Frases sobre culto

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da culto, homens, homem, ser.

Frases sobre culto

“Oriente e Ocidente


Quem és tu que julgas o servo alheio?… v.4


Quando os alunos do sudeste da Ásia tiveram aulas com um professor visitante, este aprendeu uma lição. Depois de dar aos alunos um teste de múltipla escolha, surpreendeu-se ao descobrir muitas perguntas sem resposta. Enquanto devolvia os testes corrigidos, ele sugeriu que, da próxima vez, em vez de deixar respostas em branco eles deveriam dar um palpite. Surpreso, um dos estudantes levantou a mão e perguntou: “E se eu acidentalmente acertar a resposta? Estaria dando a entender que sabia a resposta.” O aluno e professor tinham perspectivas e práticas diferentes.

Nos dias do Novo Testamento, os convertidos judeus e gentios vinham para Cristo com perspectivas tão diferentes quanto o Oriente dista do Ocidente. Em pouco tempo, eles estavam em desacordo sobre assuntos tão diversos como dias de culto e o que um seguidor de Cristo seria livre para comer ou beber. O apóstolo Paulo exortou-os a lembrar um fato importante: Nenhum de nós está em posição de saber ou julgar o coração do outro.

Por uma questão de harmonia com outros cristãos, Deus nos exorta a percebermos que todos nós somos responsáveis diante de nosso Senhor, por agir de acordo com a Sua Palavra e nossa consciência. No entanto, somente Ele está em posição de julgar as atitudes do nosso coração (Romanos 14:4-7).

Seja lento para julgar os outros, 
mas rápido para julgar-se a si mesmo. Mart De Haan”

“Um de nós


…naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. v.18


No culto memorial para Charles Schulz (1922–2000), criador da tira cômica Peanuts, sua amiga, a cartunista Cathy Guisewite, falou sobre a sua humanidade e compaixão. “Ele deu a todos nós os personagens que sabiam exatamente como todos nós nos sentimos, que nos fizeram sentir que nunca estávamos sozinhos. Em seguida, ele se entregou a nós e nos fez sentir que nós nunca estávamos sozinhos. Ele nos encorajou. Ele tinha empatia e nos fez sentir que era exatamente como nós.”

Quando sentimos que ninguém nos entende ou pode nos ajudar, somos lembrados de que Jesus deu-se a si mesmo por nós, e Ele sabe exatamente quem somos e o que estamos enfrentando hoje.

Hebreus 2:9-18 apresenta a incrível verdade que Jesus compartilhou igualmente a nossa humanidade durante a Sua vida na Terra (v.14). Ele provou a morte por todos (v.9), destruiu o poder de Satanás (v.14), e livrou todos “que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (v.15). Jesus foi como nós, “…semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus” (v.17). Obrigado, Senhor, por compartilhar nossa humanidade, para que pudéssemos conhecer a Tua ajuda hoje e viver em Tua presença para sempre.

Ninguém nos entende como Jesus. David C. McCasland”

“Além das etiquetas


…Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. v.8


Certa igreja na minha cidade tem um cartão de boas-vindas único que capta o amor e a graça de Deus para todos. Ele diz: “Se você é: santo, pecador, perdedor, vencedor” — seguido por muitos outros termos usados para descrever as pessoas em dificuldades — “alcoólatra, hipócrita, trapaceiro, amedrontador, desajustado… Você é bem-vindo aqui.” Um dos pastores me disse: “Lemos esse cartão em voz alta juntos em nossos cultos todos os domingos.”

Quantas vezes aceitamos rótulos e permitimos que eles definam quem somos. E com que facilidade rotulamos os outros. Mas a graça de Deus desafia os rótulos porque está enraizada em Seu amor, não em nossa autopercepção. Se nos vemos como maravilhosos ou terríveis, capazes ou desamparados, podemos receber a vida eterna como um presente dele. O apóstolo Paulo relembrou aos seguidores de Jesus em Roma que “…Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Romanos 5:6).

