Frases sobre seis
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“Pessimista — eu não o sou. Ditosos os que conseguem traduzir para universal o seu sofrimento. Eu não sei se o mundo é triste ou mau nem isso me importa, porque o que os outros sofrem me é aborrecido e indiferente. Logo que não chorem ou gemam, o que me irrita e incomoda, nem um encolher de ombros tenho — tão fundo me pesa o meu desdém por eles — para o seu sofrimento.

Mas nem quem crê que a vida seja meio luz meio sombras. Eu não sou pessimista. Não me queixo do horror da vida. Queixo-me do horror da minha. O único facto importante para mim é o facto de eu existir e de eu sofrer e de não poder sequer sonhar-me de todo para fora de me sentir sofrendo.

Sonhadores felizes são os pessimistas. Formam o mundo à sua imagem e assim sempre conseguem estar em casa. A mim o que me dói mais é a diferença entre o ruído e a alegria do mundo e a minha tristeza e o meu silêncio aborrecido.

A vida com todas as suas dores e receios e solavancos deve ser boa e alegre, como uma viagem em velha diligência para quem vai acompanhado (e a pode ver).

Nem ao menos posso sentir o meu sofrimento como sinal de Grandeza. Não sei se o é. Mas eu sofro em coisas tão reles, ferem-me coisas tão banais que não ouso insultar com essa hipótese a hipótese de que eu possa ter génio.

A glória de um poente belo, com a sua beleza entristece-me. Ante ele eu digo sempre: como quem é feliz se deve sentir contente ao ver isto!

E este livro é um gemido. Escrito ele já o Só não é o livro mais triste que há em Portugal.

Ao pé da minha dor todas as outras dores me parecem falsas ou íntimas. São dores de gente feliz ou dores de gente que vive e se queixa. As minhas são de quem se encontra encarcerado da vida, à parte…

Entre mim e a vida…

De modo que tudo o que angustia vejo. E tudo o que alegra não sinto. E reparei que o mal mais se vê que se sente, a alegria mais se sente do que se vê. Porque não pensando, não vendo, certo contentamento adquire-se, como o dos místicos e dos boémios e dos canalhas. Mas tudo afinal entra em casa pela janela da observação e pela porta do pensamento.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Livro do desassossego

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“Alegoria do Suicídio

Eu sei que hoje será o meu último dia na terra, eu decidi isso enquanto caminhava solitário pelas penumbras da noite. Procurei por cada canto daquela vazia avenida, e não encontrei nenhum motivo para existir.

Todos os motivos que eu supostamente haveria de encontrar eram mentiras contadas por mim mesmo afim de prolongar o castigo de viver.

Voltei para casa, peguei aquela velha corda que ficava guardada na segunda gaveta, amarrei-a sobre o teto, e me dependurei sobre a miséria.

Ali estava eu, debatendo-me enquanto sentia o nó daquela velha corda quebrando cada centímetro do meu pescoço, enquanto a minha alma escapava do meu corpo.

Eu me debatia, e meus olhos lacrimejavam-se, talvez, fossem lágrimas de arrependimento. Mas agora já era tarde demais…

Eu morri e minha alma caiu de joelhos diante da figura de um homem, aquele era eu, uma versão mais madura de mim que já havia passado por todos esses momentos de dor e agonia.

Acreditei por alguns segundos, estar diante da morte, pois o meu corpo ainda estava ali dependurado sobre a sala de estar.

Caminhei lado a lado com aquele homem misterioso, que com os dedos apontou para as estrelas e com uma voz suave ele me disse:

- Se algum dia o desejo da morte gritar em seu rosto, não aperte o gatilho! Pense nas estrelas, elas morrem não porque elas querem, e sim porque chegou a hora.



