Frases sobre viajante

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da viajante, ser, vida, tempo.

Frases sobre viajante

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“Ser ou não ser, eis a questão. O que é mais nobre para a alma? Sofrer as pedradas e as setas da fortuna ultrajosa ou tomar armas contra um mar de tribulações e, fazendo-lhes rosto, dar-lhes fim? Morrer… dormir… mais nada. Dizer que, por meio de um sono, acabamos com as angústias e com os mil embates naturais de que é herdeira a carne é um desfecho que se deve ardentemente desejar. Morrer… dormir… dormir! Sonhar talvez! Ah! Aqui é que está o embaraço. Pois que sonhos podem sobrevir naquele sono da morte depois de nos termos libertado deste bulício mortal? Eis o que nos obriga a fazer pausa; eis a reflexão de que procede a calamidade de uma vida tão longa. Com efeito, quem suportaria os açoites e os escárnios desta época, a injustiça do opressor, a contumélia do orgulhoso, os tormentos do amor desprezado, as dilações da lei, a insolência do poder e os maus tratos que o mérito paciente recebe de criaturas indignas, podendo com um simples punhal outorgar a si mesmo tranquilidade? Quem quereria sopesar o fardo, gemer e suar debaixo de uma vida pesadíssima, se o temor dalguma coisa depois da morte - o desconhecido país de cujas raias nenhum viajante ainda voltou - não enleasse a vontade e não fizesse antes padecer os males que temos, do que voar para outros que ignoramos? Assim, a consciência torna-nos a todos covardes; assim o fulgor natural da resolução é amortecido pelo pálido clarão do pensamento; e, assim, empresas enérgicas e de grande alcance torcem o caminho, e perdem o nome de ação.”

William Shakespeare (1564–1616) dramaturgo e poeta inglês

Hamlet

“Entrevista surpresa


O Rei […] dirá: […] sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Mt 25:40


Certa manhã, no trem lotado em Londres, um dos passageiros empurrou e insultou outro viajante que ficou em seu caminho. Foi o tipo de situação infeliz e sem sentido que normalmente fica sem solução. Mas, naquele mesmo dia, aconteceu o inesperado. Um gerente de negócios enviou uma mensagem aos seus amigos das redes sociais: “Adivinhem quem acabou de aparecer para uma entrevista de emprego?” Quando a sua explicação apareceu na internet, as pessoas ao redor do mundo riram com vontade. Imagine ir a uma entrevista de emprego apenas para descobrir que a pessoa que o recebe é a que você empurrou e xingou mais cedo naquele dia.

Saulo também se encontrou com alguém que não esperava. Enquanto ameaçava um grupo chamado “Caminho” (Atos 9: 1,2), ele foi parado na estrada por uma luz ofuscante. E uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (v.4). Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” E Aquele que lhe falava, respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (26:15).

Anos antes, Jesus tinha dito que a forma como tratamos os famintos, os sedentos, o estranho e o prisioneiro reflete o nosso relacionamento com Ele (MATEUS 25:35,36). Quem imaginaria que, quando alguém nos insulta, ou quando ajudamos ou prejudicamos alguém, Jesus sente e se identifica conosco?

Quando ajudamos ou ferimos uns aos outros, 
o fazemos ao próprio Jesus. Mart De Haan”

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“Somos todos viajantes pelas agruras do mundo, e o melhor que podemos achar em nossas viagens é um amigo honesto.”

we are all travellers in what John Bunyan calls the wilderness of this world—all, too, travellers with a donkey: and the best that we find in our travels is an honest friend.
Robert Louis Stevenson in: Travels with a Donkey in the Cévennes

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“Descobri que se a felicidade é viajante e a dor é residente.”

João Morgado (1965) escritor português

Fonte: Diário dos Infiéis

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“A vida é um viajante que deixa a sua capa arrastar atrás de si, para que lhe apague o sinal dos passos.”

Louis Aragon (1897–1982)

La vie est un voyageur qui laisse traîner son manteau derrière lui, pour effacer ses traces.
Les voyageurs de l'impériale: roman‎ - Página 494, de Aragon - Publicado por Gallimard, 1947 - 630 páginas

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“O verdadeiro viajante é ele quem vai a pé e, mesmo assim, ele senta-se grande parte do tempo.”

Colette (1873–1954)

The true traveler is he who goes on foot, and even then, he sits down a lot of the time
"Earthly Paradise" - página 4444, Colette - Farrar, Straus & Giroux, 1970, ISBN 0374634009, 9780374634001 - 505 páginas

