Frases sobre ira

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da ira, homem, homens, deus.

Frases sobre ira

“Longas sombras


…o Senhor é bom, a sua misericórdia dura […] de geração em geração… v.5


Vários anos atrás, minha mulher e eu ficamos em uma pousada rústica num local remoto na Inglaterra. Estávamos lá com quatro outros casais ingleses, que não conhecíamos anteriormente. Sentados na sala de estar para um cafezinho após o jantar, a conversa se voltou para ocupações, com a pergunta “O que você faz?”. Na época, eu era o presidente do Instituto Bíblico Moody em Chicago, EUA. Presumi que ninguém ali sabia algo sobre esse Instituto ou seu fundador, D. L. Moody. Quando mencionei o nome da escola, a reação deles foi imediata e surpreendente. “De Moody e Sankey… esse Moody?” Outro hóspede acrescentou: “Temos um hinário Sankey e, frequentemente, nossa família se reúne em torno do piano para cantar canções dele.” Fiquei surpreso! O evangelista Dwight Moody e seu músico Ira Sankey tinham feito reuniões nas Ilhas Britânicas há mais de 120 anos e ainda se podia sentir a influência deles ali.

Naquela noite, saí da sala pensando nas maneiras como a nossa vida pode lançar longas sombras de influência para Deus — a influência de uma mãe que ora sobre os seus filhos, as palavras de incentivo de um colega de trabalho, o apoio e o desafio de um professor ou mentor, as palavras amorosas, mas corretivas, de um amigo. É um grande privilégio desempenhar um papel na maravilhosa promessa de que “…a sua misericórdia dura […] de geração em geração…” (SALMO 100:5).

Somente o que é feito por Cristo permanece. Joe Stowell”

“Defendendo Deus


A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Provérbios 15:1


Os adesivos contra Deus no vidro traseiro do carro chamaram a atenção de um professor universitário. Como ex-ateu, o professor pensou que talvez o proprietário quisesse que os cristãos sentissem raiva. “A raiva ajuda o ateu a justificar o seu ateísmo”, explicou. E advertiu: “Com muita frequência, o ateu obtém exatamente o que está procurando.”

Ao recordar sua própria jornada para a fé, este professor observou a preocupação de um amigo cristão que o convidara a considerar a verdade de Cristo. O sentimento de urgência de seu amigo foi transmitido sem qualquer traço de raiva. Ele nunca esqueceu o respeito e a graça genuína que recebera naquele dia.

Os cristãos muitas vezes se ofendem quando os outros rejeitam Jesus. Mas como Ele se sente sobre essa rejeição? Jesus constantemente enfrentava ameaças e ódio, mas jamais duvidou pessoalmente de Sua divindade. Uma vez, quando uma aldeia lhe recusou hospitalidade, Tiago e João queriam retaliação imediata: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” (Lucas 9:54). Jesus não queria isso, e Ele “voltando-se os repreendeu” (v.55). Afinal, “…Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3:17).

Pode nos surpreender que Deus não precise de nós para defendê-lo. Ele quer que nós o representemos! Isso leva tempo, trabalho, autorrestrição e amor.

A melhor maneira de defender Jesus 
é viver como Ele. Tim Gustafson”

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“Mais penosas são as consequências da ira do que as suas causas.”

Marco Aurelio (121–180)

Variante: Muito mais dolorosas são as consequências da raiva do que suas causas.

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“Poema - Tessalonicenses 4:16-18

Queimem as igrejas
rasguem todas as suas bíblias

Cristo voltou!
e somente os pecadores irão
banhar-se em seu sangue sagrado

Padres e Pastores
serão queimados
nas fogueiras da razão

Pois o filho de Deus
quer vingança
sobre as mentiras proclamadas
em seu nome;

Deitem-se com as Ninfas
profanem-se em imagens religiosas
amem os Demônios!

Estas dores que afligem o seu peito?
esse vazio que não sabes explicar?

Enforquem-se em luxuria
vendam suas almas ao diabo

E deixem que os pecados bíblicos
salvem a sua vida

Afastem de mim a sua Filosofia!
joguem fora estas Poesias de Amor!

Estes são os tempos dos loucos
e pecadores

Se quiseres a salvação
deverás amar a vida
e odiá-la a cada segundo

Pois dada a ordem
com a voz dos arcanjos
e o ressoar da trombeta de Deus

O próprio Senhor descerá dos céus
com a espada que prometeste
e a ira que guardas em seu peito
pois este não veio trazer a Paz!

