Frases sobre mando

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da mando, todo, outro, dia.

Frases sobre mando

“A Rocha firme

“Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?” v.46

Uma cruz iluminada e ereta está firme em Table Rock, o platô rochoso que do alto observa a minha cidade natal. Várias casas foram construídas em seu redor, mas recentemente os proprietários foram forçados a sair devido às preocupações com a segurança. Apesar da proximidade com a rocha firme, as casas não estão seguras. Elas se deslocam de suas fundações, quase oito centímetros por dia, causando o risco de quebra de tubulações de água, o que aceleraria o deslizamento.

Jesus compara os que o ouvem e obedecem às Suas palavras aos que edificam suas casas sobre a rocha (vv.47,48). Estas sobrevivem às tempestades. Em contraste, Ele diz que as casas construídas sem a fundação firme, como os que não atendem à Sua instrução, não podem resistir às torrentes.

Em muitas ocasiões, fiquei tentado a ignorar minha consciência ao reconhecer que Deus me pedira mais do que eu tinha dado, pensando que minha resposta tinha sido “suficientemente próxima”. No entanto, as casas próximas àquelas montanhas rochosas me demonstraram que estar “perto” está longe de ser suficiente quando se trata de obedecer ao Senhor. Para sermos como aqueles que construíram suas casas em bases firmes e resistem às tempestades da vida que tão frequentemente nos assaltam, devemos atender completamente às palavras de nosso Senhor.

A Palavra de Deus é a única base segura para a vida Kirsten Holmberg”

Malcolm X photo

“A tarefa sem fim

Ore ao Senhor da colheita para enviar trabalhadores. - Escritura de hoje :
Mateus 9: 35-10: 15

Uma missionária escreve sobre seu campo de serviço: “Fomos forçados a fechar algumas de nossas estações por falta de recursos e falta de missionários. Este é o choro em todo lugar hoje. As maiores denominações - confrontadas com um déficit crescente em seu esforço missionário - terão que chamar para casa um grande número de trabalhadores dos diferentes campos no próximo ano. Com todo o luxo que temos, a causa de Cristo deve sofrer perdas? ”

Embora pareça que poderia ter sido escrito ontem, este pedido de ajuda foi escrito em 1926 por Johanna Veenstra, uma missionária do Sudão. A declaração apareceu em um livro que ela escreveu descrevendo seu trabalho missionário pioneiro na África.

Quase 70 anos depois, a tarefa de proclamar o evangelho ainda é tão formidável e a necessidade de ajudantes ainda é imponente. De fato, não mudou desde que Jesus declarou: “A colheita é realmente abundante, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara ”(Mateus 9: 37-38). Ele próprio iniciou o trabalho há 2.000 anos enviando 12 homens com a mensagem de boas novas.

Entrar em todo o mundo com o evangelho é uma tarefa interminável. Se vamos ao Sudão, viajamos para outro lugar distante ou ficamos em casa, também é nossa tarefa.

Refletir e Orar
Longe, longínquo, nas trevas pagãs,
Milhões de almas perdem-se para sempre;
Quem, quem irá, a história da salvação contando,
Olhando para Jesus, não se importando com o custo? —McGranahan

Uma coisa que não podemos fazer sobre missões - não podemos fugir de nossa responsabilidade. Dave Branon”

“A tarefa sem fim

Ore ao Senhor da colheita para enviar trabalhadores. - Escritura de hoje :
Mateus 9: 35-10: 15

Uma missionária escreve sobre seu campo de serviço: “Fomos forçados a fechar algumas de nossas estações por falta de recursos e falta de missionários. Este é o choro em todo lugar hoje. As maiores denominações - confrontadas com um déficit crescente em seu esforço missionário - terão que chamar para casa um grande número de trabalhadores dos diferentes campos no próximo ano. Com todo o luxo que temos, a causa de Cristo deve sofrer perdas? ”

Embora pareça que poderia ter sido escrito ontem, este pedido de ajuda foi escrito em 1926 por Johanna Veenstra, uma missionária do Sudão. A declaração apareceu em um livro que ela escreveu descrevendo seu trabalho missionário pioneiro na África.

