Frases sobre hipótese

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da hipótese, vida, vida, algum.

Frases sobre hipótese

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“Diálogo entre o Padre e o Filósofo - Uma Dialética Niilista

Sentado nas beiradas sujas do décimo terceiro andar de um prédio abandonado, estava um filósofo decidido em acabar com a sua vida

Abel um de seus amigos mais religiosos, considerou a hipótese de que seria uma grande ideia enviar um padre para conversar com ele, afim de convence-lo de que a vida segundo Abel

‘’ Era um presente de deus’’ e deveria ser vivida, e que o suicídio era uma péssima escolha.

O Bravo e corajoso padre então foi chamado, e com sua bíblia nas mãos subiu até o décimo terceiro andar deste prédio. Sentou-se então ao lado do filósofo, enquanto ambos eram observados por uma multidão de pessoas preocupadas.

O Filósofo parecia tranquilo, a vida já não existia em seu olhar e ele observava atentamente o horizonte ignorando completamente aquele estranho porem caricato padre sentado ao seu lado.

O Padre tranquilo segurava a sua bíblia como se estivesse segurando as próprias mãos de cristo, a coragem e a determinação de salvar aquele jovem filosofo do suicídio era a sua missão, e sem hesitar perguntou

- Oh meu filho por que renunciais a vida? tão belas que és, tão lindas que és, dada a nós por deus, e paga com o sangue de cristo que morreu por nós para que você não precise morrer hoje.

O Filósofo escutando as palavras do padre, observava atentamente o horizonte, e sem responder permanecia em silencio, o padre por sua vez continuava o discurso.

- Meu filho, observe a beleza do mundo essas montanhas ao fundo, esses prédios cheios de vida, se não fosse a vida o que seriamos de nós? A vida é tudo que temos, nosso único tesouro, nosso maior presente.

O Padre ainda determinado abre a sua bíblia em uma parte que já estava marcada e começa a ler

- Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 1 João 4:7

E no momento em que o filósofo escuta as palavras bíblicas, ele sorri e pela primeira vez olha para o padre, ainda com os olhos sem vida já morto por dentro, mas com um sorriso sincero perguntou ao padre

- Por que vives padre?

O Padre sem pestanejar, de supetão logo respondeu

- Eu vivo por cristo, e cristo vive em mim, eu vivo pela igreja e pelo amor que eu tenho a aqueles que seguem a jesus. Eu vivo, porque a vida é bela, porque amo aqueles próximos a mim, amo a minha família e a minha igreja.

O Filósofo sorrindo, pergunta novamente ao padre mas desta vez com um tom um pouco mais sério

- Por que vives padre?

O Padre sem entender, pois já havia respondido a pergunta gagueja levemente e responde

- E.. eu, eu.. vi.. vivo por cristo, vivo por aqueles que amo, e pela igreja! O Suicídio é um pecado sem retorno e a vida é o presente mais belo que deus poderia nos dar. Ele enviou seu próprio filho para se sacrificar por nós, em pró de nossas vidas pecaminosas.

O Filósofo vira o seu rosto para frente, observando o horizonte respira tranquilamente e pergunta outra vez com uma tonalidade calma em sua voz

- Por que vives padre?

O Padre já sem resposta, demora a alguns segundos para pensar em uma, segura sua bíblia com toda sua força suando frio com a outra mão agarra com ainda mais forças a beirada do prédio, descontrolado o padre grita

- O CRISTÃO VIVE PELA Fé!! E Eu tenho fé em cristo, fé na vida, fé de que ambos sairemos deste prédio de mãos dadas!

Com os braços cruzados, o Filósofo olha para baixo, e sorri para o abismo, e o abismo sorri de volta. Sorrindo então ele olha para o padre e novamente pergunta de maneira serena e calma

- Por que você vive padre?

O Padre sem reação olha para baixo, e o abismo sorri para ele e ele pula para o abismo.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Cartas Póstumas

Eu vivi uma vida de Rebeldia Neguei os deuses e gritei por Anarquia Nas canções mais lindas escrevi versos de Poesia Fui uma alma abandonada que amou a Melancolia Que nos momentos mais sombrios se encontrou na Filosofia

No momento enquanto escrevo essa carta, estou decidido em me matar. Essa é uma vontade constante que a muito tempo me assombra. Todas as vezes em que estou decidido em acabar com tudo, eu simplesmente invento uma nova mentira.

