Frases sobre feito
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“SADE
Desprezo essas manifestações da masa
que giram em círculo vicioso
(…)
Desprezo todas essas boas intenções
que se perdem nas vielas
desprezo todos os sacrifícios
feitos por alguma coisa
Só acredito em mim mesmo.”

Peter Weiss (1916–1982)

The Persecution and Assassination of Jean-Paul Marat as Performed by the Inmates of the Asylum of Charenton Under the Direction of the Marquis de Sade

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“Não se preocupe com o topo. O certo é se preocupar com o degrau acima. Roma não foi feita em um dia.”

Uma Chance de Ser Feliz \ Segunda Chance

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“Só com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o demônio
Em dias de grande enguiço.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Poems of Fernando Pessoa

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“A idéia do eterno retorno é uma idéia misteriosa, e uma idéia com a qual Nietzsche muitas vezes deixou perplexos outros filósofos: pensar que tudo se repete da mesma forma como um dia o experimentamos, e que a própria repetição repete-se ad infinitum! O que significa esse mito louco? De um ponto de vista negativo, o mito do eterno retorno afirma que uma vida que desaparece de uma vez por todas, que não retorna, é feito uma sombra – sem peso, morta de antemão; quer tenha sido horrível, linda ou sublime, seu horror, sublimidade ou beleza não significam coisa alguma. Uma tal vida não merece atenção maior do que uma guerra entre dois reinos africanos no século XIV, uma guerra que nada alterou nos destinos do mundo, ainda que centenas de milhares de negros tenham perecido em excruciante tormento. Algo se alterará nessa guerra entre dois reinos africanos do século XIV, se ela porventura repetir-se sempre, retornando eternamente? Sim: ela se tornará uma massa sólida, constantemente protuberante, irreparável em sua inanidade. Se a Revolução Francesa se repetisse eternamente, os historiadores franceses sentiriam menos orgulho de Robespierre. Como, porém, lidam com algo que jamais se repetirá, os anos sangrentos da Revolução transformaram-se em meras palavras, teorias e discussões; tornaram-se mais leves que plumas, incapazes de assustar quem quer que seja. Há uma diferença infinita entre um Robespierre que ocorre uma única vez na história e outro que retorna eternamente, decepando cabeças francesas. Concordemos, pois, em que a idéia do eterno retorno implica uma perspectiva a partir da qual as coisas mostram-se diferentemente de como as conhecemos: mostram-se privadas da circunstância atenuante de sua natureza transitória. Essa circunstância atenuante impede-nos de chegar a um veredicto. Afinal, como condenar algo que é efêmero, transitório? No ocaso da dissolução, tudo é iluminado pela aura da nostalgia, até mesmo a guilhotina. Não faz muito tempo, flagrei-me experimentando uma sensação absolutamente inacreditável. Folheando um livro sobre Hitler, comovi-me com alguns de seus retratos: lembravam minha infância. Eu cresci durante a guerra; vários membros de minha família pereceram nos campos de concentração de Hitler; mas o que foram suas mortes comparadas às memórias de um período já perdido de minha vida, um período que jamais retornaria? Essa reconciliação com Hitler revela a profunda perversidade moral de um mundo que repousa essencialmente na inexistência do retorno, pois, num tal mundo, tudo é perdoado de antemão e, portanto, cinicamente permitido. Se cada segundo de nossas vidas repete-se infinitas vezes, somos pregados à eternidade feito Jesus Cristo na cruz. É uma perspectiva aterrorizante. No mundo do eterno retorno, o peso da responsabilidade insuportável recai sobre cada movimento que fazemos. É por isso que Nietzsche chamou a idéia do eterno retorno o mais pesado dos fardos (das schwerste Gewicht). Se o eterno retorno é o mais pesado dos fardos, então nossas vidas contrapõem-se a ele em toda a sua esplêndida leveza. Mas será o peso de fato deplorável, e esplêndida a leveza? O mais pesado dos fardos nos esmaga; sob seu peso, afundamos, somos pregados ao chão. E, no entanto, na poesia amorosa de todas as épocas, a mulher anseia por sucumbir ao peso do corpo do homem. O mais pesado dos fardos é, pois, simultaneamente, uma imagem da mais intensa plenitude da vida. Quanto mais pesado o fardo, mais nossas vidas se aproximam da terra, fazendo-se tanto mais reais e verdadeiras. Inversamente, a ausência absoluta de um fardo faz com que o homem se torne mais leve do que o ar, fá-lo alçar-se às alturas, abandonar a terra e sua existência terrena, tornando-o apenas parcialmente real, seus movimentos tão livres quanto insignificantes. O que escolheremos então? O peso ou a leveza? (…) Parmênides respondeu: a leveza é positiva; o peso, negativo. Tinha ou não razão?”