O Senhor não exige que mudemos por nosso próprio poder. Em vez disso, Ele nos convida a vir como somos para encontrar esperança, cura e liberdade nele. “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (v.8). O Senhor está pronto e disposto a nos receber tal como somos.

O perdão de Deus desafia as nossas falhas ou orgulho. David C. McCasland”

“As pequenas coisas


Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto… Tiago 1:17


Minha amiga Glória me ligou emocionada. Ela não podia sair de casa, exceto para ir ao médico. Por isso, entendi por que ela estava tão feliz em me dizer: “Meu filho colocou um novo alto-falante em meu computador e agora posso ir à igreja!” Agora ela podia ouvir a transmissão ao vivo do culto de sua igreja, estava feliz pela bondade de Deus e pelo: “melhor presente que o meu filho poderia ter me dado”!

Glória me ensina sobre ter o coração agradecido. Apesar de suas muitas limitações, ela é grata por pequenas coisas — pores de sol, ajuda da família e dos vizinhos, momentos tranquilos com Deus e a possibilidade de permanecer em seu próprio apartamento. A vida inteira Deus proveu por suas necessidades e ela fala dele a todos que a visitam ou telefonam.

Não sabemos quais as dificuldades que o autor do Salmo 116 encontrou. Alguns comentários bíblicos dizem que foi, provavelmente, doenças, pois ele disse, “Laços de morte me cercaram…” (v.3). Mas ele agradeceu ao Senhor por ser justo e cheio de compaixão, quando ele estava “prostrado” (vv.5,6).

Quando estamos nos sentindo fracos, pode ser difícil olhar para cima. No entanto, se o fizermos, veremos que Deus é o Doador de todas as boas dádivas em nossa vida — grandes e pequenas — e aprendemos a dar-lhe graças.

O louvor a Deus é natural 
quando você conta as suas bênçãos. Anne Cetas”

“A coragem de Kossi


Não terás outros deuses diante de mim. […]. Não as adorarás, nem lhes darás culto… Êxodo 20:3,5


Enquanto aguardava por seu batismo no rio, Kossi inclinou-se para pegar uma velha escultura de madeira. Sua família tinha adorado esse objeto por gerações, e, agora o viam jogá-la no fogo preparado para a ocasião. Não mais escolheriam suas melhores galinhas para o sacrifício a esse deus.

No Ocidente, a maioria dos cristãos pensa em ídolos como metáforas para o que colocam no lugar de Deus. No Togo, África Ocidental, os ídolos representam, literalmente, os deuses que devem ser apaziguados com sacrifícios. A queima do ídolo e o batismo representam uma declaração corajosa sobre a fidelidade do novo cristão ao único Deus verdadeiro.

Aos 8 anos, o rei Josias chegou ao poder em meio à cultura de adoração aos ídolos e obcecada por sexo. Seu pai e o avô tinham sido dois dos piores reis em toda a história sórdida de Judá. Nesse contexto, o sumo sacerdote descobriu o Livro da Lei, e quando o jovem rei ouviu suas palavras, guardou-as no coração (22:8-13). Josias destruiu os altares, queimou os itens dedicados à deusa Astarote e aboliu a prostituição ritual (cap.23). Em vez disso, celebrou a Páscoa (23:21-23).

Ao procurarmos respostas que não vêm de Deus, consciente ou inconscientemente, perseguimos um falso deus. Quais os ídolos, literais ou em sentido figurado, que precisamos jogar no fogo?

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. 
1 João 5:21 Tim Gustafson”

Mahátma Gándhí photo

“"sete pecados sociais":
Política sem princípios,
Riqueza sem trabalho,
Prazer sem consciência,
Conhecimento sem caráter,
Comércio sem moralidade,
Ciência sem humanidade,
Religião sem sacrifício.”

Mahátma Gándhí (1869–1948) líder político e religioso indiano

seven social sins: Politics without principles, Wealth without work, Pleasure without conscience, Knowledge without character, Commerce without morality, Science without humanity, Worship without sacrifice
Mahatma Gandhi; Uma lista fechando um artigo em "Young India" (22 de Outubro 1925); "Collected Works of Mahatma Gandhi" Vol. 33 (PDF) p. 135 http://www.gandhiserve.org/cwmg/VOL033.PDF

José Martí photo

“Ser culto para ser livre.”