E quando eu menos percebo, lá estou eu vivendo como todos os outros sem perceber o barulho das correntes em nossos pés…

Talvez, quando estiveres lendo essa carta daqui a cinco ou cinquenta anos eu já esteja morto. Ou talvez eu tenha encontrado motivos para viver, motivos o suficiente que me façam ler estes versos no futuro e dizer

- Tolo, como ousas dizer tamanha estupidez?

O Futuro é incerto. Eu fico me perguntando, todas as vezes em que me pego refletindo sobre a minha morte Quantos livros eu publiquei enquanto estava vivo? Quantas aulas eu dei? Quantas pessoas eu influenciei? Quantas vidas eu salvei? Será que… eu fiz o meu trabalho como Filósofo? Ou o tempo me apagou de sua história?

De qualquer forma, todos seremos apagados um dia. Então a resposta para essa pergunta de fato não importa.

Oh sim, eu vivi uma vida interessante. Tive uma juventude repleta de rebeldia e anarquia e aos vinte e três me vi publicando meu primeiro livro de Filosofia. Aquele jovem rebelde que só sabia gritar ‘’ Anarquia’’ hoje é um professor de Filosofia.

Quem diria não é mesmo? Em quantos momentos da minha juventude eu não jurei que o dia seguinte seria o último, e aqui estou eu, vivo e escrevendo.

Talvez esses momentos de escuridão com a assombração da morte cantando em meus ouvidos sejam de fato passageiros, ou talvez na pior das hipóteses eu simplesmente esteja me entregando a ela aos poucos.

Existem tantas coisas que eu poderia conquistar, tantos outros livros a publicar, pessoas para amar, causas para se lutar, alunos para ensinar…

Mas tudo que eu quero nesse momento é o direito de me suicidar.

Para aqueles que ficam, meus pais e meus amigos:

Nenhuma mãe deveria enterrar o seu filho, e nenhum amigo deveria chorar sobre o tumulo do outro. Embora eu de fato sinta um carinho enorme por todos vocês, sinto que a minha história seria de maior relevância com um ponto final em seu caminho.

Aos vermes que se alimentarem do meu corpo putrefato, desejo a vocês boa sorte. Algum dia, seremos ambos poeira no abismo do espaço e nenhuma diferença existirá dos homens aos vermes.

E Para aqueles que estiverem lendo essa carta. Vivam!! Pois para mim já é tarde demais…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Suicídio Morte Niilismo Cartas Costumas - Gerson De Rodrigues
Variante: Cartas Póstumas

Eu vivi uma vida de Rebeldia
Neguei os deuses e gritei por Anarquia
Nas canções mais lindas escrevi versos de Poesia
Fui uma alma abandonada que amou a Melancolia
Que nos momentos mais sombrios se encontrou na Filosofia

No momento enquanto escrevo essa carta, estou decidido em me matar. Essa é uma vontade constante que a muito tempo me assombra. Todas as vezes em que estou decidido em acabar com tudo, eu simplesmente invento uma nova mentira.

E quando eu menos percebo, lá estou eu vivendo como todos os outros sem perceber o barulho das correntes em nossos pés...

Talvez, quando estiveres lendo essa carta daqui a cinco ou cinquenta anos eu já esteja morto. Ou talvez eu tenha encontrado motivos para viver, motivos o suficiente que me façam ler estes versos no futuro e dizer

- Tolo, como ousas dizer tamanha estupidez?

O Futuro é incerto. Eu fico me perguntando, todas as vezes em que me pego refletindo sobre a minha morte
Quantos livros eu publiquei enquanto estava vivo?
Quantas aulas eu dei?
Quantas pessoas eu influenciei?
Quantas vidas eu salvei?
Será que... eu fiz o meu trabalho como Filósofo?
Ou o tempo me apagou de sua história?

De qualquer forma, todos seremos apagados um dia. Então a resposta para essa pergunta de fato não importa.