Milan Kundera (1929–2023)
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“Nenhuma regra moral genérica pode indicar o que devemos fazer; não existem sinais outorgados no mundo. Os católicos replicarão: "Mas claro que há sinais". Admitamos, sou eu mesmo, em todo caso, que escolho o significado que eles têm. Quando eu estava preso, conheci um homem impressionante, que era jesuíta. Ele tinha entrado na ordem da seguinte forma: havia passado por uma série de infortúnios bastante dolorosos; ainda criança, seu pai foi morto, deixando-o pobre. Ele foi recebido como bolsista em uma instituição religiosa onde constantemente lhe repetiam que ele tinha sido aceito por caridade; consequentemente, ele não recebeu muitas das distinções honoríficas com que as crianças são gratificadas; depois, por volta dos dezoito anos, - coisa pueril, mas que foi a gota d'água que fez o vaso transbordar - ele foi reprovado em sua preparação militar. Portanto, esse rapaz podia achar que tudo tinha dado errado para ele; era um sinal, mas um sinal de quê? Ele podia refugiar-se na amargura ou no desespero, mas avaliou, muito habilmente para seu próprio bem, que esse era o sinal de que ele não fora feito para os triunfos seculares, e que só os êxitos da religião, da santidade e da fé é que estavam ao seu alcance. Assim, viu nisso uma mensagem divina e ingressou nas ordens. Quem não vê que a decisão do sentido do sinal foi tomada exclusivamente por ele?”

Jean Paul Sartre (1905–1980) Filósofo existencialista, escritor, dramaturgo, roteirista, ativista político e crítico literário francês
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“Mestre, meu mestre querido!
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?

Não cuidaste se morrerias, se viverias, nem de ti nem de nada,
Alma abstrata e visual até aos ossos,
Atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo,
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos,
Espírito humano da terra materna,
Flor acima do dilúvio da inteligência subjetiva…

Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escravo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!

Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste a grande hora alegre em que primeiro te ouvi!
Depois tudo é cansaço neste mundo subjetivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
Depois, tenho sido como as ervas arrancadas,
Deixadas aos molhos em alinhamentos sem sentido.
Depois, tenho sido eu, sim eu, por minha desgraça,
E eu, por minha desgraça, não sou eu nem outro nem ninguém.
Depois, mas por que é que ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias ensinar a ter a alma com que a ver clara?
Por que é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
Por que é que me deste a tua alma se eu não sabia que fazer dela
Como quem está carregado de ouro num deserto,
Ou canta com voz divina entre ruínas?
Por que é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?

Prouvera ao Deus ignoto que eu ficasse sempre aquele
Poeta decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
E não surgisse em mim a pavorosa ciência de ver.
Para que me tornaste eu? Deixasses-me ser humano!

Feliz o homem marçano
Que tem a sua tarefa quotidiana normal, tão leve ainda que pesada,
Que tem a sua vida usual,
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio,
Que dorme sono,
Que come comida,
Que bebe bebida, e por isso tem alegria.
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Poemas de Álvaro de Campos

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“Construí uma porta feita de palavras e por ela fugi”

New X-Men, Volume 1: E Is for Extinction

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“O trabalho quer ser feito, e quer ser feito através de você.”

