Frases sobre receio

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da receio, ser, homens, homem.

Frases sobre receio

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“Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos - e não sem motivo. Nunca nos procuramos: como poderia acontecer que um dia nos encontrássemos? Com razão alguém disse:'onde estiver teu tesouro, estará também teu coração'. Nosso tesouro está onde estão as colmeias do nosso conhecimento. Estamos sempre a caminho delas, sendo por natureza criaturas aladas e coletoras do mel do espírito, tendo no coração apenas um propósito - levar algo 'para casa'. Quanto ao mais da vida, as chamadas 'vivências', qual de nós pode levá-las a sério? Ou ter tempo para elas? Nas experiências presentes, receio, estamos sempre 'ausentes': nelas não temos nosso coração - para elas não remos ouvidos. Antes, como alguém divinamente disperso e imerso em si, a quem os sinos acabam de estrondear no ouvido as doze batidas do meio-dia, e súbito acorda e se pergunta 'o que foi que soou?', também nós por vezes abrimos depois os ouvidos e perguntamos, surpresos e perplexos inteiramente, 'o que foi que vivemos?', e também 'quem somos realmente?', e em seguida contamos, depois, como disse, as doze vibrantes batidas da nossa vivência, da nossa vida, do nosso ser - ah! e contamos errado… Pois continuamos necessariamente estranhos a nós mesmos, não nos compreendemos, temos que nos mal-entender, a nós se aplicará para sempre a frase: 'cada qual é o mais distante de si mesmo' - para nós mesmos somos 'homens do desconhecimento'…”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

On the Genealogy of Morals/Ecce Homo

Fiódor Dostoiévski photo

“Mas não é vergonhoso, não é humilhante!”Dir-me-eis talvez meneando a cabeça, com desprezo. “Tu tens sede de vida, mas queres resolver as questões vitais por meio de mal-entendidos lógicos. E que obstinação! Que imprudência com isso! Mas tens medo, apesar de tudo. Dizes inépcias, mas sentes-te feliz com elas. Dizes insolências, mas tens medo e te desculpas. Declaras que não receias ninguém, mas buscas as nossas boas graças. Tu nos asseguras que ranges os dentes, mas gracejas ao mesmo tempo, para nos fazer rir. Sabes que as tuas sentenças não valem nada […]. É possível que tenhas sofrido, mas não tens nenhum respeito pelo teu sofrimento. Há certas verdades em tuas palavras, mas falta-lhes pudor. Sob a ação da vaidade mais mesquinha, trazes a tua verdade para a praça pública, expõe-na no mercado, para alvo de chacota. Tens alguma coisa para dizer, mas o temor faz-te escamotear a última palavra, pois és insolente, mas não audaz. Gabas da tua consciência, mas não és capaz senão de hesitação, porque embora tua inteligência trabalhe, teu coração está emporcalhado pela libertinagem; ora, se o coração não é puro, a consciência não pode ser clarividente e nem completa. E como és importuno, como és molesto! Que palhaçada, a tua! Mentira tudo isso! Mentira! Mentira!”

Fiódor Dostoiévski (1821–1881) escritor russo

Notas do Subterrâneo ou Memórias do subsolo

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“Receio bem que a agradabilidade de uma ocupação nem sempre revele a sua propriedade.”

Jane Austen (1775–1817) romancista britânica

Variante: Receio bem que a agradibilidade de uma ocupação nem sempre revele a sua propriedade.

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“Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.”

Getúlio Dornelles Vargas (1882–1954) político brasileiro, 14° e 17° presidente do Brasil

Carta Testamento de Getúlio Dornelles Vargas (23 ou 24 de agosto de 1954). Este é o trecho que encerra a carta-testamento de Getúlio Dornelles Vargas, escrita pouco antes de seu suicídio.

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“Receio que tu não sigas o conselho do médico e continues a minar a tua saúde, até quando for tarde demais e não houver mais remédio. Nada mais posso fazer que rogar-te sobretudo que te alimentes.”

