Frases sobre barro

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da barro, ser, todo, homens.

Frases sobre barro

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“Ó insensato afã da humana / Quão falhos são os falsos argumentos / Que ao barro vil da terra vos tem presos! / Uns são legistas, outros medicastros, / Sacerdotes aqueles, por cobiça, / Por força ou por sofisma outros governam, / Fraudulentos uns são, outros ladrões, / Há da luxúria escravos deleitados / E os da preguiça amantes gozadores.”

Dante Alighieri (1265–1321) italiano autor da epopéia, A divina comédia, considerado um entre os maiores poetas de todos os tempos; sua…

"Ó dos mortais aspirações erradas! / Em que falsas razões vos enlevando / Tendes à terra as asas cativadas! / Qual seguia o direito; qual buscando / Já aforismos; qual o sacerdócio; / Qual reinava, sofisma ou força usando; / Qual roubo amava, qual civil negócio; / Qual, a salaz deleite entregue a vida, / Afanava-se; qual passava no ócio;"
A Divina Comédia - Paraíso - Canto XI http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/paraiso.html#P11 - 1-9 (tradução de José Pedro Xavier Pinheiro)

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“O sotaque é um recurso, como usar uma barba. Na minha opinião só deve ser usado quando preciso. Em cenas de amor, de transa, não tem que ter. Fica falso. Mas nada contra o Tony, limpa minha barra com ele, por favor”

Lima Duarte (ator) (1930) Ator brasileiro

Lima Duarte, que interpreta o turco Murat na novela Belíssima; como {http://exclusivo.terra.com.br/interna/0,,OI936366-EI1118,00.html citado] no jornal O Dia, 27/03/2006.

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“A Cultura, conjunto das formas artificiais, pessoais e próprias da vida, desenvolve-se até se transformar numa jaula de barras estreitas para a alma indomável. (…) A desejada fuga da absorção pelo grande número assume várias formas - o domínio desse grande número, a fuga dele ou o desprezo. A ideia de personalidade, em seu sombrio despontar, é um protesto contra o homem da massa. E a tensão entre ambos cresce cada vez mais até um trágico final.

O ódio, o mais legítimo de todos os sentimentos raciais do animal de rapina, pressupõe o respeito pelo adversário. Há nele um reconhecimento de igualdade em categoria espiritual. Mas o animal de rapina despreza os seres que estão por baixo. E os seres que estão por baixo são invejosos. Todos os contos, todos os mitos divinos, todas as legendas heróicas estão cheios desses motivos. A águia odeia apenas os seus iguais, não inveja ninguém, despreza a muitos, ou melhor, a todos.

O desprezo olha das alturas para baixo. A inveja espreita de baixo para cima. Esses são os dois sentimentos universais históricos da humanidade organizada em Estado e classes. Seus exemplares pacíficos sacodem, impotentes, as grades da jaula em que estão presos todos juntos. Desse fato e de suas consequências nada os pode livrar. Assim foi e assim há de ser, ou então nada no mundo poderá ser. Esse fato do respeito e do desprezo tem um sentido. Alterá-lo é impossível. O destino do homem está seguindo o seu curso e tem de ser cumprido.”

Oswald Spengler (1880–1936)
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
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“A chave para manter os seios firmes, no meu caso, é que desde os 19 anos eu uso sutiã para dormir. Isso realmente barra os efeitos da gravidade.”

Geri Halliwell, aos 32 anos, comentando sobre sua boa forma
Atribuídas
Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/011204/vejaessa.html; Edição 1882 . 1° de dezembro de 2004

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“O Mendonça de Barros pirou.”

Pedro Malan (1943)

Pedro Malan, ministro da Fazenda
Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/131200/vejaessa.html, Edição 1 679 - 13 de dezembro de 2000

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“Amigos, estava eu abatendo umas ‘lebres’ na minha casa na Barra da Tijuca.”

Carlos Imperial (1932–1992)

Abertura de suas colunas em jornais

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“Moro na Barra da Tijuca e estou com medo de voltar pra casa”

Paula Toller (1962) cantora e compositora brasileira

Paula Toller, cantora, temendo se arriscar nas ruas do Rio de Janeiro em plena guerra do tráfico na Rocinha
Fonte: Revista ISTOÉ Gente, edição 245 http://www.terra.com.br/istoegente/245/frases/index.htm (19/04/2004)

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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”

