Frases sobre metáfora

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da metáfora, toda, vida, vida.

Frases sobre metáfora

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“Poema - Esquizofrenias & Metáforas

Se as estrelas fossem
capazes de escrever poesias
escreveriam sobre a morte do universo
não há nada mais poético
do que a arte de morrer

Se os deuses descessem dos céus
e me oferecessem uma nova vida
eu a aceitaria!
só pelo prazer de me enforcar
nos cordões umbilicais
e apodrecer nas entranhas
da minha própria mãe

Achas que eu sou louco?
me consideras insano?

Não tentem compreender os meus poemas
se não consegues ouvir as vozes em sua mente

Os Filósofos e os Poetas
são como os Deuses e os Diabos
eles podem elevar os homens aos céus,
ou submetê-los a vermes insignificantes

Sinto o vírus da vida corroer as minhas entranhas
desde as auroras do meu nascimento

Eu sou um homem falho
um anjo caído que não foi capaz amar

Fazem dias que eu não consigo dormir
nos devaneios da minha mente insana
mato-me todas as noites
para suportar a dor

A Filosofia e a insônia
são como a noite e as estrelas
lábios que nos beijam e nos levam a loucura

É Por isso que as mentes mais insanas
compartilham com a noite
o desejo da morte que apenas as estrelas podem compreender

Em uma destas noites frias
uma sinfonia terrível rasgou os céus
anjos e demônios caíram sem as suas asas
crianças choravam e gritavam

- Deus! Deus!
gritavam os fiéis

Aquela silenciosa e melancólica noite
havia se tornado um terrível pesadelo

A Morte e o Diabo
invadiram o meu quarto com o seu cavalo de fogo
beijaram-se sobre a minha cama
enquanto gargalhavam sobre as minhas descrenças

Acreditei fielmente que a morte iria
me poupar deste inferno
lancei-me aos seus pés de joelhos

Gritando como um homem louco!

- Joguem-me em uma vala qualquer!
me enterrem vivo!
mesmo que eu grite por misericórdia
ou arranque as minhas próprias tripas em desespero
matem-me sem nenhum perdão

Ela sorriu de tal maneira
e com uma voz cruel gritou em meus ouvidos

- Se queres morrer
Viva intensamente!

Viva até que os vermes tenham pena da sua carcaça
viva até que os deuses desçam dos céus em suas carruagens
e implorem a ti pelo suicídio final”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Poesia Fernando Pessoa

“Perdoado!


Ando errante como ovelha desgarrada; procura o teu servo… Salmo 119:176


Um de meus amigos, às vezes, tinha uma surpresa para sua família quando chegava a casa, vindo do seu trabalho. Ele passava pela porta da frente e gritava: “Você está perdoado!” Não era porque os membros da família o tivessem ofendido e precisassem de seu perdão. Ele estava lhes lembrando que, embora sem dúvida tivessem pecado ao longo do dia, tinham sido totalmente perdoados pela graça de Deus.

O apóstolo João nos fornece estas palavras a respeito da graça: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:7-9).

“Andar na luz” é uma metáfora que significa seguir a Jesus: insiste João, imitar Jesus com a ajuda do Espírito significa que nos unimos aos apóstolos na comunhão da fé. Somos cristãos autênticos. Mas, ele prossegue, não vamos nos enganar: às vezes fazemos escolhas erradas. No entanto, a graça é concedida sem medida, e podemos usufruir do perdão que precisamos.

A boa palavra para hoje é: Somos imperfeitos; porém somos perdoados por Jesus!

Monitore o seu coração diariamente 
para evitar afastar-se da sabedoria de Deus. David H. Roper”

“Ao piscar, pense em Deus


…cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos. v.10


“Deus é como uma pálpebra”, minha amiga Rosane disse, e eu pisquei de surpresa. O que ela queria dizer com isso?

“Diga-me mais”, respondi. Juntas, estudávamos as imagens surpreendentes de Deus na Bíblia, coisas como Deus representado numa mulher em dores do parto (Isaías 42:14) ou como um apicultor (7:18), mas esta era nova para mim. Rosane me mostrou em Deuteronômio 32, a passagem em que Moisés louva a maneira como Deus cuida do Seu povo. O versículo 10 diz que Deus cuida e protege o Seu povo, guardando-os “como a menina dos olhos”.

