Frases sobre sacrifício

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da sacrifício, vida, vida, ser.

Frases sobre sacrifício

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“O valor do amor está vinculado a soma dos sacrifícios que estas disposto a fazer por ele.”

Ellen G. White (1827–1915) Escritora norte-americana e líder da Igreja Adventista do Sétimo Dia

“Lembre-se da cruz


…Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus. v.39


Na igreja que frequento, há uma enorme cruz à frente do santuário. Ela representa a cruz original onde Jesus morreu — o lugar onde o nosso pecado se depara com a Sua santidade. Ali, Deus permitiu que Seu Filho perfeito morresse por causa de todas as coisas erradas que temos feito, dito ou pensado. Na cruz, Jesus completou o sacrifício necessário para nos salvar da morte que merecemos (Romanos 6:23).

A visão de uma cruz me faz considerar o que Jesus sofreu por nós. Antes de ser crucificado, Ele foi açoitado e nele cuspiram. Os soldados bateram na cabeça dele com madeira e ficaram de joelhos fingindo adorá-lo. Tentaram fazê-lo carregar Sua própria cruz até o lugar onde morreria, mas Jesus estava fisicamente muito fraco após o brutal flagelo. No Gólgota, martelaram os pregos em Sua carne para mantê-lo na cruz em posição vertical. Essas feridas suportaram o peso do Seu corpo, enquanto Ele estava suspenso ali. Seis horas depois, Jesus expirou (Marcos 15:37). Um centurião que testemunhou a morte 
de Jesus declarou: “…Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus” (v.39).

A próxima vez que você vir o símbolo da cruz, repense sobre o significado que ela tem para você. O Filho de Deus sofreu e morreu sobre ela, e, em seguida, ressuscitou para que possamos ter a vida eterna.

A cruz de Cristo revela como é terrível o nosso pecado 
e como é grande o amor de Deus. Jennifer Benson Schuldt”

“A árvore falante


…carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados… 1 Pedro 2:24


Um dos primeiros poemas cristãos da literatura inglesa é The Dream of the Rood [O sonho do poste]. A palavra rood se origina da palavra rod, poste em inglês arcaico, e se refere à cruz em que Cristo foi crucificado. Nesse antigo poema do século 7, a história da crucificação é recontada a partir da perspectiva da cruz. Quando o madeiro descobre que será usado para matar o Filho de Deus, ele rejeita a ideia de ser usado dessa maneira. Mas, nesse poema, Cristo pede a ajuda da árvore para proporcionar a redenção a todos os que crerão nele.

No jardim do Éden, uma árvore foi a origem do fruto proibido que nossos pais espirituais provaram, permitindo que o pecado entrasse na raça humana. E, quando o Filho de Deus derramou o Seu sangue como sacrifício definitivo pelo pecado de toda a humanidade, Ele foi pregado sobre o madeiro por nós. Cristo “…[carregou] ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados…” (1 Pedro 2:24).

A cruz é o ponto de conversão para todos os que confiam em Cristo para a salvação. E, desde a crucificação, ela se tornou o símbolo, que representa a morte sacrificial do Filho de Deus para a nossa libertação do pecado e da morte. A cruz é, indescritivelmente, a maravilhosa evidência do amor de Deus por nós.

Cristo entregou a Sua vida pregado numa cruz 
para a nossa salvação eterna. Dennis Fisher”

“Pintando um retrato


Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus… v.5


A Galeria Nacional em Londres, Inglaterra, abriga pinturas de séculos, que incluem 166 imagens de Winston Churchill, 94 de William Shakespeare, e 20 de George Washington. Vendo as pinturas mais antigas, podemos nos questionar: Essas pessoas realmente eram assim?

Por exemplo, há 8 pinturas do patriota escocês William Wallace (1270 – 1305), mas não temos as fotografias para poder 
compará-las. Como ter a certeza de que os artistas representaram Wallace com precisão?

Algo semelhante pode estar acontecendo com a semelhança de Jesus. Sem perceber, aqueles que creem nele estão deixando uma impressão da pessoa dele sobre os outros. Não com pincéis e óleos, mas com atitudes, ações e relacionamentos.

Será que estamos pintando um retrato que representa a essência de Jesus? Esta foi a preocupação do apóstolo Paulo ao escrever: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (v.5). Com o desejo de representar fielmente o Senhor, Paulo conclamou os seus seguidores a refletir a humildade, o autossacrifício e a compaixão de Jesus pelos outros.

“Somos o único ‘Jesus’ que algumas pessoas poderão ver.” À medida que, com humildade, consideramos os outros superiores a nós (v.3), vamos mostrar ao mundo a essência e a atitude do próprio Jesus.

O sacrifício de Cristo por nós 
nos motiva a nos sacrificarmos pelos outros. Bill Crowder”

“Salvador atemporal


…Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, Eu Sou. v.58


Jeralean Talley, norte-americana, morreu em junho de 2015 como a pessoa viva mais idosa do mundo — 116 anos. Em 1995, a cidade de Jerusalém comemorou o seu aniversário de 3 mil anos. Uma pessoa de 116 anos é muito idosa, e uma cidade de 3 mil é muito antiga, mas há árvores que atingem idade ainda maior. Determinou-se que certo pinheiro das White Mountains da Califórnia, EUA, tinha mais de 4.800 anos. Ele precede em 800 anos o patriarca Abraão!

Desafiado pelos líderes religiosos judeus acerca de sua identidade, Jesus também afirmou ser anterior a Abraão. Ele disse: “…Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58). Sua afirmação ousada chocou aqueles que o estavam confrontando, os quais tentaram apedrejá-lo. Eles sabiam que Ele não se referia a uma idade cronológica, mas estava realmente afirmando ser eterno ao usar o antigo nome de Deus: “Eu Sou” (Êxodo 3:14). Mas, como membro da trindade, Ele podia fazer essa alegação com legitimidade.