Viver sozinho é como mergulhar no infinito e voar até o céus tocando as nuvens e as estrelas

Estar sozinho é como voltar no tempo e sentir-se novamente uma criança ou um deus a vagar pelo cosmos

Andar sozinho é como viajar até o paraíso acompanhado por anjos ou dançar no inferno acompanhado por diabos

Viver sozinho… é também sentir a navalha cortar seus pulsos enquanto seu sangue jorra em alto mar é sufocar-se nas próprias lágrimas até que o seu pulmão se encha de sangue e a luz dos seus olhos se apague

Sobreviver sozinho é renascer do castigo de existir é limpar o sangue com as próprias mãos é caminhar mesmo quando já não existe mais chão é matar quando não te oferecem perdão é amar a si mesmo por compaixão

É viver sendo o único deus na escuridão…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Diálogo entre um Psicólogo Niilista e um Depressivo Existencialista

- Você poderia me explicar o por quê da consulta? Perguntou o nobre Psicólogo arrumando os óculos; Com a cabeça baixa e o cabelo cobrindo seu rosto Adam responde – Existe algo em mim que eu não sei explicar, e esse algo fere a todos que se aproximam de mim (…) – E o que seria esse algo Adam? Perguntou.

É Como um peso que tira de mim a vontade de viver, que dilacera toda esperança que havia em mim, um peso tão pesado que há dias do qual eu simplesmente não quero e não consigo sair da cama. E esse peso se transforma em uma dor gritante que ecoa no vazio do meu coração mostrando para mim que meu nascimento foi um erro, e tudo que eu sou é decepção (…) Adam olha com os olhos cheios de lágrimas para o psicólogo, e desvia o olhar.

- E Para que viver? Respondeu o psicólogo de forma fria, ajeitando seus óculos finos.

Adam sem saber o que responder, apenas disse aquilo que havia preso em seu coração; - Para que viver? Porque todos vivem, amam, festejam, abraçam e sorriem enquanto eu sofro e choro em um quarto escuro escutando todos a minha volta dizer que eu sou um fracasso! Queria eu sair desse quarto e realizar algum sonho, escrever, publicar, e alcançar alguma coisa! Para que viver? A vida é bela e cruel mas não foi feita para mim, eu só queria viver e conquistar alguma coisa!

- A Vida não foi feita para nenhum de nós, tudo que existe ou já existiu nesse planeta nada mais é do que o reflexo do tempo repelido nesta vastidão cósmica que conosco nada se importa, somos apenas macacos… macacos vivendo em sociedade com outros macacos buscando desesperadamente um motivo para viver! Então eu te pergunto novamente adam.

Para que viver?

Adam espantado com o discurso do psicólogo, não compreendia a situação afinal tudo que ele queria era ajuda para sua depressão. E ao tirar o cabelo da cara e respirar fundo Adam responde

Por que você vive?

Eu não vivo, eu só existo (…) Existo para mim e amo a mim mesmo, todos os dias durmo e acordo comigo, e no auge do meu egoísmo Niilista eu ajudo aqueles que ainda não entenderam para que serve a vida. Respondeu o psicólogo ajeitando seus óculos

Então para que serve a vida!!! gritou Adam

- Para nada… só para existir.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“[Ah o amor…] que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.”

Luís Vaz de Camões (1524–1580) poeta português

Lyric poetry, Não pode tirar-me as esperanças

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“Poema – Lágrimas de quem nunca chorou

Oh Noite
musa dos meus devaneios
o sonho inquietante de uma criança solitária

Que o seu manto frio
sirva como um cobertor aos vermes
que se alimentam do meu cadáver;

A minha alma
vagou até o meu passado
sentou-se ao meu lado na minha velha infância

E proclamou palavras
que não deveriam ser ditas
a nenhuma criança

- Por que nasceste?
Oh praga imunda!

Me matei aos dez anos de idade
e até hoje eu posso ouvir
os meus gritos de desespero

Eu sempre fui uma criança maldita
olhavam-me como um monstro
que desejavam matar

Isolavam-me dos outros
como uma praga que corrói
as entranhas dos santos

E fazem das freiras
ninfas perversas

Ah tanta dor em mim
dores que eu nem mesmo sei explicar

E estas dores
que me fazem sentir e chorar
são parte de quem sou
forças que me ajudam a lutar

Rasguei os meus punhos
na frente de todos os deuses
e os afoguei em meu próprio sangue

Agora os seus filhos
recitam os meus poemas
sobre o túmulo dos seus pais

Sintam em meus versos
a minha dor!