Mas a palavra que traduzimos como menina, Rosane me disse, literalmente significa pupila. E o que envolve e guarda a pupila? A pálpebra, é claro! Deus é como a pálpebra, que protege instintivamente o olho sensível. A pálpebra protege o olho do perigo, e o ato de piscar ajuda a remover a sujeira ou poeira, e mantém o suor fora do olho. Lubrifica o globo ocular, mantendo-o saudável. Fecha-se, permitindo o descanso.

Ao considerar a imagem de Deus como uma pálpebra, não pude deixar de agradecer a Deus pelas muitas metáforas que Ele nos deu para nos ajudar a entender o Seu amor por nós. Quando fechamos os olhos à noite e os abrimos de manhã, podemos pensar em Deus e louvá-lo por Sua terna proteção e cuidado por nós.

Quando você piscar, lembre-se 
de agradecer a Deus por Sua proteção. Amy Peterson”

“A coragem de Kossi


Não terás outros deuses diante de mim. […]. Não as adorarás, nem lhes darás culto… Êxodo 20:3,5


Enquanto aguardava por seu batismo no rio, Kossi inclinou-se para pegar uma velha escultura de madeira. Sua família tinha adorado esse objeto por gerações, e, agora o viam jogá-la no fogo preparado para a ocasião. Não mais escolheriam suas melhores galinhas para o sacrifício a esse deus.

No Ocidente, a maioria dos cristãos pensa em ídolos como metáforas para o que colocam no lugar de Deus. No Togo, África Ocidental, os ídolos representam, literalmente, os deuses que devem ser apaziguados com sacrifícios. A queima do ídolo e o batismo representam uma declaração corajosa sobre a fidelidade do novo cristão ao único Deus verdadeiro.

Aos 8 anos, o rei Josias chegou ao poder em meio à cultura de adoração aos ídolos e obcecada por sexo. Seu pai e o avô tinham sido dois dos piores reis em toda a história sórdida de Judá. Nesse contexto, o sumo sacerdote descobriu o Livro da Lei, e quando o jovem rei ouviu suas palavras, guardou-as no coração (22:8-13). Josias destruiu os altares, queimou os itens dedicados à deusa Astarote e aboliu a prostituição ritual (cap.23). Em vez disso, celebrou a Páscoa (23:21-23).

Ao procurarmos respostas que não vêm de Deus, consciente ou inconscientemente, perseguimos um falso deus. Quais os ídolos, literais ou em sentido figurado, que precisamos jogar no fogo?

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. 
1 João 5:21 Tim Gustafson”

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“Poema - Tessalonicenses 4:16-18

Queimem as igrejas
rasguem todas as suas bíblias

Cristo voltou!
e somente os pecadores irão
banhar-se em seu sangue sagrado

Padres e Pastores
serão queimados
nas fogueiras da razão

Pois o filho de Deus
quer vingança
sobre as mentiras proclamadas
em seu nome;

Deitem-se com as Ninfas
profanem-se em imagens religiosas
amem os Demônios!

Estas dores que afligem o seu peito?
esse vazio que não sabes explicar?

Enforquem-se em luxuria
vendam suas almas ao diabo

E deixem que os pecados bíblicos
salvem a sua vida

Afastem de mim a sua Filosofia!
joguem fora estas Poesias de Amor!

Estes são os tempos dos loucos
e pecadores

Se quiseres a salvação
deverás amar a vida
e odiá-la a cada segundo

Pois dada a ordem
com a voz dos arcanjos
e o ressoar da trombeta de Deus

O próprio Senhor descerá dos céus
com a espada que prometeste
e a ira que guardas em seu peito
pois este não veio trazer a Paz!

- O que faremos nós com essa angustia
que rasgam o meu peito?

- E essa solidão que me mata
aos poucos?

Gritam as almas tristes em
plena agonia
de uma vida que não escolheram viver

- Matem-se eu vos digo!

Morram a cada segundo
que as suas dores o fizerem sofrer

Enforquem-se na frente
de todos aqueles
que disseram que as suas dores
eram uma mera frescura ou falta de atenção

Rasguem suas gargantas com punhais sagrados
E matem! Sim matem!

Afogado em seu próprio sangue
todos aqueles que disseram que o seu sofrimento
era falta do amor dos deuses

Pois estes não amam
nem mesmo a sepultura!

