Frases sobre algum

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da algum, coisa, outro, ser.

Frases sobre algum

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“Sementes de dispersão


Mas o que foi semeado em boa terra […] produz a cem, a sessenta e a trinta por um. v.23.


Recebi um e-mail maravilhoso de uma mulher que escreveu: “Sua mãe foi minha professora de primeiro ano em 1958. Ela era uma grande professora, muito gentil, mas rigorosa! Ela nos fez memorizar o Salmo 23 e dizê-lo na frente da classe, e fiquei horrorizado. Mas esse foi o único contato que tive com a Bíblia até 1997, quando me tornei cristão. E as lembranças da Sra. McCasland inundaram minha mente enquanto eu relia a Bíblia.”

Jesus contou a uma grande multidão a parábola sobre o fazendeiro que semeou, e cujas sementes caíram em diferentes tipos de terreno, uma à beira do caminho, outra em solo rochoso, entre espinhos e, por fim, em bom terreno (vv.1-9). Enquanto algumas sementes nunca germinaram, “a semente que cai em terra boa refere-se a alguém que ouve a palavra e a entende” e “produz a cem, a sessenta e a trinta por um” o que foi semeado (v.23).

Durante os 20 anos que a minha mãe lecionou na primeira série nas escolas públicas, a leitura, a escrita e a aritmética, ela espalhou as sementes da bondade e a mensagem do amor de Deus.

O e-mail de seu ex-aluno concluía: “Tive outras influências em minha caminhada cristã mais tarde na vida, é claro. Mas meu coração sempre retorna ao Salmo 23 e à natureza gentil de sua mãe.”

Uma semente do amor de Deus semeado hoje pode produzir uma colheita extraordinária.

Nós semeamos — Deus produz a colheita. David C. McCasland”

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“Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso, aprendemos sempre.”

Paulo Freire (1921–1997) filósofo e educador brasileiro

"A importância do ato de ler: em três artigos que se completam", São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989, p. 31
Variante: Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

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“Se você ama alguma coisa ou alguém, deixe que parta. Se voltar é porque é seu, se não é porque jamais seria.”

William Shakespeare (1564–1616) dramaturgo e poeta inglês

Variante: Se você ama algo ou alguém deixa que parta, se for seu voltará, se não é porque jamais seria.

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“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”

Friedrich Nietzsche (1844–1900) filósofo alemão do século XIX

Nietzsche, 1880, O Andarilho e sua Sombra, Aforismo 333 http://gutenberg.spiegel.de/buch/der-wanderer-und-sein-schatten-3251/54
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“Algumas pessoas mudam de partido em defesa de seus princípios. Outros mudam de princípios em defesa de seu partido.”

Winston Churchill (1874–1965) Político britânico

Winston Churchill como citado em A forja do cinismo: Miasmas do poder e outras fragrancias - página 21, Volume 2 de A forja do cinismo, José Pereira Gondim, Editora Universitária, 2006
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“Julgamento por fogo


Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, […] receberá a coroa da vida… v.12


No inverno passado ao visitar um museu de história natural, aprendi alguns fatos interessantes sobre uma árvore chamada Aspen. Um bosque de álamos, de troncos delgados e brancos podem crescer a partir de uma única semente e compartilhar o mesmo sistema radicular. Estes sistemas radiculares podem existir por milhares de anos, mesmo sem produzir árvores. Eles dormem no subsolo, à espera de incêndio, inundação ou avalanche para limpar-lhes um espaço nas sombras da floresta. Após um desastre natural limpar a terra, as raízes dessa árvore podem finalmente sentir o sol. As raízes, então, produzem mudas, que se tornam árvores.

Para estes álamos, a devastação causada pela natureza lhes possibilita o crescimento. Tiago escreve que o nosso crescimento na fé, se torna possível pelas dificuldades: “…tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. “ (Tiago 1:2-4).

É difícil ser alegre nas provações, mas podemos ter a esperança de que Deus usará as circunstâncias difíceis para nos ajudar a atingir a maturidade. Como árvores de álamo, a fé pode crescer em tempos de provação quando a dificuldade liberar espaço em nosso coração para a luz de Deus habitar em nós.

Nossas experiências e provações 
podem nos aproximar de Cristo. Amy Peterson”

“O dom da hospitalidade


Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos. v.2


O jantar que oferecemos às cinco famílias de nações diferentes continua a ser uma memória maravilhosa. De alguma forma, a conversa não ficou restrita a cada casal, mas todos nós conversamos sobre a vida em Londres sob pontos de vista de partes diferentes do mundo. No final da noite, meu marido e eu concluímos que tínhamos recebido mais do que tínhamos oferecido, inclusive o calor humano que compartilhamos ao nos empenhar em fazer novas amizades e conhecer culturas diferentes.

O autor da carta aos Hebreus conclui os seus pensamentos com exortações para a vida da comunidade, relembrando aos seus leitores que deveriam continuar a receber bem os estrangeiros. Pois fazendo isso, algumas pessoas “acolheram anjos sem o saber” (13:2). Ele podia estar se referindo a Abraão e Sara, que, como vemos em Gênesis 18:1-12, acolheram três desconhecidos com generosidade e os receberam com festa, como era o costume nos tempos bíblicos. Eles não sabiam que estavam acolhendo anjos que lhes trouxeram uma mensagem de bênção.

Nós não convidamos as pessoas para nossas casas, com o intuito de tirar vantagens disso, mas, com frequência, recebemos mais do que damos. Que o Senhor espalhe o Seu amor através de nós à medida que alcançamos outros com o dom da hospitalidade.

Quando praticamos a hospitalidade, 
compartilhamos da bondade e das dádivas divinas. Amy Boucher Pye”

“Tempo para tudo


Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. v.1


Ao voar recentemente, observei uma mãe e seus filhos algumas fileiras à minha frente. Enquanto a criança jogava contente, a mãe olhava para os olhos de seu recém-nascido, sorrindo para ele e acariciando sua bochecha. O bebê olhou para trás com espanto e de olhos arregalados. Gostei daquele momento sentindo um toque de melancolia, pensando em meus próprios filhos naquela idade e no tempo que já tinha passado por mim.

Refleti sobre as palavras do rei Salomão em Eclesiastes sobre “…todo propósito debaixo do céu” (v.1). Mencionando uma série de opostos, ele diz que há um tempo para tudo (v.1): “…há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar…” (v.2). Talvez, nesses versículos, o rei Salomão se desespere com o que vê como um ciclo de vida sem sentido. Mas ele também reconhece o papel de Deus em cada estação, e que o nosso trabalho é “dom de Deus” (v.13) e que “tudo quanto Deus faz durará eternamente” (v.14).

Podemos lembrar momentos em nossa vida com saudades, como eu relembrando os meus filhos como bebês. Sabemos, porém, que o Senhor promete estar conosco em todas as épocas de nossa jornada (Isaías 41:10). Podemos contar com a Sua presença e descobrir que o nosso propósito é andar com Ele.