Deixem que o diabo
que vive em seu peito
destrua o que restou das suas vida

Transformando-os nos sonhos
de um futuro que nunca aconteceu

Nas harmonias poéticas
destas metáforas
há verdades tão cruéis

Que fariam de Pilatos um santo
e de Cristo o próprio Diabo

Se os meus poemas são gritos de ajuda
e as suas leituras pedidos de socorro

Então deixem-me morrer em seu nome
derramem sobre o meu cadáver
todas as suas dores

Dancem com as bruxas
sobre o luar da meia noite!

Sintam o pecado fluir em seu sangue
como os vermes que se alimentaram
dos despojos podres de Cristo

Deixem que a minha loucura
infecte a sua alma
e mate o seu espirito

Viajei entre galáxias vivas
cheias de vida
mas somente na morte das estrelas
eu encontrei a mim mesmo

Eu não sou um homem!
tampouco um Poeta

Eu sou a miséria que vive em seu peito
e o suicídio de todas as suas convicções!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Poesia Existencialismo Morte

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“Poema - 11/02/1963

Canções negras
transformam almas vazias
em deuses ou suicidas!

Quando encontrarem o meu corpo
atendam o meu último pedido

Não enxuguem as lágrimas em meus olhos
pois nelas estão todos os meus sonhos;

Quem sou eu?
senão o pior de todos os homens

As feridas nas mãos de Cristo
e o sorriso de Judas ao vê-lo morrer

Abdiquei-me de todas as coisas
os meus martírios
reduziram-me a nada

Deitado nesta cama
adoeço todas as noites

Reviro-me de um lado
para o outro
com a escuridão
me engolindo a cada segundo

Grito por ajuda
mas aqueles que podem me ouvir
tampouco podem compreender
as minhas dores

Tento me levantar
com as minhas próprias pernas
mas as minhas asas quebradas
prendem-me em meu próprio abismo

Recolho-me como uma
criança solitária

Abraço as minhas próprias pernas aos prantos
e chorando pergunto a mim mesmo

- Por que nasceste?
oh criatura infernal

Vejo em mim todas as pragas
e todas as dores

Como uma doença
que se espalha pelo mundo
eu mato todas as flores
para sangrar em seus espinhos;

Como eu posso me olhar no espelho?
se nem mesmo sei quem eu sou

Como eu posso me levantar?
se o meu espirito se enforcou
em meio aos lençóis

As minhas dores se espalham
por todos os cantos da casa

Escrevo uma carta
para todos aqueles que
acredito que sentiriam a minha falta

Com os pés sujos de sangue
nem mesmo a solidão
caminha ao meu lado

Enforco-me aonde ninguém
pode me ouvir gritar

Sinto as cordas quebrando
o meu pescoço
levando as minhas ultimas dores
para o vale dos suicidas;

Uma voz doce clama pelo meu nome
um anjo tão belo
quanto as estrelas que brilham na escuridão
me acolhe em seus braços

Deito-me em suas pernas
e suas mãos doces
enxugam as lágrimas em meus olhos

Eu me enforquei naquele quarto
para renascer na sua vida…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Poema – CAPS

Na ala psiquiátrica
eu sou apenas mais um
com sonhos inertes em camisas de força
e dores escondidas em uma demonstração de apatia

Os suicidas escondem-se em salas negras
gritos de desespero ecoam por todo o corredor

Os homens de branco
querem salvar a minha alma
envenenando a minha mente
com remédios que nunca dariam aos seus filhos

Sentado em silencio
olhando em seus olhos
eles me perguntam o que estou sentindo

Andando de um lado para o outro
não consigo me expressar

Como eu poderia explicar a minha dor?
para um homem que nunca
colocou uma corda em seu pescoço

Mais um dia se passou
e eu permaneci em silencio

As visitas dizem
que tudo isso é para o meu bem
palavras de amor manchadas com pena

Há uma corrente em meus pés
que me impede de fugir
eu poderia removê-la e correr
em direção ao sol

Mas tudo isso é para o meu bem…

Deitado em uma sala vazia
em meio ao vômito
de um homem que se matou noite passada

Eu me aqueço com um cobertor
velho manchado de sangue

Noites solitárias e desejos suicidas
uma dor que não sei como explicar

Os homens de branco
vieram me visitar mais uma vez
me enchendo de remédios
dizendo que tudo isso
era para o meu bem

