Frases sobre alto
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“Brianna olhou para seu relógio, ainda surpresa em vê-lo ali. Ainda faltava meia hora. Se pudessem evitar derramamento de sangue até…
Um grito lancinante vindo de cima e ela fez uma careta. A ajudante, menos preparada, deixou cair sua prancheta de anotações com um gritinho.
- MAMÃE! - Jem, em tom de queixa.
- O QUE FOI? - ela rugiu em resposta. - Estou OCUPADA!
-Mas mamãe! Mandy me BATEU! -veio o relato indignado do alto da escada. Erguendo os olhos, ela podia ver a parte de cima de sua cabeça, a luz da janela brilhando em seus cabelos.
- É mesmo? Bem…
- Com uma VARINHA!
- Que tipo de…
- De PROPÓSITO!
- Bem, não acho…
- E… - uma pausa antes do desfecho incriminador - ELA NÃO PEDIU DESCULPAS!
O construtor e sua ajudante desistiram de procurar larvas de caruncho para acompanhar a emocionante narrativa, e agora ambos olhavam para Brianna, sem dúvida esperando algum decreto salomônico.
Brianna fechou os olhos por um instante.
- MANDY - ela berrou. - Peça desculpas!
- Não! - veio uma recusa estridente de cima.
- Sim, tem que pedir! - veio a voz de Jem, seguida de ruídos de luta.
Brianna dirigiu-se às escadas, com um olhar assassino. Assim que botou o pé no degrau, Jem emitiu um grito agudo.
- Ela me MORDEU!
- Jeremiah Mackenzie, nem PENSE em devolver a mordida! - gritou. - Vocês dois, parem com isso agora mesmo!
Jem enfiou uma cabeça desgrenhada pelo corrimão, os cabelos arrepiados. Usava uma brilhante sombra azul nos olhos e alguém aplicara batom cor-de-rosa em uma forma tosca de boca de uma orelha à outra.
- Ela é uma pestinha - ele informou furiosamente aos fascinados espectadores embaixo. - Meu avô disse.”

A Breath of Snow and Ashes

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“Jason bebia uma caneca de cerveja preta, a quarta, a espera de que o temporal passasse. Mas não passava, vinha em ondas sucessivas. Tinha começado a pensar em sair assim mesmo, de qualquer jeito, quando de repente uma figura estranha junto ao balcão chamou a atenção de todos.
Era um homem alto, de olhos azuis, cabelo loiro escuro, barba e bigode, bem constituído. Se estivesse sóbrio e usasse um roupa melhor, passaria por um sujeito elegante. Mas estava absolutamente bêbado e a roupa era um farrapo em desalinho. Demonstrara a bebedeira agora, dando um grito repentino que havia assustado todo mundo. Não um grito normal de bêbado: um rugido, um som portentoso e fundo que encheu o local, quase tão sonoro quanto uma nota. E prolongado, prolongado. O loiro de barba inclinou a cabeça para trás e continuou a berrar. Era inacreditável que tanto som pudesse caber num único homem.
A clientela observava o berrador com uma certa benevolência. Divertimento dos bons era raro, nesses lados de Londres. O berrador inclinou mais uma vez a cabeça. Berrou mais uma vez – um som comprido, um lamento que não acabava. Era como ouvir uma fera encurralada. E agora viam que ele apertava os olhos como se sentisse dor, e viam que alguma coisa escorria pelo seu rosto.
“É o russo”, Jason ouviu dizerem na mesa ao lado. “Fica assim toda vez que quer ir para casa. Acontece a mesma coisa toda semana em que em que ele toca o suficiente para bancar essa bebedeira”.
Jason ficou onde estava, observando. Teve pena do russo, que chorava e tinha saudades de casa.

Cântico para última viagem, Cap. 3 CSouthhampton, Cais 44, Terminal Marítimo, 9h25”

Psalm at Journey's End

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“Alegoria do Suicídio

Eu sei que hoje será o meu último dia na terra, eu decidi isso enquanto caminhava solitário pelas penumbras da noite. Procurei por cada canto daquela vazia avenida, e não encontrei nenhum motivo para existir.

