Frases sobre polícia

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da polícia, todo, dia, coisa.

Frases sobre polícia

“Lar


Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus. v.19


Estêvão, um jovem africano refugiado não tem país, é apátrida. Talvez tenha nascido em Moçambique ou no Zimbábue, mas não conheceu seu pai e já perdeu a mãe. Ela fugiu da guerra civil, viajando pelo mundo como vendedora de rua. Sem documento de identidade e incapaz de provar onde nasceu, Estêvão entrou numa delegacia de polícia, pedindo para ser preso. Para ele, a prisão parecia algo melhor do que tentar viver nas ruas sem os direitos e benefícios da cidadania.

Esse mesmo sofrimento estava na mente de Paulo quando ele escreveu aos efésios. Os seus leitores não-judeus sabiam o que significava viver como estrangeiros e forasteiros (v.12). Somente depois de encontrar a vida e a esperança em Cristo (1:13) eles descobriram o que significava pertencer ao reino dos céus (Mateus 5:3). Em Jesus, eles aprenderam o que significa ser conhecido e bem cuidado pelo Pai que Ele veio para revelar (Mateus 6:31-33).

Paulo percebeu, porém, que à medida que o passado se afasta, nossa curta memória pode nos levar a esquecer que, enquanto a esperança é a nova forma de viver, o desespero já ficou no passado.

Que o nosso Deus nos ajude a viver em segurança, reconhecendo cada dia que o sentimento de pertença que temos como membros de Sua família vem pela fé em Jesus Cristo e a compreender os direitos e benefícios que temos por habitarmos nele.

A esperança tem um significado especialíssimo 
para os que já viveram sem ela. Mart De Haan”

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“Eu fui forçado a me submeter a um exame humilhante e desumano feito pelos departamentos de polícia de Los Angeles e Santa Barbara no início desta semana. Eles me apresentaram um mandado de busca que lhes dava permissão de ver e fotografar meu corpo, incluindo meu pênis, minhas nádegas, a parte de baixo do meu torso, as minhas coxas e qualquer outras áreas que eles quisessem. O mandado também me dizia para cooperar em qualquer exame do meu corpo pelos médicos deles para determinar a condição da minha pele, incluindo se eu tenho vitiligo ou qualquer problema de pele. […]Foi a experiência mais hulmilhante que já passei na minha vida. […] Foi um pesadelo. Pesadelo horrível. Mas se é isso que eu devo enfrentar para provar minha inocência. MINHA TOTAL INOCÊNCIA. Então que seja… Durante minha vida toda, eu só tentei ajudar milhares e milhares de crianças pra que elas tenham vidas felizes. Me traz lágrimas aos olhos quando vejo uma criança sofrendo. Não sou culpado dessas alegações. E se sou culpado de qualquer coisa, é de dar tudo o que podia para ajudar crianças, do mundo inteiro. É de amar crianças de todas as idade e raças. É de ganhar felicidade e alegria, ao ver crianças com suas inocências e rostos sorridentes. É de aproveitar através deles a infância que eu perdi. E se sou culpado de qualquer coisa é de acreditar no que Deus diz sobre as crianças. "Crianças que sofram, venham até mim. E não as proíbam no Reino de Deus.”

Michael Jackson (1958–2009) cantautor, compositor e intérprete americano

De jeito nenhum eu afirmo que sou Deus. Mas tento sim ser como Deus no coração.[...]"
Descrevendo o humilhante exame ao qual foi imposto pela polícia norte-americana.
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“Depois do 25 de Abril, por exemplo, tornámo-nos todos democratas. Não nos tornámos democratas por acreditar-mos na democracia, por odiarmos a guerra colonial, a polícia política, a censura, a simples proibição de raciocinar: tornámo-nos democratas por medo, medos dos doentes, do pessoal menor, dos enfermeiros, medo do nosso estatuto de carrascos, e até ao fim da Revolução, até 76, fomos indefectíveis democratas, fomos socialistas, diminuímos o tempo de espera nas consultas, chegámos a horas, conversámos atenciosamente com as famílias, preocupámo-nos com os internados, protestamos contra a alimentação, os percevejos, a humidade, os sanitários, a falta de higiene. Fomos democratas, Joana, por cobardia, pensou ele vendo um bando de rolas poisar num olival, agitar a tranquilidade do olival com o rebuliço do seu voo, tínhamos pânico de que nos acusassem como os pides, nos prendessem, nos apontassem na rua, pusessem os nossos nomes no jornal. E demorámos a entender que mesmo em 74, em 75, em 76, as pessoas continuavam a respeitar-nos como respeitam os abades nas aldeias, continuavam a ver em nós o único auxílio possível contra a solidão. E sossegámos. E passámos a trazer dobrados no sovaco jornais de direita. E sorríamos de sarcasmo ao escutar a palavra socialismo, a palavra democracia, a palavra povo. Sorríamos de sarcasmo, Joana, porque haviam abolido a guilhotina”

Knowledge of Hell

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“Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco foram se
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo manchas, graça, voo.
O gato
só gato
apareceu completo
e orgulhoso
nasceu completamente terminado,
caminha sozinho e sabe o que quer.