Estou encarando as paredes
não consigo sentir nada

- Por que eu estou em silencio!?
enquanto há vozes na minha mente

- Por que não há lágrimas em meus olhos?
enquanto existe dor em meu coração

- O que fizeram comigo?
talvez tudo isso seja para o meu bem…

Sentado em uma cadeira de rodas
eu não sei quantos anos se passaram

Restaram-me apenas as memórias
dos amores que eu vivi
do sonhos que eu sonhei

Mas aqui nesta cadeira de rodas
na ala psiquiátrica
eu sou apenas mais um
com sonhos inertes em camisas de força
e dores escondidas em uma demonstração de apatia

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Poema – Fluoxetina

‘’ Quando os padres
rogaram pelo meu nome
suas igrejas transformaram-se
em cinzas

Quando roguei pelos padres
transformei suas cinzas
em templos de dor’’

Existem mil versões de mim
aprisionadas dentro
da minha mente

Eu suplico para que a
minha parte boa vença essa guerra

Mas ela insiste em chorar
e dizer que não sou capaz

Aonde estão todos
os meus sonhos?

São estes restos
sufragados pelo meu medo?

Ascendam as luzes quando
vierem me visitar

Mas não se assustem
quando virem a escuridão

Eu choro lágrimas
que não pertencem
aos meus olhos

Olhando através
de quadros antigos
vejo uma criança solitária

Que nunca sentiu o amor
dos seus pais

Hoje eu vejo seus olhos
nos espelhos da vida
e peço perdão

Por não tê-la matado
quando tive a chance

Como um tolo acreditei
que eu poderia
fazê-los sorrir

Como um tolo acreditei
que eu poderia
fazer alguém feliz

Mas a felicidade
só existe na ausência
do meu corpo crucificado
em suas paredes

Ou das minhas fotografias
em seus álbuns de família

Sinto-me um ingrato
por não conseguir
retribuir o amor

Que todos vocês
deram por mim

Como um Deus
que foi sacrificado em vão
por aqueles que não conseguiram
retribuir o seu perdão

Hoje eu vejo aquela criança
perdida dentro
do meu subconsciente

Brincando com a sua inocência
e afogando na minha dor

Eu gostaria de sentar
ao seu lado e abraçá-la

Mas me conhecendo
sei que não vou conseguir senti-la

Então cairei de joelhos
e chorarei ao seu lado

Certa vez um homem sábio
me disse que eu nasci
para expressar a minha dor

Hoje eu sei que ele sempre
teve razão

Afinal
os tolos me chamam de Niilista
quando na verdade
eu sou apenas um homem quebrado

Se eu pudesse
daria a minha vida
para salvá-los da dor

Eu já sofro demais
vocês não merecem sofrer comigo

Prometo que trarei flores
aos mortos
quando o cavalo branco
vier me buscar…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“A esperança perdida

Quem sou?
Não sei.
Talvez o vento
Levou o meu nome.
Só não sei pra onde.”

Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, Amazon/Clube de Autores, 2017, pág. 51, ISBN: 9781549710971.

“Esperança perdida

Quem sou?
Não sei.
Talvez o vento
Levou o meu nome.
Só não sei pra onde.”

Original: A esperança perdida, Toque de Acalanto: Poesias, Amazon/Clube de Autores, pág. 51, ISBN: 9781549710971.

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“Poema – Solitude & Depressão

Há um demônio que vive dentro de mim
Todas as vezes que eu tento ser eu mesmo
Ele machuca as pessoas que eu amo

Então sou obrigado a fingir
Ser outro alguém

Aqueles que realmente me conhecem
Me olham com olhar de ódio e repulsa

Mas eu não posso culpá-los
Quem amaria um monstro como eu?