Quase 70 anos depois, a tarefa de proclamar o evangelho ainda é tão formidável e a necessidade de ajudantes ainda é imponente. De fato, não mudou desde que Jesus declarou: “A colheita é realmente abundante, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara ”(Mateus 9: 37-38). Ele próprio iniciou o trabalho há 2.000 anos enviando 12 homens com a mensagem de boas novas.

Entrar em todo o mundo com o evangelho é uma tarefa interminável. Se vamos ao Sudão, viajamos para outro lugar distante ou ficamos em casa, também é nossa tarefa.

Refletir e Orar
Longe, longínquo, nas trevas pagãs,
Milhões de almas perdem-se para sempre;
Quem, quem irá, a história da salvação contando,
Olhando para Jesus, não se importando com o custo? —McGranahan

Uma coisa que não podemos fazer sobre missões - não podemos fugir de nossa responsabilidade. Dave Branon”

Dercy Gonçalves photo

“Ah, não vem com sacanagem pra cima de mim que eu te mando pra PUTA QUE O PARIU!”

Dercy Gonçalves (1907–2008)

Dita para o Repórter Vesgo no programa "Pânico na TV! Em 2006.

“Manda um sapato/bambu daí, nego!”

Silvio Luiz (1934)

pedindo para um jogador chutar para o gol
Espeta! Espeta!

Donald Trump photo
David Bowie photo

“Não dê ouvidos à multidão, ela manda pular.”

David Bowie (1947–2016) cantor, compositor, ator e produtor musical inglês

- Música "Jump They Say", do album Black Tie White Noise , de 1993

Martha Medeiros photo
Rainer Maria Rilke photo
Alejandro Casona photo

“No verdadeiro amor ninguém manda; obedecem os dois.”

Alejandro Casona (1903–1965)

en el verdadero amor no manda nadie; obedecen los dos
"Teatro‎" - Volume 1, Página 168, de Alejandro Casona - Editorial Losada, 1964

Fernando Pessoa photo

“Manda quem não sente. Vence quem pensa só o que precisa para vencer.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

"Autobiografia sem Factos". Assírio & Alvim, Lisboa, 2006, p. 260
Autobiografia sem Factos

José Luiz Datena photo

“No Brasil, o Presidente da República é quem manda menos!”

José Luiz Datena (1957) jornalista brasileiro

no Brasil Urgente, da TV Bandeirantes
Atribuídas

Newton Cardoso photo

“A minha diferença é que os outros mandam o dinheiro roubado para o exterior. O meu eu mando para o interior.”

Folclore político: 1950 histórias - Página 79, Sebastião Nery - Geração Editorial, 2002, ISBN 8575090615, 9788575090619 - 651 páginas

Dercy Gonçalves photo

“Eu não falo palavrão, eu mando todo mundo tomar no cu!”

Dercy Gonçalves (1907–2008)

Dita para Danilo Gentili no programa "CQC" em 2006.

Eliana (apresentadora) photo

“Eu sei o que quero, principalmente na cama. Mando ver nas fantasias, invento personagens e vario nas lingeries. Gosto das fantasias de enfermeira e de colegial.”

Eliana (apresentadora) (1973) Apresentadora e cantora brasileira

sobre como apimentava a relação com Eduardo Guedes
Fonte: Revista IstoÉ Gente. Edição 381 http://www.terra.com.br/istoegente/381/frases/index.htm.

Jair Bolsonaro photo
Fernanda Montenegro photo
Albert Camus photo
James Dean photo
Mel Brooks photo

“E aqui estão os 15 manda… [Uma das tábuas cai e se quebra] Os 10 mandamentos de Deus.”

Mel Brooks (1926)

diretor e ator, ao interpretar Moisés, em A História do Mundo, Pt. 1

Plutarco photo
Felipe Massa photo
Francisco de Quevedo photo

“Só quem manda com amor é servido com fidelidade.”

Francisco de Quevedo (1584–1645)

Sólo el que manda con amor es servido con fidelidad
"Obras completas de Don Francisco de Quevedo Villegas: Texto genuinos del autor, descubiertos, clasificados y anotados por Luis Astrana Marín"; Por Francisco de Quevedo, Luis Astrana Marín; Publicado por M. Aguilar, 1932, página 783

Gregorio Marañón photo

“Quase sempre que um casamento segue bem, é porque um dos esposos manda e o outro obedece.”