Big Magic: Creative Living Beyond Fear

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“O Dia em que eu morri

Hoje fui assombrado por todas as tristezas do mundo, a solidão que era a minha melhor amiga tentou me assassinar, e a melancolia que a muito tempo a aceitei como parte da minha essência, transformou-se em demência e levou-me a loucura.

Gritei por ajuda mas ninguém naquele quarto vazio poderia escutar minhas preces, as janelas transformaram-se em grades de prisões e aos poucos fui consumido pela escuridão que me aprisionou em um asilo de sofrimento e demência…

Demônios terríveis desciam pelas paredes e as vozes em minha mente lembravam-me que a solução para livrar-se da dor era a morte

Por muitos anos eu acreditei que havia superado os monstros e os diabos, e que o meu pacto com a solidão e a melancolia haviam feito de mim um homem livre. Mas a liberdade havia se tornado mais uma ilusão, e o Niilismo que há muito tempo havia me libertado das correntes frias da depressão e dos vícios também havia me traído.

Pois naquele momento de caos e desespero, eu não era um Niilista, tão pouco um professor ou um intelectual. Eu não era ninguém! Não existiam diferenças entre mim e os vermes, eu finalmente havia percebido que era hoje…

Hoje era o dia em que eu morreria, todos temos que morrer um dia certo? Em algum momento os monstros vão sair debaixo da cama e cobrar o pacto que você fez com o diabo, e ele vai sorrir para você e quando o diabo sorri os homens choram

Destranquei a gaveta, e peguei aquela velha pistola que jurei nunca mais ver. Coloquei-a contra a minha boca e atirei…

Há momentos em que a solidão irá te trair e a tristeza tentará te assassinar então clamaremos por socorro e ninguém poderá escutar nossas preces pois a única solução será matar as dores que assombram o seu coração para que nos tornemos estrelas mortas que continuam a brilhar no vazio da escuridão.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Trecho do Livro Aforismos de um Niilista por Gerson De Rodrigues​

O Niilista e a Fé

A Religião vem se tornando cada dia mais irracional, se olharmos para a mesma com uma visão cética e cientifica, em um mundo aonde podemos explicar a origem das espécies e testar teorias a respeito da origem do big bang. A falácia mitológica de ‘’deus’’ vem perdendo cada vez mais espaço no senso comum.

Mas seria este um motivo para perder a FÉ?

Para entender deus e a fé, temos que embarcar diretamente na mente dos religiosos. E entender de uma vez por todas por que eles ignoram as verdades da ciência e se prendem em mitos antigos.

Quando você se apega a uma ‘divindade’ como por exemplo:

A ‘’Nossa Senhora de Aparecida’’ você também se apega em todos seus ditos milagres, caindo assim na crendice popular. A crendice popular dos milagres é um dos mais satisfatórios e realizadores ‘’ lugares’’ aonde se encontra a paz de espirito.

Basta uma simples caminhada em uma catedral religiosa como o exemplo de ‘’ Nossa senhora de aparecida’’ e irá perceber a massiva quantidade de pessoas alegando terem recebido um milagre.

Longas caminhadas a pé, carregar uma cruz nas costas, subir escadas de joelhos ou rezar terços. São alguns dos ‘’ Contratos’’ feitos com a suposta entidade de nossa senhora. Prometendo claro, uma infinidade de milagres que desafiam até então a lógica cientifica.

Aqueles que possuem fé em tal entidade veem a vida como uma viagem otimista para o paraíso, aonde todos os males da mesma podem ser facilmente superados por alguns minutos de oração.

As grandes questões cósmicas e filosóficas que transcendem a mente dos intelectuais niilistas, simplesmente não existem nas mentes vazias dos religiosos garantindo para eles a tão aclamada ‘’ Felicidade’’

Então seria esta a resposta?

Reduzir todas as questões, e mazelas da vida em ‘’ deus’’

A grande questão seria:

Vale a pena viver uma mentira? E viver feliz para sempre. Ou agoniar-se de reflexões na imensidão da realidade?