- O que faremos nós com essa angustia
que rasgam o meu peito?

- E essa solidão que me mata
aos poucos?

Gritam as almas tristes em
plena agonia
de uma vida que não escolheram viver

- Matem-se eu vos digo!

Morram a cada segundo
que as suas dores o fizerem sofrer

Enforquem-se na frente
de todos aqueles
que disseram que as suas dores
eram uma mera frescura ou falta de atenção

Rasguem suas gargantas com punhais sagrados
E matem! Sim matem!

Afogado em seu próprio sangue
todos aqueles que disseram que o seu sofrimento
era falta do amor dos deuses

Pois estes não amam
nem mesmo a sepultura!

Estão perdidos em tantas metáforas?
estas alegorias foram escritas em solo sagrado!

E somente os assassinos de Deus
aqueles que banharam-se no pecado da humanidade
são capazes de compreende-la

Vomitem toda a angustia
que há em seu peito

É necessário a crucificação
para compreender os monstros que vivem
presos em sua mente

Nós os pecadores
nós somos os deuses!

Pois nos crucificam
todos os dias
e zombam das nossas dores

Sim eu os compreendo!
posso ouvir os seus gritos!

Não envergonhem-se em sentir
deixem que o sofrimento das suas almas vazias
e os pecados da carne

Os salvem do suicídio!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Niilismo Niilista Poesia Poemas

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“Menino chicoteando

[Deus] fez Aquele que não conheceu pecado ser pecado por nós. - Escritura de hoje :
2 Coríntios 5: 12-21

Ao longo da história, as famílias reais receberam tratamento especial. Muitas vezes eles estavam isentos de manter a lei ou receber punição ou até mesmo disciplina. Mas as crianças reais ainda precisavam saber que, quando se comportavam mal, mereciam ser punidas. Quando um príncipe ou princesa desobedecia ou fazia mal no trabalho escolar, a punição era dada a um “menino chicoteado”. Não havia dúvida de quem realmente estava em falta, mas era simplesmente impensável para um criado espancar uma pessoa de realeza.

A cruz do Calvário dá uma visão completamente diferente de lidar com a transgressão. Embora o empregado esteja em falta, a realeza recebe a punição. Jesus Cristo, o Príncipe da Glória, tomou nosso lugar quando morreu na cruz. Ele se tornou voluntariamente nosso “menino chicoteado” e pagou a penalidade pelos nossos pecados.

Quanto devemos a Jesus Cristo! Como poderíamos esquecer que fomos comprados por um preço! Isso é o que manteve Paul indo quando homens menores poderiam ter desistido. Ele estava confiante de que, porque temos um substituto, Deus não está zangado conosco. A justiça de Sua Majestade foi satisfeita. Somos livres para viver e amar como nunca antes.

Que nos motive a contar aos outros as boas novas! —HWR Haddon W. Robinson

Refletir e Orar
Quando Jesus tomou nosso castigo,
a ira de Deus foi satisfeita;
Agora podemos viver em paz com Ele
porque para nós Cristo morreu. —Sesper

Cristo se tornou uma maldição para removermos a maldição de nós. Haddon W. Robinson”

“Diga como é

Você sempre resiste ao Espírito Santo; como seus pais fizeram, você também. - Escritura de hoje : Atos 7: 51-60

É difícil ser aquele que leva notícias indesejadas. O meteorologista da TV pode incomodar as pessoas apenas prevendo que vai chover no dia 4 de julho. Não é culpa dele ou dela, mas o meteorologista ainda leva o calor para trazer a mensagem.

Em uma nota muito mais séria, quando Estêvão se dirigiu aos líderes religiosos de Israel, ele incorreu em sua ira porque ele corajosamente disse a eles a verdade sobre eles mesmos. Ele criticou seus ancestrais e envolveu todo o conselho no assassinato de Jesus Cristo. Tudo o que ele disse era verdade. Então, o que eles fizeram com essa acusação? Eles "rangiam com os dentes" (Atos 7:54). Eles o expulsaram da cidade e o mataram. Porque ele disse a verdade, Stephen morreu sob uma barragem de pedras.

Quando falamos de pureza, justiça e piedade em um mundo pecaminoso e amante do prazer que parece destinado a se autodestruir, nós também seremos criticados. Mas não importa o que aconteça a nós, podemos invocar a Deus como Stephen fez. Podemos nos confortar sabendo que pertencemos a Ele e que, em última análise, Ele nos justificará.

Como povo de Deus, vamos orar para que tenhamos a coragem de dizer como é.