Em João 17:3, Jesus orou: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Jesus, que é atemporal, viveu humanamente entre nós, para que pudéssemos viver para sempre. Ele cumpriu essa missão morrendo em nosso lugar e ressuscitando. Devido ao sacrifício de Jesus, o Salvador, temos a esperança de um futuro não limitado pelo tempo, no qual passaremos a eternidade com o Senhor. Ele é o Ser atemporal.

[Cristo] é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. 
Colossenses 1:17 Bill Crowder”

“Abandone tudo


Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o 
vosso corpo por sacrifício vivo… v.1


Quando jogava basquetebol no time da universidade, no início de cada temporada eu tomava a decisão consciente de entrar naquele ginásio e me dedicar totalmente ao meu treinador — fazer tudo o que ele me pedisse para fazer.

Meu time não seria beneficiado se eu anunciasse: “Ei, treinador! Estou aqui. Quero fazer cestas e driblar, mas não me peça para correr para lá e para cá, jogar na defesa e ficar todo suado!”.

Todo atleta bem-sucedido deve confiar no treinador o suficiente para fazer o que este lhe pede a fim de que toda a equipe seja bem-sucedida.

Em Cristo, devemos nos tornar “…sacrifício vivo…” de Deus (Romanos 12:1). Dizemos ao nosso Salvador e Senhor: “Confio em ti. Estou disposto a fazer o que quiseres que eu faça.” E então, Ele nos “transforma” pela renovação da nossa mente para nos focarmos naquilo que lhe agrada.

É importante saber que Deus nunca nos pedirá para fazermos algo para o qual Ele já não nos tenha equipado. Como Paulo nos relembra, temos “…diferentes dons segundo a graça que nos foi dada…” (v.6).

Sabendo que podemos confiar em Deus com a nossa vida, podemos nos entregar totalmente a Ele, fortalecidos pelo conhecimento de que Ele nos criou e está nos ajudando a fazer esse esforço nele.

Não há risco algum 
em nos abandonarmos a Deus. Dave Branon”

“Acesso privilegiado


Mas tendes chegado […] igreja dos primogênitos arrolados nos céus… vv.22,23


Embora fosse apenas uma réplica, o tabernáculo criado no sul de Israel era inspirador. Ele foi construído em tamanho natural e o mais próximo possível das especificações estabelecidas em Êxodo 25–27 (sem ouro e madeira de acácia, é claro). E permaneceu elevado, no deserto do Negev.

Quando o nosso grupo de turistas foi levado ao “Lugar Santo” e no “Lugar Santíssimo” para ver a “arca”, alguns dentre nós realmente hesitamos. Não era este o lugar mais sagrado, onde só o sumo sacerdote podia entrar? Como poderíamos entrar tão casualmente?

Posso imaginar como os israelitas devem ter se sentido, quando, cada vez, que se aproximavam da tenda com seus sacrifícios, sabiam que estavam entrando na presença do Deus Todo-Poderoso. E o maravilhoso sentimento que devem ter tido, sempre que Deus lhes dava uma mensagem, entregue por intermédio de Moisés.

Hoje, você e eu podemos ir direto a Deus com confiança, sabendo que o sacrifício de Jesus destruiu a barreira entre nós e Deus (Hebreus 12:22,23). Cada um de nós pode falar com Deus sempre que desejar, e ouvir diretamente dele ao lermos a Sua Palavra. Nós desfrutamos de um acesso direto, com o qual os israelitas podiam apenas sonhar. Que nunca menosprezemos e que valorizemos este maravilhoso privilégio de vir ao Pai como Seus amados filhos todos os dias.

Temos acesso imediato ao nosso Pai 
por intermédio da oração.
Leslie Koh”

“Fugindo com ele


Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício… Hebreus 11:4


Em 2004, a esquiadora canadense Beckie Scott recebeu uma medalha de ouro olímpica. Os Jogos Olímpicos de Inverno tinham sido realizados em 2002, nos EUA. Ela tinha recebido a de bronze, mas duas atletas foram desqualificadas meses depois, quando se soube que tinham usado substâncias proibidas.

Foi bom ela, finalmente, ter recebido o ouro, mas foi-se para sempre o momento em que poderia estar no pódio e ouvir o seu hino nacional. Essa injustiça não poderia ser reparada.

A injustiça de qualquer espécie nos perturba, e com certeza, há erros muito maiores do que lhe ser negado uma medalha arduamente conquistada. A história de Caim e Abel mostra um ato final de injustiça (Gênesis 4:8). À primeira vista, poderia parecer que Caim se deu bem com o assassinato de seu irmão. Afinal, ele teve vida longa e plena, e construiu uma cidade (v.17).

Mas Deus confrontou Caim: “Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim” (v.10). O Novo Testamento registrou Caim como um exemplo a ser evitado (1 João 3:12, Judas 1:11). Mas sobre Abel lemos: “Pela fé, Abel […] mesmo depois de morto, ainda fala” (Hebreus 11:4).

Deus se preocupa com a justiça, com a retificação dos erros e a defesa dos impotentes. Ninguém consegue escapar com atos de injustiça nem Deus deixa de recompensar nossa obra feita em fé por Ele.

O pecado não será julgado pelo modo como o vemos, 
mas pelo modo como Deus o vê. Tim Gustafson”

“A beleza do fracasso


Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; […] não o desprezarás, ó Deus. v.17


Kintsugi é a secular arte japonesa de remendar cerâmica quebrada. O pó de ouro misturado com resina é usado para rejuntar peças quebradas ou preencher rachaduras, fazendo uma ligação impressionante. Em vez de tentar esconder o reparo, essa arte faz algo bonito com os pedaços quebrados.