Confesso que a proposta mística da religião é tentadora e a felicidade parece algo encantador. Mas o meu intelecto não me dá o luxo da ignorância, e sim me proporciona fortes doses de questionamento e ‘sofrimento’ diário.

Muitos podem pensar que os Niilistas são hereges, e sua desesperança perante a ‘’ maravilha da vida’’ é diagnosticada de seu ateísmo e falta de crença em deus. Devo concordar veementemente com estes idiotas, os Niilistas são infelizes por não aceitarem a maior benção concedida a estes macacos, a Ignorância.

A ignorância a respeito da realidade e das descobertas cientificas, a ignorância sobre seu verdadeiro lugar no universo, a ignorância a respeito de si mesmo.

O Niilista é o homem ou a mulher que através de grandes doses de questionamento e estudos chegou a fatídica conclusão filosófica que seu lugar na existência é tão insignificante quanto um grão de areia no oceano.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Diálogo entre um Psicólogo Niilista e um Depressivo Existencialista

- Você poderia me explicar o por quê da consulta? Perguntou o nobre Psicólogo arrumando os óculos; Com a cabeça baixa e o cabelo cobrindo seu rosto Adam responde – Existe algo em mim que eu não sei explicar, e esse algo fere a todos que se aproximam de mim (…) – E o que seria esse algo Adam? Perguntou.

É Como um peso que tira de mim a vontade de viver, que dilacera toda esperança que havia em mim, um peso tão pesado que há dias do qual eu simplesmente não quero e não consigo sair da cama. E esse peso se transforma em uma dor gritante que ecoa no vazio do meu coração mostrando para mim que meu nascimento foi um erro, e tudo que eu sou é decepção (…) Adam olha com os olhos cheios de lágrimas para o psicólogo, e desvia o olhar.

- E Para que viver? Respondeu o psicólogo de forma fria, ajeitando seus óculos finos.

Adam sem saber o que responder, apenas disse aquilo que havia preso em seu coração; - Para que viver? Porque todos vivem, amam, festejam, abraçam e sorriem enquanto eu sofro e choro em um quarto escuro escutando todos a minha volta dizer que eu sou um fracasso! Queria eu sair desse quarto e realizar algum sonho, escrever, publicar, e alcançar alguma coisa! Para que viver? A vida é bela e cruel mas não foi feita para mim, eu só queria viver e conquistar alguma coisa!

- A Vida não foi feita para nenhum de nós, tudo que existe ou já existiu nesse planeta nada mais é do que o reflexo do tempo repelido nesta vastidão cósmica que conosco nada se importa, somos apenas macacos… macacos vivendo em sociedade com outros macacos buscando desesperadamente um motivo para viver! Então eu te pergunto novamente adam.

Para que viver?

Adam espantado com o discurso do psicólogo, não compreendia a situação afinal tudo que ele queria era ajuda para sua depressão. E ao tirar o cabelo da cara e respirar fundo Adam responde

Por que você vive?

Eu não vivo, eu só existo (…) Existo para mim e amo a mim mesmo, todos os dias durmo e acordo comigo, e no auge do meu egoísmo Niilista eu ajudo aqueles que ainda não entenderam para que serve a vida. Respondeu o psicólogo ajeitando seus óculos

Então para que serve a vida!!! gritou Adam

- Para nada… só para existir.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Solidão

O maior solitário é aquele que não compreende o universo. O maior solitário é o ser que se ausenta, que se lamenta, que se fecha, que se curva a necessidades humanas.

O maior solitário é o homem que se entrega ao seu lado sombrio, no absoluto de si mesmo.

O maior solitário é o que tem medo de perder, o que tem medo de ferir e ferir-se.

O maior solitário é aquele que tem medo, aquele que se acovarda, aquele que se reprime, aquele que se perde em si mesmo. E que queima como uma fênix já caída, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete.