Todos os motivos que eu supostamente haveria de encontrar eram mentiras contadas por mim mesmo afim de prolongar o castigo de viver.

Voltei para casa, peguei aquela velha corda que ficava guardada na segunda gaveta, amarrei-a sobre o teto, e me dependurei sobre a miséria.

Ali estava eu, debatendo-me enquanto sentia o nó daquela velha corda quebrando cada centímetro do meu pescoço, enquanto a minha alma escapava do meu corpo.

Eu me debatia, e meus olhos lacrimejavam-se, talvez, fossem lágrimas de arrependimento. Mas agora já era tarde demais…

Eu morri e minha alma caiu de joelhos diante da figura de um homem, aquele era eu, uma versão mais madura de mim que já havia passado por todos esses momentos de dor e agonia.

Acreditei por alguns segundos, estar diante da morte, pois o meu corpo ainda estava ali dependurado sobre a sala de estar.

Caminhei lado a lado com aquele homem misterioso, que com os dedos apontou para as estrelas e com uma voz suave ele me disse:

- Se algum dia o desejo da morte gritar em seu rosto, não aperte o gatilho! Pense nas estrelas, elas morrem não porque elas querem, e sim porque chegou a hora.



Viver sozinho é como mergulhar no infinito e voar até o céus tocando as nuvens e as estrelas

Estar sozinho é como voltar no tempo e sentir-se novamente uma criança ou um deus a vagar pelo cosmos

Andar sozinho é como viajar até o paraíso acompanhado por anjos ou dançar no inferno acompanhado por diabos

Viver sozinho… é também sentir a navalha cortar seus pulsos enquanto seu sangue jorra em alto mar é sufocar-se nas próprias lágrimas até que o seu pulmão se encha de sangue e a luz dos seus olhos se apague

Sobreviver sozinho é renascer do castigo de existir é limpar o sangue com as próprias mãos é caminhar mesmo quando já não existe mais chão é matar quando não te oferecem perdão é amar a si mesmo por compaixão

É viver sendo o único deus na escuridão…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Cristo

O Filósofo Gabriel se apaixonou por uma linda moça chamada Maria. Maria morreu no parto, mas em suas últimas palavras disse-lhe que teriam uma filha que iria trazer aos homens a chave para o conhecimento.

Sua Filha, Jesus, nasceu em uma biblioteca, aonde foi visitada pelos mais renomados Filósofos da época. Sua filha foi educada no mais alto escalão literário e após seus 12 anos, a vemos como uma jovem Poetisa.

Aos dezoito anos, Jesus tornou-se uma renomada Filósofa e então começou a ensinar novos alunos por toda a cidade. Dentre seus ensinamentos, estavam como base a Anarquia e a rebelião a todos sistemas de crenças, e após muita leitura, descobriu que o único deus que ela dobraria os joelhos nesse mundo, seria a mulher que vês diante do espelho.

Jesus fez também muitas coisas boas. Comandou rebeliões contra o governo vigente que os oprimia. Lecionou os mais pobres e até mesmo Publicou livros.

Por fim, seus atos revolucionários foram vistos como uma ameaça a religião e ao estado. E não demorou muito para que as autoridades desejassem sua morte. Jesus Lecionou Filosofia por uns três anos e meio desde então, de modo que aos seus 34 anos de idade foi crucificada em praça publica

Suas últimas palavras são repetidas até hoje

– Amai a ti mesmo como nenhum próximo o fará! E nenhum deus dirá não! Pois não existe deus se não o próprio homem!

Gritava em agonia a jovem mulher pregada na cruz Enquanto os apedeutas gargalhavam como diabos sátiros.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Poema – Lúcifer

‘’ Enquanto os padres são
executados em praça pública

As freiras dançam
ao lado do diabo

Mas quem de fato
aproveitou a vida?