Oh sim, eu vivi uma vida interessante. Tive uma juventude repleta de rebeldia e anarquia e aos vinte e três me vi publicando meu primeiro livro de Filosofia. Aquele jovem rebelde que só sabia gritar ‘’ Anarquia’’ hoje é um professor de Filosofia.

Quem diria não é mesmo? Em quantos momentos da minha juventude eu não jurei que o dia seguinte seria o último, e aqui estou eu, vivo e escrevendo.

Talvez esses momentos de escuridão com a assombração da morte cantando em meus ouvidos sejam de fato passageiros, ou talvez na pior das hipóteses eu simplesmente esteja me entregando a ela aos poucos.

Existem tantas coisas que eu poderia conquistar, tantos outros livros a publicar, pessoas para amar, causas para se lutar, alunos para ensinar...

Mas tudo que eu quero nesse momento é o direito de me suicidar.

Para aqueles que ficam, meus pais e meus amigos:

Nenhuma mãe deveria enterrar o seu filho, e nenhum amigo deveria chorar sobre o tumulo do outro. Embora eu de fato sinta um carinho enorme por todos vocês, sinto que a minha história seria de maior relevância com um ponto final em seu caminho.

Aos vermes que se alimentarem do meu corpo putrefato, desejo a vocês boa sorte. Algum dia, seremos ambos poeira no abismo do espaço e nenhuma diferença existirá dos homens aos vermes.

E Para aqueles que estiverem lendo essa carta. Vivam!! Pois para mim já é tarde demais...

- Gerson De Rodrigues

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“Quem é incapaz de construir hipóteses jamais será cientista.”

Antonio Gramsci (1891–1937) Pensador marxista

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“A grande tragédia da ciência: o massacre de uma bela hipótese por parte de um horrível facto.”

Thomas Henry Huxley (1825–1895)

Variante: A grande tragédia da ciência: o massacre de uma bela hipótese por parte de um horrível fato.

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“A verdade na ciência pode ser mais bem definida como a hipótese de trabalho mais adequada para abrir o caminho até a próxima hipótese.”

Konrad Lorenz (1903–1989)

Konrad Lorenz, biólogo austríaco, conforme encontrado em Singh, Simon - Big Bang - Capítulo: "O que é ciência?" - Editora Record - 2006 - pág.: 459
Atribuidas

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“É um bom exercício para um pesquisador livrar-se de uma hipótese favorita todo dia, antes do café da manhã. Isso o manterá jovem.”

Konrad Lorenz (1903–1989)

Konrad Lorenz, conforme encontrado em Singh, Simon - Big Bang - Capítulo: "O que é ciência?" - Editora Record - 2006 - pág.: 459
Atribuidas

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“O Wittgenstein tardio… parece ter-se tornado cansado do pensamento sério e ter inventado uma doutrina que faria uma tal actividade desnecessária. Eu não acredito por um momento que a doutrina que tem estas consequências preguiçosas seja verdade. Compreendo, no entanto, que tenho um preconceito intensamente forte contra ele pois se é certo, filosofia é, na melhor das hipóteses, uma pequena ajuda para lexicógrafos e, na pior das hipóteses, um chá ocioso em mesa de diversão.”

The later Wittgenstein, on the contrary, seems to have grown tired of serious thinking and to have invented a doctrine which would make such an activity unnecessary. I do not for one moment believe that the doctrine which has these lazy consequences is true. I realize, however, that I have an overpoweringly strong bias against it, for, if it is true, philosophy is, at best, a slight help to lexicographers, and at worst, an idle tea-table amusement.
Bertrand Russell; My Philosophical Development http://www.archive.org/details/myphilosophicald001521mbp
Tractatus Logico-Philosophicus, De terceiros sobre Wittgenstein

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“Existem muitas hipóteses em ciência que estão erradas. Isso é perfeitamente aceitável, eles são a abertura para achar as que estão certas.”