Estão perdidos em tantas metáforas?
estas alegorias foram escritas em solo sagrado!

E somente os assassinos de Deus
aqueles que banharam-se no pecado da humanidade
são capazes de compreende-la

Vomitem toda a angustia
que há em seu peito

É necessário a crucificação
para compreender os monstros que vivem
presos em sua mente

Nós os pecadores
nós somos os deuses!

Pois nos crucificam
todos os dias
e zombam das nossas dores

Sim eu os compreendo!
posso ouvir os seus gritos!

Não envergonhem-se em sentir
deixem que o sofrimento das suas almas vazias
e os pecados da carne

Os salvem do suicídio!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Niilista Poesia Poemas

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“Poema - O Suicídio de um homem santo

A Minha vida é uma metáfora
para um suicídio inevitável
escrita com o sangue dos poetas mortos

Como podem me tirar o direito
de acabar com a minha própria vida?

Pergunto-lhes indignado!
negarias o remédio da cura
de uma enfermidade terrível
a um homem doente?

Não!?
então por que negam a mim o direito de morrer?

Do que vale um sorriso?
se a minha alma chora em tormento…

Nos devaneios da minha mente insana
viajei até o paraíso ao lado de Cristo
e lá estava Deus
enforcado em suas próprias tripas

Com uma carta ensanguentada em seus pés
que dizia;
- Me perdoem por condená-los a viver

Cristo chorava aos pés sujos do seu próprio pai
e as suas lagrimas tocaram o meu coração
o homem que antes era santo,
agora clamava por perdão

As dores em seu peito
eram mais cruéis do que a da crucificação
suas bocas pálidas e tremulas me diziam;

- Não me deixe cair em tentação

Eu fiquei completamente sem reação
não deveriam ser os homens a clamarem
aos deuses por perdão?

Olhei em seus olhos
e vi a mim mesmo
gritando em desespero
enquanto homens pregavam as minhas mãos

A Minha melancolia
é como uma metamorfose
há dias em que ela é parte
da minha essência

Há dias que ela
se transforma em demência

Como a lua que possui dois lados
a escuridão que dança com a luz

Da mesma maneira que o diabo
beijou jesus dependurado na cruz

A Minha melancolia
muitas vezes me seduz

Talvez esta seja a única
língua que me traduz

Quem dera fosse eu o homem morto na cruz!

Eu devo me suicidar um dia!
da maneira mais dolorosa possível
vivendo todos os dias
sentindo a miséria da existência
dilacerar minha alma

Como os pregos enferrujados
que dilaceraram as mãos sujas de cristo

Sim eu irei me matar!
mas apenas quando a vida
me afogar em sua miséria
até que os meus pulmões
não consigam mais respirar

Mas enquanto eu vagar por estas ruas solitárias
a minha mente irá afogar outras
em reflexões filosóficas

Até que a minha loucura
transforme a sua sanidade em demência!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo

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“Todas as coisas são metáforas.”

Johann Wolfgang von Goethe (1749–1832) escritor alemão

Atribuídas

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“Eu explico como é um buraco negro usando analogias, metáforas do dia-a-dia, histórias de que as pessoas possam fazer parte”

Marcelo Gleiser (1959) físico brasileiro

portal Educacional - a internet na educação http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevista0072.asp

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“As metáforas são muito perigosas. Não se brinca com as metáforas. O amor pode nascer de uma simples metáfora.”

A Insustentável Leveza do Ser
A Insustentável Leveza do Ser
Variante: Tomás compreendeu então que as metáforas são perigosas. Não se brinca com as metáforas. O amor pode nascer de uma simples metáfora

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“Se Marx estivesse vivo e seus "seguidores" fossem apenas estes, certamente ele retomaria a metáfora de Heine: "meu mal foi ter semeado dragões e colhido apenas pulgas!”

