Frases sobre saudade

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da saudade, amor, amor, vida.

Frases sobre saudade

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“Tempo para tudo


Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. v.1


Ao voar recentemente, observei uma mãe e seus filhos algumas fileiras à minha frente. Enquanto a criança jogava contente, a mãe olhava para os olhos de seu recém-nascido, sorrindo para ele e acariciando sua bochecha. O bebê olhou para trás com espanto e de olhos arregalados. Gostei daquele momento sentindo um toque de melancolia, pensando em meus próprios filhos naquela idade e no tempo que já tinha passado por mim.

Refleti sobre as palavras do rei Salomão em Eclesiastes sobre “…todo propósito debaixo do céu” (v.1). Mencionando uma série de opostos, ele diz que há um tempo para tudo (v.1): “…há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar…” (v.2). Talvez, nesses versículos, o rei Salomão se desespere com o que vê como um ciclo de vida sem sentido. Mas ele também reconhece o papel de Deus em cada estação, e que o nosso trabalho é “dom de Deus” (v.13) e que “tudo quanto Deus faz durará eternamente” (v.14).

Podemos lembrar momentos em nossa vida com saudades, como eu relembrando os meus filhos como bebês. Sabemos, porém, que o Senhor promete estar conosco em todas as épocas de nossa jornada (Isaías 41:10). Podemos contar com a Sua presença e descobrir que o nosso propósito é andar com Ele.

Deus nos concede as estações de nossa vida 
e promete estar conosco. Amy Boucher Pye”

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“A saudade é o passar e o repassar das memórias antigas.”

Dom Casmurro
Variante: a saudade é isto mesmo; é o passar e repassar das memórias antigas.

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“… Saudade é amar um passado que ainda não passou, É recusar um presente que nos machuca, É não ver o futuro que nos convida…”

Pablo Neruda (1904–1973) Escritor

Variante: Saudade é amar um passado que ainda não passou. É recusar o presente que nos magoa. É não ver o futuro que nos convida...

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“A saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que perdeu.”

Rubem Alves (1933–2014) psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro
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“Adulto vive tendo saudades da vida que passou. Criança tem saudades do futuro.”

Ziraldo (1932) Cartunista e escritor brasileiro

O Pensamento Vivo do Menino Maluquinho - página 6, Ziraldo, Ediouro Publicações SA, 2000, ISBN 8500004304, 9788500004308, 96 páginas

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“Também temos saudade do que não existiu, e dói bastante.”

Carlos Drummond de Andrade (1902–1987) Poeta brasileiro

Variante: Sentimos falta até do que não existiu, e dói muito.

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“A saudade é a única dor que me faz esquecer as outras dores.”

Mia Couto (1955)

O Outro Pé da Sereia

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“A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.”

Rubem Alves (1933–2014) psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro
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“Aos olhos da saudade, ah, como é pequeno o mundo.”

Charles Baudelaire (1821–1867)

Aux yeux du souvenir que le monde est petit !
Le Voyage (Baudelaire)

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“Tenho saudades de um país que ainda não existe no mapa.”

Eduardo Galeano (1940–2015)

Dias e Noites de Amor e de Guerra

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“Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração, escorre pelos olhos.”

Bob Marley (1945–1981) foi um cantor, guitarrista (raggae) e compositor jamaicano famoso por popularizar o gênero
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“Saudade de um tempo?
Tenho saudade é de não haver tempo.”

Mia Couto (1955)

O Último Vôo do Flamingo

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“VOCÊ É MÚSICA

Nos dias em que você acorda rock você é contestadora e demolidora de muralhas altas, que até então julgavam-se intransponíveis.
Você é caveira, que iguala, no final da vida, a todos os seres humanos do planeta.

Nos dias em que você acorda Jazz você é puro improviso, a elegância de fraseados únicos, e que jamais serão tocados da mesma maneira - já que você própria é única e inimitável.
Você cozinha Miles Davis com Chet Baker, e tempera tudo com as vozes da Sarah, da Ella e da Billie, e assim finalizando fabuloso prato.