Carl Sagan (1934–1996) grande cientista do séc XX, criador da aclamada série Cosmos: An Personal Voyager e desenvolvedor no conteú…
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“Um imenso animal leiteiro aproximou-se da mesa de Zaphod Beeblebrox. Era um enorme e gordo quadrúpede do tipo bovino, com olhos grandes e protuberantes, chifres pequenos e um sorriso nos lábios que era quase simpático.
– Boa noite – abaixou-se e sentou-se pesadamente sobre suas ancas –, sou o Prato do Dia. Posso sugerir-lhes algumas partes do meu corpo? – Grunhiu um pouco, remexeu seus quartos traseiros buscando uma posição mais confortável e olhou pacificamente para eles.
Seu olhar se deparou com olhares de total perplexidade de Arthur e Trillian, uma certa indiferença de Ford Prefect e a fome desesperada de Zaphod Beeblebrox.
– Alguma parte do meu ombro, talvez? – sugeriu o animal. – Um guisado com molho de vinho branco?
– Ahn, do seu ombro? – disse Arthur, sussurrando horrorizado.
– Naturalmente que é do meu ombro, senhor – mugiu o animal, satisfeito –, só tenho o meu para oferecer.
Zaphod levantou-se de um salto e pôs-se a apalpar e sentir os ombros do animal, apreciando.
– Ou a alcatra, que também é muito boa – murmurou o animal. – Tenho feito exercícios e comido cereais, de forma que há bastante carne boa ali. – Deu um grunhido brando e começou a ruminar. Engoliu mais uma vez o bolo alimentar. – Ou um ensopado de mim, quem sabe? – acrescentou.
– Você quer dizer que este animal realmente quer que a gente o coma? – cochichou Trillian para Ford.
– Eu? – disse Ford com um olhar vidrado. – Eu não quero dizer nada.
– Isso é absolutamente horrível – exclamou Arthur -, a coisa mais repugnante que já ouvi.
– Qual é o problema, terráqueo? – disse Zaphod, que agora observava atentamente o enorme traseiro do animal.
– Eu simplesmente não quero comer um animal que está na minha frente se oferecendo para ser morto – disse Arthur. – É cruel!
– Melhor do que comer um animal que não deseja ser comido – disse Zaphod.
– Não é essa a questão – protestou Arthur. Depois pensou um pouco mais a respeito. – Está bem – disse –, talvez essa seja a questão. Não me importa, não vou pensar nisso agora. Eu só… ahn…
O Universo enfurecia-se em espasmos mortais.
– Acho que vou pedir uma salada – murmurou.
– Posso sugerir que o senhor pense na hipótese de comer meu fígado? Deve estar saboroso e macio agora, eu mesmo tenho me mantido em alimentação forçada há meses.
– Uma salada verde – disse Arthur, decididamente.
– Uma salada? – disse o animal, lançando um olhar de recriminação para ele.
– Você vai me dizer – disse Arthur – que eu não deveria comer uma salada?
– Bem – disse o animal –, conheço muitos legumes que têm um ponto de vista muito forte a esse respeito. E é por isso, aliás, que por fim decidiram resolver de uma vez por todas essa questão complexa e criaram um animal que realmente quisesse ser comido e que fosse capaz de dizê-lo em alto e bom tom. Aqui estou eu!
Conseguiu inclinar-se ligeiramente, fazendo uma leve saudação.
– Um copo d’água, por favor – disse Arthur.
– Olha – disse Zaphod –, nós queremos comer, não queremos uma discussão. Quatro filés malpassados, e depressa. Faz 576 bilhões de anos que não comemos.
O animal levantou-se. Deu um grunhido brando.
– Uma escolha muito acertada, senhor, se me permite. Muito bem – disse –, agora é só eu sair e me matar.
Voltou-se para Arthur e deu uma piscadela amigável.
– Não se preocupe, senhor, farei isso com bastante humanidade.”

The Restaurant at the End of the Universe

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“Quando você acorda de manhã e sabe que está indo para o trabalho, onde vai tirar a roupa, isso é como se fosse o pior dia de sua vida. Você se sente péssima, enjoada. Depois, você chega a cogitar a hipótese de nunca mais fazer isso de novo.”

