Frases sobre lição
página 2

Cazuza photo
Georges Duhamel photo
Augusto Cury photo
Tati Bernardi photo
Thomas Alva Edison photo
Esopo photo
José Saramago photo
Friedrich Nietzsche photo
Boris Yeltsin photo
Paulo Coelho photo
Max Gehringer photo
Oscar Wilde photo
Paulo Coelho photo
Anthony Doerr photo
Robin Hobb photo
Salman Rushdie photo
Graciliano Ramos photo

“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.

Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.

Emoções indefiníveis me agitam inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.

Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.

Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do pomar tornavam-se massas negras.

- Casimiro!

(…) A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gritam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador.

Detenho-a: não quero luz.

O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a cantar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho:

- Madalena!

A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos. Estou encostado à mesa, as mãos cruzadas. Os objetos fundiram-se, e não enxergo sequer a toalha branca.

- Madalena…

A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que mande algum dinheiro a Mestre Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das outras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente calmo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra Mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom que vá trabalhar. Mandrião!

A toalha reaparece, mas não sei se é esta toalha sobre que tenho as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos.

(…) Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis, colerizo-me e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar. Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cruzadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entretanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito.

Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudências. Maria das Dores, na cozinha, dá lições ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo. O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de Seu Ribeiro e Dona Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando sem palavras.

Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha? Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão… Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz… Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos. Absurdo.

Há um grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem.

(…)

Repito que tudo isso continua a azucrinar-me. O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, mas não consigo mexer-me.”

Graciliano Ramos (1892–1953)

São Bernardo

Machado de Assis photo
John Connolly photo
Oscar Wilde photo
Machado de Assis photo
Andrew Marr photo
Italo Calvino photo
Henry Hazlitt photo
Theodore Dalrymple photo

“Poucos prazeres ilícitos são maiores do que uma lição ou em vista de um bem maior.”

livro Qualquer coisa serve (Título original: Anything Goes)

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Alyson Nöel photo
Jair Bolsonaro photo
Aécio Neves photo
Aécio Neves photo

“Tive o privilégio de, ainda muito jovem, com 24 anos, acompanhar de perto aquele período decisivo na vida de nosso país, e de, com ele, aprender várias lições – uma, especialmente importante: a de que cada geração tem seu compromisso com a história.”

Aécio Neves (1960) político brasileiro

Aécio Neves – sobre sua convivência com o avô, Tancredo Neves
Fonte http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/veja-45-anos-aecio-eu-vi-meu-avo-sair-da-vida-e-entrar-para-a-historia/

Cláudio Villas-Bôas photo
Ricardo Araújo Pereira photo

“O sotôr a mim não me dá lições de pipoca.”

" Espaço agora ao debate ", Mixórdia de Temáticas 03-05-2012

Jennifer Hudson photo

“Eu não mudaria nada. Toda experiência é uma lição aprendida.”

Jennifer Hudson (1981) Cantora, compositora e atriz norte-americana

I wouldn’t change a thing. Every experience is a lesson learned.
em resposta à pergunta: Se você pudesse editar seu passado, o que você mudaria?
entrevista a Rosanna Greenstreet, The Guardian https://www.theguardian.com/culture/2018/jan/06/jennifer-hudson-q-and-a-interview-the-voice, 06-jan-2018

John Maynard Keynes photo

“Imaginar que exista algum mecanismo de ajuste automático e funcionamento perfeito que preserve o equilíbrio, bastando para isso que confiemos nas práticas do laissez-faire é uma fantasia doutrinária que desconsidera as lições da experiência histórica sem apoio em uma teoria sólida.”

'Lenin was certainly right. There is no subtler, no surer means of overturning the existing basis of society than to debauch the currency. The process engages all the hidden forces of economic law on the side of destruction, and does it in a manner which not one man in a million is able to diagnose.
The Economic Consequences of the Peace
Fonte: The Economic Consequences of the Peace (1919), Chapter 6; veja texto integral no wikisource

“Quando percebidos, os erros não existem, são aprendizado e lições de vida.”

reiki universal, Johnny De' Carli, citações, erros

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?

“Seja positivo sempre podemos aprender lições incríveis em qualquer situação!”

#suramajurdi #motivação #frase

Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Henri Lefebvre photo
Esta tradução está aguardando revisão. Está correcto?
Daniel Kahneman photo
Esta frase aguardando revisão.