Ele é o que se recusa às sua verdadeira origem cósmica, Que se recusa a compreender que O NITROGÊNIO em seu DNA. O CÁLCIO em seus dentes. E o FERRO em seu sangue, Foram criados no interior de estrelas em colapso. E que ele é feito do mesmo material que compõe as estrelas. Não só ele, mas todos os seres vivos, estão conectados pelo universo, nós somos o universo, e a solidão, é apenas um mero fracasso do ser que não compreende o Cosmos. Ou talvez ele de fato o compreenda e isso o torne um solitário.

E exatamente por entender sua origem cósmica, o solitário seja tão solitário, afinal ele sabe que todos que um dia ele vier a conhecer, ou o conhecer. Se tornará nada menos do que poeira. E no fim todos nós terminaremos solitários..

Gerson De Rodrigues

O maior ato anarquista de um homem é ler um livro, e seu maior ato de revolução é ensinar uma criança a ler”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“A minha alma afoga-se em lágrimas,
estou hoje morto
como se nunca tivesse nascido

Nas noites solitárias
em que a angustia transforma-se em desespero
enforco-me nos meus sonhos de infância
que um dia me fizeram sorrir

Tudo o que eu vivi
vivi em agonia;

Sou o monstro que rasgou as entranhas da minha mãe
e a matou no parto
sou a miséria que se alastra pelo mundo

E ao mesmo tempo não sou nada
além de um verme qualquer

E como eu poderia ser alguma coisa?
se falhei em tudo!

Vivo a vida com intensidade
despertando paixões
nos rincões do universo

Mentindo no espelho
que eu não irei me matar
e por que eu me mataria?

Se as dores que vivem em meu peito
são as únicas coisas que me mantém vivo

Como eu ousaria cometer este crime terrível?
e tirar a minha própria vida
quando cometo a petulância de olhar na cara de Deus e dizer

- Não amaldiçoas-te me com a vida?
Agora amaldiçoou a ti com a Filosofia

Eu sou o homem que nasceu para odiar a vida,
e em letras transformo meu ódio em Poesia
minha tristeza em Filosofia e
minha paixão em Melancolia

Se algum dia eu tirar a minha própria vida,
irei certificar-me de ter feito dela o meu parque de diversões
o meu reino de Deus
o meu Céu
e o meu Inferno

Se algum dia eu tirar minha própria vida,
sobre o meu tumulo irão de escrever
- Aqui jaz o homem que fez a vida curvar-se perante os seus pés

Não me entregarei as dores do mundo,
ou a está maldição que a mim foi concebida
contra minha maldita vontade

Não direi a vida
em sua cara covarde
‘’ Oh vida não suporto as suas dores’’
Irei gritar em seu rosto frio!
- OH VIDA, TU NÃO ME SUPORTAS!!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo, Morte, Solidão

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“Pera servir-vos, braço às armas feito,
Pera cantar-vos, mente às Musas dada.”

Luís Vaz de Camões (1524–1580) poeta português

Epic poetry, Os Lusíadas (1572), Canto X

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“As almas das poetisas são todas feitas de luz, como as dos astros: não ofuscam, iluminam…”

Florbela Espanca (1894–1930) poetisa portuguesa

Contos – À Margem dum Soneto, "O Dominó Preto"

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“Poema – Cristo

‘’ - Eu sou um homem doente!
feridas nasceram na minha alma
e lágrimas de sangue
escorreram pelo meu rosto

Salvem-me da doença
de existir
atirem pedras
contra o meu corpo nu!’’

Como vocês conseguem viver!?
sabendo que somos todos doentes

Não deveríamos!?
matar uns aos outros

E proclamar mentiras
para nos proteger das angustias

Deveríamos todos estar apavorados
estarrecidos!
como nômades presos em um vendaval

- Como vocês conseguem viver?
sabendo que são escravos e senhores
da sua própria condenação divina

- Não ouviram os boatos?
daquele homem louco
que enforcou os seus quatro filhos
para salvá-los da dor

- Não estão escutando?
essas vozes em suas cabeças
dizendo que somos todos miseráveis

Afastem de mim!
o seu Niilismo
ou a sua vã filosofia

Já não me importam
os Deuses ou os homens

Afastem de mim as ciências
e as respostas da vida

Ainda que me oferecessem
o universo e as estrelas
eu não demonstraria um só sorriso

Suicídio!?