Deus nos concede as estações de nossa vida 
e promete estar conosco. Amy Boucher Pye”

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“Poema - F32.3

O sangue que escorre das suas vísceras
é a morte de todas as suas convicções?

Ou os devaneios sinceros
de um suicídio inevitável?

Não tentem me salvar!
se afastem de mim
deixem que eu apodreça na minha própria miséria

Se me ouvirem gritar
tampem os seus ouvidos!

Escondam-se em suas igrejas
reúnam-se em coletivos
amem uns aos outros

Mas eu imploro de joelhos!

Deixem que eu me enforque
em meu quarto sozinho

Quero sentir a agonia do suicídio
curando cada ferida que existe em meu peito

Como ousam!?
como ousam me chamar de louco?
ou zombar das minhas dores

Nas poéticas maravilhas
deste assombroso universo
ansiedades e vertigens
me torturam a cada segundo

Enquanto o resto de vocês
reúnem-se
cantam e dançam!

Alguma vez já sentiram ódio
por suas próprias vidas?

Não me venham com as suas conclusões!
não me digam que existe uma cura
ou que eu devo fazer isso ou aquilo

Somente a solidão
pode compreender a minha dor

No meu quarto recluso
eu sou judas a cuspir heresias

Querem me impedir de matar os seus filhos
com poesias escritas em sangue?

Então joguem o meu corpo aos cães
ou me coloquem em camisas de força

A minha alma é uma estrela em chamas
que brilha mesmo quando o fogo já se apagou

Eu sou o filho bastardo
de um futuro que nunca aconteceu

Nunca fiz parte deste mundo
não pertenço a esse teatro de mentiras
no qual riem os Deuses
e choram os homens

Estas mascaras que colocam
todos os dias

O amor que sentem
uns pelos outros

As armas que usam para
matar aqueles que odeiam

Os Deuses! Sim os Deuses!
pelos quais curvam seus joelhos imundos

A ajuda que me oferecem
a religião que me cospem na cara

Os remédios que tomam
e dizem que eu devo tomar

Até mesmo o ar que respiram
ou mundo pelo qual caminham com seus
pés sujos de sangue

Este teatro de almas vazias
que chamam vulgarmente de mundo

É um lugar do qual eu nunca pertenci!
tampouco desejo pertencer

Quando encontrarem o meu corpo
dependurado com vermes a se alimentarem
dos meus despojos podres

Não chorem…
pois se enxergas apenas um homem morto
continuas cego diante da verdadeira tragédia!

- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Poema Depressão Niilismo

“Familiaridade com Deus


Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. v.4


Às vezes, minha esposa e eu terminamos a frase um do outro. Em mais de trinta anos de casamento nos tornamos cada vez mais familiarizados com a forma como o outro pensa e fala. Não precisamos nem mesmo completar a sentença, apenas uma palavra ou um olhar são o suficiente para expressar um pensamento.

Há algum conforto nisso, como o que sentimos ao calçar um velho par de sapatos que é muito confortável. Às vezes, carinhosamente nos tratamos como “meu sapato confortável”, um elogio que pode ser difícil de entender para quem não nos conhece bem! Através dos anos, o nosso relacionamento desenvolveu uma linguagem própria, com expressões que são o resultado de décadas de amor e confiança.

É reconfortante saber que Deus nos ama com profunda familiaridade. Davi escreveu: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda” (v.4). Imagine-se conversando tranquilamente com Jesus e contando-lhe os assuntos mais profundos do seu coração. E ao lutar para encontrar as palavras, Ele lhe dá um sorriso e lhe diz exatamente o que você não conseguia expressar. Como é bom saber que não precisamos ter as palavras exatas para falar com Deus! Ele nos ama e nos conhece bem o suficiente para nos entender.

Deus olha além de nossas palavras. 
Ele vê o nosso coração. James Banks”

“Nos bastidores

…foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. v.12

Minha filha enviou uma mensagem a um amigo, esperando receber logo a resposta. O telefone mostrava que a mensagem fora lida, e ela esperou ansiosa. Momentos depois, frustrada, gemeu de irritação pela demora. A irritação virou preocupação, e ela se questionou se isso significava que havia um problema entre ambos. A resposta veio e ela se sentiu aliviada ao ver que tudo estava bem. O amigo simplesmente levara algum tempo verificando os detalhes necessários.

O profeta Daniel também aguardou ansiosamente por uma resposta. Após receber a visão assustadora de grande guerra, Daniel jejuou e buscou a Deus em humilde oração (10:3,12). Durante três semanas, ficou sem resposta (vv.2,13). Finalmente, um anjo assegurou a Daniel de que suas preces tinham sido ouvidas “desde o primeiro dia”. Nesse meio tempo, o anjo estava lutando em defesa dessas orações. Embora Daniel não soubesse no início, Deus estava agindo durante cada um dos 21 dias que decorreram entre a primeira oração e a vinda do anjo.

Confiar que Deus ouve as nossas orações (Salmo 40:1) pode nos tornar ansiosos quando a resposta divina não vem quando a desejamos. Tendemos a questionar se o Senhor se importa. No entanto, a experiência de Daniel nos lembra de que Deus está agindo em favor dos que ama, mesmo se isso não nos parecer óbvio.

Deus está sempre pronto a agir em favor do Seu povo. Kirsten Holmberg”

“Depois de você


Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim… v.9


Em algumas culturas espera-se que o mais jovem permita que o mais idoso entre primeiro num recinto. Em outras, a pessoa mais importante ou de hierarquia maior. Não importam quais sejam as tradições, há momentos em que temos dificuldade para permitir que alguém escolha primeiro em questões importantes, especialmente, quando o privilégio, legitimamente, nos pertence.

Abrão (mais tarde Abraão) e seu sobrinho Ló tinham tanto rebanho e tendas que a terra não podia sustentar ambos num mesmo local. Para evitar conflitos, Abrão sugeriu que eles se separassem e deu a Ló, a chance de escolher o terreno primeiro. Ló escolheu o vale fértil do Jordão, deixando a terra menos desejável para o tio.

Abrão, já idoso, não insistiu em seus direitos, mas confiou o seu futuro a Deus e disse ao sobrinho: “…Não haja contenda entre mim e ti […] porque somos parentes chegados. […] Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.” (vv.8,9). A escolha de Ló acabou levando a consequências desastrosas para toda a sua família (Gênesis 19).

Hoje, à medida que enfrentamos escolhas, podemos confiar em nosso Pai para nos guiar em Seu caminho. Ele prometeu cuidar de nós e sempre nos dará o que precisamos.

Deus sempre dá o Seu melhor para aqueles 
que deixam a escolha com Ele. Jim Elliot David C. McCasland”

“Os erros cometidos


Então, eu lhes disse: quem tem ouro, tire-o. Deram-mo; e eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro. v.24


Ao discutir sobre a atividade ilegal que envolvia a sua empresa, um CEO disse: “Os erros foram cometidos”. Ele parecia arrependido, no entanto, não assumia a culpa e não admitia que tivesse, pessoalmente, feito nada de errado.

