homens por isso escalei o mais alto dos montes, com o único objetivo de conhecer o mais sábio dos homens.

O Sábio monge, orgulhoso de sua vasta sabedoria sendo elogiada por um jovem Filósofo. Se levanta, e caminha a um de seus muitos livros naquela vasta biblioteca. Pega um deles, intitulado ‘’ A Sabedoria do mundo’’ e então, abre em uma página com uma precisa marcação começando então a leitura de sua citação

― E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. Tudo isto provei-o pela sabedoria; eu disse: Sabedoria adquirirei; mas ela ainda estava longe de mim. E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão, e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria. Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. Com ele está a sabedoria e a força; conselho e entendimento

Após escutar tal citação, o Filósofo reconhece que tal pensamento, não poderia ter advindo de tal homem, ele então indagou

― Essa citação do seu livro, não eres da Bíblia sagrada? Tenho certeza que eu poderia encontra-la em Jó 12:13.

O Monge, cai em gargalhadas. Colocando seu livro sobre uma velha mesa, perguntou ao Filósofo.

― E não são os homens diabos copiadores? Todo conhecimento adquirido pelo homem, adveio de outro homem mais sábio.

O Filósofo furioso, começa a caminhar por toda a biblioteca pegando todos os livros e abrindo-os de um a um.

― Friedrich Nietzsche, Zaratustra, William Godwin, Schopenhauer, mas isso é um absurdo! Como pode se dizer o grande sábio? Se nenhum destes livros foi escrito por você, são apenas ideias de outros homens! Você é uma grande fraude!!

Gritava o filósofo enquanto verificava e arremessava cada livro nas estantes.

O Monge, ainda mantendo sua plena calma, indaga ao Filósofo uma simples questão.

― Poderia me dizer, o que achas sobre Deus?

O Filósofo, escutando tal pergunta simples e tola responde rapidamente sem pestanejar

― Uma fantasia criada por homens, um mero mito, uma ideia, deus a muito tempo morreu e somos hoje homens da ciência!

O Monge caindo em gargalhadas responde

― Ainda não percebeu não é? Tudo o que disse, veio de outras mentes eu poderia categorizar sua resposta com o nome e o livro de cada pensador.

O Filósofo, escutando tal resposta começa a refletir, refletindo ele responde calmamente

― Não… essa resposta veio da minha mente, eu apenas a aprendi ao longo dos anos. No entanto, não me intitulo o grande sábio.

― Então poderia me dar uma resposta a respeito da existência de Deus, sem mencionar ou pensar sobre alguma literatura que leu ou aprendeu durante seus longos anos de vida? Perguntou o Monge.

O Filósofo caminha de um lado para o outro, seus neurônios queimando como um vulcão

― Mas é impossível! Desde os pré-socráticos a mente do homem… vem aprendendo e evoluindo como um coletivo, esse desafio que me propôs é humanamente impossível.

Respondeu o Filósofo com uma tonalidade séria em sua voz.

O Monge calmamente pega um caderno velho, com anotações por todas suas folhas e entrega nas mãos do Filósofo.

― Esta vendo cada anotação? Cada ideia? Todas as ideias que eu tive, toda a reflexão, em algum momento ela nasceu de algum outro homem. Até mesmo Nietzsche se inspirou em Stirner, todos os homens compartilham de uma filosofia coletiva, de uma ciência mental. Não se pode ser sábio, se negar o conhecimento preestabelecido pela humanidade.

O Filósofo confuso, vendo tais anotações enquanto sua mente conectava cada referência literária, coloca o caderno sobre a mesa e pergunta

― Como um monge, intitulado o sábio, nada mais é do que qualquer outro Filósofo, escritor ou homem que pisou nesse planeta? Me diga, o que diferencia você dos outros homens?

O Monge, caminha até o Filósofo enquanto desvia das pilhas de livros, coloca a mão em seu ombro e pede que o siga. Ambos sobem uma escada, que leva ao segundo andar daquela biblioteca. Aonde um grande telescópio apontando para o céu os aguardava

― Por favor, veja com seus próprios olhos

O Filósofo, se aproxima do telescópio e ao observar a imensidão do cosmos é chocado por uma realidade assustadora. Diante de seus olhos, foram apresentadas incontáveis galáxias, planetas e mundos distantes.