Refletir e Orar
Senhor, dá-nos coragem para falar
contra os males dos nossos dias;
Somente quando a verdade é conhecida, os
pecadores podem escolher o melhor caminho. —DJD

É melhor declarar a verdade e ser rejeitado do que retê-lo apenas para ser aceito. Dave Branon”

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“Aquele que protege sua mente da cobiça, e da ira, desfruta da verdadeira e duradoura paz”

Buda (-563–-483 a.C.) Foi um príncipe e fundador do budismo

Atribuídas

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“O motor principal e fundamental no homem, bem como nos animais, é o egoísmo, ou seja, o impulso à existência e ao bem-estar. […] Na verdade, tanto nos animais quanto nos seres humanos, o egoísmo chega a ser idêntico, pois em ambos une-se perfeitamente ao seu âmago e à sua essência. Desse modo, todas as ações dos homens e dos animais surgem, em regra, do egoísmo, e a ele também se atribui sempre a tentativa de explicar uma determinada ação. Nas suas ações baseia-se também, em geral, o cálculo de todos os meios pelos quais procura-se dirigir os seres humanos a um objetivo. Por natureza, o egoísmo é ilimitado: o homem quer conservar a sua existência utilizando qualquer meio ao seu alcance, quer ficar totalmente livre das dores que também incluem a falta e a privação, quer a maior quantidade possível de bem-estar e todo o prazer de que for capaz, e chega até mesmo a tentar desenvolver em si mesmo, quando possível, novas capacidades de deleite. Tudo o que se opõe ao ímpeto do seu egoísmo provoca o seu mau humor, a sua ira e o seu ódio: ele tentará aniquilá-lo como a um inimigo. Quer possivelmente desfrutar de tudo e possuir tudo; mas, como isso é impossível, quer, pelo menos, dominar tudo: "Tudo para mim e nada para os outros" é o seu lema. O egoísmo é gigantesco: ele rege o mundo.”

Página 51
A Arte de Insultar

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“Os pequenos fazendeiros observam como as dívidas sobem insensivelmente, como o crescer da maré. Cuidaram das árvores sem vender a colheita, podaram e enxertaram e não puderam colher as frutas.
Este pequeno pomar, para o ano que vem, pertencerá a uma grande companhia, pois o proprietário será sufocado por dívidas.
Este parreiral passará a ser propriedade do banco. Apenas os grandes proprietários podem subsistir, visto que também possuem fábricas de conservas.
A podridão alastra por todo o Estado e o cheiro doce torna-se uma grande preocupação nos campos. E o malogro paira sobre o Estado como um grande desgosto.
As raízes das vides e das árvores têm de ser destruídas, para se poderem manter os preços elevados. É isto o mais triste, o mais amargo de tudo. Carradas de laranjas são atiradas para o chão. O pessoal vinha de milhas de distâncias para buscar as frutas, mas agora não lhes é permitido fazê-lo. Não iam comprar laranjas a vinte cents a. dúzia, quando bastava pular do carro e apanhá-las do chão. Homens armados de mangueiras derramam querosene por cima das laranjas e enfurecem-se contra o crime, contra o crime daquela gente que veio à procura das frutas. Um milhão de criaturas com fome, de criaturas que precisam de frutas… e o querosene derramado sobre as faldas das montanhas douradas.
O cheiro da podridão enche o país.
Queimam café como combustível de navios. Queimam o milho para aquecer; o milho dá um lume excelente. Atiram batatas aos rios, colocando guardas ao longo das margens, para evitar que o povo faminto intente pescá-las. Abatem porcos, enterram-nos e deixam a putrescência penetrar na terra.
Há nisto tudo um crime, um crime que ultrapassa o entendimento humano. Há nisto uma tristeza, uma tristeza que o pranto não consegue simbolizar. Há um malogro que opõe barreiras a todos os nossos êxitos; à terra fértil, às filas rectas de árvores, aos troncos vigorosos e às frutas maduras. Crianças atingidas de pelagra têm de morrer porque a laranja não pode deixar de proporcionar lucros. Os médicos legistas devem declarar nas certidões de óbito; "Morte por inanição", porque a comida deve apodrecer, deve, por força, apodrecer.
O povo vem com redes para pescar as batatas no rio, e os guardas impedem-nos. Os homens vêm nos carros ruidosos apanhar as laranjas caídas no chão, mas as laranjas estão untadas de querosene. E ficam imóveis, vendo as batatas passarem flutuando; ouvem os gritos dos porcos abatidos num fosso e cobertos de cal viva; contemplam as montanhas de laranja, rolando num lodaçal putrefacto. Nos olhos dos homens reflecte-se o malogro. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecendo para a vindima.”