Alguns “erros” são apenas erros: dirigir na direção contrária, esquecer-se de definir a hora no temporizador e queimar o jantar, calcular o seu saldo na conta bancária. Mas há os atos deliberados que vão muito além e que Deus os chama de pecado. Quando Deus questionou Adão e Eva sobre o porquê de eles o terem desobedecido, o casal rapidamente tentou transferir a culpa entre si (Gênesis 3:8-13). Arão não se responsabilizou quando o povo construiu um bezerro de ouro para adorar no deserto. Ele explicou a Moisés: “Deram-mo; e eu o lancei no fogo, e saiu este bezerro“ (v.24).

Ele poderia muito bem ter murmurado: “Os erros foram cometidos.”

Às vezes, nos parece mais fácil culpar alguém, em vez de admitir nossas próprias falhas. Igualmente perigoso é tentar minimizar o nosso pecado, chamando-o de “apenas um erro” em vez de reconhecer a sua verdadeira natureza.

Mas quando assumimos a responsabilidade, reconhecendo e confessando o nosso pecado, Aquele que “…é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça“ o fará (1 JOÃO 1:9).

Admitir que precisamos do perdão de Deus 
é o primeiro passo para recebê-lo. Cindy Hess Kasper”

“Pintando um retrato


Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus… v.5


A Galeria Nacional em Londres, Inglaterra, abriga pinturas de séculos, que incluem 166 imagens de Winston Churchill, 94 de William Shakespeare, e 20 de George Washington. Vendo as pinturas mais antigas, podemos nos questionar: Essas pessoas realmente eram assim?

Por exemplo, há 8 pinturas do patriota escocês William Wallace (1270 – 1305), mas não temos as fotografias para poder 
compará-las. Como ter a certeza de que os artistas representaram Wallace com precisão?

Algo semelhante pode estar acontecendo com a semelhança de Jesus. Sem perceber, aqueles que creem nele estão deixando uma impressão da pessoa dele sobre os outros. Não com pincéis e óleos, mas com atitudes, ações e relacionamentos.

Será que estamos pintando um retrato que representa a essência de Jesus? Esta foi a preocupação do apóstolo Paulo ao escrever: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (v.5). Com o desejo de representar fielmente o Senhor, Paulo conclamou os seus seguidores a refletir a humildade, o autossacrifício e a compaixão de Jesus pelos outros.

“Somos o único ‘Jesus’ que algumas pessoas poderão ver.” À medida que, com humildade, consideramos os outros superiores a nós (v.3), vamos mostrar ao mundo a essência e a atitude do próprio Jesus.

O sacrifício de Cristo por nós 
nos motiva a nos sacrificarmos pelos outros. Bill Crowder”

“A risada na escuridão


…Deus amou o mundo […] que deu o seu Filho […] para que todo aquele que nele crê […] tenha a vida eterna. 3:16


Um renomado jornal estrangeiro estampou um artigo intitulado: “O mais recente projeto dos Titãs da tecnologia: desafiar a morte.” Ele descrevia os esforços de Peter Thiele e outros magnatas da tecnologia para prolongar a vida humana indefinidamente. E estão dispostos e preparados para gastar bilhões nesse projeto.

Eles chegaram um pouco tarde. A morte já foi derrotada! Jesus disse: “…Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente…” (João 11:25,26). Jesus nos garante que aqueles que colocam a sua confiança nele nunca, nunca, sob nenhuma circunstância, qualquer que seja, morrerão.

Para ser claro, o nosso corpo vai perecer e não há nada que alguém possa fazer para mudar esse fato. Mas a parte de nós que pensa, raciocina, lembra, ama, se aventura e que chamamos de: mim, meu, eu mesmo nunca, jamais morrerá.

E aqui está a melhor parte: Isto é um presente! Tudo que você tem a fazer é receber a salvação que Jesus oferece. C. S. Lewis, ao meditar sobre isso, descreve-o como sendo algo igual a “uma risada na escuridão”, — como a percepção de que a resposta é algo tão simples.

Alguns diriam: “Mas é muito simples.” Bem, eu lhes digo, se Deus o amou antes mesmo de você nascer e quer que você viva com Ele para sempre, que motivo Ele teria para dificultar?

Cristo substituiu a porta escura da morte 
pelo brilhante portão da vida.
David H. Roper”

“A morte da dúvida


…Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, […] de modo algum acreditarei. 20:25


Nós o conhecemos como Tomé, o incrédulo (João 20:24-29), mas o rótulo não é inteiramente justo. Afinal de contas, quantos de nós teríamos acreditado se o nosso líder executado tivesse ressuscitado? Na verdade, poderíamos muito bem chamá-lo de “Tomé, o corajoso”. Afinal, Tomé mostrou coragem impressionante à medida que Jesus submeteu-se, propositadamente, aos acontecimentos que levaram à Sua morte.

Por ocasião da morte de Lázaro, Jesus tinha dito: “Vamos outra vez para a Judeia” (João 11:7), levando a um protesto dos discípulos. “Rabi”, disseram, “…ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá?” (v.8). Foi Tomé quem disse: “Vamos também nós para morrermos com ele” (v.16).

As intenções de Tomé provaram ser mais nobres do que as suas ações. Após a prisão de Jesus, Tomé fugiu com o restante para o pátio do sumo sacerdote, deixando Pedro e João para acompanhar Cristo. Apenas João seguiu Jesus todo o caminho até a cruz (Mateus 26:56).

Apesar de ter testemunhado a ressurreição de Lázaro (JOÃO 11:38-44), o cético Tomé ainda não conseguia crer que o Senhor crucificado havia vencido a morte. Isto é, até tê-lo visto ressuscitado e exclamar: “Senhor meu e Deus meu!” (JOÃO 20:28). A resposta de Jesus deu a garantia ao cético e conforto incomensurável para nós: “…Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram” (v.29).

A verdadeira dúvida busca pela luz; 
a incredulidade se contenta com a escuridão. Tim Gustafson”

“Veja o que Jesus fez


…E nesse novo serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros. 2 Coríntios 8:7 (NTLH)


O menino tinha apenas 8 anos quando anunciou para Wally, um amigo de seus pais: “Eu amo Jesus e quero servir a Deus no exterior algum dia.” Durante os dez anos seguintes ou mais, Wally orou por ele, enquanto o observava crescer. Mais tarde, quando este jovem se inscreveu para servir com uma agência missionária no Mali, Wally lhe disse: “Já estava na hora! Quando ouvi o que você queria fazer, investi algum dinheiro e fui guardando para você, esperando por esta notícia emocionante.” Wally deseja ajudar o próximo e contribuir para levar-lhes as boas-novas de Deus.