O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente queria ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para ser andorinha,
o poeta tenta imitar a mosca,
mas o gato só quer ser gato
e todo gato é gato
do bigode até o rabo,
do pressentimento ao rato vivo,
da noite até seus olhos de ouro.

Não existe unidade
como ele,
nem têm a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linhade seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para pôr as moedas da noite.

Ó pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
farejando,
desconfiado
de tudo que é terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.

Ó fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso,
ginástico,
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
das moradas,
talvez não sejas mistério,
todo mundo sabe-te e pertences
ao habitante menos misterioso,
talvez todos o creiam,
todos se creiam donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
de seu gato.

Eu não.
Eu não concordo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com seus extravios,
o mais e o menos da matemática,
os funis vilcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro, o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou em sua indiferença,
seus olhos têm números de ouro.”

Pablo Neruda (1904–1973) Escritor

Navegaciones y Regresos

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“Por vezes, ao sexto ou sétimo cálice, sinto que quase o consigo, que estou prestes a consegui-lo, que as pinças canhestras do meu entendimento vão colher, numa cautela cirúrgica, o delicado núcleo do mistério, mas
logo de imediato me afundo no júbilo informe de uma idiotia pastosa a que me arranco no dia seguinte, a golpes de aspirina e sais de frutos, para tropeçar nos chinelos a
caminho do emprego, carregando comigo a opacidade irremediável da minha existência,
tão densa de um lodo de enigmas como pasta de açúcar na chávena matinal. Nunca lhe aconteceu isto, sentir que está perto, que vai lograr num segundo a aspiração adiada e eternamente perseguida anos a fio, o projeto que é ao mesmo tempo o seu desespero e a sua esperança, estender a mão para agarrá-lo numa alegria incontrolável e tombar, de súbito, de costas, de dedos cerrados sobre nada, à medida que a aspiração ou o projecto se afastam tranquilamente de si no trote miúdo da indiferença, sem a fitarem sequer?
Mas talvez que você não conheça essa espécie horrorosa de derrota, talvez que a
metafísica constitua apenas para si um incômodo tão passageiro como uma comichão efémera, talvez que a habite a jubilosa leveza dos botes ancorados, balouçando devagar
numa cadência autônoma de berços. Uma das coisas, aliás, que me encanta em si, permita-me que lho afirme, é a inocência, não a inocência inocente das crianças e dos
polícias, feita de uma espécie de virgindade interior obtida à custa da credulidade ou da
estupidez, mas a inocência sábia, resignada, quase vegetal, diria, dos que aguardam dos
outros e deles próprios o mesmo que você e eu, aqui sentados, esperamos do empregado
que se dirige para nós chamado pelo meu braço no ar de bom aluno crônico: uma vaga
atenção distraída e o absoluto desdém pela magra gorjeta da nossa gratidão.”

Os Cus de Judas

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“Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste País, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da igreja católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual, mas eu duvido.”

Luiz Inácio Lula da Silva (1945) político brasileiro, 35º presidente do Brasil

Lula sobre a Operação Lava Jato e o combate à corrupção no Brasil
Veja. Acusação Gravíssima https://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/acusacao-gravissima-11
Época. “Não existe viva alma mais honesta do que eu”, diz Lula http://epoca.globo.com/tempo/filtro/noticia/2016/01/nao-existe-viva-alma-mais-honesta-do-que-eu-diz-lula.html. Publicação: 20 de janeiro de 2016
Gerais, 2016

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“A polícia só bate em quem tem que bater.”

Luiz Inácio Lula da Silva (1945) político brasileiro, 35º presidente do Brasil

Durante a cerimônia de evento de batismo da plataforma P-57, em um estaleiro em Angra dos Reis.
Gerais, 2010
Fonte: O Globo https://oglobo.globo.com/brasil/eleicoes-2010/no-rio-lula-diz-que-agora-policia-bate-em-quem-tem-que-bater-4986471, 07/10/2010

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“A lei é pervertida! E com ela os poderes de polícia do Estado também são pervertidos! A lei, digo, não somente distanciada de sua própria finalidade, mas voltada para a consecução de um objetivo inteiramente oposto!”