John Steinbeck (1902–1968)
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“De acordo com 2 Samuel 24:11, Davi fez um censo do povo. Isto gerou a ira de Jeová e, como punição, ele permitiu que Davi escolhesse entre sete anos de fome, uma viagem de três meses perseguido pelos inimigos ou três dias de pestes. Davi, tendo confiança em Deus, escolheu três dias de pestes; e então, Deus, o piedoso, para vingar os erros de Davi, matou setenta mil homens inocentes. Diante das mesmas circunstâncias, o que o diabo teria feito?”

Robert Green Ingersoll (1833–1899)

According to “Samuel,” David took a census of the people. This excited the wrath of Jehovah, and as a punishment he allowed David to choose seven years of famine, a flight of three months from pursuing enemies, or three days of pestilence. David, having confidence in God, chose the three days of pestilence; and. thereupon, God, the compassionate, on account of the sin of David, killed seventy thousand innocent men. Under the same circumstances, what would a devil have done?
Lectures and essays ... - página 53, Robert Green Ingersoll - Watts & co., 1904 - 160 páginas

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“A ira é uma loucura breve.”

Horacio (-65–-8 a.C.)

Epístolas (20 a.C. e 14 a.C.)

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“A ira nunca deixa de ter uma razão, mas raramente tem uma boa.”

George Saville Halifax (1633–1695)

Anger is never without an Argument, but seldom with a good one.
A character of King Charles the Second: and political, moral, and miscellaneous thoughts and reflections. By George Savile, marquis of Halifax‎ - Página 135 http://books.google.com.br/books?id=K6lsEtMo1KMC&pg=PA135, George Savile Halifax, George Savile Halifax (Marquis of) - Printed for J. and R. Tonson and S. Draper, 1750 - 183 páginas

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“A ira faz a invenção crescer, mas aquece demais o forno.”

George Saville Halifax (1633–1695)

Anger warms the Invention, but overheats the Oven
The works of George Savile, Marquis of Halifax‎, George Savile Halifax (Marquis of), Mark N. Brown - Volume 3, Clarendon Press, 1989, ISBN 0198123388, 97801981233851989 - 514 páginas

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“Se darmos a mão quem ira sacar as armas!?”

Bob Marley (1945–1981) foi um cantor, guitarrista (raggae) e compositor jamaicano famoso por popularizar o gênero
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“Coleman passara quase toda a sua carreira acadêmica na Athena; homem extrovertido, arguto, urbano, terrivelmente sedutor, com um toque de guerreiro e charlatão, em nada se parecia com a figura pedante do professor de latim e grego (assim, por exemplo, quando ainda era um jovem instrutor, cometeu a heresia de criar um clube de conversação em grego e latim). Seu venerável curso introdutório de literatura grega clássica em tradução — conhecido pela sigla DHM, ou seja, deuses, heróis e mitos — era popular entre os alunos precisamente por tudo o que havia nele de direito, franco, enfático e pouco acadêmico. "Vocês sabem como começa a literatura europeia?", perguntava ele, após fazer a chamada na primeira aula. "Com uma briga. Toda a literatura europeia nasce de uma briga." Então pegava sua Ilíada e lia para os alunos os primeiros versos. "'Musa divina, canta a cólera desastrosa de Aquiles… Começa com o motivo do conflito entre os dois, Agamenon, rei dos homens, e o grande Aquiles', E por que é que eles estão brigando, esses dois grandes espíritos violentos e poderosos? Por um motivo tão simples quanto qualquer briga de botequim. Estão brigando por causa de uma mulher. Uma menina, na verdade. Uma menina roubada do pai. Capturada numa guerra. Ora, Agamenon gosta muito mais dessa menina do que de sua esposa, Clitemnestra. 'Clitemnestra não é tão boa quanto ela', diz ele, 'nem de rosto, nem de corpo'. É uma explicação bastante direta do motivo pelo qual ele não quer abrir mão da tal moça, não é? Quando Aquiles exige que Agamenon a devolva ao pai a fim de apaziguar Apolo, o deus cuja ira assassina foi despertada pelas circunstâncias em que a moça fora raptada, Agamenon se recusa: diz que só abre mão da namorada se Aquiles lhe der a dele em troca. Com isso, Aquiles fica ainda mais enfurecido. Aquiles, o adrenalina: o sujeito mais inflamável e explosivo de todos os que já foram imaginados pelos escritores; especialmente quando seu prestígio e seu apetite estão em jogo, ele é a máquina de matar mais hipersensível da história da guerra. Aquiles, o célebre: apartado e alijado por causa de uma ofensa à sua honra. Aquiles, o grande herói, tão enraivecido por um insulto — o insulto de não poder ficar com a garota — acaba se isolando e se excluindo, numa atitude desafiadora, da sociedade que precisa muitíssimo dele, pois ele é justamente seu glorioso protetor. Assim, uma briga, uma briga brutal por causa de uma menina, de seu corpo jovem e das delícias da rapacidade sexual: é assim, nessa ofensa ao direito fálico, à *dignidade* fálica, de um poderosíssimo príncipe guerreiro, que tem início, bem ou mal, a grande literatura de ficção europeia, e é por isso que, quase três mil anos depois, vamos começar nosso estudo aqui…”