Jesus e Seus discípulos precisavam de apoio financeiro enquanto viajavam de cidade em cidade, contando a boa notícia do Seu reino (Lucas 8: 1-3). Um grupo de mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças ajudou a apoiá-los prestando “…assistência com os seus bens” (v.3). Uma delas foi Maria Madalena, que tinha sido liberta de sete demônios. Outra era Joana, mulher de um funcionário na corte de Herodes. Nada se sabe sobre Suzana e “muitas outras” (v.3), mas sabemos que Jesus tinha atendido as necessidades espirituais delas. Agora elas estavam ajudando Jesus e Seus discípulos compartilhando com eles os seus recursos financeiros.

Quando consideramos o que Jesus fez por nós, o desejo de Ele ajudar os outros, passa a ser nosso também. Vamos perguntar a Deus como Ele quer nos usar.

Jesus deu tudo o que tinha; 
Ele merece tudo o que somos. Anne Cetas”

“Isto me traz alegria?

…tudo o que é verdadeiro, […] se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. v.8

Marie Kondo, jovem japonesa, escreveu o livro A mágica da alegria (Ed. Sextante, 2015), sobre o descarte e a organização e já vendeu dois milhões de cópias em todo o mundo. O objetivo é ajudar as pessoas a livrarem-se de coisas desnecessárias em suas casas e armários, coisas que lhes pesam. Ela sugere que seguremos cada item e nos perguntemos: Isso me traz alegria? Se a resposta for sim, devemos mantê-lo. Se for não, descartá-lo.

Paulo exortou os cristãos de Filipos a buscarem a alegria em seu relacionamento com Cristo. “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez vos digo: alegrai-vos” (Filipenses 4:4). Em vez de uma vida cheia de ansiedade, ele exortou-os a orar por tudo e permitir que a paz de Deus guarde os seus corações e mentes em Cristo (vv.6,7).

Olhando para as nossas tarefas e responsabilidades diárias, vemos que nem todas são agradáveis. Mas podemos questionar: “De que maneira esta tarefa pode agradar a Deus e a mim também?” Uma mudança no objetivo do que fazemos pode transformar a maneira como nos sentimos a respeito dessas tarefas e responsabilidades.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (v.8).

As palavras de despedida de Paulo são alimento para a mente e uma receita para a alegria.

Envolver-se completamente com o Senhor 
é o princípio da alegria. David C. McCasland”

“Nada falta


Deus pode fazer-vos abundar […] a fim de que […] superabundeis em toda boa obra. 2 Coríntios 9:8


Imagine fazer uma viagem sem bagagem. Sem necessidades básicas. Sem trocas de roupa. Sem dinheiro ou cartões de crédito. Soa insensato e aterrorizante, não?

Mas foi exatamente isso o que Jesus disse aos Seus doze discípulos para fazerem quando os enviou em sua primeira missão de pregar e curar. “Ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro; que fossem calçados de sandálias e não usassem duas túnicas” (Marcos 6:8,9).

Contudo, mais adiante, quando os estava preparando para o seu trabalho após Ele partir, Jesus disse aos Seus discípulos: “…Quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma” (Lucas 22:36). Então, qual é a questão aqui? Trata-se de confiar em que Deus proverá.

Referindo-se à primeira viagem, Jesus perguntou aos discípulos: “…Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa?…”. E eles responderam: “…Nada…” (v.35). Os discípulos tiveram tudo o que precisaram para realizar o que Deus os havia chamado a fazer. Ele foi capaz de supri-los com o poder de fazer a Sua obra (Marcos 6:7).

Será que nós confiamos que Deus suprirá as nossas necessidades? Estamos também assumindo responsabilidade pessoal e planejamento? Tenhamos fé de que Ele nos dará o que precisarmos para realizar a Sua obra.

A vontade de Deus feita ao Seu modo nunca deixará de receber a 
Sua provisão. Hudson Taylor, fundador da Missão do interior da China Poh Fang Chia”

“Abandone tudo


Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o 
vosso corpo por sacrifício vivo… v.1


Quando jogava basquetebol no time da universidade, no início de cada temporada eu tomava a decisão consciente de entrar naquele ginásio e me dedicar totalmente ao meu treinador — fazer tudo o que ele me pedisse para fazer.

Meu time não seria beneficiado se eu anunciasse: “Ei, treinador! Estou aqui. Quero fazer cestas e driblar, mas não me peça para correr para lá e para cá, jogar na defesa e ficar todo suado!”.

Todo atleta bem-sucedido deve confiar no treinador o suficiente para fazer o que este lhe pede a fim de que toda a equipe seja bem-sucedida.

Em Cristo, devemos nos tornar “…sacrifício vivo…” de Deus (Romanos 12:1). Dizemos ao nosso Salvador e Senhor: “Confio em ti. Estou disposto a fazer o que quiseres que eu faça.” E então, Ele nos “transforma” pela renovação da nossa mente para nos focarmos naquilo que lhe agrada.

É importante saber que Deus nunca nos pedirá para fazermos algo para o qual Ele já não nos tenha equipado. Como Paulo nos relembra, temos “…diferentes dons segundo a graça que nos foi dada…” (v.6).

Sabendo que podemos confiar em Deus com a nossa vida, podemos nos entregar totalmente a Ele, fortalecidos pelo conhecimento de que Ele nos criou e está nos ajudando a fazer esse esforço nele.

Não há risco algum 
em nos abandonarmos a Deus. Dave Branon”

“O vale da bênção


Se algum mal nos sobrevier, […] clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás… v.9


O artista francês Henri Matisse sentiu que o trabalho de seus últimos anos de vida o representava melhor. Naquele tempo, ele experimentou um novo estilo, criando imagens coloridas e grandes, com papel em vez de tinta. Ele decorou as paredes de seu quarto com essas imagens brilhantes. Para ele, isso foi importante, pois fora diagnosticado com câncer e, frequentemente, estava confinado à sua cama.

Adoecer, perder o emprego ou sofrer desgosto são exemplos do que alguns chamam “estar no vale”, onde o temor ofusca todo o restante. O povo de Judá vivenciou isso ao saber que um exército invasor se aproximava (2 Crônicas 20:2-3.). Seu rei orou: “Se algum mal nos sobrevier, […] clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás…” (v.9). Deus respondeu: “…amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor é convosco” (v.17).

Quando o exército de Judá chegou ao campo de batalha, seus inimigos já haviam destruído um ao outro. O povo de Deus passou três dias recolhendo os equipamentos, roupas e objetos de valor abandonados. Antes de saírem, eles se reuniram para louvar a Deus e chamaram ao lugar “vale de Beraca”, que significa “bênção”.

Deus caminha ao nosso lado quando atravessamos os vales mais profundos de nossa vida. E Ele pode nos fazer descobrir bênçãos nesses vales.

Deus é mestre em transformar 
fardos em bênçãos. Jennifer Benson Schuldt”

“Atos aleatórios de bondade


…Como é que me favoreces e fazes caso de mim, sendo eu estrangeira? v.10


Alguns dizem que a escritora norte-americana Anne Herbert rabiscou a frase “Pratique atos aleatórios de bondade e atos insensatos de beleza” algo do tipo: “Pratique o bem sem olhar a quem” — numa toalha de mesa individual num restaurante em 1982. Desde então, esse sentimento foi popularizado pelo cinema e pela literatura, e incorporou-se à língua.