Kate Winslet (1975) Atriz britânica

Então com 31 anos, que está sofrendo na pele da protagonista de Little Children, uma viciada em pornografia
Fonte: Revista ISTO É Gente, Edição 376 http://www.terra.com.br/istoegente/376/frases/index.htm, de Novembro de 2006.

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“Deus é uma hipótese, e, como tal, depende de prova: o ônus da prova cabe ao teísta.”

God is an hypothesis, and as such, stands in need of proof: the onua probandi rests on the theist
Queen Mab, a philosophical poem, with notes. To which is added, A brief memoir of the author: With Notes. To which is Added, a Brief Memoir of the Author‎ - Página 86 http://books.google.com/books?id=bbUDAAAAQAAJ&pg=PA86, de Percy Bysshe Shelley, James Watson, Holyoake and Co - Publicado por Published for James Watson, by Holyoake and Co., 1857 - 112 páginas

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“O Wittgenstein tardio… parece ter-se tornado cansado do pensamento sério e ter inventado uma doutrina que faria uma tal actividade desnecessária. Eu não acredito por um momento que a doutrina que tem estas consequências preguiçosas seja verdade. Compreendo, no entanto, que tenho um preconceito intensamente forte contra ele pois se é certo, filosofia é, na melhor das hipóteses, uma pequena ajuda para lexicógrafos e, na pior das hipóteses, um chá ocioso em mesa de diversão.”

Bertrand Russell (1872–1970)

The later Wittgenstein, on the contrary, seems to have grown tired of serious thinking and to have invented a doctrine which would make such an activity unnecessary. I do not for one moment believe that the doctrine which has these lazy consequences is true. I realize, however, that I have an overpoweringly strong bias against it, for, if it is true, philosophy is, at best, a slight help to lexicographers, and at worst, an idle tea-table amusement.
Bertrand Russell; My Philosophical Development http://www.archive.org/details/myphilosophicald001521mbp

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“Se alguma vez houve um julgamento apressado com seus resultados desastrosos previsíveis, esta foi a hipótese HIV-AIDS e seus desdobramentos.”

Richard Strohman (1927–2009)

If ever there was a rush to judgment with its predictable disastrous results it has been the HIV/AIDS hypothesis and its aftermath.
Richard Strohman, " Infectious AIDS; Have we been misled? http://www.virusmyth.com/aids/hiv/rsforword.htm"

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“A característica mais proeminente de toda Cadela é que elas rudemente violam concepções de condutas de papel sexual apropriadas. Elas violam-nas de modos diferentes, mas todas elas violam-nas. Suas atitudes com respeito a si mesmas e outras pessoas, suas orientações objetivas, seu estilo pessoal, sua aparência e modo de manejar seus corpos, todas chocam as pessoas e as fazem se sentirem incomodadas. Às vezes é consciente e às vezes não, mas pessoas geralmente se sentem inconfortáveis em volta de Cadelas. Elas consideram-nas aberrações. Elas acham o estilo delas perturbador…. Uma Cadela é brusca, direta, arrogante, às vezes egoísta. Ela não tem inclinação para os meios indiretos, sutis e misteriosos do “eterno feminino”. Ela desdenha da vida vicária considerada natural para as mulheres porque ela deseja viver uma vida própria. Nossa sociedade tem definido a humanidade como os machos, e as fêmeas como alguma coisa diferente dos machos. Deste modo, fêmeas poderiam ser humanas apenas ao viver por delegação através de um macho. Para ser capaz de viver, uma mulher tem de concordar em servir, honrar, e obedecer a um homem e o que ela obtém em troca, na melhor das hipóteses, é uma vida de sombra. Cadelas se recusam a servir, honrar e obedecer qualquer pessoa. Elas demandam serem seres humanos completos, não apenas sombras. Elas desejam ser igualmente fêmeas e seres humanos. Isto faz delas contradições sociais. A mera existência de Cadelas nega a idéia que a realidade de uma mulher deve acontecer através do relacionamento dela com um homem e contesta a crença que mulheres são crianças perpétuas que devem sempre estar sob orientação de alguém.”

Jo Freeman (1945)
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“A ciência moderna realmente deve estimular em todos nós uma humildade perante a imensidão do inexplorado e a tolerância por hipóteses malucas.”

