Frases sobre o inferno
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“Em Wittenberg, o pensamento de Lutero relativo ao pecado e à redenção desafiou muito do ensino tradicional. Os académicos continuam a debater o verdadeiro grau de radicalidade da sua teologia – decerto não era única. A essência do problema era esta. A mais antiga tradição escolástica medieval insistia que o Deus do amor condenava a humanidade pecadora ao Inferno com base em leis tão estritas e ferozes que não podiam ser cumpridas à letra. A perspectiva de Lutero concluía que a humanidade era totalmente pecaminosa, corrupta, decadente e não podia ser transformada numa criatura que merecesse o Paraíso pela simples repetição de orações ou realização de obras caridosas.
Como podia então alguém aceder à salvação? Num mundo tão intensamente religioso, tratava-se de uma questão urgente.
Lutero resolveu-a quando concluiu que Deus ignorava os pecados daqueles que tinham verdadeira fé – aqueles que eram salvos, os eleitos. O pecado era demasiado poderoso para ser derrotado pela acção humana. Só um milagre de amor divino poderia vencê-lo. O sacrifício de Cristo, ao tomar sobre si mesmo as consequências da tendência para o pecado da humanidade, foi o meio pelo qual se realizou esse milagre. Para se ser salvo, apenas era necessária verdadeira fé nisto. O problema óbvio da conceção de Lutero é que implicava que o comportamento pecaminoso não importava necessariamente. Tenter vencer o pecado no quotidiano era inútil. A fé era tudo o que contava. A resposta de Lutero a uma tal objecção foi que os que obtivessem a salvação sentir-se-iam tão gratos que não quereriam pecar. (Isto, como concluiriam muitas gerações de protestantes, era um bocadinho fácil de mais): a sátira do escritor escocês James Hogg, Confissões de um Pecador Justificado, zurzia a facilidade com que hipócritas podiam conseguir o seu bolo pecaminoso e comê-lo).
O pensamento de Lutero era o de um intelectual cristão que acabara a censurar o pensamento grego clássico, cerebral e sofisticado, de Platão e Aristóteles, sobre o qual se sustentava a teologia tradicional da Igreja. O seu principal impulso, quando chegou à sua conclusão sobre o pecado, foi emocional e pessoal, um sentimento premente de libertação e alegria que exigia ser comunicado – e que nada tinha a ver com a hierarquia ou as liturgias da Igreja. Descreveu-se a si mesmo como sentindo-se «de novo nascido», uma experiência que se encontra ainda no âmago do actual protestantismo evangélico.
Isto teria sempre empurrado um homem como Lutero, uma estranha combinação de brutamontes e sonhador, para uma desavença com as autoridades eclesiásticas. Contudo, foi a prática do comércio de indulgências que o levou a perder a paciência.”

Andrew Marr (1959) jornalista britânico

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“Que vida de inferno é a vida do ciumento! Antes não amar, do que amar desse modo.”

Paolo Mantegazza (1831–1910)

Qual vita d' inferno ! Val cento volte meglio non amare che amare a questo modo !
"Fisiologia dell'amore ...‎" - Página 185, Paolo Mantegazza - R. Bemporad & Figlio, 1906, 4a. ed. - 344 páginas

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“Tudo que a humanidade sofreu com as guerras, com a pobreza, com a pestilência, com a fome, com o fogo e com o dilúvio, todo o pavor e toda a dor de todas as doenças e de todas as mortes – tudo isso se reduz a nada quando posto lado a lado com as agonias que se destinam às almas perdidas. Este é o consolo da religião cristã. Esta é a justiça de Deus – a misericórdia de Cristo. Este dogma aterrorizante, esta mentira infinita: foi isto que me tornou um implacável inimigo do cristianismo. A verdade é que a crença na danação eterna tem sido o verdadeiro perseguidor. Fundou a Inquisição, forjou as correntes e construiu instrumentos de tortura. Obscureceu a vida de muitos milhões. Tornou o berço tão terrível quanto o caixão. Escravizou nações e derramou o sangue de incontáveis milhares. Sacrificou os melhores, os mais sábios, os mais bravos. Subverteu a noção de justiça, derriscou a compaixão dos corações, transformou homens em demônios e baniu a razão dos cérebros. Como uma serpente peçonhenta, rasteja, sussurra e se insinua em toda crença ortodoxa. Transforma o homem numa eterna vítima e Deus num eterno demônio. É o horror infinito. Cada igreja em que se ensina esta idéia é uma maldição pública. Todo pregador que a difunde é um inimigo da humanidade. Em vão se procuraria uma selvageria mais ignóbil que este dogma cristão. Representa a maldade, o ódio e a vingança sem fim. Nada poderia tornar o inferno pior, exceto a presença de seu criador, Deus. Enquanto estiver vivo, enquanto estiver respirando, negarei esta mentira infinita com toda minha força, a odiarei com cada gota de meu sangue.”