A Bíblia diz que Deus também valoriza o nosso quebrantamento, quando genuinamente nos arrependemos do pecado que cometemos. Após Davi cometer adultério com Bate-Seba e planejar a morte do marido dela, o profeta Natã o confrontou, e ele se arrependeu. A oração de Davi logo depois, nos dá uma visão do que Deus deseja: “…não te comprazes em sacrifícios; […] e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito…” (vv.16,17).

Quando o nosso coração está abatido por causa do pecado, Deus o restaura com o inestimável perdão oferecido generosamente por nosso Salvador na cruz. Ele nos recebe com amor quando nos humilhamos diante dele, e a intimidade é restaurada.

Como Deus é misericordioso! Consideremos o Seu desejo por um coração humilde e a deslumbrante beleza da Sua bondade, ao orarmos hoje: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova- -me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (SALMO 139:23,24).

A “tristeza segundo Deus produz arrependimento 
para a salvação” e conduz à alegria. 2 Coríntios 7:10 James Banks”

“Que haja honra


Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles… v.1


Sempre fiquei impressionado com a solene e magnífica simplicidade da mudança da guarda no Túmulo dos Desconhecidos no Cemitério Nacional de Arlington, EUA. O evento cuidadosamente coreografado é um tributo em honra aos soldados cujos nomes e sacrifícios são “conhecidos, apenas por Deus”. Igualmente emocionantes são os passos de ritmo constante quando as multidões se vão: de um lado a outro, hora após hora, dia a dia, mesmo no pior dos climas.

Em setembro de 2003, o furacão Isabel estava chegando em Washington, DC, e os guardas foram informados de que poderiam procurar abrigo durante o pior momento da tempestade. Surpreendentemente os guardas se recusaram! Eles desinteressadamente resistiram em seu posto para honrar a memória dos soldados abatidos, mesmo diante de um furacão.

Creio que nos ensinamentos de Jesus, em Mateus 6:1-6, está o desejo dele de que vivamos com devoção implacável e altruísta para com Ele. A Bíblia nos ensina a praticar boas obras e a viver em santidade, mas estes são atos de adoração e obediência (vv.4-6), não atitudes para nos gloriarmos (v.2). O apóstolo Paulo endossa esta fidelidade por toda a vida quando nos pede que façamos de nossos corpos “um sacrifício vivo” (Romanos 12:1).

Senhor, que os nossos momentos particulares e públicos falem de nossa devoção e compromisso contigo.

Quanto mais servimos a Cristo, 
menos serviremos a nós mesmos. Randy Kilgore”

“Louvor nas trevas


Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Hebreus 13:15


Apesar de meu amigo Miguel estar perdendo a visão, ele me disse: “Vou continuar louvando a Deus todos os dias, porque Ele fez tanto por mim.”

Jesus deu a Miguel, e a nós, a principal razão para que o louvemos sempre. Em Mateus 26, lemos sobre como Jesus compartilhou a refeição da Páscoa com Seus discípulos na noite antes de Sua morte na cruz. O versículo 30 nos mostra como eles terminaram aquela refeição: “E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.”

Não era apenas um hino que cantavam naquela noite — era um hino de louvor. Por milênios, os judeus cantaram um grupo de Salmos chamado “O Hallel” na Páscoa (hallel é a palavra hebraica para “louvor”). A última destas orações e canções de louvor, encontradas nos Salmos 113–118, honra o Deus que se tornou a nossa salvação (118:21). Refere-se a uma pedra rejeitada que se tornou uma pedra angular (v.22) e uma que vem em nome do Senhor (v.26). Eles podem muito bem ter cantado: “Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (v.24).

Quando Jesus cantou com os Seus discípulos naquela noite da Páscoa, Ele estava nos dando a razão final para levantarmos os nossos olhos acima de nossas circunstâncias. Ele nos guiava no louvor pelo amor e fidelidade sem fim de nosso Deus.

Louvar a Deus nos ajuda 
a recordar a Sua infinita bondade. James Banks”

“Cheiro doce

Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo… v.14


A autora Rita Snowden conta uma bela história sobre uma visita a uma pequena vila. Sentada à mesa de um café numa tarde desfrutando de uma xícara de chá, ela percebeu um delicioso cheiro no ar. Rita perguntou ao garçom de onde o cheiro vinha e lhe foi dito que era das pessoas que ela podia ver passando por ali. A maioria dos moradores eram empregados de uma fábrica de perfume nas proximidades. Ao irem para casa, levavam à rua a fragrância que impregnava suas roupas.

Que bela imagem da vida cristã! Como o apóstolo Paulo diz, nós somos o aroma de Cristo, espalhando Sua fragrância em todos os lugares (2 Coríntios 2:15). Paulo usa a imagem de um rei que retorna da batalha, com os soldados e prisioneiros a reboque, levantando o cheiro do incenso de comemoração no ar, declarando a grandeza do rei (v.14).

De acordo com Paulo, espalhamos o aroma de Cristo de duas maneiras. Primeiro, por meio de nossas palavras: revelando aos outros sobre a beleza de Cristo. Segundo, por meio de nossa vida: entregando-a como “oferta e sacrifício a Deus” (vv.1,2). Embora nem todos apreciarão o “aroma suave” que compartilhamos, ele trará vida a muitos.

Rita sentiu o aroma no ar e buscou a sua fonte. Ao seguirmos Jesus também nos envolvemos com Sua fragrância, e levamos este aroma suave às ruas com nossas palavras e ações.