Martin Gardner (1914–2010)

Modern science should indeed arouse in all of us a humility before the immensity of the unexplored and a tolerance for crazy hypotheses
citado em "Psychology in today's world‎" - Página 354, de Stanley Milgram - Educational Associates, 1975 - 387 páginas

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“A outros respeitos, a Escola Livre valeu-me como experiência pedagógica nova por três razões especiais. Primeiro, foi nela que conheci e convivi com um professor como Herbert Baldus, um homem generoso e de inteligência invulgar, sempre pronto para estimular os jovens de talento ou para apoiar inovações promissoras. Ficamos amigos íntimos para o resto da vida. Segundo, o seminário do Dr. Donald Pierson dava-me azo para estudar melhor a célebre <>, da qual ele se considerava um representante. Dadas as analogias entre Chicago e São Paulo e os nossos propósitos de expandir aqui a investigação sociológica, a tentativa de converter Chicago em um laboratório (ou um campo especial de trabalho concentrado dos sociólogos) atraía o melhor da minha imaginação. Terceiro, ao corpo docente da Escola Livre pertenciam professores brasileiros recém-chegados dos Estados Unidos. Inscrevi-me nos cursos de Mário Wagner Vieira da Cunha e Octávio da Costa Eduardo, pois estava curioso em verificar até onde haviam chegado, realizando a pós-graduação e o doutoramento em algumas das melhores universidades norte-americanas. O problema, para mim, consistia em indagar se se podia fazer a mesma coisa a partir da Universidade de São Paulo e, nesta hipótese, que estratégia (ou estratégias) se deveria montar. Uma avaliação que, quando chegou o momento, me ajudou a imprimir uma diretriz diversa da que prevalecia antes (e à qual fora submetido), na orientação dos candidatos a doutoramento. Além desses três pontos, a Escola Livre ficou presa à minha carreira acadêmica. Nela enfrentei e venci o primeiro <> por que deveria passar, para a obtenção do grau de mestre em Ciências Sociais (em 1947, com A Organização social dos Tupinambá). Esse não é um liame secundário, mesmo depois de rompidos os vínculos com a profissão”.”

Florestan Fernandes (1920–1995)
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“O que significa exatamente inverter a narrativa causal de Freud e pensar as disposições primárias como efeitos da lei? No primeiro volume de A História da Sexualidade, Foucault critica a hipótese repressiva por ela pressupor um desejo original (não "desejo" nos termos de Lacan, mas gozo) que conserva integridade ontológica e prioridade temporal em relação à lei repressiva. Essa lei, segundo Foucault, silencia ou transmuda subsequentemente esse desejo em uma forma ou expressão secundária e inevitavelmente insatisfatória (deslocamento). Foucault argumenta que o desejo, que tanto é concebido como original quanto como recalcado, é efeito da própria lei coercitiva. Consequentemente, a lei produz a suposição do desejo recalcado para racionalizar suas próprias estratégias auto-ampliadoras; e ao invés de exercer uma função repressiva, a lei jurídica deve ser reconcebida, aqui como em toda parte, como uma prática discursiva produtora ou regenerativa- discursiva porque produz a ficção linguistica do desejo recalcado para manter a sua própria posição como instrumento teleológico. O desejo em questão assume o significado de recalcado na medida em que a lei constitui sua estrutura de contextualização: na verdade, a lei identifica e faz vigorar o desejo recalcado como tal, dissemina o termo e, com efeito, cava o espaço discursivo para a experiência constrangida e linguisticamente elaborada chamada "desejo recalcado".”

Judith Butler (1956)
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“Pessimista — eu não o sou. Ditosos os que conseguem traduzir para universal o seu sofrimento. Eu não sei se o mundo é triste ou mau nem isso me importa, porque o que os outros sofrem me é aborrecido e indiferente. Logo que não chorem ou gemam, o que me irrita e incomoda, nem um encolher de ombros tenho — tão fundo me pesa o meu desdém por eles — para o seu sofrimento.

Mas nem quem crê que a vida seja meio luz meio sombras. Eu não sou pessimista. Não me queixo do horror da vida. Queixo-me do horror da minha. O único facto importante para mim é o facto de eu existir e de eu sofrer e de não poder sequer sonhar-me de todo para fora de me sentir sofrendo.