José Martí (1853–1895) edicoes em lingua portugues
Michel De Montaigne photo
Pitágoras photo
Prentice Mulford photo
Arthur Schopenhauer photo
Friedrich Nietzsche photo

“(…) não existe, talvez, nada mais assustador e mais sinistro em toda a pré-história do homem que a sua técnica para se lembrar das coisas.” Alguma coisa é impressa, para que permaneça na memória: apenas o que dói incessantemente é recordado” – este é uma proposição central da mais antiga (e, infelizmente, também a mais duradoura) filosofia na Terra. Uma pessoa pode até sentir-se tentada a dizer que algo deste horror – através da qual em tempos se fizeram promessas por toda a Terra e foram dadas garantias e empenhamentos -, algo disto ainda sobrevive sempre que a solenidade, seriedade, secretismo e cores sombrias se encontram na vida dos homens e das nações: o passado, o passado mais longo, mais profundo e mais desagradável, respira sobre nós e brota em nós sempre que nos tornamos “sérios”. As coisas nunca avançaram sem sangue, tortura e vítimas, quando o homem achou necessário forjar uma memória de si próprio. Os sacrifícios e as oferendas mais horrendos (…), as mutilações mais repulsivas (…), os rituais mais cruéis de todos os cultos religiosos ( e todas as religiões são, nas suas fundações mais profundas, sistemas de crueldade) - todas estas coisas tem origem naquele instinto que adivinhou que a mais poderosa ajuda da memória era a dor.
Num certo sentido, todo o ascetismo faz parte disto: algumas ideias tem de tornar-se inextinguíveis, omnipresentes, inesquecíveis, “fixas” – com o objectivo de hipnotizar todo o sistema nervoso e intelecto através destas “ideias fixas” – e os procedimentos e formas de vida ascéticos são o meio de libertar essas ideias da competição com todas as outras ideias, para torna-las “inesquecíveis”. Quanto maior era a memoria da humanidade, mais assustadores parecem ser os seus costumes; a dureza dos códigos de punição, em particular, dá uma medida da quantidade de esforço que é necessária para triunfar sobre o esquecimento e tornar estes escravos efémeros da emoção e do desejo atentos a alguns requisitos primitivos de coabitação social. (…) Para dominar (…) recorreram a meios assustadores (…) de apedrejamento, (…), a empalação na estaca, a dilaceração ou o espezinhamento por cavalos, (…), queimar o criminoso em azeite (…), a prática popular de esfolamento, (…) cobrir o criminoso de mel e deixá-lo às moscas num sol abrasador. Com a ajuda deste tipo de imagens e procedimentos, a pessoa acaba por memorizar cinco ou seis “Não farei”, fazendo assim a promessa em troca das vantagens oferecidas pela sociedade. E de facto! com a ajuda deste tipo de memória, a pessoa acaba por “ver a razão”! Ah, razão, seriedade, domínio das emoções, todo o caso sombrio que dá pelo nome de pensamento, todos esses privilégios e exemplos do homem: que preço elevado que foi pago por eles! Quanto sangue e horror está no fundo de todas as “coisas boas”!”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

On the Genealogy of Morals

Erich Fromm photo

“O nacionalismoé a nossa forma de incesto, é a nossa idolatria, é a nossa insanidade. "Patriotismo" é o seu culto.”

Nationalism is our form of incest, is our idolatry, is our insanity. "Patriotism" is its cult.
Erich Fromm, The Sane Society (1955)

Rachel de Queiroz photo
Novalis photo
Martha Medeiros photo
Virginia Woolf photo
Stefan Zweig photo
Baltasar Gracián photo
Epitácio Pessoa photo

“Dos países cultos dotados de matas e ricas florestas, o Brasil é talvez o único que não possui um código florestal.”