Tentei me esconder na solidão
Mas a depressão fez de mim
Vítima da minha própria doença;

Corri em meio a florestas
Atormentadas por bruxas e demônios
E pela primeira vez me senti em casa

Todas as manhãs ascendo velas
Para o diabo
E ele me conta histórias fantásticas

De um lugar repleto de luz
Aonde a minha escuridão
Não pode ferir ninguém;

Há uma criança tímida que vive
Dentro de mim

Tudo que ela queria fazer
Era amar e sorrir como uma pessoa normal

Mas quando olham diretamente em seus olhos
Eles veem apenas o demônio
Que tenta se esconder em meio as suas lágrimas

Hoje a única pessoa que eu acreditei
Que me amava
Disse que eu havia mudado

Ela finalmente descobriu quem eu realmente era
Sei que em algum momento ela irá embora
Como todos fazem

Mas eu não posso culpa-los…
Quem iria amar um monstro como eu?

Eu tento do fundo do meu coração
Ser uma boa pessoa
Mas até mesmo a minha forma de falar
Acaba ferindo aqueles que se aproximam de mim

Acredito fielmente
Que eu deveria me enforcar
Enquanto todos dormem

E deixá-los
Somente com as memórias
Do homem que eu nunca fui…

Mas há uma criança tímida
Que vive dentro de mim…

E tudo que ela queria fazer
Era sorrir e amar como uma pessoa normal

Mas por que?
Oh deus!

Por que?
Vocês não conseguem enxergá-la?

Tudo que veem é um
Demônio solitário
Clamando por um pouco de amor…

Me desculpem!
Por favor me desculpem
Por ter nascido!

Eu prometo que eu vou concertar
Esse erro algum dia…

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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“Poema – Fevereiro

Hoje eu tomarei todos os meus antidepressivos
Colocarei fogo na casa
E dormirei em meio as chamas

Não porque eu deixei de amá-la
Ou porque desisti da vida

E sim porque não existe em mim
Um único resquício de esperança…

Flertar com a morte
Me ajuda sobreviver dias infernais

Mas devo confessar a todos vocês
Já não tenho mais forças
Ou psicológico para continuar lutando

As minhas batalhas foram todas perdidas
Este não é um Poema
E sim uma despedida

Não há metáforas ou maldições
Capazes de esconder as feridas
Que corroem a minha alma

Tudo que eu fui um dia
Desapareceu com o tempo

As pequenas realizações
O amor que senti uma única vez
Os breves sonhos que nunca vão se realizar

Hoje tornaram-se memórias
De um cadáver podre
Que deitado em uma cama sozinho
Em posição fetal
Aguarda o acalanto abraço frio da morte

Sei que nunca mais serei capaz de amar outra pessoa
Até mesmo a insônia me abandonou
Me tornei escravo de medicamentos
Que me obrigam a dormir

Ainda não sei como dizer aos meus Pais e Amigos
Que eu estou indo embora

Se realmente me compreendessem
Ou sentissem a minha dor
Saberiam que essa é a minha única saída

Já fazem dois dias que eu não consigo
Parar de chorar
E o que eu deveria fazer?

Continuar mentindo para mim mesmo?
Inventando motivos para mover uma vida
Da qual odeio repulsivamente?

Apenas saibam que sim
Eu vivi lindos momentos

Amei intensamente um anjo
Que fez meus olhos brilharem

Espalhei pelo mundo
Poesias & Maldições
Descritas em livros!

Mas hoje…
Já não existe nada
Que seja capaz de me manter neste mundo

A solidão me assusta…
O amor me fez sangrar…

E nenhum abraço
É capaz de me salvar

Algumas pessoas dizem
Que o tempo será capaz de curar
As minhas feridas

Mas nenhum de vocês percebeu
Que não são as feridas que me machucam

E sim a ausência de um sorriso
Que um dia me deu motivos para viver

Quando eu estiver morto
Não chorem (…)
Lembrem-se que este velho Poeta

Que tanto flertou com a morte
Um dia se apaixonou pela vida
E sorriu ao menos uma única vez…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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“Cada brasileiro é um pouco rubro-negro. E a alegria rubro-negra não se parece com nenhuma outra, não sei se é mais funda ou mais dilacerada ou mais santa, só sei que é diferente.”