O Filósofo é claro, já havia lido em livros de astronomia sobre a imensidão do cosmos, mas nunca de fato o viu com seus próprios olhos.

O Filósofo então, ao tornar-se o sábio monge realizou em sua primitiva mente de macaco, que mesmo lendo todos os livros já escritos. O conhecimento realizado pelo homem, de nada importa para o universo.

Pois tudo que conhecemos, ou iremos conhecer não passa de um leve suspiro de uma criança que acabou de nascer mas morreu logo depois do parto.

A vida, a existência tudo o que conquistamos, ou iremos conquistar. É apenas um grito ecoante de desespero para nos convencer que somos importantes, mas no fundo todos nós sabemos que somos inúteis.

O Velho filósofo, tornou-se o sábio monge.

Sábio, por reconhecer o seu lugar no nada, como um nada. Pois mesmo com todo o conhecimento do mundo, o nosso mundo é apenas um pontinho luminoso no céu…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Eu não tenho absolutamente nenhum direito de expressar a minha opinião até que eu conheça todas as respostas.”

Kurt Cobain (1967–1994) Vocalista, guitarrista, compositor e músico

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“As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem a questão.”

Susan Sontag (1933–2004)

Variante: As únicas respostas interessantes são aquelas que destroem as perguntas.

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“Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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“Se realmente entendemos o problema, a resposta virá dele, porque a resposta não está separada do problema.”

Jiddu Krishnamurti (1895–1986)

If we can really understand the problem, the answer will come out of it; because the answer is in the problem, it is not separate from the problem.
"Life ahead" - página 100, Jiddu Krishnamurti - Theosophical Pub. House,1967 - 191 páginas

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“Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas.”

Confucio (-551–-479 a.C.) Filósofo chinês

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“Apenas sou um cara que procura respostas”

Elvis Presley (1935–1977) cantor dos Estados Unidos

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“Julgue um homem pelas suas perguntas, não pelas suas respostas.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines

Variante: Julgue-se um homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.

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“Se hoje fosse o último dia de minha vida, queria fazer o que vou fazer hoje? E se a resposta fosse Não muitos dias seguidos, sabia que precisava mudar algo.”

Steve Jobs (1955–2011) Fundador da Apple

Discurso em um ato de graduação da Universidade de Stanford em 12 de Junho de 2005.

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“Percebi enquanto falava em voz alta que, mesmo quando morrêssemos, era provável que não descobríssemos a resposta de por que estivemos vivos. Mesmo o ateu confesso provavelmente pensa que na morte obterá alguma resposta. Quero dizer, Deus estará lá ou não haverá coisa alguma.”

Mas é apenas isso — eu disse —, nós não fazemos nenhuma descoberta na hora da morte! Apenas paramos! Passamos para a não-existência sem jamais saber de coisa alguma. Eu via o universo, tinha uma visão do sol, dos planetas, das estrelas, da noite negra continuando para sempre. E comecei a rir.
Você percebe isso? Jamais saberemos por que diabos tudo isso aconteceu, nem mesmo quando acaba! — berrei para Nicolas que estava recostado na cama, sacudindo a cabeça e bebendo o vinho de um garrafão. — Nós vamos morrer e nem vamos saber. Jamais saberemos, e toda essa falta de sentido vai continuar para sempre. E já não seremos mais testemunhas disso. Nem sequer temos o pequeno poder de dar sentido a isso em nossas mentes. Nós apenas vamos desaparecer, mortos, mortos, mortos, sem nem ao menos saber".
O Vampiro Lestat

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“Perguntemo-nos quem é propriamente 'mau', no sentido da moral do ressentimento. A resposta, com todo o rigor: precisamente o 'bom' da outra moral.”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

Primeira dissertação - § 11 https://books.google.com.br/books?id=TVi29FH1Ou8C&pg=PT17
Genealogia da Moral

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