Sissi da Áustria (1837–1898) Sissi esposa do imperador Francisco José I e Imperatriz Consorte da Áustria e seus demais domínios de 1854 …

Francisco José I em carta à Sissi

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“Em uma grande vitória, o que existe de melhor, é que ela tira do vencedor o receio de uma derrota.”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

Das Beste an einem großen Siege ist, daß er dem Sieger die Furcht vor einer Niederlage nimmt.
Nietzsches Werke‎ - Página 183, Friedrich Wilhelm Nietzsche - Alfred Kröner, 1921 - 376 páginas

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“O Optimista pensa que este é o melhor de todos os mundos possíveis. O Pessimista receia que isso seja verdade.”

Robert Oppenheimer (1904–1967)

"The Optimist thinks this is the best of all possible worlds, the Pessimist fears it is true."
Também atribuida a Oscar Wilde
citado em Russia & Eurasia Documents Annual: Central Eurasian States‎ - Página 88, editado por David F. Duke - Publicado por Academic International Press, 2004, v. 2, ISBN 0875692575, 9780875692579 - 395 páginas
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“Não receies que o destino te contradiga; o destino jamais contradiz os homens que nele esperam, e sempre cumpre as promessas que, em seu nome, fazem os fortes.”

Amado Nervo (1870–1919)

No receles que el destino te contradiga; el destino jamás contradice a los hombres que esperan en el, y siempre cumple las promesas que en su nombre hacen los fuertes.
Obras completas de Amado Nervo‎ - Página 49, de Amado Nervo, Alfonso Reyes - Publicado por Biblioteca nueva, 1920

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“O senhor é tão jovem, tem diante de si todo começo, e eu gostaria de lhe pedir da melhor maneira que posso, meu caro, para ter paciência em relação a tudo que não está resolvido em seu coração. Peço-lhe que tente ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. E é disto que se trata, de viver tudo. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas. Talvez o senhor já traga consigo a possibilidade de construir e formar, como um modo de viver especialmente afortunado e puro; eduque-se para isso. Mas aceite com grande confiança o que vier, e se vier apenas de sua vontade, se for proveniente de qualquer necessidade de seu íntimo, aceite-o e não o odeie. A carne é um fardo, verdade. Mas é difícil a nossa incubência, quase tudo o que é sério é difícil, e tudo é sério. Se o senhor reconhecer apenas isso e chegar a conquistar, a partir de si, de sua disposição e de seu modo de ser, de sua experiência e infância, uma relação inteiramente própria (não dominada pela convenção e pelo hábito) com a carne, então o senhor não precisa mais ter receio de se perder e se tornar indigno de sua melhor posse.”

Rainer Maria Rilke (1875–1926)

Fonte: RILKE, Rainer Maria. Cartas a um Jovem Poeta. Trad. Paulo Rónai. 10. ed. Porto Alegre: Editora Globo, 1980

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“Há quem não confie na integridade e capacidade dos povos para governar-se. Para todos aqueles que entretêm tais receios vou mais respeitosamente dizer que não tenho nenhum receio… Se um homem não é capaz, e não deve ser confiável pelo seu próprio governo, ele será confiável com o governo de outros … Quem, então, irá reger? A resposta deve ser, homens - para nós que não temos anjos sob a forma de homens, até agora, que estejam dispostos a assumir a responsabilidade dos nossos assuntos políticos.”

Andrew Johnson (1808–1875)

There are some who lack confidence in the integrity and capacity of the people to govern themselves. To all who entertain such fears I will most respectfully say that I entertain none... If a man is not capable, and is not to be trusted with the government of himself, is he to be trusted with the government of others... Who, then, will govern? The answer must be, Man — for we have no angels in the shape of men, as yet, who are willing to take charge of our political affairs.
Declaração (1853) como citado em “Andrew Johnson, Plebeian and Pátriot” (1928) por Robert Watson Winston

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“Sem a base do receio toda a clemência é ruinosa.”