Gregorio Marañón (1887–1960)

Casi siempre que un matrimonio se lleva bien, es porque uno de los esposos manda y el otro obedece.
Tiberio: historia de un resentimiento‎ - Página 150, de Gregorio Marañón - Espasa-Calpe, 1952 - 6. ed., 317 páginas

Leonardo (cantor) photo

“Se precisar beijar, eu mando o porrete.”

Leonardo (cantor) (1963) cantor e compositor brasileiro

Leonardo, cantor sertanejo, convidado para ser o galã do próximo filme de Xuxa
Fonte: Revista Veja, Edição 1 666 - 13/9/2000 http://veja.abril.com.br/130900/vejaessa.html

“A unanimidade é a opinião daquele que manda.”

Luis Felipe Angell (1926–2004)

citado em "Do bestial ao genial: frases da política‎" - página 155, Paulo Buchsbaum - Ediouro Publicações, 2006, ISBN 850002075X, 9788500020759 - 294 páginas

Eurico Miranda photo

“Ele fica dentro do gabinete, com ar-condicionado, fazendo preces falsas para Jesus. Se estou falando do governador? É claro. O governador é falso e incompetente. O v… do governador acabou com o jogo. Ele manda no coronel, mas não no Vasco. É um frouxo!”

Eurico Miranda (1944–2019)

Na final da Copa João Havelange quando, por ordem do então governador Anthony Garotinho, o jogo entre Vasco e São Caetano foi paralisado por causa da queda de um alambrado em São Januário.

Salazar photo

“Manda quem pode, obedece quem deve.”

Salazar (1889–1970) Chefe de governo de Portugal

citado em "As minhas memórias: coisas de tempos idos", volume 3 - Página 13; de Cunha Leal - Publicado por C. Leal, 1966

Aspásia Camargo photo

“O Malan manda em mim, mas o presidente manda em todos.”

Aspásia Camargo, ex-secretária executiva do Ministério do Meio Ambiente, criticada pelo ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, pelo anúncio precipitado de uma nova versão do Proálcool.
Fonte: Revista Veja http://veja.abril.com.br/020797/p_012.html

Divaldo Pereira Franco photo
Miguel Sousa Tavares photo
Pedro Chagas Freitas photo
Dercy Gonçalves photo

“Cada um manda na sua "xereca".”

Dercy Gonçalves (1907–2008)

Em Entrevista no Programa Roda Viva da TV Cultura http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/430/entrevistados/dercy_goncalves_1995.htm

Severino Cavalcanti photo

“Esse aqui é o dono do Brasil. Ele manda no Brasil.”

Severino Cavalcanti (1930) político brasileiro

dirigindo-se a Lázaro Brandão, presidente do Bradesco, em reunião com empresários, em São Paulo; citado em Veja, 23.03.05.

Lindsay Lohan photo

“Eu amo muito a moda. A estilista Stella McCartney é maravilhosa, sempre me manda um monte de coisas de graça”

Lindsay Lohan (1986) atriz, cantora e modelo norte-americana

Sobre sua relação com a moda.
Fonte: Revista IstoÉ Gente, Edição 381.
Fonte: Revista IstoÉ Gente, Edição 381 http://www.terra.com.br/istoegente/381/frases/index.htm

Tim Maia photo
Giovanna Lancellotti photo

“Odeio grude. O cara que manda uma mensagem dizendo 'Oi linda, te amo' o tempo todo me enjoa … Gosto da pessoa que fica um dia sem dar notícia, gosto dessa insegurança, porque quando você fica muito segura, não tem medo de perder”

Giovanna Lancellotti (1993) Atriz brasileira

Sobre relacionamentos afetivos.
Verificadas
Fonte: Quem. Data: 9 de agosto de 2011.
Fonte: Giovanna Lancellotti: "Odeio grude", Lais Rissato, Quem, 9 de agosto de 2011 http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI256171-9531,00.html,

Muricy Ramalho photo

“Aqui eu quero todo mundo estressado. Quem disser que está tranqüilo mando pra casa dormir. No futebol não tem isso. Quero todo mundo ligado, preocupado e estressado. A minha rotina é essa. Estou nervoso todo dia.”