Artur da Távola (1936–2008)

Nelson Rodrigues como citado por Artur da Távola; pronunciamento https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/texto/178347 no Senado, 05/12/1995

“Agora homem, estou procurando uma grande mudança. Você sabe o que eu estou falando? Porque eu represento a Deus todo o caminho. Eu represento Deus até o fim. Então, estou procurando uma mudança agora. Quando eu sair daqui, eu não vou conversar com muita gente. Muitas pessoas com as quais não estou me envolvendo. Eu Sei que Deus me representa e eu represento Deus e ele sabe do que estou falando. Ele entende por que estou fazendo essa mudança e o que vou fazer, acredite nele. Então, estou procurando uma mudança.”

Crunchy Black (1974)

Perguntando o que sua reabilitação logo que ele saiu da prisão. Crunchy Black foi preso em 2007 por posse ilegal de armas e violência doméstica.
Fonte: Behind Bars With Crunchy Black: “This Jail Shit Ain’t Shit To Me”, Ural Garrett, Hip HopXD, 26 de junho de 2015 https://hiphopdx.com/interviews/id.2741/title.behind-bars-with-crunchy-black-this-jail-shit-aint-shit-to-me#,

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“Não tem dinheiro. Se não há o recurso, não fomos nós que criamos essa situação. Sempre uso uma expressão: não chegamos ao fundo do poço, passamos do fundo do poço. Uma atitude dessa natureza me impacta pessoalmente, mas sei o que serve para o estado. Para alguém que está com câncer, não adianta dar Novalgina. É preciso criar condições de manter a máquina funcionando, os serviços públicos funcionando.”

José Ivo Sartori (1948) Ex-Governador do Estado do Rio Grande do Sul

Governador do RS, discorrendo sobre a grave crise fiscal pela qual o estado passa, em entrevista concedida ao jornal Zero Hora — 25 de agosto de 2015.
Fonte: G1 http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/08/passamos-do-fundo-do-poco-define-jose-ivo-sartori-sobre-crise-no-rs.html

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“Para ser completamente honesta com você, nem sei direito do que você está falando. Então eu apenas direi que acho que todos deveriam ser amigos e que não deveriam existir brigas!”

Melanie Martinez (1995) cantora e compositora norte americana

Melanie Martinez, cantora, comentando sobre a briga que Nicki Minaj e Taylor Swift tiveram no microblogging Twitter
Fonte: Ladygunn.
Fonte: Ladygunn - Página 25 http://ladygunn.com/LADYGUNN12BEBEREXHA.pdf.

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“Apenas acordando nos gotta manhã graças a Deus.. Eu não sei, mas hoje parece meio estranho … Sem latidos dos cães, sem poluição E mamãe preparado um pequeno-almoço sem porco eu tenho o meu grub, mas não funcionavam porco fora Finalmente tenho um telefonema de uma garota quer cavar-lo mais tarde como eu bati o que pensa fazer eu vou viver, outros vinte e fo Eu tenho que ir porque eu me tenho uma capota E se eu acertar o interruptor, eu posso fazer a queda de bunda.. Tive que parar em um sinal vermelho que olha no espelho mym não um jacker em vista E tudo está bem eu tenho um bip do Kim e ela pode foder a noite toda.”

Ice Cube (1969)

"Just waking up in the morning gotta thank God.. I dont know but today seems kinda odd... No barking from the dogs, no smog And momma cooked a breakfast with no hog I got my grub on, but didnt pig out Finally got a call from a girl wanna dig out it up on later as I hit the do Thinking will i live, another twenty-fo I gotta go cause I got me a drop top And if I hit the switch, I can make the ass drop.. Had to stop at a red light Looking in mym mirror not a jacker in sight And everything is alright I got a beep from Kim and she can fuck all night."
Verificadas
Fonte: na música ( It Was A Good Day http://letras.mus.br/ice-cube/18646/)

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“Dentro das quatro linhas é que é o meu campo. Fora das quatro linhas, não sei jogar nele.”

Jorge Jesus (1954) treinador de futebol português

19-03-2014

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“Deuses Americanos tem de cerca de 200.000 palavras de duração, e eu tenho certeza que existem palavras que estão lá simplesmente porque eu gosto delas. Eu sei que eu não poderia justificar cada uma delas.”

Neil Gaiman (1960)

Em resposta a uma pergunta sobre se ele escreve de forma diferente para diferentes públicos, em uma entrevista em HarperCollins.com

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“Ah, e tal, eles nunca hão de conseguir fazer não sei quê a nós.”