Nos dias em que você acorda Blues você sente a melancolia em estado bruto, entremeada pelos seus cabelos, quase que etílica e desafiadora; você vira ácido rascante e dissolvente dos sentidos de qualquer incauto.

Nos dias em que você acorda Clássica você exala a erudição dos que ousaram inventar a música tal como a conhecemos hoje, não me permitindo com certeza discernir se você é complexa ao extremo ou contraditoriamente simples.
Você vira a mais harmônica sonata.

Nos dias em que você acorda Hip hop você traz dos guetos e dos morros de favelas suburbanos a voz revoltada daquele que não chegou jamais a ter alguma voz até agora; você grita em desespero pela igualdade e pela equidade absolutas.

Nos dias em que você acorda Eletrônica você eleva a sua agitação a um determinado nível de insanidade - e até de êxtase - peculiar aos que desejam segurar cada segundo a mais do tempo; e, de vez em quando, eu sinceramente não lhe aguento. Energia quântica em demasia.

Nos dias em que você acorda Barroca você vive a dualidade entre o divino e o mundano. Espírito e carne.
Você vive a mais pudica e a mais (deliciosa) depravada ao mesmo tempo. Você está na missa e no Beco do Mota simultaneamente, lá “pras” bandas de Diamantina.

Nos dias em que você acorda Caipira você se esbalda nos acordeons e nas violas aquecidas na fogueira e no arrasta-pé levantando poeira, que estende as madrugadas da fazenda, tomando cachaça de alambique.
Canta a alegria e a singeleza do homem do campo, tanto quanto a nostalgia e a saudade sertanejas dos que migram às cidades grandes.

Nos dias em que você acorda Disco você brinda à vida mergulhada em um mar de espumante, com a dança mais frenética e passos ensaiados ao longo de toda a sua existência.
Você sempre é a última, descalça e transpirante, a ir embora dos bailes de casamento e de formatura.

Nos dias em que você acorda Samba você se transforma em cerveja bem gelada, feijoada e bate-papo alegre nas manhãs de sábado naquele mercado antigo, quando a mesa de seu bar é templo: um oráculo indestrutível no qual as principais questões da humanidade são minuciosamente dissecadas e solucionadas com inconfundível (e não menos incontestável) sabedoria dos que vivem de verdade a vida.




Você faz com que os meus cinco sentidos sejam todos condensados em ondas sonoras, que me trazem o frescor de suas melodias, a limpidez de suas harmonias e a pujança de seus ritmos intensos e intermináveis.

Eu diria que você é música.”

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“Saudade é ser, depois de ter.”

João Guimarães Rosa (1908–1967)

citado em "Rosiana: uma coletânea de conceitos, máximas e brocardos de João Guimarães Rosa" - Página 68, de João Guimarães Rosa, Paulo Rónai - Publicado por Salamandra, 1983 - 93 páginas

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“Como o amor não tem relógio,
conto agora o tempo
pelos suspiros da saudade!”

João Morgado (1965) escritor português

Para Ti (2014)

“Deus existe para tranquilizar a saudade.”

Rubem Alves (1933–2014) psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro
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“É possível amar muito alguém, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.”

John Green (1977) Escritor, empresário e vlogger norte-americano

Colin Singleton, p. 141
Quem é Você, Alasca? (2005), O Teorema Katherine (2006)

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“Cocaína usei uma, duas, três vezes e não tive nenhum benefício. Maconha usei muito e não tenho vontade nenhuma de usar mais. Do álcool, não sinto saudade.”

Gilberto Gil (1942) Cantor e compositor brasileiro

Fonte: Revista ISTOÉ Gente http://www.terra.com.br/istoegente/278/frases/index.htm, edição 278 - 06/12/2004

“Saudade! um lenço branco me acenando…/ Uma vontade de chorar sorrindo,/ Uma vontade de sorrir chorando.”