Muricy Ramalho (1955) futebolista brasileiro

Mostrando quais são seus métodos de trabalho.
Fonte: "Muricy Ramalho quer são-paulinos estressados" http://www.lancenet.com.br/noticias/07-03-16/63353.stm 16/3/2007 Lance!

Muricy Ramalho photo

“Não adianta tentar me derrubar. Quem manda é o Juvenal.”

Muricy Ramalho (1955) futebolista brasileiro

Sobre seu cargo estar ameçado.
Fonte: "Muricy no ataque", Marcius Azevedo, Jornal da Tarde, 28/5/2008, pág. 6C

Ralph Waldo Emerson photo
Raul Seixas photo

“Quem manda não ser burro, não sofria tanto”

Raul Seixas (1945–1989) cantor e compositor brasileiro
Alexandre Dumas, pai photo
Grande Otelo photo
Francisco de Oliveira photo
Clarice Lispector photo
Blaise Pascal photo
Oscar Wilde photo
Padre Antônio Vieira photo
Erasmo Carlos photo
John Ruskin photo
Tati Bernardi photo
Chico Buarque photo
Martha Medeiros photo

“Quero saber, entre todas aquelas que eu sou, quem é a chefe, quem manda dentro de mim.”

Martha Medeiros (1961) escritora e jornalista brasileira

Divã

Chico Buarque photo

“Vê como é que anda aquela vida atoa, e se puder me manda uma notícia boa!”

Chico Buarque (1944) compositor, cantor e escritor brasileiro

Samba de Orly

Machado de Assis photo
Clarice Lispector photo
Tati Bernardi photo
Tati Bernardi photo
Mário Quintana photo
Millôr Fernandes photo
Selma Lagerlöf photo
João Guimarães Rosa photo
Pema Chödron photo
Deborah Rodriguez photo

“O que importa é a rapidez com que você faz o que sua alma manda.”

Uma pequena casa de chá em Cabul

Fernando Pessoa photo
Lawrence Lessig photo

“Os participantes das redes de compartilhamento de arquivos compartilham diferentes tipos de conteúdos. Podemos dividi-los em quatro tipos.
A-Esses são aqueles que usam as redes P2P como substitutos para a compra de conteúdo. Dessa forma, quando um novo CD da Pitty é lançado, ao invés de comprar o CD, eles simplesmente o copiam. Podemos argumentar se todos os que copiaram as músicas poderiam comprá-las caso o compartilhamento não permitisse baixá-las de graça. Muitos provavelmente não poderiam, mas claramente alguns o fariam. Os últimos são os alvos da categoria A: usuários que baixam conteúdo ao invés de comprá-lo.
B-Há alguns que usam as redes de compartilhamento de arquivos para experimentarem música antes de a comprar. Dessa forma, um amigo manda para outro um MP3 de um artista do qual ele nunca ouviu falar. Esse outro amigo então compra CDs desse artistas. Isso é uma forma de publicidade direcionada, e que tem grandes chances de sucesso. Se o amigo que está recomendando a música não ganha nada recomendando porcarias, então pode-se imaginar que suas recomendações sejam realmente boas. O saldo final desse compartilhamento pode aumentar as compras de música.
C-Há muitos que usam as redes de compartilhamento de arquivos para conseguirem materiais sob copgright que não são mais vendidos ou que não podem ser comprados ou cujos custos da compra fora da Net seriam muito grandes. Esses uso da rede de compartilhamento de arquivos está entre os mais recompensadores para a maioria. Canções que eram parte de nossa infância mais que desapareceram há muito tempo atrás do mercado magicamente reaparecem na rede. (Um amigo meu me disse que quando ele descobriu o Napster, ele passou um fim de semana inteiro "relembrando" músicas antigas. Ele estava surpreso com a gama e diversidade do conteúdo disponibilizado.) Para conteúdo não vendido, isso ainda é tecnicamente uma violação de copyright, embora já que o dono do copgright não está mais vendendo esse conteúdo, o dano econômico é zero o mesmo dano que ocorre quando eu vendo minha coleção de discos de 45 RPMs dos anos 60 para um colecionador local.
D-Finalmente, há muitos que usam as redes de compartilhamento de arquivos para terem acesso a conteúdos que não estão sob copgright ou cujo dono do copyright os disponibilizou gratuitamente.
Como esses tipos diferentes de compartilhamento se equilibram?
Vamos começar de alguns pontos simples mas importantes. Do ponto de vista legal, apenas o tipo D de compartilhamento é claramente legal. Do ponto de vista econômico, apenas o tipo A de compartilhamento é claramente prejudicial. [78] O tipo B de compartilhamento é ilegal mas claramente benéfico. O tipo C também é ilegal, mas é bom para a sociedade (já que maior exposição à música é bom) e não causa danos aos artistas (já que esse trabalho já não está mais disponível). Portanto, como os tipos de compartilhamento se equilibram é uma pergunta bem difícil de responder e certamente mais difícil do que a retórica envolvida atualmente no assunto sugere.”