A pergunta é: “Por quê?” Por que devemos demonstrar bondade? Para aqueles que seguem Jesus, a resposta é clara: Para demonstrar a terna misericórdia e bondade de Deus.

No Antigo Testamento há um exemplo desse princípio na história de Rute, a emigrante de Moabe. Ela era estrangeira, vivendo em terra estranha cuja língua e cultura não entendia. Além disso, ela era desesperadamente pobre, totalmente dependente da caridade de pessoas que mal a percebiam.

No entanto, um israelita demonstrou graça a Rute e tocou-lhe o coração (Rute 2:13). Ele lhe permitiu respigar em seus campos, porém, mais do que simples caridade, ele lhe demonstrou por meio de sua compaixão a terna misericórdia de Deus, Aquele sob cujas asas ela poderia se refugiar. Rute se tornou esposa de Boaz, parte da família de Deus e fez parte da linhagem de ancestrais que levou a Jesus, que trouxe salvação ao mundo (Mateus 1:1-16).

Jamais imaginamos o alcance de algo feito em nome de Jesus.

Nunca é cedo demais para ser bondoso. David H. Roper”

“Velho, mas novo


E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas 
as coisas… v.5


Em 2014, um sumidouro se abriu sob um museu de carros antigos, engolindo oito carros esportivos Chevrolet Corvette, antigos e insubstituíveis. Os automóveis ficaram muito danificados — alguns, sem chance de conserto.

Um desses carros, em particular, recebeu atenção extra. O milionésimo Corvette, fabricado em 1992, era o mais valioso da coleção. O que aconteceu àquela preciosidade após ter sido retirada do sumidouro é fascinante. Especialistas restauraram o carro à condição de novo, utilizando e reparando principalmente as suas peças originais. Embora aquela belezinha estivesse em péssimo estado, agora se parece tão bem quanto no dia em que fora fabricado.

O velho e danificado tornou-se novo.

Esse é um lembrete importante daquilo que Deus tem reservado aos que creem em Jesus. Em Apocalipse 21:1, João disse ter visto “…novo céu e nova terra…”. Muitos estudiosos da Bíblia veem essa Terra “nova” como uma Terra renovada, pois o estudo da palavra nova neste contexto revela que o seu significado é “revigorada” ou “restaurada” após a ruína da velha ter sido eliminada. Deus renovará o que está corrompido neste mundo e proverá um lugar novo, mas familiar, onde os cristãos viverão com Ele.

Que incrível verdade para contemplar: uma Terra nova, revigorada, familiar e bela. Imagine a majestosa obra das mãos de Deus!

Nosso Criador faz novas todas as coisas. Dave Branon”

“Nossa fonte de provisão


Perto está o Senhor de todos os que o invocam… Salmo 145:18


Em agosto de 2010, o mundo estava atento a uma mina perto de Copiapó, Chile, com 33 mineiros encolhidos no escuro, presos 700 metros abaixo da superfície. Eles não tinham ideia se a ajuda chegaria em algum momento. Após 17 dias, ouviram o som de perfuração. Os socorristas fizeram um pequeno buraco no teto do poço da mina; depois, mais três, criando uma via de entrega de água, alimentos e remédios. Os mineiros dependiam desses dutos até a superfície, onde as equipes de resgate tinham as provisões que eles necessitariam para sobreviver. No 69.º dia, o último mineiro foi tirado de lá em segurança.

Nenhum de nós sobrevive neste mundo sem provisões externas. Deus, o Criador do Universo, é o único que nos fornece tudo o que precisamos. Como os dutos para aqueles mineiros, a oração nos conecta com o Deus de todo o suprimento.

Jesus nos encorajou a orar: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mateus 6:11). Em Sua época, o pão era o alimento básico da vida e satisfazia as necessidades diárias das pessoas. Jesus estava nos ensinando a orar não só por nossas necessidades físicas, mas também por tudo que precisamos — conforto, cura, coragem, sabedoria.

Por meio da oração temos acesso ao Senhor a qualquer momento, e Ele sabe o que precisamos antes mesmo de lhe pedirmos (v.8). Contra o que você está lutando hoje? “Perto está o Senhor de todos os que o invocam…” (SALMO 145:18).

A oração é a voz da fé, por confiar 
que Deus nos conhece e se importa. Bill Crowder”

“Não é o que parece


…Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com [o inimigo]. v.16


Duque é um cão da raça border collie que vive numa fazenda entre as montanhas. Certa manhã, ele e seu dono, Tomás, foram verificar as condições de alguns animais em um pequeno caminhão utilitário. Ao chegarem, Tomás saiu do veículo, mas se esqueceu de acionar o freio. Com Duque no assento do motorista, o veículo desceu uma colina e atravessou duas faixas de tráfego antes de parar com segurança. Para os motoristas que presenciaram a cena, parecia que o cão estava dando uma voltinha matinal. Na verdade, as coisas nem sempre são como parecem.

Parecia que Eliseu e seu servo estavam prestes a serem capturados e levados ao rei da Síria. As forças do rei haviam cercado a cidade onde Eliseu e seu servo estavam. O servo acreditava que eles estavam perdidos, mas Eliseu lhe disse: “…Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (2 Reis 6:16). Quando Eliseu orou, o servo conseguiu ver a multidão de forças sobrenaturais que estavam ali para protegê-los.

As situações que parecem sem esperança nem sempre são da maneira como as percebemos. Quando nos sentimos sobrecarregados e em minoria, podemos nos lembrar de que Deus está ao nosso lado. O Senhor pode dar ordens aos Seus anjos para que nos guardem em todos os nossos caminhos (SALMO 91:11).

Tudo é sempre melhor do que parece 
quando nos lembramos de que Deus está ao nosso lado. Jennifer Benson Schuldt”

“Gratidão


Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha 
vida… v.6


Querendo amadurecer na vida espiritual e tornar-se mais grata, Suzana iniciou o que chamou de Pote de Gratidão. Todas as noites, ela escrevia num papelzinho uma coisa pela qual agradecia a Deus e a colocava no pote. Alguns dias, ela tinha muitos agradecimentos; em dias difíceis, ela lutava para encontrar algum. No fim do ano, ela esvaziou o pote e leu todas as notas. Ela se viu agradecendo a Deus por tudo que Ele havia feito. Deus tinha lhe dado coisas simples como um belo pôr do sol ou uma noite fria para um passeio no parque; outras vezes, lhe concedera graça para lidar com uma situação difícil ou tinha respondido a uma oração.


A descoberta de Suzana me lembrou do que o salmista Davi diz ter experimentado (Salmo 23). Deus o revigorou com “…pastos verdejantes…” e “…águas de descanso” (vv.2,3). Deu-lhe orientação, proteção e conforto (vv.3,4). Davi concluiu: “Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida…” (v.6).