Torquato Tasso (1544–1595)

e ruinosa è senza la base del timor ogni clemenza.
Opera colle controversie sulla Gerusalemme, Volumes 31-32‎ - Página 124 http://books.google.com.br/books?id=laBq-6H40TAC&pg=PA124, Torquato Tasso - 1831

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“O ciúme, o receio de deixar, e o medo de ser deixado, são as dores inseparáveis do declínio do amor.”

François de La Rochefoucauld (1613–1680) Escritor, moralista e memorialista francês

La jalousie, la méfiance, la crainte de lasser, la crainte d'être quitté, sont des peines attachées à la vieillesse de l'amour
Œuvres de La Rochefoucauld - Volume 1, Página 303 http://books.google.com.br/books?id=8t0NAAAAQAAJ&pg=PA303, François La Rochefoucauld (duc de), Henri de Régnier - L. Hachette et cie., 1868

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“Ninguém que receia rir de seu amigo pode dizer que tem verdadeiro e pleno afeto por ele.”

Augustus William Hare (1792–1834)

Fonte: Revista CARAS, Edição 689, de 17 de Janeiro de 2007.

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“Abandonaríamos muitas coisas, Se não tivéssemos o receio de que os outros as recolhessem.”

Oscar Wilde (1854–1900) Escritor, poeta e dramaturgo britânico de origem irlandesa
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“Ser tímido em relação a uma pessoa é confessarmos a nossa inferioridade perante ela. Mas tal receio de lhe desagradar, mesmo lisonjeando-a, não a obriga a simpatizar conosco.”

Variante: Ser tímido em relação a uma pessoa é confessarmos a nossa inferioridade perante ela. Mas tal receio de lhe desagradar, mesmo lisonjeando-a, não a obriga a simpatizar connosco.

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“Pessimista — eu não o sou. Ditosos os que conseguem traduzir para universal o seu sofrimento. Eu não sei se o mundo é triste ou mau nem isso me importa, porque o que os outros sofrem me é aborrecido e indiferente. Logo que não chorem ou gemam, o que me irrita e incomoda, nem um encolher de ombros tenho — tão fundo me pesa o meu desdém por eles — para o seu sofrimento.

Mas nem quem crê que a vida seja meio luz meio sombras. Eu não sou pessimista. Não me queixo do horror da vida. Queixo-me do horror da minha. O único facto importante para mim é o facto de eu existir e de eu sofrer e de não poder sequer sonhar-me de todo para fora de me sentir sofrendo.

Sonhadores felizes são os pessimistas. Formam o mundo à sua imagem e assim sempre conseguem estar em casa. A mim o que me dói mais é a diferença entre o ruído e a alegria do mundo e a minha tristeza e o meu silêncio aborrecido.

A vida com todas as suas dores e receios e solavancos deve ser boa e alegre, como uma viagem em velha diligência para quem vai acompanhado (e a pode ver).

Nem ao menos posso sentir o meu sofrimento como sinal de Grandeza. Não sei se o é. Mas eu sofro em coisas tão reles, ferem-me coisas tão banais que não ouso insultar com essa hipótese a hipótese de que eu possa ter génio.

A glória de um poente belo, com a sua beleza entristece-me. Ante ele eu digo sempre: como quem é feliz se deve sentir contente ao ver isto!

E este livro é um gemido. Escrito ele já o Só não é o livro mais triste que há em Portugal.

Ao pé da minha dor todas as outras dores me parecem falsas ou íntimas. São dores de gente feliz ou dores de gente que vive e se queixa. As minhas são de quem se encontra encarcerado da vida, à parte…

Entre mim e a vida…

De modo que tudo o que angustia vejo. E tudo o que alegra não sinto. E reparei que o mal mais se vê que se sente, a alegria mais se sente do que se vê. Porque não pensando, não vendo, certo contentamento adquire-se, como o dos místicos e dos boémios e dos canalhas. Mas tudo afinal entra em casa pela janela da observação e pela porta do pensamento.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Livro do desassossego

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