Somos o aroma suave de Cristo aos outros. Sheridan Voysey |”

“A coragem de Kossi


Não terás outros deuses diante de mim. […]. Não as adorarás, nem lhes darás culto… Êxodo 20:3,5


Enquanto aguardava por seu batismo no rio, Kossi inclinou-se para pegar uma velha escultura de madeira. Sua família tinha adorado esse objeto por gerações, e, agora o viam jogá-la no fogo preparado para a ocasião. Não mais escolheriam suas melhores galinhas para o sacrifício a esse deus.

No Ocidente, a maioria dos cristãos pensa em ídolos como metáforas para o que colocam no lugar de Deus. No Togo, África Ocidental, os ídolos representam, literalmente, os deuses que devem ser apaziguados com sacrifícios. A queima do ídolo e o batismo representam uma declaração corajosa sobre a fidelidade do novo cristão ao único Deus verdadeiro.

Aos 8 anos, o rei Josias chegou ao poder em meio à cultura de adoração aos ídolos e obcecada por sexo. Seu pai e o avô tinham sido dois dos piores reis em toda a história sórdida de Judá. Nesse contexto, o sumo sacerdote descobriu o Livro da Lei, e quando o jovem rei ouviu suas palavras, guardou-as no coração (22:8-13). Josias destruiu os altares, queimou os itens dedicados à deusa Astarote e aboliu a prostituição ritual (cap.23). Em vez disso, celebrou a Páscoa (23:21-23).

Ao procurarmos respostas que não vêm de Deus, consciente ou inconscientemente, perseguimos um falso deus. Quais os ídolos, literais ou em sentido figurado, que precisamos jogar no fogo?

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. 
1 João 5:21 Tim Gustafson”

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“Poema - Haraquiri

Quantas noites
sem dormir são necessárias
para se matar um homem
que se abdicou da sua própria vida?

Se enxergastes
as feridas contidas na minha alma
chorarias por toda a eternidade

Tampouco suportarias
uma única noite acordado

Sem imaginar as suas tripas
espalhadas por toda a casa

Se a morte
se apaixonasse pela vida
a grande tragédia
seria a de sepultá-la todas as manhãs

- Não tens sonhos?
me perguntas espantado

Possuo os mais terríveis dos pesadelos
e em todos eles eu sou um homem morto

Que sorri para a vida
como um sátiro

Segurando o corpo
moribundo de cristo
em um altar de descrenças

- Não acreditas nos deuses?
continuas gritando em busca
da minha salvação

Os deuses?
tampouco me importa a metafisica
ou a sublime razão das ciências

Do que adiantas!?
para um homem morto
a paixão dos falsos deuses
ou as razões de um intelecto falho

- Busque o amor
apaixone-se pela vida

Continuas esperneando
em uma tentativa falha de salvar a minha alma

O Amor?
do que me serves a paixão?
se eu não posso sentir

Em meu coração
nasceram cobras e baratas

Nas minhas entranhas vivem
os vestígios da morte
e os sonhos da vida

- Cale-se!
este Niilismo não o levara
a lugar nenhum!

Gritas tu enfurecido
com ódio dos antigos filósofos

O Niilismo?
abdiquei-me da Filosofia!

Afastem para longe de mim
os pensamentos dos homens

As minhas dores
não podem ser descritas
em meras palavras
o que eu sinto transcende o Niilismo

Eu sou o messias
do meu próprio testamento
morto na minha própria cruz
mas sem os seguidores de jesus

Porque não há nada
que eu possa ensinar aos homens
que as baratas já não tenham feito em meu lugar

- Então mate-se de uma vez!
gritas já sem esperança

Do que me serves o suicídio?
se eu nunca fui capaz de amar…

O Vazio na minha alma
é tão profundo
que o ato de me suicidar
torna-se insignificante

Alma!?
tampouco sei se a tenho

E se a tivesse
venderias ao Diabo
como sinal de sacrifício!

Não me interessam os devaneios dos homens
ou a paixões dos deuses

Interessa-me apenas a morte
e o fim de todas as coisas!

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“O coração de Cristo


Agora, pois, 
perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste. v.32

Um jornalista que passou 400 dias numa cadeia egípcia expressou emoções confusas ao ser libertado. Embora admitisse o alívio, disse que aceitava a liberdade com preocupação pelos amigos que deixava para trás. Ele disse que achou extremamente difícil dizer adeus aos outros repórteres que haviam sido presos e encarcerados com ele, sem saber quanto tempo eles ainda permaneceriam presos.

Moisés também sentiu grande ansiedade ao pensar em deixar seus amigos para trás. Diante do pensamento de perder o irmão, a irmã e a nação que tinham adorado um bezerro de ouro, enquanto ele se encontrava com Deus no monte Sinai (Êxodo 32:11-14), Moisés intercedeu por eles. Demonstrando o quanto ele se importava, disse: “Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” (v.32).

Mais tarde, o apóstolo Paulo demonstrou preocupação semelhante com a família, os amigos e a nação. Lamentando a incredulidade deles em Jesus, Paulo disse que estaria disposto a desistir de seu próprio relacionamento com Cristo se, por esse amor, ele pudesse salvar seus irmãos e irmãs (Romanos 9:3).

Olhando para trás, vemos que Moisés e Paulo demonstraram o amor de Cristo. No entanto, o amor que podiam apenas sentir, e o sacrifício que só podiam oferecer, Jesus o cumpriu — estar conosco para sempre.

Cuidar dos outros — honra o amor de Jesus por nós. Mart De Haan”

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“"sete pecados sociais":
Política sem princípios,
Riqueza sem trabalho,
Prazer sem consciência,
Conhecimento sem caráter,
Comércio sem moralidade,
Ciência sem humanidade,
Religião sem sacrifício.”