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“Tudo isso para que Marco Polo pudesse explicar ou imaginar explicar ou ser imaginado explicando ou finalmente conseguir explicar a si mesmo que aquilo que ele procurava estava diante de si, e, mesmo que se tratasse do passado, era um passado que mudava à medida que ele prosseguia a sua viagem, porque o passado do viajante muda de acordo com o itinerário realizado, não o passado recente ao qual cada dia que passa acrescenta um dia, mas um passado mais remoto. Ao chegar a uma nova cidade, o viajante reencontra um passado que não lembrava existir:Marco entra numa cidade; vê alguém numa praça que vive uma vida ou um instante que poderiam ser seus; ele podia estar no lugar daquele homem se tivesse parado no tempo tanto tempo atrás, ou então se tanto tempo atrás numa encruzilhada tivesse tomado uma estrada em vez de outra e depois de uma longa viagem se encontrasse no lugar daquele homem e naquela praça. Agora, desse passado real ou hipotético, ele está excluído; não pode parar; deve prosseguir até uma outra cidade em que outro passado aguarda por ele, ou algo que talvez fosse um possível futuro e que agora é o presente de outra pessoa.- Você viaja para reviver o seu passado? - era, a esta altura, a pergunta do Khan, que podia ser formulada da seguinte maneira: - você viaja para reencontrar o seu futuro?
E a resposta de Marco:(p. 31-32)”

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“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

Søren Kierkegaard (1813–1855)

Fonte: O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates, p. 245-246

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“Afinal, o Porto, para verdadeiramente honrar o nome que tem, é, primeiro que tudo, este largo regaço aberto para o rio, mas que só do rio se vê, ou então, por estreitas bocas fechadas por muretes, pode o viajante debruçar-se para o ar livre e ter a ilusão de que todo o Porto é Ribeira. A encosta cobre-se de casas, as casas desenham ruas, e, como todo o chão é granito sobre granito, cuida o viajante que está percorrendo veredas de montanha.”

Viagens. Contos. Romances, José Saramago, Lello & Irmão, 1991, p. 136 https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=f2RfAAAAMAAJ&dq=inauthor%3A%22Jos%C3%A9+Saramago%22+Viagem+a+portugal&focus=searchwithinvolume&q=%22Afinal%2C+o+Porto%2C+para+verdadeiramente+honrar+o+nome+que+tem%2C+%C3%A9%2C+primeiro+que+tudo%2C+este+largo+rega%C3%A7o+aberto+para+o+rio%2C+mas+que+s%C3%B3+do+rio+se+v%C3%AA%2C+ou+ent%C3%A3o%2C+por+estreitas+bocas+fechadas+por+muretes%2C+pode+o+viajante+debru%C3%A7ar-se+para+o+ar+livre+e+ter+a+ilus%C3%A3o+de+que+todo+o+Porto+%C3%A9+Ribeira.+A+encosta+cobre-se+de+casas%2C+as+casas+desenham+ruas%2C+e%2C+como+todo+o+ch%C3%A3o+%C3%A9+granito+sobre+granito%2C+cuida+o+viajante+que+est%C3%A1+percorrendo+veredas+de+montanha.%22
Viagem a Portugal

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“Estas terras marginais são predilectas do turismo. O viajante não é turista, é viajante. Há grande diferença. Viajar é descobrir, o resto é simples encontrar.”

Viagens. Contos. Romances, José Saramago, Lello & Irmão, 1991, p. 362 https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=f2RfAAAAMAAJ&dq=inauthor%3A%22Jos%C3%A9+Saramago%22+Viagem+a+portugal&focus=searchwithinvolume&q=%22Estas+terras+marginais+s%C3%A3o+predilectas+do+turismo.+O+viajante+n%C3%A3o+%C3%A9+turista%2C+%C3%A9+viajante.+H%C3%A1+grande+diferen%C3%A7a.+Viajar+%C3%A9+descobrir%2C+o+resto+%C3%A9+simples+encontrar.%22
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“Minha segunda máxima era ser a mais firme e decidida em minhas ações que eu poderia, e seguir constantemente as opiniões mais duvidosas quando eu teria determinado uma vez, que se tivessem sido muito seguros : imitando nisso os viajantes, que, perdendo-se em alguma floresta, não devem se divertir girando às vezes de um lado para outro, nem mesmo parar em um lugar, mas sempre caminham tão reta quanto eles podem do mesmo lado, e não mudá-lo por razões fracas, embora tenha sido no início apenas a chance sozinha, que determinou que ele escolhesse; pois, por isso, se eles não vão para onde eles desejam, eles irão, pelo menos, chegar ao fim em algum lugar onde eles provavelmente serão melhores do que no meio de uma floresta.”

Ma seconde maxime était d'être le plus ferme et le plus résolu en mes actions que je pourrais, et de ne suivre pas moins constamment les opinions les plus douteuses lorsque je m'y serais une fois déterminé, que si elles eussent été très assurées: imitant en ceci les voyageurs, qui, se trouvant égarés en quelque forêt, ne doivent pas errer en tournoyant tantôt d'un côté tantôt d'un autre, ni encore moins s'arrêter en une place, mais marcher toujours le plus droit qu'ils peuvent vers un même côté, et ne le changer point pour de faibles raisons, encore que ce n'ait peut-être été au commencement que le hasard seul qui les ait déterminés à le choisir; car, par ce moyen, s'ils ne vont justement où ils désirent, ils arriveront au moins à la fin quelque part où vraisemblablement ils seront mieux que dans le milieu d'une forêt.
Discours de la méthode, Les passions de l'âme, Lettres - Página 35 https://books.google.com.br/books?id=VTMMAAAAIAAJ&pg=PA35, René Descartes - Éditions du Monde Moderne, 1637 - 280 páginas
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