" As experiências do Ricardo no "éter" ", Mixórdia de Temáticas 21-05-2014

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“Minha senhora, não lhe sei dizer, mas o Cavaco vai levar umas sarrafadas.”

" Com o número 12, Cavaco ", Mixórdia de Temáticas 20-05-2014

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“Isto é muito grave, não sei exactamente porquê mas é.”

" Ua ua uê ua uê ", Mixórdia de Temáticas 17-03-2014

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“Oh amigo, você dentro de cinco, seis meses vai parir uma vitela.”

" Psicanalista de província ", Mixórdia de Temáticas 29-11-2012

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“É que eu nunca sei o sexo das gasosas.”

" Sou contra os jovens ", Mixórdia de Temáticas 25-05-2012

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“Eu não sei se sabiam que Ana Malhoa tem um site na net.”

" Zonas de chill out ", Mixórdia de Temáticas 27-04-2012

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“Eu sei que marte te ajuda, Companheiro.”

Melo de. A canção do amor armado.2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.páginas; 45-6; ISBN9788581811949

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“Sim, a minha pobre alma anda morta de sono, e não a deixam dormir - tem frio, e não sei aquecer! Endureceu-me toda! secou, ancilou-se-me; de forma que movê-la - isto é: pensar - me faz hoje sofrer terríveis dores. E quanto mais a alma me endurece, mais eu tenho ânsia de pensar! Um turbilhão de idéias - loucas idéias!”

Mário de Sá-Carneiro (1890–1916)

me silva a desconjuntá-la, a arrepanhá-la, a rasgá-la, num martírio alucinate! Até que um dia - óh!é fatal - ela se me partirá voará em estilhaços... A minha pobre alma! A minha pobre alma!..."
Extractos de Confissão de Lúcio

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“Eu realmente não sei se você acredita em magia, eu não sei se você acredita em tudo no que eu acho que você sabe que eu acho, e há momentos em que um monte de gente tirar sarro de mim para as crenças que eu tenho como que ( aponta para uma imagem de Tinkerbell), assim (mostra sua tatuagem de Peter Pan), eu acredito em fadas. Como você pode estar errado nesta vida, como você pode ficar triste se alguém acredita em você? Tudo o que eu quero dizer é que não permitem que nada nem ninguém parar de acreditar em si mesmo, acreditar no que eles querem, mas acredito que, realmente acredito que, se você acreditar que é possível. E eu prometo a você que, se em algum momento você se sentir triste ou se sentir um pouco baixo, tudo vai mudar, algum dia.”

Anahí (1983)

De verdad yo no se si ustedes crean en la magia, yo no se si ustedes creen en todo en lo que yo creo que ustedes saben que creo, y hay veces que mucha gente se burla de mi por las creencias que tengo como esa (señala una imagen de Tinkerbell), como esta (muestra su tatuaje de Peter Pan), I do believe in fairies. Como se puede estar mal en esta vida, como puedes estar triste si alguien cree en ti. Lo único que yo les quiero decir es que nunca permitan que por nada ni por nadie dejen de creer en ustedes mismos, crean en lo que quieran pero crean, crean de verdad, si tu lo crees es posible. Y yo les prometo que si en algún momento se sienten tristes o se sienten un poquito cabis bajos, todo va a cambiar, algún día
Fonte: Anahí durante a abertura da canção Someday (DVD: Hecho En España), 2007. youtube v=kESGBcEWb1s

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“Eu acho que um dos meus cartões de crédito é corporativo da minha companhia, Wooden Spoons Productions. Eu não sei; meu contador faz isso. Eu não mexo com essa merda.”

Kirsten Dunst (1982) Atriz americana

"I think one of my credit cards is corporate for my company, Wooden Spoons Productions. I don't know; my financial adviser does that. I don't handle that shit."
Sobre dinheiro

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“No Brasil, o gasto público já é bastante descentralizado. Eu, como parlamentar, não defendo uma transferência maior de recursos para Estados e municípios. Eu sei que é uma posição heterodoxa, pode até ser chocante.”