Mahátma Gándhí (1869–1948) líder político e religioso indiano

seven social sins: Politics without principles, Wealth without work, Pleasure without conscience, Knowledge without character, Commerce without morality, Science without humanity, Worship without sacrifice
Mahatma Gandhi; Uma lista fechando um artigo em "Young India" (22 de Outubro 1925); "Collected Works of Mahatma Gandhi" Vol. 33 (PDF) p. 135 http://www.gandhiserve.org/cwmg/VOL033.PDF

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“Eu acredito no valor supremo do indivíduo e em seu direito à vida, liberdade e a busca da felicidade.

Eu acredito que todo direito implica uma responsabilidade; toda oportunidade, uma obrigação; cada possessão, um dever.

Creio que a lei foi feita para o homem e não para o homem pela lei; esse governo é o servo do povo e não seu mestre.

Eu acredito na dignidade do trabalho, seja com a cabeça ou a mão; que o mundo não deve a ninguém viver, mas que deve a todo homem uma oportunidade de ganhar a vida.

Acredito que a economia é essencial para uma vida bem ordenada e que a economia é um requisito primordial de uma estrutura financeira sólida, seja no governo, nos negócios ou nos assuntos pessoais.

Acredito que a verdade e a justiça são fundamentais para uma ordem social duradoura.

Eu acredito na santidade de uma promessa, que a palavra de um homem deve ser tão boa quanto o seu vínculo, que o caráter - não riqueza, poder ou posição - é de valor supremo.

Creio que a prestação de serviço útil é o dever comum da humanidade e que somente no fogo purificador do sacrifício é a escória do egoísmo consumido e a grandeza da alma humana libertada.

Acredito em um Deus todo-sábio e todo-amoroso, nomeado por qualquer nome, e que a maior realização do indivíduo, maior felicidade e maior utilidade sejam encontradas em viver em harmonia com a Sua vontade.

Eu acredito que o amor é a melhor coisa do mundo; que só ele pode superar o ódio; esse direito pode e triunfará sobre o poder.”

John Davison Rockefeller (1839–1937) Personalidade
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“(…) não existe, talvez, nada mais assustador e mais sinistro em toda a pré-história do homem que a sua técnica para se lembrar das coisas.” Alguma coisa é impressa, para que permaneça na memória: apenas o que dói incessantemente é recordado” – este é uma proposição central da mais antiga (e, infelizmente, também a mais duradoura) filosofia na Terra. Uma pessoa pode até sentir-se tentada a dizer que algo deste horror – através da qual em tempos se fizeram promessas por toda a Terra e foram dadas garantias e empenhamentos -, algo disto ainda sobrevive sempre que a solenidade, seriedade, secretismo e cores sombrias se encontram na vida dos homens e das nações: o passado, o passado mais longo, mais profundo e mais desagradável, respira sobre nós e brota em nós sempre que nos tornamos “sérios”. As coisas nunca avançaram sem sangue, tortura e vítimas, quando o homem achou necessário forjar uma memória de si próprio. Os sacrifícios e as oferendas mais horrendos (…), as mutilações mais repulsivas (…), os rituais mais cruéis de todos os cultos religiosos ( e todas as religiões são, nas suas fundações mais profundas, sistemas de crueldade) - todas estas coisas tem origem naquele instinto que adivinhou que a mais poderosa ajuda da memória era a dor.
Num certo sentido, todo o ascetismo faz parte disto: algumas ideias tem de tornar-se inextinguíveis, omnipresentes, inesquecíveis, “fixas” – com o objectivo de hipnotizar todo o sistema nervoso e intelecto através destas “ideias fixas” – e os procedimentos e formas de vida ascéticos são o meio de libertar essas ideias da competição com todas as outras ideias, para torna-las “inesquecíveis”. Quanto maior era a memoria da humanidade, mais assustadores parecem ser os seus costumes; a dureza dos códigos de punição, em particular, dá uma medida da quantidade de esforço que é necessária para triunfar sobre o esquecimento e tornar estes escravos efémeros da emoção e do desejo atentos a alguns requisitos primitivos de coabitação social. (…) Para dominar (…) recorreram a meios assustadores (…) de apedrejamento, (…), a empalação na estaca, a dilaceração ou o espezinhamento por cavalos, (…), queimar o criminoso em azeite (…), a prática popular de esfolamento, (…) cobrir o criminoso de mel e deixá-lo às moscas num sol abrasador. Com a ajuda deste tipo de imagens e procedimentos, a pessoa acaba por memorizar cinco ou seis “Não farei”, fazendo assim a promessa em troca das vantagens oferecidas pela sociedade. E de facto! com a ajuda deste tipo de memória, a pessoa acaba por “ver a razão”! Ah, razão, seriedade, domínio das emoções, todo o caso sombrio que dá pelo nome de pensamento, todos esses privilégios e exemplos do homem: que preço elevado que foi pago por eles! Quanto sangue e horror está no fundo de todas as “coisas boas”!”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

On the Genealogy of Morals

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“Um grande sacrifício é fácil, os pequenos sacrifícios contínuos é que custam.”

Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832) escritor alemão

Atribuídas

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“Poema - O Equinócio part 2

Não sou um homem de virtudes
Tampouco acredito que desta vida
Levarei alguma honraria

Morrerei tal como tenho vivido
Um Diabo a dançar nas labaredas
Do meu próprio inferno

Estou hoje convencido de todas as minhas incertezas
Lúcido como um homem que perdeu a razão

Nunca obtive sucesso na vida
Destas falhas que colecionei por este longo caminho
Transformei o meu ninho de desprezo e decepções
Em um paraíso de Tolos e Suicidas

Se a criança que eu fui um dia
Soubesse o monstro que eu me tornei

Arrancaria suas próprias tripas com as mãos
E se enforcaria até que não sobrasse um único suspiro;

E há tantos caminhos que eu poderia ter percorrido
Mas quais destes caminhos me levariam ao céu?
Se a alma que um dia eu tive
A vendi só pelo prazer de vê-la queimar!