Sonhadores felizes são os pessimistas. Formam o mundo à sua imagem e assim sempre conseguem estar em casa. A mim o que me dói mais é a diferença entre o ruído e a alegria do mundo e a minha tristeza e o meu silêncio aborrecido.

A vida com todas as suas dores e receios e solavancos deve ser boa e alegre, como uma viagem em velha diligência para quem vai acompanhado (e a pode ver).

Nem ao menos posso sentir o meu sofrimento como sinal de Grandeza. Não sei se o é. Mas eu sofro em coisas tão reles, ferem-me coisas tão banais que não ouso insultar com essa hipótese a hipótese de que eu possa ter génio.

A glória de um poente belo, com a sua beleza entristece-me. Ante ele eu digo sempre: como quem é feliz se deve sentir contente ao ver isto!

E este livro é um gemido. Escrito ele já o Só não é o livro mais triste que há em Portugal.

Ao pé da minha dor todas as outras dores me parecem falsas ou íntimas. São dores de gente feliz ou dores de gente que vive e se queixa. As minhas são de quem se encontra encarcerado da vida, à parte…

Entre mim e a vida…

De modo que tudo o que angustia vejo. E tudo o que alegra não sinto. E reparei que o mal mais se vê que se sente, a alegria mais se sente do que se vê. Porque não pensando, não vendo, certo contentamento adquire-se, como o dos místicos e dos boémios e dos canalhas. Mas tudo afinal entra em casa pela janela da observação e pela porta do pensamento.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Livro do desassossego

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“Poema
Os Martírios de um homem morto

– Vocês não estão escutando os meus gritos de desespero!?

Como podem encarar um homem morto
e não ouvi-lo chorar?

- Vocês não enxergam estes diabos
que caminham ao meu lado?

Estas lágrimas que escorrem em meu rosto
mesmo quando estou sorrindo?

Como ousas dizer que eu devo amar a vida
quando não sentes a mesma dor que eu
quando não possuís uma corda em seu pescoço
e uma voz gritando em sua mente

Sim, chamem-me de louco
digam que eu sou apenas um maldito qualquer
e todas as vezes que eu chorei
foi pela atenção dos porcos que me cercam!

Quantas vezes não andei pelas ruas
desejando que o meu rosto se transformasse em cinzas
para que eu não precisasse encara-los de frente

Quantas vezes vocês não me viram
refugiar-me na escuridão
para que suas vozes imundas
não me ensurdecessem a alma

Não há nada nesse mundo que eu deseje
mais do que a morte
e eu choro em silencio

Todas as vezes que perguntam se eu estou bem
Não!
eu não estou bem!

Como eu poderia estar bem em um mundo de desgraças?
Como eu poderia sorrir com uma corda em meu pescoço?

E não me venham com as suas conclusões
ou Deuses de mentira
como podem tentar me salvar?
se não conseguem salvar a si mesmo?

Não estão vendo?
estas cordas em seus pescoços?
estas correntes em seus pés?

O Homem morto que idolatram neste pedaço de madeira
foi o único capaz de enxergar suas correntes
ele entregou seu sangue a humanidade
para que sua mentira se espalhasse pelo mundo

Então eu suplico a todos vocês
Matem-me!
como mataram os Deuses
Crucifiquem-me!
como crucificaram seus próprios filhos
Mas em hipótese alguma,
roubem de mim a solidão

O que eu sou?
senão um verme!

Filho bastardo da dor e da miséria
eu não sou um homem
sou um monstro

Matem-me!
eu suplico

Enforquem-me em suas igrejas
e façam deste cadáver o seu novo Deus

Afinal,
A melhor maneira de morrer é sentir
então joguem sobre mim sua miséria

Que eu irei afoga-las em minhas angustias
e em cada suspiro
trarei mais miséria ao mundo

E da minha miséria,
nascerão homens
capazes de superar suas dores.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Poema Filosofia Niilismo Nietzsche

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“Poema – Lúcifer

‘’ Enquanto os padres são
executados em praça pública

As freiras dançam
ao lado do diabo

Mas quem de fato
aproveitou a vida?