Os homens pedindo esmola
em frente as igrejas

Ou os padres enforcados
em crucifixos? ‘’

A depressão
que se alastra pelo meu corpo
faz de mim um santo

Preso em um paraíso
no qual todos os deuses
estão mortos

Enquanto eu me afogo
em sonhos
dos quais nunca irei realizar

Eu deveria dizer adeus
e com os pés descalços
e cheios de feridas

Caminhar sobre cacos de vidro
em busca do homem
que eu fui um dia

Eu deveria buscar
em cada um dos meus passos
sentido para esta depravação
que chamamos de vida

Mas o que seriam os sentidos?

Senão os motivos
pelos quais
não nos suicidamos;

Deveríamos aproveitar
cada segundo de nossas vidas

Transformando os dias
que sucedem o amanhã
em feriados que vangloriam
nosso próprio nome

Então rasguem suas bíblias
e transformem suas catedrais
em templos de orgia

Doem suas fortunas
aos pobres

Purifiquem suas almas
cometendo pecados
em seu próprio nome

Resgatem a criança que vive
em seu interior
e brinquem com o Diabo

Mas jamais
permitam que te apontem
os dedos sujos
e zombem da sua dor

Quando duvidarem
das suas angustias
mostrem a eles os seus
pulsos cheios de sangue

Se disserem que
somente o amor dos deuses
podem salvá-los

Mostrem a eles
sua coroa de espinhos

Louvores e bênçãos
serão rogadas em seu nome

Mas só vão compreender
suas dores

Quando encontrarem
seus corpos podres
dependurados na parte
mais elevado do seu quarto

Ah…
Os nossos quartos…

Somente estas paredes frias
conhecem nossas dores

Então até que a morte
grite mais alto
do que a vida

Dançarei ao lado
das freiras
canções antigas
compostas pelo Diabo

E em hipótese alguma
deixarei que zombem
da minha dor

Pois eu sou o homem
pedindo esmola
em frente as suas igrejas…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Toque alto pra caralho!”

Bob Dylan (1941) compositor, cantor, pintor, ator e escritor norte-americano
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“A verdade é que pagamos um alto preço pela ineficiência dos últimos anos. Com a infraestrutura deteriorada, o país vem perdendo competitividade no cenário internacional. Por questões ideológicas, o PT impôs um calendário de atraso ao país.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves artigo do senador publicado dia 16 de setembro de 2013.
Fonte Folha de S.Paulo http://www1.folha.uol.com.br/colunas/aecioneves/2013/09/1342484-concessoes.shtml

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“Acabei de pensar que o Blaue Reiter (Blue Rider) não representa o meu trabalho. Eu sempre fui convencido de que outras coisas minhas são mais importantes … O narcizismo, o heroísmo falso e a cegueira têm muito para responder, no Blaue Reiter. Todas essas palavras de alto som sobre o nascimento de um grande momento espiritual ainda ressoam em meus ouvidos. Kandinsky pode transmitir sua opinião pessoal sobre isso ou qualquer outra revolução que ele se preocupe em mencionar. Mas eu não gosto da coisa toda.... Tome meu conselho - trabalhe, e não passei tanto tempo pensando em cavaleiros azuis ou cavalos azuis.”

August Macke (1887–1914)

I have just been thinking that the Blaue Reiter (Blue Rider) does not really represent my work. I have always been convinced that other things of mine are more important.. .Narcism, fake heroism, and blindness have a lot to answer for, in the Blaue Reiter. All those high-sounding words about the birth of a great spiritual moment still resounding in my ears. Kandinsky can air his personal opinion about that or any other revolution he cares to mention. But I dislike the whole thing.. ..Take my advice – work, and don’t spent so much time thinking about blue riders or blue horses.
Em uma carta a seu amigo Franz Marc (janeiro de 1912), citado em 'Meseure 38'; como citado em Moviment, Manifesto, Melee: The Modernist Group, 1910-1914, Milton A. Cohen, Lexington Books, 14 de setembro de 2004, p. 73, (nota 19)

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“Sempre que alguém aponta as origens socialistas do fascismo, ouve-se uma gritaria de indignação. Curiosamente, os que gritam mais alto são frequentemente os primeiros a afirmar a existência de alguma ligação ideológica entre o fascismo e o conservadorismo.”

