Frases sobre ofício

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da ofício, ser, vida, vida.

Frases sobre ofício

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“Trata de saborear a vida; e fica sabendo, que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la.”

Machado de Assis (1839–1908) escritor brasileiro

Variante: (...) a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la.

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“As mentiras sempre foram consideradas instrumentos necessários e legítimos, não somente do ofício do político ou do demagogo, mas também do estadista.”

Hannah Arendt (1906–1975) escritora e pensadora judia, nascida na Alemanha e erradicada nos EUA

Lügen scheint zum Handwerk nicht nur des Demagogen, sondern auch des Politikers und sogar des Staatsmannes zu gehören
Wahrheit und Lüge in der Politik: Zwei Essays‎ - Página 44, de Hannah Arendt - Publicado por R. Piper, 1972 ISBN 3492003362, 9783492003360 - 92 páginas

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“Pessoas do mesmo ofício raramente se encontram, mesmo que em alegria ou diversão, mas se tiver lugar, a conversa acaba na conspiração contra o público, ou em qualquer artifício para fazer subir os preços.”

Adam Smith (1723–1790)

People of the same trade seldom meet together, even for merriment and diversion, but the conversation ends in a conspiracy against the public, or in some contrivance to raise prices
An inquiry into the nature and causes of the wealth of nations. With notes, and an additional vol., by D. Buchanan - Volume 1, Página 215 http://books.google.com.br/books?id=l2EUAAAAQAAJ&pg=PA215, Adam Smith, David Buchanan - 1814
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“O ofício de escrever histórias tem algo a ver com a magia.”

Companhia das Letras, 2010. p. 455
Coração de tinta

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“A tipografia é o ofício que dá forma visível e durável - e portanto existência independente - à linguagem humana.”

"Elementos do estilo tipográfico versão 3.0‎" - Página 17, de Robert Bringhurst - traduzido por André Stolarski, Publicado por Cosac Naify Edições, 2005 ISBN 857503393X, 9788575033937

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“É claro que a política não é o ofício da bagatela, a pragmática da ninharia. quem cuida de coisas pequenas, acaba anão.”

Ulysses Guimarães (1916–1992) político brasileiro

Citações temáticas, Política
Fonte: "Confessionário", introdução ao livro.

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“Meu ofício é dizer o que penso.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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“Tão fiel fui ao glorioso ofício,
que perdi o sono e a saúde.”

Dante Alighieri (1265–1321) italiano autor da epopéia, A divina comédia, considerado um entre os maiores poetas de todos os tempos; sua…
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“Também o estudo é um ofício muito cansativo.”

Antonio Gramsci (1891–1937) Pensador marxista

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“Nem que seja para fazer alfinetes, o entusiasmo é indispensável para sermos bons no nosso ofício.”

Denis Diderot (1713–1784)

Ne fit-on que des épingles, il faut être enthousiaste de son métier pour y exceller.
"Observations sur la Sculpture et sur Bouchardon" in: "Oeuvres de Denis Diderot", Volume 4‎ - Página 575 http://books.google.com.br/books?id=a9ATAAAAQAAJ&pg=PA575, Denis Diderot - A. Belin, 1818

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“Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte do meu ofício.”

Ecce homo - págna 9 https://books.google.com.br/books?id=pTvkrVWAUG0C&pg=PT9, Friedrich Nietzsche - Traduzido por Paulo César de Souza, Editora Companhia das Letras, 2008, ISBN 8580863406, 9788580863406, 144 páginas
Ecce Homo

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“Houve um tempo em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. […] Então o sacerdócio e o império estavam ligados por um entendimento feliz e a troca amigável de bons ofícios.”

Papa Leão XIII (1810–1903)

Carta Encíclica IMMORTALE DEI (Sobre a Constituição Cristã dis Estados) - item 28, do Papa Leão XIII, publicado em 1° de novembro de 1885 http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_01111885_immortale-dei_po.html

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“Procuro me preservar no que posso, mas levo uma vida sem neuras e não faço do meu ofício um fardo.”

Sobre a fama e o assédio da imprensa
Fonte: Revista ISTOÉ Gente, edição 248 http://www.terra.com.br/istoegente/248/frases/index.htm (10/05/2004)

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“Minha crença maior é que temos um governo de leis e as regras tem que ser aplicadas a todos. É dever de ofício.”

Sérgio Moro (1972) juiz federal brasileiro

"O custo da corrupção para o Brasil, segundo Sergio Moro". Artigo na EXAME, 31/08/2015

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“Não seja feiticeiro, mas se o és, faze teu ofício.”