Aonde se perdeu aquela inocente criança?
Que dizia com lágrimas em seus olhos

‘"Subirei aos céus e erguerei o meu trono
acima do cadáver de Deus
eu me assentarei no monte da assembleia
no ponto mais elevado e matarei todos os arcanjos

Subirei mais alto que as mais altas nuvens
serei como o Altíssimo espirito santo"

Mas fui condenado as profundezas de Sheol
E fui levado ao mais profundo abismo!

Eu que sempre sonhei em ser o filho da alvorada!
Sou hoje a escuridão no coração dos loucos e dos suicidas (…)

‘’ Na ala psiquiátrica a insanidade e a razão
Tiveram um filho e o chamaram de Deus

Hoje devo chama-lo de pai
Porque estas são as chamas da minha loucura’’

O mundo é feito para as almas que desejam viver
Não para os suicidas que mutilam seu próprio corpo
Com a esperança de que algum dia fecharão os seus olhos
E a morte beijará os seus lábios

Tenho sonhado todas as noites com uma nova vida
Um novo rumo, até mesmo um novo nome

Filosofei com sofistas e poetas gregos
Sobre a origem e o renascimento do universo

Dialoguei com cristo sobre o seu sacrifício
E invejei seu amor pelos homens

Nesta longa jornada descobri que sou só uma criança
Com medo do escuro e sonhos que nunca vão se realizar

Serei sempre esta alma vazia
Sentada no lado escuro da Lua

Admirando a luz das estrelas
Que há muito tempo já se apagou…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Lúcifer fernando pessoa poesias maldições
nietzche

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“Não, regressem para as vossas crianças. Um é suficiente para o sacrifício”

John Knox (1514–1572)

"Nay, return to your bairns [pupils]. One is sufficient for a sacrifice."
The works of John Knox‎ - v.6, Página xxiii http://books.google.com.br/books?id=YcDOAAAAMAAJ&pg=PR23, de John Knox, David Laing, Wodrow Society - Publicado por T.G. Stevenson, 1864

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“A moralidade de um homem é julgada de acordo com a capacidade, o grande sacrifício que ele está disposto a tomar, sem perder em contrapartida o pensamento.”

Konrad Lorenz (1903–1989)

Die Moral eines Menschen ist zu beurteilen nach der Fähigkeit, welch großes Opfer er zu bringen bereit ist, ohne dabei an eine Gegenleistung zu denken.
So kam der Mensch auf den Hund

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“Quem quer levar uma vida pura deve estar sempre pronto para o sacrifício.”

Mahátma Gándhí (1869–1948) líder político e religioso indiano

Outras

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“O sacrifício só existe em face do risco.”

Morris West (1916–1999)

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“O nosso sacrifício é consciente. É a quota a pagar pela liberdade que construimos.”

Che Guevara (1928–1967) guerrilheiro e político, líder da Revolução Cubana

"Nuestro sacrificio es consciente; cuota para pagar la libertad que construimos."
"El Socialismo y el hombre en Cuba", de 12 de março de 1965

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“O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.”

Chico Xavier (1910–2002) Médium brasileiro

BACCELLI, Carlos. O Evangelho de Chico Xavier. São Paulo: Didier, 2000, p. 109

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“A maternidade é o magno sacrifício da mulher, o seu desdobramento incondicional para a multiplicação da espécie, a santificação do lar num sofrimento contínuo e imensurável.”

Francisca Praguer Fróes (1872–1931)

Hygiene e Maternidade. Jornal dos Clínicos, Rio de Janeiro, 1932, como citado em "Outras falas: feminismo e medicina na Bahia (1836-1931)" - página 210, de Elisabeth Juliska Rago, Editora Annablume, 2007, ISBN 8574197238, 9788574197234, 273 páginas

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“Não tem que agradecer-me ter aceitado o encargo, porque representa para mim tão grande sacrifício que por favor ou amabilidade o não faria a ninguém. Faço-o ao meu País como dever de consciência, friamente, serenamente cumprido.”

Salazar (1889–1970) Chefe de governo de Portugal

No discurso de posse como ministro das Finanças; "Discursos", volume 1 - Página 3; de Antonio de Oliveira Salazar, Oliveira Salazar - Publicado por Coimbra Editora, 1945

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“As obras do amor são as únicas que pagam o sacrifício.”