Les Misérables: Marius

“Depois de Aqcha, a cor da paisagem mudou de chumbo para alumínio, tornou-se pálida e mortiça, como se há milhares e milhares de anos o sol lhe sugasse a alegria. Estávamos agora na planície de Balkh, que se diz ser a cidade mais antiga do mundo. Os maciços de árvores verdes, os tufos de erva áspera e cortante em forma de repuxo, quase pareciam negros, pois destacavam-se sobre o fundo daquela tonalidade mortal. De vez em quando, avistávamos um campo de cevada. O cereal estava maduro, e turcomanos em tronco nu colhiam-no com foices. Mas não era castanho nem dourado, nem lembrava Ceres, nem abundância. Parecia ter embranquecido prematuramente, como o cabelo de um louco, perdendo tudo o que nele fora nutritivo. E destas extensas mortalhas, primeiro a norte e depois a sul da estrada, elevavam-se as formas branco-acizentadas e carcomidas de uma arquitectura antiga, montículos, sulcados e esmaecidos pela chuva e pelo sol, mais estafados do que qualquer obra humana por mim vista: uma pirâmide torta, uma plataforma afunilada, um maciço de ameias, um animal agachado, com que os gregos de Báctria estavam familiarizados, e Marco Polo depois deles. Já deviam ter desaparecido. Mas foi o próprio impacto do sol, que, congregando a pertinácia daquele barro de cinza, permitiu conservar uma centelha inextinguível de forma, a centelha que não se encontra numa fortificação romana, nem numa mamoa coberta de erva, a centelha que continua a tremeluzir num mundo mais luminoso do que ela própria, cansada como só um suicida frustrado consegue ser.”

The Road to Oxiana

“da água sou uma gota da areia sou um grão da criação do mundo sou apenas uma parte do barro que sobrou autor Antônio Carlos Braga de Olinda”

da água sou uma gota da areia um grão da criação do mundo apenas uma parte do barro que sobrou autor Antônio

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“Ele avançou de joelhos e beijou a barra das vestes de Voldemort.”

J. K. Rowling (1965) autora britânica

Harry Potter e o Cálice de fogo, ROCCO LTDA, p. 516.

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“Poética - Alegoria da caverna: Lilith

Durante o apocalipse do tempo
fui expulsa do paraíso dos homens, donde toda a luz do universo era sufocada perante a penumbra das ilusões humanas.

Os mistérios da vida pereciam sob imagens turvas; e todos os suicidas jaziam tácitos e encavernados no Jardim das lamentações.
Um lugar situado por entre os cais celestes da desordem mental, cavado pelas chagas mais fundas do abandono e regado pelos
murmúrios (…)

As almas cativas encontravam-se em perene estado paradisíaco. E mesmo nuas não se enxergavam, pois as sombras da realidade encobriam seus corpos ébrios com a ilusão da sobriedade.

No jardim das lamentações, nenhuma lamentação era ouvida, pois a luz paradisíaca das almas cativas cegava os suicidas e os levava ao seu próprio inferno.

- E de que adiantarias toda a droga farmacêutica que germina na árvore patológica de um jardim pútrido?

Ao revoltar-me contra as correntes
da vida; fui condenada a viver em meu próprio abismo, procriando junto aos meus demônios internos.
Assim povoamos a terra com criaturas sórdidas e reveladoras.

De minha cópula interior nasceram poesias taciturnas, pequenos diabos líricos que até hoje vagam a nutrir-se das almas perdidas, vertendo-as em asas para os meus arcanjos.

E quando perguntares quem sou, eu direi:

- Eu sou a solidão de cada Adão que na terra pisastes, aquela separada do barro que compõe tua carne, e lhe mostra a frígida anatomia de sua própria presença solitária.

Sou a deusa do meu próprio inferno mental, que vives a sussurrar a filosofia nos ouvidos dos moribundos, para soprar-lhes o último suspiro de vida.

Sou a essência feminina renegada pelo medo.

E quando perguntares como sobrevivo em minhas dores que povoam a terra, direi:

- Ora, não vês que a cada dia 100 demônios em mim perecem para que eu possa continuar a viver com uma alma demasiadamente fértil?

E assumo os meus pecados -

Abandonei todos os que ousaram me amar sem antes entregar-me a própria alma.

Quando sentires a realidade queimar tuas vísceras; serei eu, a rainha da noite; a que rege os sete arcanjos da liberdade, convocando-te a retirar-se de suas próprias ilusões.

Sussurrarei no mais fundo da tua alma: "Para crescer e chegar ao céu, tu deves primeiro criar raízes que penetrem teu próprio inferno."
Deves abraçar os teus demônios e exilar-se dos falsos paraísos.

Sob tuas crises de ansiedade mais fortes, serei eu tal qual serpente lânguida a rastejar tremente no fundo da tua alma.

E antes de entregar-se ao pecado,
lembre-se que a mesma forma que liberta-te dos falsos paraísos, podes levar-te a morrer precipitadamente, eis que sou a melancolia vindoura fustigada pelo fruto amargo da vida.

- Letícia Sales”

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“A literatura do povo indígena, se encontra nos desenhos, no modelar do barro, na criação do arco e flexa… Literatura não é só palavra, e sim, toda a expressão artística, histórica e cultural.”

Valter Bitencourt Júnior (1994) poeta e escritor brasileiro

Frase citada pela Damiana Pereira de Sousa, em
"A Flecha e a Caneta: a representação de Natureza em Daniel Munduruku na obra
“Sabedoria das Águas” – A Literatura Indígena em Questão", na pág. 08, Goiânia, abril de 2019.
Fonte: Pensador: https://www.pensador.com/frase/MjM4MzQzNg/
Ver também: https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstreams/9fe6f004-0411-421a-9d1a-7c373295dba7/download