The Human Stain

“A Etimologia tentou separar duas raízes: de um lado a raiz-lua que, com men (lua) e mensis (mes) pertence a raíz ma do sacrifício mas; e de outro, a raiz sânscrita manas, com menos (grego), mens (latim) etc., que representa o espirito por excelência.
Da raiz-espírito brota uma ampla ramificação de sentidos espirituais significativos: menos, espirito, coração, alma, coragem, ardor; menoinan, considerar, meditar, desejar; memona, ter em mente, pretender; mainomai pensar e também perder-se em pensamentos e delirar, a qual pertence mania, loucura, possessão e também manteia, profecia. Outros ramos da mesma raiz-espírito são menis, menos, raiva, menuo, indicar, revelar; meno, permanecer, demorar-se, manthano, aprender; menini, lembrar; e mentiri, mentir. Todas essas raízes-espírito originam-se de uma raiz original sânscrita Mati-h, que significa pensamento, intenção.
Em nenhum lugar, seja ele qual for, essa raiz foi colocada em oposição a raiz-lua, men, lua; mensis, mes; mas, que e ligado a ma, medir. Dessa raiz origina-se não só matra-m, medida, mas também metis, inteligência, sabedoria; matiesthai, meditar, ter em mente, sonhar; e, mais ainda, para nossa surpresa, verificamos que essa raiz-lua, pretensamente oposta a raiz-espírito, e da mesma maneira derivada da raiz sânscrita mati-h, significando medida, conhecimento.
Em conseqüência, a única raiz arquetípica subjacente a esses significados e espírito-lua, que se expressa em todas as suas ramificações diversificadas, revelando-nos assim sua natureza e seu significado primordial. O que emana do espírito-lua e um movimento emocional relacionado de perto com as atividades do inconsciente. Na erupção ativa e um espirito igneo: coragem, cólera, possessão e ira; sua auto-revelação conduz a profecia, cogitação e mentira, mas também a poesia. Junto com essa produtividade ignea, no entanto, coloca-se outra atitude mais “ medida “ que medita, sonha, espera e deseja, hesita e se retarda, que se relaciona com a memória e o aprendizado, e cujo efeito e a moderação, a sabedoria e o significado.
Discutindo o assunto em outro lugar, mencionei, como uma atividade primaria do inconsciente, o Einfall, isto e, o pressentimento ou o pensamento que “ estala “ na cabeça. O aparecimento de conteúdos espirituais que penetram na consciência com suficiente forca persuasiva para fascina-la e controla-la, representa provavelmente a primeira forma de emergência do espirito no homem. Enquanto numa consciência ampliada e num ego mais forte esse fator emergente e introjetado e concebido como uma manifestação psíquica interna, no começo parece atingir a psique “ de fora “, como uma revelação sagrada e uma mensagem numinosa dos “ poderes “ ou deuses. O ego, ao experimentar esses conteúdos como vindos de fora, mesmo quando os chama de intuitos ou inspirações, recebe o fenômeno espiritual espontâneo com a atitude característica do ego da consciência matriacal. Porque ainda e verdade, como sempre foi, que as revelações do espírito-lua são recebidas mais facilmente quando a noite anima o inconsciente e provoca a introversão do que a luz brilhante do dia.”

The Fear of the Feminine and Other Essays on Feminine Psychology

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“Tantas iras em ânimos divinos!”

Tantaene animis coelestibus irae?
Livro I, verso 11
Eneida (29–19 a.C.)

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Andre Rodrigues Costa Oliveira photo