Farei um “pote de gratidão” este ano. Talvez você também queira fazer um. Creio que teremos muitos motivos para agradecer a Deus — inclusive por nos dar amigos, familiares, e provisão para as nossas necessidades físicas, espirituais e emocionais. Veremos que a bondade e a misericórdia de Deus nos acompanham todos os dias de nossa vida.

Quando você pensar em tudo que é bom, 
dê graças a Deus. Anne Cetas”

“Deus chamando


Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo… 1 João 4:9


Certa manhã minha filha deu ao seu filho de 11 meses, o seu telefone por um momento para entretê-lo. Menos de um minuto depois, meu telefone tocou e, quando o peguei, ouvi sua vozinha. Ele tinha de alguma forma atingido a “discagem rápida” para o meu número, e seguiu-se uma “conversa” que vou lembrar por muito tempo. Meu neto só pode falar algumas palavras, mas ele conhece a minha voz e reage a ela. Então, falei com ele e lhe disse o quanto eu o amo.

A alegria que senti ao ouvir a voz de meu neto foi um lembrete do profundo desejo de Deus por ter um relacionamento conosco. Desde o início, a Bíblia mostra Deus à nossa procura. Mesmo depois que Adão e Eva desobedeceram a Deus e se esconderam do Senhor no jardim: “chamou o Senhor Deus ao homem” (v.9).

Deus continuou a ir em busca da humanidade através de Jesus. Por Deus desejar ter relacionamento conosco, Ele enviou Jesus à Terra para pagar a penalidade por nosso pecado por Sua morte na cruz. “Nisto se manifestou o amor de Deus […] em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele…” (1 João 4: 9,10).

Como é bom saber que Deus nos ama e quer que respondamos ao Seu amor por meio de Jesus. Mesmo quando não sabemos muito bem o que dizer, nosso Pai deseja nos ouvir!

O amor de Deus por nós 
é revelado através de Jesus. James Banks”

“Solte os cabelos


Então, Maria, […] ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos… v.3


Pouco antes de Jesus ser crucificado, uma mulher chamada Maria derramou um jarro de perfume caro em Seus pés. Em seguida, no que parece ter sido um ato ainda mais ousado, ela os enxugou com os seus cabelos (v.3). Ela não só sacrificou o que pode ter sido toda a sua economia, mas também sacrificou a sua reputação. No primeiro século, na cultura do Oriente Médio, as mulheres respeitáveis nunca soltavam seus cabelos em público. Mas a verdadeira adoração não se importa com o que os outros pensam de nós (2 Samuel 6:21,22). Para adorar Jesus, Maria não se importou que a achassem despudorada, talvez até mesmo imoral.

Alguns de nós podemos nos sentir pressionados a parecer perfeitos quando vamos à igreja para que os outros pensem bem de nós. Metaforicamente falando, trabalhamos duro para que o penteado dure. Mas uma igreja saudável é o lugar onde podemos soltar nossos cabelos e não esconder nossas falhas por trás de uma fachada de perfeição. Na igreja, devemos ser capazes de revelar nossas fraquezas para encontrar a força, em vez de esconder nossas falhas para parecermos fortes.

Adoração não envolve o comportar-se como se nada estivesse errado; é ter a certeza de que tudo está bem com Deus e uns com os outros. Quando o nosso maior medo é soltar nossos cabelos, talvez o nosso maior pecado seja mantê-los presos.

Nossa adoração é aceita 
quando estamos bem com Deus. Julie Ackerman Link”

“Acesso privilegiado


Mas tendes chegado […] igreja dos primogênitos arrolados nos céus… vv.22,23


Embora fosse apenas uma réplica, o tabernáculo criado no sul de Israel era inspirador. Ele foi construído em tamanho natural e o mais próximo possível das especificações estabelecidas em Êxodo 25–27 (sem ouro e madeira de acácia, é claro). E permaneceu elevado, no deserto do Negev.

Quando o nosso grupo de turistas foi levado ao “Lugar Santo” e no “Lugar Santíssimo” para ver a “arca”, alguns dentre nós realmente hesitamos. Não era este o lugar mais sagrado, onde só o sumo sacerdote podia entrar? Como poderíamos entrar tão casualmente?

Posso imaginar como os israelitas devem ter se sentido, quando, cada vez, que se aproximavam da tenda com seus sacrifícios, sabiam que estavam entrando na presença do Deus Todo-Poderoso. E o maravilhoso sentimento que devem ter tido, sempre que Deus lhes dava uma mensagem, entregue por intermédio de Moisés.

Hoje, você e eu podemos ir direto a Deus com confiança, sabendo que o sacrifício de Jesus destruiu a barreira entre nós e Deus (Hebreus 12:22,23). Cada um de nós pode falar com Deus sempre que desejar, e ouvir diretamente dele ao lermos a Sua Palavra. Nós desfrutamos de um acesso direto, com o qual os israelitas podiam apenas sonhar. Que nunca menosprezemos e que valorizemos este maravilhoso privilégio de vir ao Pai como Seus amados filhos todos os dias.

Temos acesso imediato ao nosso Pai 
por intermédio da oração.
Leslie Koh”

“Construindo a comunidade


…os gentios são coerdeiros, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus… 3:6


Henri Nouwen, teólogo, diz que “comunidade” é o lugar onde a pessoa com quem você menos quer estar, vive. Muitas vezes nos cercamos com as pessoas com quem mais queremos conviver, e formamos um clube ou turma, não uma comunidade. Qualquer um pode formar um clube; mas é preciso ação, visão comum e trabalho árduo para formar uma comunidade.

A Igreja Cristã foi a primeira instituição na história a reunir em pé de igualdade judeus e gentios, homens e mulheres, escravos e livres. O apóstolo Paulo foi eloquente sobre este “mistério, desde os séculos, oculto em Deus”. Ao formar uma comunidade de diversos membros, Paulo disse que temos a oportunidade de captar a atenção do mundo e até do mundo sobrenatural (vv.9,10).

Em alguns aspectos, a igreja infelizmente falhou nesta tarefa. Ainda assim, ela é o único lugar que vou que reúne gerações: crianças ainda nos braços de suas mães, outras que se contorcem e riem nas horas que não devem, adultos responsáveis que sabem agir adequadamente em todos os momentos e os que dormem se a explanação do pastor for muito longa.

Se quisermos a experiência comunitária que Deus nos oferece, temos razão em procurar uma congregação de pessoas que não sejam “como nós”.

O homem que vive numa pequena comunidade 
vive num mundo muito maior. G. K. Chesterton Philip Yancey”

“Você está sendo preparado?


…O Senhor me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará… v.37


Trabalhei em um restaurante de fast-food quando cursava o Ensino Médio. Alguns aspectos do trabalho eram difíceis. Os clientes verbalizavam a sua raiva, e eu me desculpava pela fatia indesejada de queijo no sanduíche que eu não preparara. Ao sair dali, fui trabalhar em minha universidade. Meus empregadores estavam mais interessados em minha experiência na lanchonete do que em meus conhecimentos de informática. Interessava-lhes como eu lidava com as pessoas. Aquela experiência desagradável preparou-me para um trabalho melhor!