Epitácio Pessoa (1865–1942) político brasileiro, 11° presidente do Brasil

Em 1920, o Presidente Epitácio Pessoa, preocupado com a preservação e restauração de matas
Fonte: O Pau Brasil - Caesalpinia Echinata. Um pouco de História. http://www.fazendasantagertrudes.com.br/roteiro/roteiro04_dir.html

Oscar Wilde photo
Georg Simmel photo
Aristoteles photo
Agostinho da Silva photo
Maria Alice Vergueiro photo

“Eu me sinto uma musa cult”

Sobre o sucesso repentino de "Tapa na Pantera" na internet; entrevista http://multimidia.terra.com.br/jornaldoterra/interna/0,,OI80265-EI856,00.html ao Jornal do Terra, 7 de agosto de 2006

Liev Tolstói photo
Lêdo Ivo photo
Michel Onfray photo
Aristoteles photo
Baltasar Gracián photo
Jair Bolsonaro photo
Robert Green Ingersoll photo

“A justiça é o único culto, O amor é o único sacerdote. A ignorância é a única escravidão, A felicidade é o único bem. A hora de ser feliz é agora, O lugar para ser feliz é aqui. A maneira de ser feliz, é fazer os outros felizes.”

Robert Green Ingersoll (1833–1899)

Mark Nottingham, the Justice is the only worship. Love is the only priest. Ignorance is the only slavery. Happiness is the only good. The time to be happy is now. The place to be happy is here. The way to be happy is to make others so.
Robert Green Ingersoll in: The Freethinker - Volume 118, Edições 4-12 https://books.google.com.br/books?id=DBWDvceFJL8C - Página 3, G.W. Foote, 1998
Atribuídas

Arthur de Gobineau photo

“Ademais, na presente era, eu penso, oferece-nos facilidades peculiares para tal inquérito. Enquanto sua maior inquietude nos incita a uma forma de química histórica, também facilita nosso labor. As numerosas místicas, a profunda escuridão que de tempos imemoriais velou os primórdios da civilização, diferente da nossa, agora desaparecem e se dissolvem sob o sol da ciência. Um método analítico de maravilhosa delicada fez uma Roma, desconhecido até mesmo a Lívio, surgir diante de nós sob as mãos de Niebuhr, e transpareceu para nós as verdades que jaziam escondidas nos contos da Antiga Grécia. Em outro quarto do mundo, os povos germânicos, tanto tempo incompreendidos, surgem a nós tão grandiosas e majestosas quanto eram vistos como bárbaros pelos cultos do Império Tardo. O Egito abre suas tumbas subterrâneas, traduz seus hieróglifos, e revela a era das pirâmides. A Assíria desnuda seus palácios com suas incontáveis inscrições, que até ontem se encontravam despercebidas embaixo das próprias ruínas. O Irã de Zoroastro não guardou nenhum segredo dos olhos investigativos de Burnouf, e o Vedas da Antiga Índia nos transporta de volta a eventos não distantes da aurora da criação. De todas estas conquistas juntas, tão importantes por si mesmas, herdamos um grande e verdadeiro entendimento de Homero, Heródoto, e especialmente dos primeiros capítulos da Bíblia, profundamente imersa na verdade, cujas riquezas somente poderemos começar a apreciar quando a interpretarmos com a mente totalmente iluminada.”

Arthur de Gobineau (1816–1882)

Fonte: A desigualdade das raças humanas, pg. 12

Max Moreno photo

“O conhecimento te torna culto. Mas é a generosidade que te torna humano.”

Max Moreno (1968) Escritor brasileiro, romancista

Fonte: https://www.facebook.com/photo?fbid=3928659983909953&set=a.183463601762962

John Lennon photo

“Não gosto do culto da morte, de um James Dean morto, de um John Wayne morto. Eu presto culto às pessoas que sobrevivem.”

John Lennon (1940–1980) foi um músico, cantor, compositor, escritor e ativista britânico

Atribuídas

Oscar Wilde photo
Eric Hoffer photo

“Num tempo de mudanças drásticas, são os que aprendem que irão possuir o futuro. Os cultos geralmente encontram-se equipados para viver num mundo que já não existe.”