O que eu faria com
uma corda em meu pescoço?

Que vocês já não
me tenham feito em vida

Como vocês conseguem sorrir!?
sendo que há crianças mortas
caminhando ao seu lado

Como vocês conseguem rezar!?
sendo que o seu Deus
as assistiu morrendo de fome

Por favor!
não dobrem os seus joelhos!

Não estão vendo!?
que os mortos fizeram o mesmo

Tirem suas mãos de mim!
eu juro que não estou louco

O homem preso naquela cruz
partiu rumo a um universo

Aonde os homens
não dobram os seus joelhos
para genocidas e fanáticos!

Como assim?
vocês conseguem senti-lo
em seus corações

Não estariam vocês
dobrando os joelhos
para falsos profetas?

Tirem de mim
essas camisas de força

E matem!
ordeno que matem!
aquele homem queimando
as florestas e matando os animais

Como assim!?
ele é o seu líder…

Afastem de mim…
estes medicamentos (…)

Prometo que não
direi aos Deuses

Que os seus filhos
tornaram-se escravos…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Já falamos, eu disse para ele que essa cadeira de super-homem é feita de kriptonita. Se quiser sentar, senta.”

Jair Bolsonaro (1955) 38º Presidente do Brasil

Década de 2010, 2019, Setembro

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“Com a aprovação dessa emenda, pelo menos alguns limites vamos ter, já que quem deveria dar o exemplo e estabelecer ela própria esses limites, que é a Presidência da República, não tem feito isso.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves senador em entrevista no dia 17 de setembro de 2013.
Fonte O Globo http://oglobo.globo.com/pais/aecio-comemora-aprovacao-de-emenda-que-restringe-uso-de-radio-tv-pela-presidencia-10009737

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“Greves, sempre e onde quer que sejam feitas, merecem encorajamento de todos os trabalhadors... Elas mostram que as pessoas estão começando a conhecer seus direitos, e sabendo, ousam mantê-los.”

Benjamin Tucker (1854–1939) Ativista Anarquista

Strikes, whenever and wherever inaugurated, deserve encouragement from all the friends of labour. . . They show that people are beginning to know their rights, and knowing, dare to maintain them.
Benjamin Tucker, Liberty, #19, 1882

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“Os atos desprezíveis de exploração e abuso sexual cometidos por um grupo de capacetes azuis da ONU e outros profissionais agravaram o sofrimento de pessoas já afetadas por conflitos armados e minaram o trabalho feito por tantos outros ao redor do mundo. Protetores jamais deve se tornar predadores.”

Ban Ki-moon (1944) diplomata e político sul-coreano, Ex-secretário geral da ONU

Terra https://noticias.terra.com.br/paises-que-alimentam-guerra-siria-tem-sangue-nas-maos-diz-ban-ki-moon,f05bdb3bfaa96fa5a341181cd01d45cajz6as6wr.html — 16/10/2016

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“Essa publicidade, feita para vender, na verdade o está comprando.”

Quotes sobre o livro A Publicidade é um Cadáver que nos Sorri

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“O mais legal foi ter feito minha estreia no Teatro de Arena, mesmo lugar onde meu pai estreou e pelo qual ele tinha muito carinho.”

Flávio Guarnieri (1959–2016)

Fonte: Jornal Pedaço da Vila http://www.pedacodavila.com.br/materia/?matID=1278

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“Mulheres são feitas assim e devemos aceitá-las como são ou resolver-nos a amar somente os garotos.”

Les femmes sont ainsi faites, et nous devons soit les accepter telles qu’elles sont, soit nous résoudre à ne plus aimer que les garçons.
Les passions schismatiques
Fonte: Op.cit., p. 58

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“Isto é pedicura feita por jaquinzinhos.”

" Apocalipse e pedicura ", Mixórdia de Temáticas 27-07-2012