Frases sobre cansaço

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da cansaço, vida, mundo, vida.

Frases sobre cansaço

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“Correr e descansar


E ele lhes disse: Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto… v.31


O título me chamou a atenção: “Os dias de descanso são importantes para os corredores.” O artigo de um ex-corredor de montanha enfatizou um princípio que os atletas dedicados, por vezes, ignoram: — o corpo precisa de tempo e descanso para se reconstruir após o exercício. “Fisiologicamente, as adaptações que ocorrem como resultado do treinamento só acontecem durante o repouso, o que significa que o descanso é tão importante quanto os treinos.”

O mesmo se aplica em nossa caminhada de fé e obras. O repouso é essencial para evitar o cansaço e desânimo. Jesus procurou o equilíbrio espiritual durante Sua vida entre nós, mesmo enfrentando enormes demandas. Quando os Seus discípulos retornaram exaustos por ensinar e curar os outros, Ele lhes disse: “…Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto…” (v.31). Mas uma grande multidão os seguiu, de modo que Jesus ensinou-lhes e os sustentou com apenas cinco pães e dois peixes (vv.32-44). Quando todo mundo tinha ido embora, Jesus “subiu ao monte para orar” (v.46).

Se a nossa vida é definida pelo trabalho, então o que fazemos se torna cada vez menos eficaz. Jesus nos convida a segui-lo, regularmente, a um lugar tranquilo para orar e descansar um pouco.

Em nossa vida de fé e serviço, 
o descanso é tão importante quanto o trabalho. David C. McCasland”

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“O cansaço é um modo do corpo ensinar a cabeça.”

Mia Couto (1955)

Contos do Nascer da Terra

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“Poema - 2 Coríntios 11:14

Viajei entre galáxias vivas
e cheias de vida
que de nada aprendi

Mas conheci buracos negros
cheios de morte
e sai de lá um sábio

Eu sou o filho do nada
e o herdeiro de todas as coisas

Tenho mais anos de vida
do que estrelas no universo
tenho muitos nomes
e alguns confesso que já foram reais

Conheci certa vez
uma criatura estranha que veio até mim
em busca de respostas

Cujas perguntas
estavam ali nela explicitas

Durante todos esses anos de vida
viajando por ai
eu finalmente aprendi

Que as resposta
para todas as minhas perguntas
estavam na noite em que eu me matei;

Eu havia acordado
em uma destas noites frias e solitárias
sentindo o meu sangue ferver
como um veneno que me matava aos poucos

Com olheiras nos olhos
e o cansaço do mundo nas minhas costas

Sentado nas beiradas sujas
de uma cama
repleta de angustias e sonhos perdidos

Sentia-me excluído
de todas as coisas

Quantas vezes
você já não chorou
com as cordas em seu pescoço?

Sentindo as suas mãos tremulas
enquanto decidia
se colocava ou não um fim em sua vida

Sinto-me assim todos os dias…

Forçado a buscar
refugio na solidão

Ao caminhar por ruas lotadas
sinto-me a mais terrível das criaturas

A ansiedade me atormenta
e eu não consigo olhar em ninguém nos olhos

Todas as vezes
que eu tentei amar alguém
lágrimas escorreram pelos seus rostos

O que é mais cruel?

O Suicídio prematuro
de uma alma infeliz

Ou os martírios
de um monstro solitário
cuja as dores o matam aos poucos

Sentado nas janelas
do décimo terceiro andar
do meu prédio

Eu me lancei em meio ao abismo

Um anjo de luz
me segurou em seus braços

E em minha mente
ele profetizou

- Antes de queimar em suas chamas
Subiras aos céus;
ergueras o seu trono acima das estrelas dos Deuses

E se sentará em meio aos arcanjos
o ponto mais elevado do monte
se elevará mais alto do que as nuvens;

Serás a estrela da manhã
o filho das alvoradas

E a luz no final do Abismo!

Para se livrar das trevas
que vive em seu peito

Deves matar o homem que és hoje!

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Morte Suicídio Nietzsche Niilismo Vida

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“O cansaço ronca em cima de uma pedra, enquanto a indolência acha duro o melhor travesseiro.”

William Shakespeare (1564–1616) dramaturgo e poeta inglês

Ato III – Cena IV: Belário - Em Cimbelino. Citado em http://shakespearebrasileiro.org/citacoes/
Outras obras

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“Há um cansaço da inteligência abstracta, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento e da emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar da alma.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Bernardo Soares
Autobiografia sem Factos
Variante: Há um cansaço da inteligência abstracta, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento pela emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar com a alma.

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“Porque metade de mim é abrigo, a outra metade é cansaço.”

Oswaldo Montenegro (1956) músico brasileiro

Variante: Porque metade de mim é plateia a outra metade é canção.