The law perverted! And the police powers of the state perverted along with it! The law, I say, not only turned from its proper purpose but made to follow an entirely contrary purpose!
The Law / Frédéric Bastiat; tradução do francês por Dean Russell - pagina 1 https://admin.fee.org/files/doclib/20121116_thelaw.pdf
A Lei

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“A questão social é um caso de polícia.”

Washington Luís (1869–1957) político brasileiro, 13° presidente do Brasil

citado em "Os poseiros‎" - Página 188, de Maria Alice Barroso - Organizaçoẽs Simões, 1955 - 366 páginas

“Chamem a polícia!”

Silvio Luiz (1934)

quando o juiz erra

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“A integração das ações, da inteligência, das diligências da Polícia Civil e da Polícia Militar é o caminho mais curto para nós enfrentarmos com êxito o problema da segurança e da criminalidade.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves, em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo em 08/01/2009
Fonte Folha Online http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u130246.shtml

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“Nunca tive problemas com drogas, só com a polícia.”

I've never had a problem with drugs. I've had problems with the police.
citado em "Passing Drug Tests: The Gospel of Getting Clean for UA's" - Página 7, Kenn A Biscranium - Trafford, 2005, ISBN 1412052610, 9781412052610 - 100 páginas
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“Às vezes a lei defende a espoliação; outras vezes, a leva a cabo por suas próprias mãos, no intuito de poupar o beneficiário da vergonha, do perigo e do escrúpulo. Às vezes ela usa todo o aparato da magistratura, da polícia, guardas e prisão em prol do espoliador, tratando como criminoso o espoliado que se defende.”

La Loi prend quelquefois parti pour elle. Quelquefois elle l’accomplit de ses propres mains, afin d’en épargner au bénéficiaire la honte, le danger et le scrupule. Quelquefois elle met tout cet appareil de magistrature, police, gendarmerie et prison au service du spoliateur, et traite en criminel le spolié qui se défend.
La Loi - Página 21 https://books.google.com.br/books?id=JsJYAAAAcAAJ&pg=PA21, Frédéric Bastiat - 1850, 80 páginas
A Lei

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“Os governos passam, as sociedades morrem mas, a Polícia é eterna.”

Honoré De Balzac (1799–1850) Escritor francês

Les gouvernements passent, les sociétés meurent, seule la Police est éteraelle
citado em Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária‎, de Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (Brazil), Página 159

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“Leis do casamento, polícia, exércitos e forças armadas são evidências da incompetência humana.”

Dora Russell (1894–1986)

Marriage laws, the police, armies and navies are the mark of human incompetence.
The right to be happy - Página 241, Dora Winifred Black Russell Russell (Countess) - Harper & Brothers, 1927 - 295 páginas

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“Bandido na cadeia e polícia na rua!”

José Luiz Datena (1957) jornalista brasileiro

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“Se levantar a arma para a polícia, prega fogo nele!”

José Luiz Datena (1957) jornalista brasileiro

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“Polícia na rua, bandido na cadeia!”

José Luiz Datena (1957) jornalista brasileiro

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“Lobão batizou de Blitz porque a gente era muito parado pela polícia.”

Evandro Mesquita (1952) cantor e compositor brasileiro

sobre a origem do nome da banda, no Altas Horas, da TV Globo

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“A República da Namíbia não autoriza o homossexualismo em seu território. A polícia recebeu ordens de deter, encarcerar e deportar os homossexuais.”

Sam Nujoma (1929)

citado em "Do bestial ao genial: frases da política" - Página 19 - de Paulo Buchsbaum e André Buchsbaum - Editora Ediouro Publicações, 2006, ISBN 850002075X, 9788500020759

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“Será que a polícia vai deixar a cena passar?”

Tônia Carrero (1922–2018) atriz brasileira de teatro, novelas, televisão e cinema

Tônia Carrero, atriz, chocada com a cena de masturbação masculina do filme Cronicamente Inviável; citado em Revista Veja, Edição 1 649 - 17/5/2000 http://veja.abril.com.br/170500/vejaessa.html

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“A Polícia Civil merece nota zero.”

Álvaro Lins, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/061200/vejaessa.html, Edição 1 678 - 6 de dezembro de 2000.

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“Falta pouco para o dia em que os bandidos vão passar a mão na polícia.”

Ciro Gomes (1957) político, advogado e professor brasileiro

Ciro Gomes, presidenciável do PPS, em momento profético durante campanha no Rio, ao lado de Cesar Maia, candidato do PTB à prefeitura da cidade
Fonte: Revista Veja, Edição 1 658 - 19/7/2000 http://veja.abril.com.br/190700/vejaessa.html

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“Na rua tinha mais soldados que paralelepípedos. Mas se eu não estivesse embriagado a polícia nunca me prenderia.”