Daniel Hannan (1971) político britânico

A supremacia da Esquerda é tal que quase ninguém fala sobre as origens socialistas do fascismo https://fascismoblog.wordpress.com/2015/11/25/a-supremacia-da-esquerda-e-tal-que-quase-ninguem-fala-sobre-as-origens-socialistas-do-fascismo/ — 16 de fevereiro de 2013.

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“Há três espécies de tiranos. Refiro-me aos maus príncipes. Chegam uns ao poder por eleição do povo, outros por força das armas, outros sucedendo aos da sua raça. Os que chegam ao poder pelo direito da guerra portam-se como quem pisa terra conquistada. Os que nascem reis, as mais das vezes, não são melhores; nascidos e criados no sangue da tirania, tratam os povos em quem mandam como se fossem seus servos hereditários; e, consoante a compleição a que são mais atreitos, avaros ou pródigos, assim fazem do reino o que fazem com outra herança qualquer. Aquele a quem o povo deu o Estado deveria ser mais suportável; e sê-lo-ia a meu ver, se, desde o momento em que se vê colocado em altos postos e tomando o gosto à chamada grandeza, não decidisse ocupá-los para todo o sempre. O que geralmente acontece é tudo fazerem para transmitirem aos filhos o poder que o povo lhes concedeu. E, tão depressa tomam essa decisão, por estranho que pareça, ultrapassam em vício e até em crueldade os outros tiranos; para conservarem a nova tirania, não acham melhor meio do que aumentar a servidão e afastar tanto dos súditos a ideia de liberdade que eles, tendo embora a memória fresca, começam a esquecer-se dela.”

Discurso Sobre a Servidão Voluntária, Étienne de La Boétie, Página 11 http://www.culturabrasil.org/zip/boetie.pdf, LCC – verão de 2004 - 30 Páginas.
"Il y a trois sortes de tirans : les uns ont le roiaume par election du peuple, les autres par la force des armes, les autres par succession de leur race. Ceus qui les ont acquis par le droit de la guerre, ils s'y portent ainsi qu’on connoit bien qu’ils sont (comme l’on dit) en terre de conqueste. Ceus la qui naissent rois ne font pas communement gueres meilleurs, ains estans nes & nourris dans le sein de la tirannie, tirent auec le lait la nature du tiran, & font estat des peuples qui sont soubs eus comme de leurs serfs hereditaires; &, selon la complexion à laquelle ils sont plus enclins, auares ou prodigues, tels qu’ils sont, ils sont du royaume comme de leur héritage. Celui à qui le peuple a donné l’estat .deuroit estre, ce me semble,' plus supportable, & le seroit, comme ie croy, n’estoit que deslors qu’il fe voit esleué par dessus les autres, Hatté par ie ne fçay quoy qu’on appelle la grandeur, il delibere de n’en bouger point : communement celui là fait estat de rendre à fes enfans la puissance que le peuple lui a baillé; & deslors que ceus là ont pris ceste opinion, c’est chose estrange de combien ils passent, en toutes sortes de vices & mesmes en la cruauté, les autres tirans, .ne voians autre moien pour asseurer la nouuelle tirannie que d’estreindre si fort la seruitude & estranger tant leurs subiects de la liberté, qu’ancore que la memoire en soit fresche, ils la leur puissent faire perdre."
Œuvres complètes d’Estienne de La Boétie, Discours de la Servitude volontaire, Página 19- https://fr.wikisource.org/wiki/Page%3ALa_Bo%C3%A9tie_-_%C5%92uvres_compl%C3%A8tes_Bonnefon_1892.djvu/104 20 https://fr.wikisource.org/wiki/Page:La_Bo%C3%A9tie_-_%C5%92uvres_compl%C3%A8tes_Bonnefon_1892.djvu/105, Auteur Estienne de La Boétie, Éditeur Paul Bonnefon - G Gounouilhou, 1892 - 444 páginas.
Discurso Da Servidão Voluntária

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“E a pessoa aprende línguas a sério, porque eles estão a falar mesmo alto.”