Victor Hugo (1802–1885) poeta, romancista e dramaturgo francês
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“Calcula-se que a Peste Negra matou entre um terço e metade dos europeus, e que teve um impacto equivalente na China. Assinalou, para ambas as civilizações, o termo súbito e selvagem de uma era de crescimento e progresso, exacerbada por uma mudança no clima que trouxe invernos muito mais frios e colheitas devastadas. Na Europa, teria alguns efeitos surpreendentes. Excepcionalmente, uma vez que tanto do indispensável campesinato trabalhador nos países ocidentais, como França e Inglaterra, morreu, os que restaram puderam negociar melhores salários e libertar-se um pouco das exigências dos senhorios. Os começos de uma sociedade mais versátil, já não tão aferrada à propriedade da terra pelas famílias nobres, surgiram em consequência da matança bacteriana.
Estranhamente, na Europa Oriental o efeito foi quase inverso. Os proprietários de terras acabaram por ver o seu poder e alcance acrescidos e arrastaram gradualmente o campesinato sobrevivente para uma sujeição mais pesada, designada pelos historiadores como «segunda servidão». Isto foi possível porque os proprietários da Europa Oriental, que chegaram mais tarde ao feudalismo, eram um pouco mais poderosos e bem enraizados antes de ter chegado a epidemia. As cidades da actual Polónia, da Alemanha Oriental e da Hungria eram menos povoadas e poderosas do que as cidades mercantis – apoiadas no comércio da lã e do vinho – do norte de Itália e de Inglaterra. Os progressos nos direitos jurídicos e no poder das guildas na Europa Ocidental poderão não ter sido extraordinários pelos padrões actuais, mas foram suficientes para terem feito pender a vantagem contra a nobreza, num momento em que a força de trabalho era escassa. A leste, a aristocracia era mais impiedosa e deparava com menos resistência do campesinato disperso. Assim, uma modesta diferença no equilíbrio do poder, subitamente exagerada pelo abalo social decorrente da Peste Negra, provocou mudanças extremamente divergentes que, durante séculos, teriam como efeito um maior avanço e uma maior complexidade social da Europa Ocidental em comparação com territórios de aparência semelhante imediatamente a leste.
A França e a Holanda influenciaram todo o mundo; a Polónia e as terras checas influenciaram apenas o mundo da sua envolvência imediata.
Esses efeitos eram, obviamente, invisíveis para aqueles que atravessaram as devastações da peste, que regressaria periodicamente nos séculos mais próximos. No primeiro regresso, particularmente horrendo, as cidades tornaram-se espectros fantasmagóricos do espaço animado que em tempos haviam sido. Aldeias inteiras esvaziaram-se, deixando os seus campos regressarem ao matagal e aos bosques. Prosperaram a obsessão e o extremismo religiosos, e impregnou-se profundamente no povo cristão uma visão sombria do fim dos tempos. As autoridades vacilavam. As artes e os ofícios decaíram. O papado tremeu. Do outro lado da Eurásia, a glória da China Song desmoronou-se e também aí os camponeses se revoltaram. A mensagem de esperança de Marco Polo ecoou em vão entre povos que ainda não estavam suficientemente fortes para se esticarem e darem as mãos.”

Andrew Marr (1959) jornalista britânico

História do Mundo

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“Eu queria ter algum outro ofício, porque rádio, embora fosse uma grande coqueluche na época, não era encarado como uma profissão…”

Paulo Goulart (1933–2014) ator brasileiro

Fonte: Memória Globo http://memoriaglobo.globo.com/perfis/talentos/paulo-goulart/paulo-goulart-trechos-da-entrevista-ao-memoria-globo.htm

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“Era uma vez uma época, e ela não está muito longe, em que também aqui se podia fazer sucesso com um bocadinho de ironia, que compensava todas as lacunas em outros aspectos, favorecia alguém com honrarias e lhe dava a reputação de ser culto, de compreender a vida e o caracterizava ante os iniciados como membro de uma vasta franco-maçonaria espiritual. Ainda nos deparamos de vez em quando com um ou outro representante deste mundo desaparecido, que conserva este fino sorriso, significativo, ambiguamente revelador de tanta coisa, este tom de cortesão espiritual, com o qual ele fez fortuna em sua juventude e sobre o qual construiu todo o seu futuro, na esperança de ter vencido o mundo. Mas ah! foi uma decepção! Em vão procura seu olhar explorador por uma alma irmã, e caso a época de seu esplendor não estivesse ainda fresca na memória de um ou de outro, suas caretas permaneceriam um enigmático hieroglifo para uma época na qual ele vive como hóspede e estrangeiro.  Pois nosso tempo exige mais, exige se não um pathos elevado, pelo menos altissonante, se não especulação, pelo menos resultados; quando não verdade, pelo menos convicção, quando não sinceridade, pelo menos protestos de sinceridade; e, na falta de sensibilidade, pelo menos discursos intermináveis a respeito desta. Por isso, nosso tempo cunha uma espécie bem diferente de rostos privilegiados. Não permite que a boca se feche obstinada, ou que o lábio superior trema com ar travesso, ele exige que a boca fique aberta; pois como poderíamos imaginar um verdadeiro e autêntico patriota, senão discursando, o rosto dogmático de um pensador profundo, senão com uma boca que fosse capaz de engolir o mundo todo; como nos poderíamos representar um virtuose da copiosa palavra vivente, senão com a boca escancarada? Ele não permite que paremos quietos e nos aprofundemos; andar devagar já desperta suspeita; e como nos poderíamos contentar com isso no instante movimentado em que vivemos, não época prenhe do destino, que, como todos reconhecem, está grávida do extraordinário? Nosso tempo odeia o isolamento, e como suportaria que um homem chegasse à ideia desesperada de andar sozinho através da vida, esse nosso tempo, que de mãos e braços dados (como membros viajantes das corporações de ofício e soldados rasos), vive para a ideia da comunidade?”

Søren Kierkegaard (1813–1855)

Fonte: O Conceito de Ironia - Constantemente Referido a Sócrates, p. 245-246