Capistrano de Abreu (1853–1927) Historiador, bibliotecário e professor brasileiro
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“Em Wittenberg, o pensamento de Lutero relativo ao pecado e à redenção desafiou muito do ensino tradicional. Os académicos continuam a debater o verdadeiro grau de radicalidade da sua teologia – decerto não era única. A essência do problema era esta. A mais antiga tradição escolástica medieval insistia que o Deus do amor condenava a humanidade pecadora ao Inferno com base em leis tão estritas e ferozes que não podiam ser cumpridas à letra. A perspectiva de Lutero concluía que a humanidade era totalmente pecaminosa, corrupta, decadente e não podia ser transformada numa criatura que merecesse o Paraíso pela simples repetição de orações ou realização de obras caridosas.
Como podia então alguém aceder à salvação? Num mundo tão intensamente religioso, tratava-se de uma questão urgente.
Lutero resolveu-a quando concluiu que Deus ignorava os pecados daqueles que tinham verdadeira fé – aqueles que eram salvos, os eleitos. O pecado era demasiado poderoso para ser derrotado pela acção humana. Só um milagre de amor divino poderia vencê-lo. O sacrifício de Cristo, ao tomar sobre si mesmo as consequências da tendência para o pecado da humanidade, foi o meio pelo qual se realizou esse milagre. Para se ser salvo, apenas era necessária verdadeira fé nisto. O problema óbvio da conceção de Lutero é que implicava que o comportamento pecaminoso não importava necessariamente. Tenter vencer o pecado no quotidiano era inútil. A fé era tudo o que contava. A resposta de Lutero a uma tal objecção foi que os que obtivessem a salvação sentir-se-iam tão gratos que não quereriam pecar. (Isto, como concluiriam muitas gerações de protestantes, era um bocadinho fácil de mais): a sátira do escritor escocês James Hogg, Confissões de um Pecador Justificado, zurzia a facilidade com que hipócritas podiam conseguir o seu bolo pecaminoso e comê-lo).
O pensamento de Lutero era o de um intelectual cristão que acabara a censurar o pensamento grego clássico, cerebral e sofisticado, de Platão e Aristóteles, sobre o qual se sustentava a teologia tradicional da Igreja. O seu principal impulso, quando chegou à sua conclusão sobre o pecado, foi emocional e pessoal, um sentimento premente de libertação e alegria que exigia ser comunicado – e que nada tinha a ver com a hierarquia ou as liturgias da Igreja. Descreveu-se a si mesmo como sentindo-se «de novo nascido», uma experiência que se encontra ainda no âmago do actual protestantismo evangélico.
Isto teria sempre empurrado um homem como Lutero, uma estranha combinação de brutamontes e sonhador, para uma desavença com as autoridades eclesiásticas. Contudo, foi a prática do comércio de indulgências que o levou a perder a paciência.”

Andrew Marr (1959) jornalista britânico

História do Mundo

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“O Gênesis do absurdo.

No início não havia coisa alguma.
Não existia a fome.
A seca.
Os terremotos ou todo o monte
de destroços por cima de corpos
esmagados que eles acostumam
deixar para trás.

Não existia traições,
sacrifícios.

Não tinha homicídios,
as chacinas,
ou os temíveis
genocídios.

Não existia a sede e nem as pestes.

Não havia o governo,
cientistas
ou as bombas atômicas.

No início não existia qualquer tipo
de armas
ou muito menos
todas as guerras feitas
por elas.

No início não existia dinheiro
ou muito menos a buscar
por algum tipo
de poder.

No início não havia morte,
e muito menos
o luto.

Não tinha o choro,
a agonia,
as lamentações.

Não havia desesperança,
nem ossos mutilados.

Os vícios ou suas drogas.

Não tinha os estupros,
as torturas.
Não havia indignação.

Não existia vingança,
nem desistência.

No início tudo estava em sintonia,
não havia nada,
era algo singular,
sem quês ou porquês.

No início tudo era tudo.

Nem belo, nem feio.

Nem quente, nem frio.

Nem liso, ou aspero.

Na início nada era bom,
pois não tinha nada
que fosse mal.

Não tinham respostas, pois não
haviam perguntas para
serem feitas.

No início de tudo,
luz
e
escuridão
eram a mesma
coisa.

Até que alguma força,
que a maioria diz
ter sido alguma espécie de deus
benevolente,
de poder incomparável
e inteligência
absoluta,
resolveu que deveria dar início
há tudo.

Pelo visto, algo se cansou
de estar sozinho
e entendeu que a solução
seria espalhar
sua vasta energia
por ai,
criando todo o tempo
e o tecido do
espaço.

Resolveu que a perfeição era
uma besteira
e deu início a todo o
imperfeito.

Algum ser filho da puta
o suficiente,
há muito tempo
resolveu sem consultar a
ninguém
(Porque só havia ele)
que a vida deveria existir.

E assim fez, instalando o caos,
por dentro de absolutamente
todas as coisas.

Há muito, muito tempo,
alguém
ou algo
resolveu nos trazer até
aqui
e após perceber
o tamanho da merda que tinha
cometido,
se foi
e nunca mais
voltou.

Talvez por culpa
ou vergonha,
quem é que vai
saber?

Talvez, o universo seja a vasta criação
de alguma criatura covarde
que se foi pela fuga
de seu próprio infinito
quando percebeu que seu egoísmo
absurdo
fez com que cometesse
uma atrocidade.

E tudo o que sobrou, da bendita
imbecilidade do seu criacionismo
foram coisas como
a gente,
fazendo coisas como gente
e pagando pelos erros
de um
deus vergonhoso
que
segundo o cristianismo,
a coisa mais interessante que
conseguiu fazer enquanto
aqui esteve, foi ter feito a Terra,
antes mesmo
de criar
o Sol.”

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“Às vezes em que queimei minha guitarra foi como um sacrifício. Você sacrifica as coisas que você ama. Eu amo a minha guitarra.”

Jimi Hendrix (1942–1970)

The time I burned my guitar it was like a sacrifice. You sacrifice the things you love. I love my guitar.
citado em "American ghost roses: poems" - página 15 http://books.google.com.br/books?id=L6tLM1TzB-wC&pg=PP15, Kevin Stein - University of Illinois Press, 2005, ISBN 0252029984, 9780252029981 - 86 páginas
Atribuídas

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“Nenhum trabalho de qualidade pode ser feito sem concentração e auto-sacrifício, esforço e dúvida”

Max Beerbohm (1872–1956)

No fine work can be done without concentration and self-sacrifice and toil and doubt.
"And even now, and A Christmas garland‎" - Página 64, Parte 68 de Dutton everyman paperback, Autor Sir Max Beerbohm, Editora Dutton, 1960, 275 páginas

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“Hoje em dia tendemos a considerar a vida como uma investigação teórica, mas ela não é uma investigação: é um sacramento; o ideal dela é o amor, sua purificação é o sacrifício.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa

Nowadays people seem to look on life as a speculation. It is not a speculation. It is a sacrament. Its ideal is love. Its purification is sacrifice.
Sebastian Melmoth - Página 3, Oscar Wilde - A.L. Humphreys, 1908 - 222 páginas
Sebastian Melmoth

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“Uma política de Estado, onde alguns indivíduos têm milhões de rendimento enquanto outros morrem de fome, poderá subsistir quando a religião deixa de lá estar com as suas esperanças noutro mundo, para explicar o sacrifício?”