Os homens pedindo esmola
em frente as igrejas

Ou os padres enforcados
em crucifixos? ‘’

A depressão
que se alastra pelo meu corpo
faz de mim um santo

Preso em um paraíso
no qual todos os deuses
estão mortos

Enquanto eu me afogo
em sonhos
dos quais nunca irei realizar

Eu deveria dizer adeus
e com os pés descalços
e cheios de feridas

Caminhar sobre cacos de vidro
em busca do homem
que eu fui um dia

Eu deveria buscar
em cada um dos meus passos
sentido para esta depravação
que chamamos de vida

Mas o que seriam os sentidos?

Senão os motivos
pelos quais
não nos suicidamos;

Deveríamos aproveitar
cada segundo de nossas vidas

Transformando os dias
que sucedem o amanhã
em feriados que vangloriam
nosso próprio nome

Então rasguem suas bíblias
e transformem suas catedrais
em templos de orgia

Doem suas fortunas
aos pobres

Purifiquem suas almas
cometendo pecados
em seu próprio nome

Resgatem a criança que vive
em seu interior
e brinquem com o Diabo

Mas jamais
permitam que te apontem
os dedos sujos
e zombem da sua dor

Quando duvidarem
das suas angustias
mostrem a eles os seus
pulsos cheios de sangue

Se disserem que
somente o amor dos deuses
podem salvá-los

Mostrem a eles
sua coroa de espinhos

Louvores e bênçãos
serão rogadas em seu nome

Mas só vão compreender
suas dores

Quando encontrarem
seus corpos podres
dependurados na parte
mais elevado do seu quarto

Ah…
Os nossos quartos…

Somente estas paredes frias
conhecem nossas dores

Então até que a morte
grite mais alto
do que a vida

Dançarei ao lado
das freiras
canções antigas
compostas pelo Diabo

E em hipótese alguma
deixarei que zombem
da minha dor

Pois eu sou o homem
pedindo esmola
em frente as suas igrejas…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

“Uma coisa é eu dizer que estou disposto a sofrer agora por um futuro desconhecido, mas possivelmente melhor. Outra coisa é eu autorizar o sofrimento de outros em nome desse mesma hipótese inverificável. Este, em minha opinião, é o pecado intelectual do século: fazer um julgamento sobre o destino de outros em nome do futuro deles como você o vê, um futuro em que você pode não ter nenhum investimento, mas em relação ao qual você reivindica informação exclusiva e perfeita.”

Tony Judt (1948–2010)

No original: " It is one thing to say that I am willing to suffer now for an unknowable but possibly better future. It is quite another to authorize the suffering of others in the name of that same unverifiable hypothesis. This, in my view, is the intellectual sin of the century: passing judgment on the fate of others in the name of their future as you see it, a future in which you may have no investment, but concerning which you claim exclusive and perfect information."
Pensando o Século XX (2012)
Fonte: Capítulo 3 - Socialismo Familiar: Marxista Político. Tradução de Otacílio Nunes.

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“A única hipótese é nós irmos atrás delas no centro comercial de mota.”

" Alerta da protecção civil ", Mixórdia de Temáticas 04-04-2012

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“Não há método de raciocínio mais comum, e ainda assim mais condenável, do que, em disputas filosóficas, tentar a refutação de qualquer hipótese apelando ao perigo de suas consequências para a religião e a moralidade. Quando uma opinião leva a absurdos, é certamente falsa, mas não é certo que uma opinião é falsa porque sua consequência é perigosa.”

David Hume (1711–1776) Filósofo, historiador e ensaísta britânico

There is no method of reasoning more common, and yet none more blameable, than, in philosophical disputes, to endeavour the refutation of any hypothesis, by a pretence of its dangerous consequences to religion and morality. When any opinion leads to absurdities, it is certainly false; but it is not certain that an opinion is false, because it is of dangerous consequence.
An Enquiry Concerning Human Understanding, Sec. VIII, par. 75 https://en.wikisource.org/wiki/An_Enquiry_Concerning_Human_Understanding#PART_II._4

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