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“Mestre, meu mestre querido!
Coração do meu corpo intelectual e inteiro!
Vida da origem da minha inspiração!
Mestre, que é feito de ti nesta forma de vida?

Não cuidaste se morrerias, se viverias, nem de ti nem de nada,
Alma abstrata e visual até aos ossos,
Atenção maravilhosa ao mundo exterior sempre múltiplo,
Refúgio das saudades de todos os deuses antigos,
Espírito humano da terra materna,
Flor acima do dilúvio da inteligência subjetiva…

Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escravo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!

Meu mestre e meu guia!
A quem nenhuma coisa feriu, nem doeu, nem perturbou,
Seguro como um sol fazendo o seu dia involuntariamente,
Natural como um dia mostrando tudo,
Meu mestre, meu coração não aprendeu a tua serenidade.
Meu coração não aprendeu nada.
Meu coração não é nada,
Meu coração está perdido.
Mestre, só seria como tu se tivesse sido tu.
Que triste a grande hora alegre em que primeiro te ouvi!
Depois tudo é cansaço neste mundo subjetivado,
Tudo é esforço neste mundo onde se querem coisas,
Tudo é mentira neste mundo onde se pensam coisas,
Tudo é outra coisa neste mundo onde tudo se sente.
Depois, tenho sido como um mendigo deixado ao relento
Pela indiferença de toda a vila.
Depois, tenho sido como as ervas arrancadas,
Deixadas aos molhos em alinhamentos sem sentido.
Depois, tenho sido eu, sim eu, por minha desgraça,
E eu, por minha desgraça, não sou eu nem outro nem ninguém.
Depois, mas por que é que ensinaste a clareza da vista,
Se não me podias ensinar a ter a alma com que a ver clara?
Por que é que me chamaste para o alto dos montes
Se eu, criança das cidades do vale, não sabia respirar?
Por que é que me deste a tua alma se eu não sabia que fazer dela
Como quem está carregado de ouro num deserto,
Ou canta com voz divina entre ruínas?
Por que é que me acordaste para a sensação e a nova alma,
Se eu não saberei sentir, se a minha alma é de sempre a minha?

Prouvera ao Deus ignoto que eu ficasse sempre aquele
Poeta decadente, estupidamente pretensioso,
Que poderia ao menos vir a agradar,
E não surgisse em mim a pavorosa ciência de ver.
Para que me tornaste eu? Deixasses-me ser humano!

Feliz o homem marçano
Que tem a sua tarefa quotidiana normal, tão leve ainda que pesada,
Que tem a sua vida usual,
Para quem o prazer é prazer e o recreio é recreio,
Que dorme sono,
Que come comida,
Que bebe bebida, e por isso tem alegria.
A calma que tinhas, deste-ma, e foi-me inquietação.
Libertaste-me, mas o destino humano é ser escravo.
Acordaste-me, mas o sentido de ser humano é dormir.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Poemas de Álvaro de Campos

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“Rugas de um Amor perfeito
Olho para o teu rosto, nele existem as marcas de uma vida. Olhar cansado e cheio de doçura, na tua boca as palavras sábias, que eu as acolhi dentro do coração. Mesmo com teus cabelos esbranquiçados é capaz de sacrificar sua vida pelos filhos e netos. Os dias passam para ti e não pode recuperá-los, são gastos em proveito dos outros do que de si mesmo. Às vezes olha para os filhos em silencio, em seu olhar nenhuma severidade, nenhuma raiva, nenhum castigo, ao contrário no teu olhar tem uma infinita compaixão, uma infinita bondade que me deixa a refletir de como estou sendo para os meus filhos. Sua voz, suas palavras cheia de doçura parece uma "morada tranquila". Tu estás sempre ofertando para os outros um pedacinho do teu tempo. Teus passos suaves e lentos não te deixa correr como antes, mas vem sempre em minha direção como se eu fosse ainda aquela pequena criança. E, quando te vejo, ombros meios caídos, corpo aos poucos curvado. Às vezes sentada em frente de casa ou num canto da sala, às vezes paralisada pela idade, pelo cansaço, esperando apenas um abraço, mesmo com as rugas de uma vida, seu rosto é expressivo, mostra o que teu coração sente, fala mansa, cada vez mais devagar nas palavras, teu olhar que é o porto que me acalma. Fico a pensar, se vou ter um pouco dessa tua sabedoria, dessa tua imensa bondade, dessa tua paz tão quieta.
Envelhecer com essa paz que tu transmite é mostrar ao mundo como se vive bondosamente.”

“Felizes os trabalhadores que conseguem se libertar do cansaço no banho ou no travesseiro.”

Este é o único cansaço que eles merecem!