Eric Hoffer (1898–1983)

In a time of drastic change it is the learners who inherit the future. The learned usually find themselves equipped to live in a world that no longer exists
Reflections on the Human Condition‎ - Página 22, de Eric Hoffer - Publicado por Harper & Row, 1973 - 97 páginas

Giuseppe Verdi photo

“Não sou um compositor culto, mas sou experiente.”

Giuseppe Verdi (1813–1901)

Fonte: SPENCE, Keith. O Livro da Música, SP: Círculo do Livro, 1991. p. 85

Herbert George Wells photo
Raul Cortez photo
Papa Bento XVI photo
Arnaldo Niskier photo
Friedrich Nietzsche photo
Gabriele d'Annunzio photo
Fernando Pessoa photo
José Valentim Fialho de Almeida photo
Mahátma Gándhí photo
Rodrigo Scarpa photo
Émile-Auguste Chartier photo
Hegel photo
Newt Gingrich photo
Germaine de Staël photo
Oscar Wilde photo
Catherine Deneuve photo
Oscar Wilde photo
José Valentim Fialho de Almeida photo
Millôr Fernandes photo
René Descartes photo
Oscar Wilde photo
Steven Pinker photo
Roberto Bolaño photo

“Há uma literatura para quando se está aborrecido. Abunda. Há uma literatura para quando está calmo. Esta é a melhor literatura, acho. Também há uma literatura para quando se está triste. E há uma literatura para quando se está alegre. Há uma literatura para quando se está ávido de conhecimento. E há uma literatura para quando se está desesperado. oi esta última que Ulisses Lima e Belano quiseram fazer. Grave erro, como se observará a seguir. Tomemos, por exemplo, um leitor médio, um tipo tranquilo, culto, de vida mais ou menos sadia, maduro. Um homem que compra livro e revistas de literatura. Bem, aí está. Esse homem pode ler aquilo que se escreve para quando se está sereno, para quando se está calmo, mas também pode ler qualquer outra classe de literatura, com o olhar crítico, sem cumplicidades absurdas ou lamentáveis, com desapaixonamento. É o que eu acho. Não quero ofender ninguém. Agora, pensemos no leitor desesperado, aquele a quem presumivelmente é dirigida a literatura dos desesperados. Quem é ele? Primeiro; é um leitor adolescente ou um adulto imaturo, acovardado, com os nervos à flor da pele. É o típico babaca (perdoem a expressão) que se suicidaria depois de ler Werther. Segundo: é um leitor limitado. Por que limitado? Elementar, porque só pode ser literatura desesperada ou para desesperados, dá na mesma, um tipo ou um exemplo, A montanha mágica (em minha modesta opinião, um paradigma da literatura tranquila, serena, completa) ou, já que aqui estamos, Os miseráveis, ou Guerra e Paz. Acho que fui bem claro, não? (…) E mais: os leitores desesperados são como as minas de ouro da Califórnia. Mais cedo do que se espera eles se esgotam! Por quê? É evidente! Não se pode viver desesperado a vida inteira, o corpo acaba se dobrando, a dor acaba se tornando insuportável, a lucidez se esvai em grandes jorros frios.”

Roberto Bolaño (1953–2003)
Lygia Fagundes Telles photo
Steven Novella photo

“O que define um culto não é o que eles acreditam, de maneira alguma. É como esles se comportam. O sistema de crenças é quase um acidente.”

SGU, Podcast nº 253, 19 de maio de 2010 http://www.theskepticsguide.org/podcast/sgu/253

Leila Lopes photo

“Acredito que cultura é mais importante. Aqui vai o porquê. Se uma mulher é culta, está consciente dos outros e entende de onde os outros vêm. A partir daí, ela é inteligente e tendo inteligência, é bonita.”

Leila Lopes (1986) Miss Angola 2011 em Luanda

Em entrevista ao portal brasileiro UOL, de 18 de dezembro de 2012, sobre o que é mais importante: inteligência, beleza ou cultura.

Albert Camus photo
Søren Kierkegaard photo

“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

Søren Kierkegaard (1813–1855)

Fonte: O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates, p. 245-246

Arthur Schopenhauer photo