Nildo Viana (1965)

Fonte: Artigo Quem Tem Medo da Utopia. Revista Brasil Revolucionário, num. 07, Dez. 1990)

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“Rodolphe ouvira tantas vezes dizer tais coisas que elas nada mais tinham de original para ele. Emma assemelhava-se a todas as suas amantes; e o encanto da novidade, caindo pouco a pouco como uma veste, deixava ver a nu a eterna monotonia da paixão que tem sempre as mesmas formas e a mesma linguagem. Aquele homem tão experiente não distinguia mais a diferença dos sentimentos sob a igualdade das expressões. Porque lábios libertinos ou venais lhe haviam murmurado frases semelhantes, ele mal acreditava em sua candura; era preciso, pensava, descontar suas palavras exageradas, escondendo as afeições medíocres: como se a plenitude da alma não transbordasse algumas vezes nas metáforas mais vazias, já que ninguém pode algum dia exprimir exatamente suas necessidades ou seus conceitos, nem suas dores e já que a palavra humana é como um caldeirão rachado, no qual batemos melodias próprias para fazer danças os ursos quando desejaríamos enternecer as estrelas.
Porém, com a superioridade crítica de quem, em qualquer compromisso, se mantém na retaguarda, Rodolphe percebeu naquele amor a possibilidade de explorar outros gozos. Julgou todo pudor como algo incômodo. Tratou-a sem cerimonia. Fez dela algo de maleável e de corrompido. Era uma espécie de afeto idiota cheio de admiração para ele, de volúpia para ela, uma beatitude que a entorpecia; e sua alma afundava naquela embriaguez e nela se afogava, encarquilhada (…)”

Madame Bovary

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“Poema – Daforin

Eu sou um parasita
Para aqueles que me amam
Desgracei as suas vidas
Com o meu nascimento

Agora vos entrego o meu suicídio
Para que vocês possam sorrir por um dia;

Não veem que estou
Destruindo suas vidas?

Me enforquem
Para que eu possa faze-los viver!

Há uma assombração
Que caminha ao meu lado
Desde os primórdios da minha infância

Todas as vezes que eu tento ser feliz
Ela começa a chorar

Suas lágrimas transformam-se em
Maldições que transformam o meu
Sorriso em gritos de dor

Gritando como um lunático
Eu suplico para que todos
Vocês vão embora

Eu só quero ficar sozinho
Com o diabo e ouvi-lo chorar

Sentindo a sujeira do mundo
Corroer a minha pele

Não entendo como vocês
Podem amar um monstro como eu;

Há uma assombração
Que caminha ao meu lado
Desde os primórdios da minha infância

Todas as vezes que eu tento
Levantar da cama

Ela se deita em meu lugar
Me prendendo a este quarto
Um escravo das suas paranoias

Escutei os sussurros de
Uma criança maldita
Lamentando o seu nascimento

Como a morte pré-matura
De estrelas incandescentes

Desejamos a escuridão do nada
E o martírio de todas as coisas

Me usem!
Como um porco
Pronto ao abate!

Me odeiem!
Como o diabo odeia
O crucifixo!

Eu sou as trevas
Nos olhos daqueles
Que perderam as suas esperanças

Nas minhas poesias
Há metáforas que escondem
A data do meu suicídio

Mas vocês só se importam
Com o poeta

E não com o sangue
Jorrado dos meus punhos;

Há uma assombração
Que caminha ao meu lado
Desde os primórdios da minha infância

E ela faz todos que eu amo sofrer
Todas as vezes que eu tento abrir
O meu coração

Ela me transforma em um monstro
Capaz de corroer as suas entranhas
E sugar a sua felicidade

Eu sou um parasita
Para aqueles que me amam
Desgracei as suas vidas
Com o meu nascimento

Agora vos entrego o meu suicídio
Para que vocês possam sorrir por um dia…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“A ciência é toda uma metáfora.”

Timothy Leary (1920–1996)

Science is all metaphor
Timothy Leary citado em Web developer's secrets, Harold Davis - IDG Books Worldwide, 1997, ISBN 0764580159, 9780764580154 - 574 páginas
Atribuídas

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“Paranoia – Metáforas sobre o absurdo de existir.

Me amaldiçoaram, jogaram-me aqui, me puniram com a existência!

Transformaram qualquer oportunidade que a mim seria concebida de ser feliz, em algo que chamam vulgarmente de ‘’vida’’

– Vida? pergunto-me, se o que chamas de vida é este mundo podre cheio de dor e sofrimento do qual somos fadados a viver. Então grito por janelas vazias, Indignado…

MATEM-ME!!!