" Férias de sonho que vivi com minha esposa ", Mixórdia de Temáticas 08-05-2015

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“Se você acredita que a ciência e a tecnologia deram-nos o mais alto padrão de vida na história ou que nos prenderam dentro de uma máquina da qual não podemos escapar, vivemos em uma situação que herdamos, como resultado de um longo e complexo série de eventos através da história. Em nenhum momento, no passado, alguém poderia ter sabido que o que estavam fazendo, em seguida, iria nos dar o mundo como é agora.”

James Burke (1936)

If you believe that science and technology have given us the highest standard of living in history or that they have trapped us inside of a machine we can't escape from, we live in a situation we inherited, as a result of a long and complex series of events through history. At no time in the past could anybody have known that what they were doing then would end up like this now.
Connections (1979); 9 - Countdown

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“A religião não é obstáculo a alegria alguma, a liberdade alguma. São os sistemas negativos, que, quando lançam semente no espírito, o vão abafando lentamente, à maneira das lianas, parasitas, que, de galho em galho, enlaçam a árvore e a dissecam. Mas a fé é um pássaro que pousa no alto da folhagem, e canta nas horas em que Deus escuta.”

Joaquim Nabuco (1849–1910) Político, escritor e diplomata brasileiro

Obras completas: Pensamentos soltos. [French and Portuguese text] Camões e ...‎ - Volume 10, Página 7, Joaquim Nabuco - Instituto Progresso Editorial, 1949
Frases, Pensamentos Soltos

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“Poema – O Grito da solidão
‘’O som do nada
É o grito dos mortos
Ao serem atormentados pela vida’’

Não amo a solidão
Como uma benção dos Deuses

Tampouco a odeio
Como uma maldição rogada por Diabos

Compreendo-a como a dor de mulheres grávidas
Que tiveram suas crias arrancadas por
Facas finas a sangue frio
Enquanto gritavam enlouquecidamente
Para serem deixadas em paz

Destes gritos de dor e agonia
Nasceu a solidão

Banhada em Desespero e angustias
Rasgando o ventre das almas cansadas;

Não lembram de como choraram
No dia em que chegaram a esta prisão?

Como podem rir e rezar?
Como podem esquecer que toda a dor,
Todo o sofrimento e toda a angustia do mundo
Só és, o que és, porque nasceste para senti-la

Ah (…)
Os gritos da solidão
Atormentam até mesmo as estrelas
Que já se apagaram

E me enlouquecem todas as noites
Enquanto bato com a minha cabeça contra a parede
Até que o barulho do crânio se rompendo
Soe mais alto do que estes murmúrios do inferno

Lunático
Com o sangue escorrendo pelos meus olhos
Sou afrontado por uma crise de risos

Deitado no chão se contorcendo como o Diabo
No corpo de Freiras que masturbam-se com o crucifixo

Grito mais alto do que mil tambores
Mas as vozes nunca se calam!

- Calem-se!
- Calem-se!
(Grito incansavelmente com todo o ar dos meus pulmões)

Com os próprios punhos
Quebro todos os móveis do quarto

Pedaços de vidro se espalham pelo corredor
Destes corredores da vida
Do qual muitas vezes me vi enforcado
Enquanto me socorriam de uma overdose mental

Rasgo os meus braços
Formando cicatrizes
Que nunca vão se realizar

A solidão continua gritando
E gritando! E Gritando!

Abraço as minhas pernas
Recluso em um canto escuro
Sangrando e tremendo

Cantarolando em voz alta
Musicas que me fazem lembrar você

Doente como um escravo
Que grita de fome
Enquanto se alimenta das próprias fezes

O meu corpo treme com o frio
E o sangue na minha roupa é o único abraço
Que eu vou sentir

Os meus olhos turvos enxergam as estrelas
E o meu pulmão cansado de tanto gritar
Respira tranquilamente

A solidão cansou de gritar
Agora escuto os mortos
A cantarolarem em seu lugar…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Poesias & Maldições