Robert Green Ingersoll (1833–1899)

Porque sou agnóstico

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“A política é como o show business: você tem uma estreia fantástica, desliza por algum tempo e termina num inferno.”

Ronald Reagan (1911–2004) político estadunidense, 40° Presidente dos Estados Unidos

citado em Revista Veja - Especial Século 20 http://veja.abril.com.br/especiais/seculo20/vejaessa.html
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“O inferno é darmo-nos conta de que não existimos e não nos conformamos com isso.”

Simone Weil (1909–1943)

Citações por categoria, Religião

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“Não há no céu fúria comparável ao amor transformado em ódio nem há no inferno ferocidade como a de uma mulher desprezada.”

Heaven has no rage like love to hatred turned, Nor hell a fury like a woman scorned.
William Congreve in "The Mourning Bride", act III in: "The dramatic works of Wycherley, Congreve, Vanbrugh, and Farquhar: with biographical and critical notices"‎ - Página 249 http://books.google.com.br/books?id=WuENAAAAMAAJ&pg=PA249, de William Wycherley, William Congreve, Sir John Vanbrugh, George Farquhar - G. Routledge, 1866 - 668 páginas

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“Da raivosa paixão que resulta do ciúme, só os ciumentos podem falar adequadamente. E será que mesmo os que a padecem são capazes de explicá-la? Como a devem rotular: Loucura furiosa? Inferno confuso? Verdugo do coração?”

Francisco de Quevedo (1584–1645)

De la rabiosa pasión de los celos, ¿quién podrá hablar sino ¿quien la padece? Y aunque la padezca, quien la podrá explicar, llamarla furiosa locura, confuso infierno, increíble verdugo del corazón?
Obras completas, Volume 1‎, Francisco de Quevedo - M. Aguilar, 1945

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“Para defender os interesses da Venezuela, vou até os quintos dos infernos.”

Hugo Chávez (1954–2013) 52º Presidente da Venezuela

Hugo Chávez, presidente da Venezuela, aos críticos de sua visita a Saddam Hussein e Kadafi
Fonte: Revista Veja, Edição 1 665 - 6/9/2000 http://veja.abril.com.br/060900/vejaessa.html

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“Ele que vá para o inferno.”

Yasser Arafat (1929–2004)

Yasser Arafat, líder palestino, referindo-se ao primeiro-ministro israelense, Ehud Barak
Fonte: Revista Veja, Edição 1 673 - 1°/11/2000 http://veja.abril.com.br/011100/vejaessa.html

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“Acredito que estou no inferno, portanto estou nele.”

Je me crois en enfer, donc j'y suis.
Une saison en enfer‎, de Arthur Rimbaud
A Season in Hell and Illuminations‎ - Página 18, de Arthur Rimbaud, Bertrand Mathieu - Publicado por BOA Editions, Ltd., 1991 ISBN 0918526892, 9780918526892 - 176 páginas

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“Ouço dizer que os amantes do vinho serão danados no inferno. Não é verdade, mas há mentiras evidentes. Se os que amam o vinho e o amor vão para o inferno, o paraíso deve estar vazio.”

Omar Khayyam (1048–1131)

citado em Anais da Câmara dos Deputados - página 369, Brazil. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados, Brazil. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. Diretoria de Documentação e Publicidade, Brazil. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. Centro de Documentação e Informação - 1971
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“O inferno é Hebe Camargo de lingerie, estou convicto.”

Marcelo Mirisola, escritor, em seu novo livro O Herói Devolvido
Fonte: Revista Veja, Edição 1 665 - 6/9/2000 http://veja.abril.com.br/060900/vejaessa.html

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“Roubavam a sua dignidade e faturavam em cima. Espero que apodreçam no inferno.”