Que direito achas que tem? Punindo-me desta maneira, escolhendo o meu vulgar futuro, ditando-me regras impostas contra a minha própria lei! O Que eres tu? Um ditador? Curvar-me perante ti não irei. Pois aquele que ousar fazer de mim um servo será considerado meu mais odioso inimigo.

Pais e Mães… Oh criaturas terríveis que nos castigaram com a maldição de existir. Deixem-nos no nada! Deixem-nos no purgatório da não existência! MAS NÃO!! Não… amaldiçoe-nos com a vida…

O Que serias de mim sem a vida? um nada digo eu, pois quero ser o nada e a mim deveria pertencer este direito, o direito de nada ser, de nada escolher, de nada pertencer e de nada a crer.

DEUS!!! Gritam os Apedeutas, DEUS!! Gritam os fiéis

Se és deus o responsável pela vida, não deveríamos nós mata-lo por vingança? Não deveríamos nós sepultá-lo em sua própria tumba de misericórdia?

Por que gritamos a deus por misericórdia e perdão? Não foi este que nos deu todo o mal que imploramos para que nos livrem? Não foi este maldito homem divino que tirou de nós o direito de não nascer, e nos obrigou a viver neste mundo cruel? Como ovelhas prontas ao abate!

Sinto-me amaldiçoado… Sinto-me doente…

E a cura está em mim mesmo, a cura está na ausência de mim mesmo. Questiono-me: Por que muitos de vocês são felizes? Como podem sorrir diante de tamanha desgraça?

Não lembram de como choraram no dia em que chegaram a esta prisão? Como podem rir e rezar? Como podem esquecer que toda a dor, todo o sofrimento e toda a angustia do mundo só és, o que és, porque nasceste para senti-la.

Não consigo entender o homem feliz, talvez eu esteja doente…

Talvez no momento do parto uma assombração tomou conta do meu espirito! Talvez (…) eu seja apenas um maldito que da vida só sente o pior, enquanto tu, sorri para as cores do arco íris.

Já que nasci, e não posso retornar-me ao estado original de minha essência, resta-me o suicídio, a doce solução para esta maldição que me aflige.

– Viva, viva pois a vida é bela, e suicidar-se é um ato covarde

Disse o homem feliz, sorrindo como um moribundo, pulando como um maldito palhaço bêbado! Como podem os felizes serem donos de tamanha crueldade? Como pode alguém ousar tirar de um homem o direito de acabar com as suas dores?

Pergunto-lhes: Negarias tu o remédio da cura a uma enfermidade terrível, a um homem doente? Se não negarias, por que negas a mim o direito da morte?

Forçaram-me a vida, obrigaram-me a nascer! E aqui estou, sozinho em uma prisão vendo o mundo sofrer, sentindo a dor no peito de todas as mazelas da existência. E ainda tens a coragem de dizer que não posso matar a mim mesmo?

Como ousas ofender-me com a sua felicidade e tirar de mim a minha?

Afinal, não dizias Schopenhauer que a única felicidade é a de não nascer? Então deixe-me, deixe-me buscar a felicidade que de mim foi tirada a muito tempo…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Poema – Metáforas e Maldições”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Filosofia

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“Poema – Lágrimas de quem nunca chorou

Oh Noite
musa dos meus devaneios
o sonho inquietante de uma criança solitária

Que o seu manto frio
sirva como um cobertor aos vermes
que se alimentam do meu cadáver;

A minha alma
vagou até o meu passado
sentou-se ao meu lado na minha velha infância

E proclamou palavras
que não deveriam ser ditas
a nenhuma criança

- Por que nasceste?
Oh praga imunda!

Me matei aos dez anos de idade
e até hoje eu posso ouvir
os meus gritos de desespero

Eu sempre fui uma criança maldita
olhavam-me como um monstro
que desejavam matar

Isolavam-me dos outros
como uma praga que corrói
as entranhas dos santos

E fazem das freiras
ninfas perversas

Ah tanta dor em mim
dores que eu nem mesmo sei explicar

E estas dores
que me fazem sentir e chorar
são parte de quem sou
forças que me ajudam a lutar

Rasguei os meus punhos
na frente de todos os deuses
e os afoguei em meu próprio sangue

Agora os seus filhos
recitam os meus poemas
sobre o túmulo dos seus pais

Sintam em meus versos
a minha dor!