Cultura Livre

Mia Couto photo
Graciliano Ramos photo

“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.

Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.

Emoções indefiníveis me agitam inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.

Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.

Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do pomar tornavam-se massas negras.

- Casimiro!

(…) A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gritam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador.

Detenho-a: não quero luz.

O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a cantar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho:

- Madalena!

A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos. Estou encostado à mesa, as mãos cruzadas. Os objetos fundiram-se, e não enxergo sequer a toalha branca.

- Madalena…

A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que mande algum dinheiro a Mestre Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das outras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente calmo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra Mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom que vá trabalhar. Mandrião!

A toalha reaparece, mas não sei se é esta toalha sobre que tenho as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos.

(…) Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis, colerizo-me e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar. Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cruzadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entretanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito.

Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudências. Maria das Dores, na cozinha, dá lições ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo. O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de Seu Ribeiro e Dona Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando sem palavras.

Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha? Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão… Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz… Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos. Absurdo.

Há um grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem.

(…)

Repito que tudo isso continua a azucrinar-me. O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, mas não consigo mexer-me.”

Graciliano Ramos (1892–1953)

São Bernardo

“A vida inteira ele viveu perambulando, mandado embora de um lugar, assim que a "gente fina" comprava toda a maconha ou haxixe que quisesse, assim que houvesse perdido na roda da fortuna todas as moedas que queria. A vida inteira ele se ouviu sendo chamado de cigano sujo. A "gente fina" cria raízes; ele não tem nenhuma. Esse sujeito, Halleck, viu tendas de lona serem incendiadas por brincadeira, nos anos 30 e 40, e talvez houvesse bebês e velhos incendiados em algumas daquelas tendas. Ele viu suas filhas ou as filhas dos amigos serem atacadas, talvez violentadas, porque toda aquela "gente fina" sabe que ciganos trepam como coelhos e que um pouco mais não fará diferença — mas mesmo que faça, quem se importa? Ele talvez tenha visto seus filhos ou os filhos dos amigos serem surrados até quase a morte… e por quê? Porque os pais dos garotos que os surraram perderam algum dinheiro nos jogos de azar. É sempre a mesma coisa: você chega na cidade, a "gente fina" fica com o que quer e depois o manda embora. Às vezes, essa "gente fina" o condena a uma semana de trabalho na fazenda local de ervilhas ou um mês entre os trabalhadores da estrada local, como medida de ensinamento. E então, Halleck, para o cúmulo das coisas, vem o estalo final do chicote. O importante advogado de três queixos e bochechas de buldogue atropela e mata sua esposa na rua. Ela tem 70, 75 anos, é meio cega, talvez apenas se aventure no meio da rua depressa demais por querer voltar para sua gente antes de se mijar nas roupas — e ossos velhos quebram fácil, ossos velhos são como vidro, e você fica por ali, pensando que desta vez,, haverá um pouco de justiça… um instante de justiça, como indenização por toda uma vida de miséria e…”

Thinner

Francisco de Sá de Meneses photo
Jair Bolsonaro photo
Jair Bolsonaro photo