O jovem Davi perseverou numa experiência que poderíamos chamar de desagradável. Quando Israel foi desafiado a enviar alguém para combater Golias, ninguém foi corajoso o suficiente para aceitar a tarefa. Ninguém, a não ser Davi. O rei Saul relutou em enviá-lo para lutar, mas Davi explicou que, como pastor, ele tinha lutado e matado um leão e um urso por causa das ovelhas (1 Samuel 17:34-36). Cheio de confiança, ele declarou: “…O Senhor me livrou das garras do leão e das do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu…” (v.37).

Ser um pastor de ovelhas não trouxe muito respeito a Davi, mas o preparou para combater Golias e o jovem acabou se tornando o maior rei de Israel. Quem sabe estejamos enfrentando circunstâncias difíceis, mas por meio delas, talvez Deus esteja nos preparando para algo maior!

Deus usa as circunstâncias atuais 
para nos preparar para o futuro. Joe Stowell”

“Um dia para descansar


Seis dias farás a tua obra, mas, ao sétimo dia, descansarás… v.12


Certo domingo, fiquei em pé junto à corrente de água borbulhante que atravessa a nossa comunidade, deliciando-me com a beleza que ela traz para a nossa área. Senti-me relaxar enquanto observava a pequena cascata e ouvia os pássaros cantando. Fiz uma pausa para dar graças ao Senhor pela maneira como Ele nos ajuda a encontrar o descanso para nossa alma.

O Senhor instituiu o sábado: um dia para o descanso e renovação para o Seu povo no antigo Oriente, pois queria que eles prosperassem. Como vemos no livro de Êxodo, Ele lhes diz para semear seus campos por seis anos e descansar no sétimo. Assim também com o trabalho em seis dias e descanso no sétimo. Seu modo de vida distinguiu os israelitas de outras nações, pois não só eles, mas também os estrangeiros e escravos em suas casas foram autorizados a seguir este padrão.

Podemos nos aproximar do nosso dia de descanso com expectativa e criatividade, acolhendo a oportunidade de adorar e de fazer algo que alimenta a nossa alma, o que varia de acordo com nossas preferências. Alguns gostariam de jogar, outros de fazer jardinagem, compartilhar uma refeição com amigos e família; tirar uma soneca à tarde.

Como podemos redescobrir a beleza e a riqueza de separar um dia para o descanso, se isso estiver faltando em nossa vida?

Em nossa fé e serviço, o descanso 
é tão importante quanto o trabalho.
Amy Boucher Pye”

“Ame o outro primeiro

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. v.19

Com paciência ajudamos o nosso filho a se adaptar à nova vida em nossa família. O trauma de seus primeiros dias num orfanato se refletia em alguns comportamentos negativos. Apesar da compaixão pelas dificuldades que ele experimentara antes, senti que me afastava dele emocionalmente por causa desses comportamentos. Envergonhada, compartilhei minha luta com a terapeuta dele. Sua resposta gentil veio ao meu encontro: “Ele precisa que você o alcance primeiro, para mostrar que ele é digno de amor antes que possa agir como alguém amado.”

João conduz os leitores de sua carta a um amor de incrível profundidade e cita o amor de Deus como fonte e motivo para amarmos uns aos outros (1 João 4:7,11). Admito que muitas vezes não demonstro esse amor a outros, sejam eles estranhos, amigos ou meus filhos. No entanto, essas palavras despertam em mim o desejo renovado e a capacidade de fazê-lo: Deus foi primeiro. Ele enviou Seu Filho para demonstrar a plenitude do Seu amor para cada um de nós. Sou grata porque Ele não responde como nós somos propensos a fazer, afastando-se.

Embora as nossas ações pecaminosas não atraiam o amor divino, Deus é inabalável em oferecê-lo a nós (Romanos 5:8). Seu amor foi “primeiro” e isso nos compele a amar uns aos outros em resposta e como reflexo desse amor.

Deus nos amou primeiro para que possamos amar os outros. Kirsten Holmberg”

“O coração alegre


Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Salmo 100:1


A música favorita de minha neta é uma das marchas de John Philip Sousa. Este compositor norte-americano foi considerado o “rei da marcha”, no final do século 19. Moriah não faz parte de uma banda, pois tem apenas 20 meses. Ela gosta da melodia e pode até balbuciar algumas notas. Ela associa a marcha com os momentos alegres. Quando a nossa família se reúne, muitas vezes cantamos esta canção com aplausos e outros ruídos barulhentos, e os netos dançam ou marcham em círculos acompanhando o ritmo. Sempre termina com crianças tontas e muitas risadas.

Nosso barulho alegre lembra-me do salmo que implora: “Servi ao Senhor com alegria” (100:2). Quando o rei Salomão dedicou o Templo, os israelitas celebraram com louvores (2 Crônicas 7:5,6). O Salmo 100 pode ter sido uma das canções que eles cantaram, pois declara: “Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. […] Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome” (vv.1,4). Por quê? “Porque o Senhor é bom e o seu amor dura para sempre”! (v.5).

Nosso bom Deus nos ama! Em atitude de gratidão, vamos celebrar com júbilo ao Senhor.

O louvor é o transbordamento 
de um coração alegre. Alyson Kieda”

“Tomando atalhos


…Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. v.23


Sorvendo o chá, Nancy olhou para fora da janela da amiga e suspirou. As chuvas da primavera e a luz do sol estimulavam as cores exuberantes dos lírios, flores de íris, phlox e prímulas.

“Eu quero essa vista”, disse com melancolia, “sem todo o trabalho.”

Alguns atalhos são bons e até práticos. Outros, curto-circuitam o nosso espírito e nos enfraquecem. Queremos o romance sem as dificuldades de nos comprometermos com alguém tão diferente de nós mesmos. Queremos “grandeza” sem os riscos e fracassos necessários na aventura da vida real. Desejamos agradar a Deus, apenas quando isso não nos incomoda.

Jesus deixou claro aos Seus seguidores que não há atalho que evite a difícil escolha de entregarmos a nossa vida a Ele. E advertiu um futuro discípulo: “…Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lucas 9:62). Seguir a Cristo exige uma alteração radical de nossas lealdades.

Quando nos voltamos em fé a Jesus, o trabalho apenas começa. Mas isso vale muito a pena, pois Ele também nos disse que quem se sacrificar “…por amor de mim e por amor do evangelho…” receberá “…já no presente, o cêntuplo […] e no mundo por vir, a vida eterna” (Marcos 10:29,30). O seguir a Cristo é um desafio, mas Ele nos concedeu o Seu Espírito e a recompensa é a vida plena e alegre agora e para sempre.