Lisa Marie Presley (1968) cantora e compositora dos Estados Unidos

desabafando sobre os bajuladores de seu pai, Elvis Presley; Fonte: Revista ISTO É, Edição 1755.

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“A princípio o taumaturgo descreveu as delícias do céu, os querubins tocando harpa e uma nuvem de incenso vagando no azul, entre anjos e santos. A multidão ouvia em silêncio, maravilhada e boquiaberta. Então, de repente, o frade mudou. Sacudiu os braços e soltou a maldição terrível: - Homens sem Deus, mergulhados na lama do pecado. Amancebados! Mentirosos! Adúlteros! Arrependei-vos de vossos pecados! - E passou a descrever as torturas do inferno. Labaredas subiam, tochas ardendo, um relógio marcando: Sempre! Sempre! Nunca! Nunca! Que são as horas da Eternidade. E no meio da fornalha, o suplício do fumaceiro de enxofre sufocando tudo. Aí a multidão se abateu, lábias ciciavam. "Eu pecador, me confesso a Deus", almas tremendo de pavor, como corpos sacudidos de maleita. Junto de mim um matuto de Quitimbu tinha os olhos esgazeados. Cheguei mesmo a ver o suor lhe empastando a fronte morena. Uma velha traçou o xale com força, cobrindo a cabeça tôda, temendo a baforada do satanás. E ao meu lado um soldado desatou o lenço que trazia ao pescoço, como se a coisa lhe abafasse a respiração. E, voltando-se para um companheiro, avisou que ia tomar uma "bicada" pois o cheiro de enxofre estava lhe sufocando a garganta. Depois, Frei Damião baixou os braços, serenou a voz. Nunca, na minha vida, vi silêncio maior. A praça parada, o povo de lábios chumbados, os ohos fitos no frade (…) então o frade rezou. E a multidão respondeu, contrita e imóvel, como se, ao invés de milhares de vozes ali estivesse apenas uma só pessoa, postada diante do pregador famoso, na hora do juízo final, prestando contas ao Altíssimo.”

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“Só não vaiaram dom Claudio Hummes, por medo de ir para o inferno, e o Paulinho, para garantir que haverá festa no próximo ano.”

sobre as vaias no 1º de Maio da Força Sindical
Fonte: Revista Veja, Edição 1955

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“O céu é apenas um disfarce azul do inferno.”

Teixeira de Pascoaes (1877–1952)

Fonte: Trevas, em Para a Luz

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“A vida é muito rápida; faz a gente ir do céu para o inferno em questão de segundos.”

Paulo Coelho (1947) escritor e letrista brasileiro

Variante: A vida é muito veloz, faz-nos ir do céu ao inferno numa questão de segundos.

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“O amor pode nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar.”

Paulo Coelho (1947) escritor e letrista brasileiro

Na Margem do Rio Piedra Eu sentei e Chorei

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“Uma vida inteira de felicidade! Nenhum homem vivo conseguiria suportá-la. Seria o inferno na terra.”

George Bernard Shaw (1856–1950)

A lifetime of happiness! No man alive could bear it: it would be hell on earth.
The collected works of Bernard Shaw - Volume 10 - Página 13, Bernard Shaw - W.H. Wise., 1930

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“A porta do tenebroso inferno fica aberta noite e dia.”

Virgilio (-70–-19 a.C.) poeta romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina
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“O dia de amanhã pode ser um inferno, mas hoje foi um bom dia de escrita e nos bons dias de escrita nada mais interessa.”

Neil Gaiman (1960)

"somewhat less sinister ducks" http://journal.neilgaiman.com/2004/04/somewhat-less-sinister-ducks.asp - publicação no blog oficial de Neil Gaiman (23 de abril de 2004)

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“Pensar que todos os céus e infernos de todas as religiões foram construídos a partir do interior do ser humano: tudo depende da força da projecção para o exterior.”

Hugo Von Hofmannsthal (1874–1929)

Variante: Pensar que todos os céus e infernos de todas as religiões foram construídos a partir do interior do ser humano: tudo depende da força da projeção para o exterior.

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“O paraíso foi feito para corações bondosos; o inferno, para corações sem amor.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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