Deixem que o diabo
que vive em seu peito
destrua o que restou das suas vida

Transformando-os nos sonhos
de um futuro que nunca aconteceu

Nas harmonias poéticas
destas metáforas
há verdades tão cruéis

Que fariam de Pilatos um santo
e de Cristo o próprio Diabo

Se os meus poemas são gritos de ajuda
e as suas leituras pedidos de socorro

Então deixem-me morrer em seu nome
derramem sobre o meu cadáver
todas as suas dores

Dancem com as bruxas
sobre o luar da meia noite!

Sintam o pecado fluir em seu sangue
como os vermes que se alimentaram
dos despojos podres de Cristo

Deixem que a minha loucura
infecte a sua alma
e mate o seu espirito

Viajei entre galáxias vivas
cheias de vida
mas somente na morte das estrelas
eu encontrei a mim mesmo

Eu não sou um homem!
tampouco um Poeta

Eu sou a miséria que vive em seu peito
e o suicídio de todas as suas convicções!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Poesia Existencialismo Morte

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“Poema – Fevereiro

Hoje eu tomarei todos os meus antidepressivos
Colocarei fogo na casa
E dormirei em meio as chamas

Não porque eu deixei de amá-la
Ou porque desisti da vida

E sim porque não existe em mim
Um único resquício de esperança…

Flertar com a morte
Me ajuda sobreviver dias infernais

Mas devo confessar a todos vocês
Já não tenho mais forças
Ou psicológico para continuar lutando

As minhas batalhas foram todas perdidas
Este não é um Poema
E sim uma despedida

Não há metáforas ou maldições
Capazes de esconder as feridas
Que corroem a minha alma

Tudo que eu fui um dia
Desapareceu com o tempo

As pequenas realizações
O amor que senti uma única vez
Os breves sonhos que nunca vão se realizar

Hoje tornaram-se memórias
De um cadáver podre
Que deitado em uma cama sozinho
Em posição fetal
Aguarda o acalanto abraço frio da morte

Sei que nunca mais serei capaz de amar outra pessoa
Até mesmo a insônia me abandonou
Me tornei escravo de medicamentos
Que me obrigam a dormir

Ainda não sei como dizer aos meus Pais e Amigos
Que eu estou indo embora

Se realmente me compreendessem
Ou sentissem a minha dor
Saberiam que essa é a minha única saída

Já fazem dois dias que eu não consigo
Parar de chorar
E o que eu deveria fazer?

Continuar mentindo para mim mesmo?
Inventando motivos para mover uma vida
Da qual odeio repulsivamente?

Apenas saibam que sim
Eu vivi lindos momentos

Amei intensamente um anjo
Que fez meus olhos brilharem

Espalhei pelo mundo
Poesias & Maldições
Descritas em livros!

Mas hoje…
Já não existe nada
Que seja capaz de me manter neste mundo

A solidão me assusta…
O amor me fez sangrar…

E nenhum abraço
É capaz de me salvar

Algumas pessoas dizem
Que o tempo será capaz de curar
As minhas feridas

Mas nenhum de vocês percebeu
Que não são as feridas que me machucam

E sim a ausência de um sorriso
Que um dia me deu motivos para viver

Quando eu estiver morto
Não chorem (…)
Lembrem-se que este velho Poeta

Que tanto flertou com a morte
Um dia se apaixonou pela vida
E sorriu ao menos uma única vez…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

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Lóránd Hegyi photo

“Este caráter cósmico do mundo figurativo de Salvatore Garau, esse universalismo afetivo vincula sua estética com a tradição do romantismo, especialmente a pintura de paisagem romântica, em que os fenômenos naturais imponentes são interpretados como metáfora do cosmos e da hierarquia metafísica da existência.”

Lóránd Hegyi (1954) crítico de arte

Questo carattere cosmico del mondo figurativo di Salvatore Garau, questo universalismo emozionalizzato collega la sua estetica con la tradizione del romanticismo, soprattutto della pittura paesaggistica romantica, in cui gli imponenti fenomeni naturali vengono interpretati quale metafora del cosmo e della gerarchia metafisica dell'esistenza
Fonte: Lóránd Hegyi in:, Salvatore Garau, La tonalità delle emozioni, osservazioni sul romanticismo di un pittore contemporaneo, Limn Gallery San Francisco, Capricorno Gallery Waghington DC

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