José Serra (1942) político brasileiro

Na Comissão de Assunto Econômicos (CAE) do Senado Federal — 27 de março de 2019.
Vídeo no Canal do Senado no YouTube: www.youtube.com/watch?v=fG7cSkcBdvk&t=7699
Durante o governo Bolsonaro

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“Minha gente, estou feliz! Não sei dizer outra coisa. Como é gostoso voltar para casa!”

Carmen Miranda (1909–1955) atriz e cantora brasileira

Carmen Miranda ao desembarcar no aeroporto do Galeão em 3 de dezembro de 1954.

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“Não estou envergonhado de nada. Sei quem eu sou, e sou feliz. Atravesso uma turbulência, muitos já passaram por isso ou ainda vão passar. Sou um cara guerreiro e saudável. Vou continuar orando para o Papai do Céu me dar saúde. Não matei nem roubei ninguém. Queria deixar claro que não tenho nada a ver com a morte do Michael Jackson e nem fui eu quem trouxe a gripe suína para o Rio.”

Romario (1966) Senador da República e ex-jogador de futebol

Ao ser perguntado sobre as ações judiciais contra ele em Julho de 2009."
Fonte: Globoesporte.com, 20/07/09. http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/0,,MUL1236774-9825,00-ROMARIO+SOBRE+DIVIDAS+ACOES+JUDICIAIS+E+JOGOS+DE+AZAR+PARECE+QUE+VIREI+VILA.html

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“Eu acho que nenhuma mulher é mais linda do que uma grávida. Toda vez que eu vejo uma mulher grávida, eu fico olhando, quero agarrar a mulher, quero começar a dar beijo na barriga da mulher, porque a grávida tem uma beleza… Não sei o que acontece, mas é a coisa mais linda.”

Gisele Bündchen (1980) Supermodelo, empresária e filantropa brasileira

Verificadas
Fonte: Marie Claire. Data: Setembro de 2003.
Fonte: 10 ANOS DE GISELE BÜNDCHEN - "Homem nenhum vai me fazer sofrer", Lidice-Bá, Marie Claire, setembro de 2003 http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML591397-1739,00.html,

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“Poema – Emma

Eu nunca vou me esquecer daquela noite
Você havia ido embora
No dia que eu também decidi partir

Hoje nos culpamos pela morte dela
Talvez aquela criança tivesse o seu sorriso
Ou os meus olhos

Tentei te ligar algumas vezes
E eu sei que você também tentou me ligar

Deveríamos segurar as nossas mãos
Como fizemos naquela noite no hospital

Mas nos culpamos todas as manhãs
Pela morte da nossa única filha

Talvez,
Este único acontecimento catastrófico
Tenha sido o real motivo pelo qual
Você tenha ido embora

Ainda visito os mesmos lugares
Ontem fui mais uma vez naquela praça

Encontrei uma garotinha sorrindo
No mesmo momento eu lembrei da nossa pequena;

Confesso que chorei por algumas horas
No mesmo banco que transamos algumas vezes

Chorei até finalmente a chuva vir
E fundir-se com as minhas lágrimas

Eu sei que você se culpa
Pelo excesso de remédios

Mas talvez se eu estivesse ao seu lado
Ela estaria hoje falando ‘’ Mamãe’’ pela primeira vez

A culpa foi toda minha
Eu sou maldito demais!

Ferrado demais!
Para que a vida me presenteasse com uma filha

Você não deveria ter se envolvido com alguém
Que vendeu a sua alma para o Diabo
Em troca de alguns livros

A maldição está nos meu sangue
Eu nunca serei capaz de gerar uma vida
Sem antes gerar a morte em seu lugar

Eu não sei aonde você está agora
Nunca mais tive notícias suas

Eu continuo aqui
Tentando de alguma forma compensar a dor
De ter perdido vocês duas

Me culpando todas as noites
Por não ter conseguido realizar o seu maior sonho

Dizem que quando você entrega a sua Alma para o Diabo
Deus abençoa a pessoa que você mais ama com uma vida

Hoje eu decidi me enforcar
Talvez seja uma forma
De trazer equilíbrio sabe?

Se algum dia você ler este poema e eu não estiver mais aqui
Não desista de ser mãe com outro alguém

Pois eu já terei partido
E direi a nossa filha
Que você sempre a amou…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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