J. G. de Araújo Jorge (1914–1987)

Antología da nova poesia brasileira‎ - Página 78, de José Guilherme de Araújo Jorge - Publicado por Vecchi, 1948 - 430 páginas

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“Noite. Oh! Saudade!… A dolorosa rama / Da árvore aflita pelo chão derrama / As folhas, como lágrimas… Lembrar!”

Olavo Bilac (1865–1918) Jornalista, contista, cronista e poeta brasileiro.

Ciclo; (veja texto integral no Wikisource)

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“A saudade não deseja ir para a frente. Ela deseja voltar.”

Rubem Alves (1933–2014) psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro
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“Já repeti o antigo encantamento,
E a grande Deusa aos olhos se negou.
Já repeti, nas pausas do amplo vento,
As orações cuja alma é um ser fecundo.
Nada me o abismo deu ou o céu mostrou.
Só o vento volta onde estou toda e só,
E tudo dorme no confuso mundo.

"Outrora meu condão fadava, as sarças
E a minha evocação do solo erguia
Presenças concentradas das que esparsas
Dormem nas formas naturais das coisas.
Outrora a minha voz acontecia.
Fadas e elfos, se eu chamasse, via.
E as folhas da floresta eram lustrosas.

"Minha varinha, com que da vontade
Falava às existências essenciais,
Já não conhece a minha realidade.
Já, se o círculo traço, não há nada.
Murmura o vento alheio extintos ais,
E ao luar que sobe além dos matagais
Não sou mais do que os bosques ou a estrada.

"Já me falece o dom com que me amavam.
Já me não torno a forma e o fim da vida
A quantos que, buscando-os, me buscavam.
Já, praia, o mar dos braços não me inunda.
Nem já me vejo ao sol saudado ergUida,
Ou, em êxtase mágico perdida,
Ao luar, à boca da caverna funda.

"Já as sacras potências infernais,
Que, dormentes sem deuses nem destino,
À substância das coisas são iguais,
Não ouvem minha voz ou os nomes seus.
A música partiu-se do meu hino.
Já meu furor astral não é divino
Nem meu corpo pensado é já um deus.

"E as longínquas deidades do atro poço,
Que tantas vezes, pálida, evoquei
Com a raiva de amar em alvoroço,
lnevocadas hoje ante mim estão.
Como, sem que as amasse, eu as chamei,
Agora, que não amo, as tenho, e sei
Que meu vendido ser consumirão.

"Tu, porém, Sol, cujo ouro me foi presa,
Tu, Lua, cuja prata converti,
Se já não podeis dar-me essa beleza
Que tantas vezes tive por querer,
Ao menos meu ser findo dividi
Meu ser essencial se perca em si,
Só meu corpo sem mim fique alma e ser!

"Converta-me a minha última magia
Numa estátua de mim em corpo vivo!
Morra quem sou, mas quem me fiz e havia,
Anônima presença que se beija,
Carne do meu abstrato amor cativo,
Seja a morte de mim em que revivo;
E tal qual fui, não sendo nada, eu seja!”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português
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“A saudade é um morcego cego que falhou fruto e mordeu a noite.”

Mia Couto (1955)

O Outro Pé da Sereia

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“Tempo passa!

Tempo! Passa tempo,
Anda tempo,
Voa tempo,
Muda o tempo!…
Saudades tenho.”

Fonte: Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, Amazon/Clube de Autores, 2017, pág. 10, ISBN: 9781549710971.

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“Eu tenho saudades da ditadura!”

No dia 10 de setembro de 2005, para um grupo de jornalistas; citado em Folha de São Paulo, Ilustrada http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1309200503.htm.

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“A nossa vida é uma coleção de saudades.”

Projota (1986) rapper, cantor e compositor brasileiro

Trecho da música Vida

“Saudade? (…) É a presença em nós de alguém que está longe, a sombra que a nossa luz quer apagar.”

João Morgado (1965) escritor português

Fonte: Diário dos Imperfeitos

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