Un état politique où des indi- vidus ont des millions de revenu, tandis que d'autres individus meurent de faim, peut-il subsister quand la religion n"est plus là avec ses espérances hors de ce monde pour expliquer le sacrifice?
Mémoires d'outre-tombe, Volume 1‎ - Página 742 http://books.google.com.br/books?id=oOEUIGiFrPkC&pg=PA742, François-René Chateaubriand - Librairie polytechnique espagnole et étrangère de Thomas Gorchs, 1850 - 155 páginas - (vide wikisource)

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“O autodesenvolvimento é um dever maior do que o auto-sacrifício.”

Elizabeth Cady Stanton (1815–1902)

Self-development is a higher duty than self-sacrifice
The original feminist attack on the Bible: (The woman's Bible).‎ - Página 131, de Elizabeth Cady Stanton - Arno Press, 1974, ISBN 0405059973, 9780405059971 - 217 páginas

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“Seja resoluto, não tenha medo de sacrifícios e derrube todas as dificuldades para a vitória.”

Mao Tsé-Tung (1893–1976) político, teórico e revolucionário chinês e 1° Presidente da República Popular da China.
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“Na Antiguidade, os sacrifícios faziam-se no altar. Actualmente esse costume perdura.”

Helen Rowland (1875–1950)

In olden times sacrifices were made at the altar — a practice which is still continued.
citado em "A curmudgeon's garden of love‎" - Página 128, Jon Winokur - New American Library, 1989, ISBN 0453006779, 9780453006774 - 212 páginas

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“A humanidade é infeliz por ter feito do trabalho um sacrifício e do amor um pecado.”

Henrique José de Souza (1883–1963)

Mensario do "Jornal do commercio" (artigos de collaboração)‎, Volume 20, Edição 3, 1942

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“Um bom sacrifício não é necessariamente razoável mas deixa seu oponente atordoado e confuso.”

Rudolf Spielmann (1883–1942)

A good sacrifice is one that is not necessarily sound but leaves your opponent dazed and confused.
citado em "Rudolph Spielmann Master of Invention‎", Neil McDonald - Everyman Chess, 2006, ISBN 185744406X, 9781857444063 - 144 páginas

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“Será possível esperar que realizemos um sacrifício do entendimento, um sacrificium intellectus, para poder aceitar aquilo que sinceramente não podemos considerar verídico - só porque tais concepções estão contidas na Bíblia? Ou deveríamos deixar de lado os versículos do Novo Testamento que contêm tais concepções mitológicas e selecionar os que não constituem um tropeço desse tipo para o ser humano moderno? De fato, a pregação de Jesus não se limitou a afirmações escatológicas. Proclamou também a vontade de Deus, que é Seu mandamento, o mandamento de fazer o bem. Jesus exige veracidade e pureza, disposição para o sacrifício e para o amor. Exige que o ser humano todo seja obediente a Deus, e se insurge contra a ilusào de que possamos cumprir nosso dever para com Deus com a mera observância de determinadas prescrições externas. Se as exigências éticas de Jesus constituem tropeços para o ser humano moderno, somente o são em virtude de sua vontade egoísta, mas não de sua inteligência.
Que se desprende disso tudo? Deveremos conservar a pregação ética de Jesus e abandonar sua pregação escatológica? Haveremos de reduzir sua pregação do senhorio de Deus ao chamado "evangelho social"? Ou existe ainda uma terceira possibilidade? Temos que perguntar-nos se a pregação escatológica e o conjunto dos enunciados mitológicos contêm um significado ainda mais profundo, que permanece oculto sob o invólucro da mitologia. Se é assim, devemos abandonar as concepções mitológicas precisamente porque queremos conservar seu significado mais profundo. A esse método de interpretação do Novo Testamento, que procura redescobrir o significado mais profundo oculto por trás das concepções mitológicas, camo de "demitologização”

Rudolf Karl Bultmann (1884–1976) professor académico alemão

termo que nào deixa de ser bastante insatisfatório. Não se propõe a eliminar os enunciados mitológicos, mas sim interpretá-los."
Verificadas, Jesus Cristo e Mitologia

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“Ofereço o meu sacrifício para que o povo brasileiro conheça a verdadeira face de seus exploradores.”

Então ex-governador do Rio de Janeiro e pré-candidato do PMDB à Presidência da República, ao iniciar greve de fome em protesto a denúncias relacionadas a sua pré-campanha
Fonte: Revista VEJA Edição 1955 . 10 de Maio de 2006

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“Minha vaidade não paga o sacrifício da malhação”

Guta Stresser (1972) Atriz

prefere andar na praia a encarar uma academia
Fonte:Revista ISTO É, Edição 1730

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“Os colorados devem ser machos e fazer o sacrifício de ter muitas mulheres.”

Lino Oviedo (1943–2013)

Em reunião do Partido Colorado.
Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/250697/p_014.html

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“O que é a virtude? É, seja qual o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios.”

Variante: O que é a virtude? É, seja qual o aspeto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios.

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