“Amores e amizades virtuais exagerados que sufocam…
Amores e amizades controlados por uma tecla que fazem mal…
Acho que o modo de amar e de conviver de muitos anda errado e chato.
Há muitas cobranças e acaba por sufocar quem dizemos amar. Os elogios falsos estão cansando quem realmente sabe amar. A preocupação excessiva de quem somos esteja tirando nossa vontade de nos expressar. Não se escrevem cartas como antes, nem deixam bilhetes pendurados. O excesso de mensagens virtuais lotam o celular que acabamos não lendo todos, reclamamos demais, falamos de menos.
Já não temos liberdade de sermos normais, temos sempre que está com a cabeça baixa como avestruz, teclando…teclando.
Que mundo virtual é esse que ocupa todo o seu tempo? Que amor é este pelo outro que se diz desinteressado e que não te deixa conviver olho no olho? Faça-me um favor:
Grite bem alto quando eu te subsistituir por esse mundo virtual. Talvez assim você gritando eu entenda que muita tecnologia oprime, ocupa demais uma vida, sufoca demais.
Que eu possa dizer:
Bom Dia, olá, como vai vc?
Olhando em seus olhos e dar aquele abraço aconchegante que já anda escasso no mundo, que de hoje em diante possamos nos falar mais face a face, sem uma tecla pra nos separar e nos tornar tão formais.
Civilizadamente te falo vamos ser nós, apenas um eu e você, vamos nos acostumar outra vez a conviver sorrindo, feliz, com aquele abraço que sempre traz uma boa novidade ou simplesmente um pouco de saudade.”

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“NAMORO À DISTÂNCIA


Na quinta feira eu a busco na rodoviária
E a gente vai para casa
E não se acanha nem mesmo no elevador do prédio
E espalha as roupas e sapatos e mochilas pelo chão do apartamento E ali ficamos, em silêncio de pequena morte.

Já na sexta feira levantamos tarde Só que acordamos cedo Despertados pelo maior dos desejos Quando assim começa o dia
Entre gozos e gemidos
E com a cama antiga rangendo desesperada Cada vez mais alto.

Sábado é dia de receber amigos sempre tão queridos E eu fico orgulhoso de mãos dadas
Quase que me exibindo aos convidados
Com a minha namorada tão maravilhosa
E que veio para estar no feriado
Ao meu lado
Fazendo o nosso almoço italiano
E encantando com o seu sorriso
A todos os ali presentes.

Domingo bem cedo andamos de bicicleta lá no parque da cidade Visitamos os meus pais idosos
Almoçamos uma barca de comida japonesa
Mas alguma coisa
(Eu já sinto)
Está severamente errada.
O dia transcorre
O meu enfado já está patente
A minha irritação fica notória

O mau-humor impera
E a minha namorada inaugura o pranto mais discreto
Disfarçado e silencioso
Sem saber o que de fato
Está conosco acontecendo.

Não se culpe, namorada
Porque a distância é que não permite
Que entremos
Com recíproca e com entrega
Na estranha liturgia de nossas rotinas
A centenas de quilômetros distantes

E assim eu sinto que sou invadido
Alcunhando-lhe covardemente como Invasiva
Estrangeira
Forasteira

E você, por consequência
Sente medo e insegurança
Acionando a perigosa chave de ciúmes
Com as reações de defensiva clássicas.

E é quando, então, a gente briga de verdade
E a gente chora junto
E eu deixo você na rodoviária no início da noite Em silêncio de sepulcro

E dessa maneira o feriado acaba.

Eu preciso ter você mais perto
Eu preciso ter você no dia-a-dia
Eu preciso viajar mais vezes
Eu preciso que retorne muitas outras vezes
E que nos comprometamos com o fato de que somos a prioridade um do outro.
Eu preciso lhe pedir desculpas
E dizer mil vezes o quanto eu a cada dia mais
Te amo.

E dizer também que a sua mera existência dá sentido à minha vida.”

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“Ações falam mais alto que as palavras, mas não com tanta frequência.”

Mark Twain (1835–1910) escritor, humorista e inventor norte-americano
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