Gino Amleto Meneghetti (1878–1976)

Sobre sua prisão em 1926; reportagem de Miguel Roberto Nítolo, Revista Problemas Brasileiros, nº 333 http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=60&breadcrumb=1&Artigo_ID=453&IDCategoria=689&reftype=1; mai/jun 1999

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“Ocorre ainda pressão para transferir a um presídio aqueles que não aceitam se tornar delatores, transformando a carceragem da polícia federal em um hotel da delação.”

Eduardo Cunha (1958) economista, político brasileiro e 53° Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil

Fevereiro de 2017

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“Um bom polícia continua a ser um bom polícia, mesmo que seja um sacana nazi.”

Philip Kerr (1956–2018)

The One from the Other

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“Em 9 de junho de 1958, menos de duas semanas antes, um membro do parlamento piemontês, isto é, o parlamento presidido por Cavour e que se reportava ao rei Victor Emmanuel II, levantou-se para falar. "Em Módena", disse ele aos seus colegas deputados, "têm ocorrido muitos casos de crianças judias serem batizadas devido a uma vingança, ou por estupidez ou devido ao fanatismo de algum empregado. Se estas ações extralegais não tivessem outra consequência a não ser de um pouco de água espargida por alguém que não deveria fazê-lo, elas teriam pouca importância." Contudo, o caso infelizmente não era esse, disse ele, pois bastava aquela aspersão de água pela mão de uma empregada para que um esquadrão da polícia fosse enviado para invadir um lar e tirar a criança de sua família, para que ela pudesse ser educada como católica. Aquilo era, trovejou ele, "o maior ultraje contra os sentimentos puros da natureza, contrário às regras mais elementares de moralidade, produzindo a mais infame opressão imaginável". Diante dessas palavras, ergueram-se murmúrios de protesto dos bancos à direita, onde ficavam os membros conservadores do parlamento, defensores da Igreja.

O deputado olhou para eles e prosseguiu: "Para poupar meus adversários de mais esforços, quero dizer desde já que fui informado de tudo isso por meus amigos judeus em Módena, que forneceram toda a documentação relevante". De fato, disse ele, "há hoje em Turim uma família judia que precisou fugir de Módena com sua filha, por medo que ela lhes fosse tirada porque uma jovem empregada afirmou tê-la batizado."

O deputado concluiu patrioticamente: "Falei disto como uma questão de consciência. Falei porque tal ultraje contra as leis da natureza e da moralidade deve ser, neste século XIX, no mínimo estigmatizado no único parlamento italiano, no único lugar da Itália que, graças aos esforços do povo e à lealdade do governante, ainda é livre." Ao descer do pódio, ele recebeu saudações de "bravo" dos deputados à sua esquerda e insultos e resmungos daqueles à sua direita.”

The Kidnapping of Edgardo Mortara

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“— Me lembrei de uma coisa inventada por Salvador Dalí — A Coisa era um pão. Sairia no jornal com manchete assim: “O Inevitável Aconteceu — A Descoberta do Pão”. Um pão monumental, exatamente igual a um pão-francês comum. A diferença estaria no tamanho: mediria dois metros de comprimento. O pão era encontrado na rua, levariam para a polícia. Estará envenenado? Conterá explosivo? Propaganda política? Os comunistas, o pão-para-todos? Anúncio de padaria? Os jornais comentavam e discutiam o que fazer do pão. Era só o assunto ir esfriando, e um pão maior ainda, de cinco metros, amanhecia atravessado no Viaduto. Toda a cidade empolgada com o mistério, a polícia desorientada, o pão analisado nos laboratórios. E continuava o problema: que fazer com ele? Para despistar, um de nós escrevia um artigo sugerindo que fosse cortado em milhares de pedaços e doado à Casa do Pequeno Jornaleiro. No Rio, em São Paulo, Recife, Porto Alegre começavam a aparecer pães, cada vez maiores, nos lugares públicos. Eram os membros de uma sociedade secreta já fun- dada, a Sociedade do Pão, que começavam a trabalhar. E um dia surgiria outro pão gigantesco em Roma, outro em Londres, outro em Nova Iorque. A humanidade deixaria de se preocupar com seus problemas, as guerras seriam esquecidas, até que resolvessem o mistério do pão. Era a vitória pelo Terror.
— Você já pensou no tamanho do forno para assar esse pão?
— Isso não é problema para nós: a idéia é de Salvador Dali, que, aliás, é um vigarista.
— É uma besta.
— Falso terrorista.
— Abaixo Dali”

O Encontro Marcado

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“É possível viver de desenho no Brasil, desde que você seja o desenhista que faz o retrato falado na polícia.”

Fonte: Leonardo Cortez, em As Aventuras e Desventuras de Jaime Lennon, Dramaturgo Marginal