A maioria das coisas 
que vale a pena fazer são difíceis. Tim Gustafson”

“Hora de florescer


…Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. v.8


Na primavera passada, decidi derrubar a roseira perto da nossa porta dos fundos. Nos três anos em que morávamos em nossa casa, não havia produzido muitas flores, e seus feios e infrutíferos ramos estavam agora se espalhando em todas as direções.

Mas andei muito ocupado, e meu plano de jardinagem foi adiado. Foi melhor assim, pois apenas algumas semanas mais tarde, a roseira explodiu em flores como eu nunca tinha visto antes. Centenas de flores brancas, grandes e ricas em perfume, pendiam sobre a porta dos fundos, fluíam para o nosso quintal e se espalhavam no chão com belas pétalas.

O renascimento da minha roseira me lembrou a parábola de Jesus sobre a figueira em Lucas 13:6-9. Em Israel, era costume dar três anos para as figueiras produzirem frutos. Se não dessem, eram cortadas para que o solo pudesse ser melhor utilizado. Nessa parábola de Jesus, um jardineiro pede ao seu patrão que dê a uma árvore em particular um quarto ano para produzir. No contexto (vv.1-5), a parábola implica isso: os israelitas não tinham vivido como deveriam, e Deus poderia julgá-los justamente. Mas Deus é paciente e concedera tempo extra para que eles se voltassem a Ele, fossem perdoados e florescessem.

Deus quer que todas as pessoas floresçam e tem-lhes dado tempo extra para que isso ocorra. Se ainda estamos caminhando em direção à fé ou orando por família e amigos incrédulos, Sua paciência é uma boa notícia para todos nós.

Deus deu ao mundo um tempo extra 
para que respondam a Sua oferta de perdão. Sheridan Voysey”

“Compartilhando o conforto

…como sois participantes dos sofrimentos, assim o sereis da consolação. v.7

Uma amiga me enviou algumas de suas cerâmicas artesanais, porém esses preciosos objetos danificaram-se durante a viagem. Uma das xícaras tinha quebrado em partes grandes, era um emaranhado de cacos e cerâmica em pó. Depois que o meu marido colou as peças quebradas, coloquei a xícara belamente restaurada numa prateleira. Como uma cerâmica restaurada, tenho cicatrizes que provam que ainda posso me manter firme depois dos tempos difíceis que Deus me permitiu passar. Essa peça me lembra de compartilhar como o Senhor trabalhou em minha vida e por meio dela posso ajudar outros em seus momentos de sofrimento.

O apóstolo Paulo louva a Deus porque Ele é o “…Pai de misericórdias e Deus de toda consolação…” (v.3). O Senhor usa as nossas provações e sofrimentos para nos tornar mais semelhantes a Ele. O Seu conforto em nossas dificuldades nos prepara para encorajar os outros, enquanto compartilhamos o que Ele fez por nós em nosso tempo de necessidades (v.4).

Ao refletirmos sobre o sofrimento de Cristo, podemos ser inspirados a perseverar em meio a nossa própria dor, confiando que Deus usa nossas experiências para nos fortalecer e também aos outros na prática da paciência (vv.5-7). Como Paulo, podemos ser consolados sabendo que o Senhor usa as nossas provações para a Sua glória. Podemos compartilhar o Seu conforto e trazer esperança reconfortante para os feridos.

Deus conforta os outros quando compartilhamos como Ele nos confortou quando estávamos sofrendo. Xochitl Dixon”

“Tempo juntos


Agrada-se o Senhor dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia. v.11


Quando voltávamos do casamento de um membro da família, minha mãe me perguntou pela terceira vez o que era novo no meu trabalho. Repeti alguns detalhes como se estivesse lhe contando pela primeira vez, enquanto me perguntava o que poderia tornar minhas palavras mais lembradas. Minha mãe tem a doença de Alzheimer, a qual destrói progressivamente a memória, e afeta negativamente o comportamento e, eventualmente, leva à perda de fala e outras habilidades.

Sofro, mas estou grata por ela ainda estar aqui e podermos passar tempo juntas, e conversar. Emociono-me sempre que vou vê-la, ela se ilumina de alegria e exclama: “Alyson, que surpresa agradável!” Nós gostamos da companhia uma da outra; e mesmo nos silêncios quando as palavras lhe escapam, temos comunhão.

Talvez esta seja uma pequena demonstração sobre o nosso relacionamento com Deus. As Escrituras nos dizem: “Agrada-se o Senhor dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia” (v.11). Deus chama de filhos aos que creem em Jesus como Salvador (João 1:12). E embora possamos fazer as mesmas solicitações uma e outra vez ou nos faltem palavras, o Senhor é paciente conosco, porque temos um relacionamento pessoal com Ele. O Senhor sente-se feliz quando oramos a Ele — mesmo quando as palavras nos escapam.

Deus se deleita em nos ouvir! Alyson Kieda”

“Veja as nuvens


Tens tu notícia do equilíbrio das nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento? v.16


Um dia, muitos anos atrás, meus meninos e eu estávamos deitados de costas no quintal vendo as nuvens passarem. “Pai”, perguntou um, “por que as nuvens flutuam?” “Bem, filho”, comecei, com a intenção de lhe dar o benefício de meu vasto conhecimento, mas depois caí em silêncio. “Não sei, mas vou descobrir para você.”

Descobri que a umidade é condensada, descendo por gravidade, e encontra temperaturas mais quentes que sobem do solo. Essa umidade se transforma em vapor e sobe de volta ao ar. Essa é uma explicação natural para o fenômeno.

Mas explicações naturais não são as respostas finais. As nuvens flutuam porque Deus, em Sua sabedoria, ordenou as leis naturais de tal maneira que revelam as “maravilhas daquele que é perfeito em conhecimento” (v.16). As nuvens podem então ser pensadas como um símbolo — um sinal exterior e visível da bondade e graça de Deus na criação.

Então, um dia, quando você estiver tomando algum tempo para ver que imagens você pode imaginar nas nuvens, lembre-se disso: Aquele que fez todas as coisas bonitas faz as nuvens flutuarem pelo ar. Ele faz isso para nos chamar à admiração e à adoração. Os céus, até mesmo os cúmulos, estratos e nuvens cirros, declaram a glória de Deus.

A criação está cheia de sinais 
que apontam para o Criador. David H. Roper”

“Posturas do coração


…ajoelhou-se em presença de toda a congregação de Israel, estendeu as mãos para o céu… vv.13,14


Quando meu marido toca a harmônica no grupo de louvor da igreja, noto que às vezes ele fecha os olhos ao tocar. Ele diz que isso o ajuda a concentrar-se e bloquear distrações. Sua harmônica, a música e ele, louvando a Deus.

Algumas pessoas se perguntam se nossos olhos devem estar fechados ao orarmos. Como podemos orar a qualquer momento e lugar, pode ser difícil fechar os olhos sempre, especialmente se estivermos caminhando, retirando ervas daninhas ou dirigindo um veículo!

Também não há regras sobre a posição em que nosso corpo deve estar quando falamos com Deus. Quando o rei Salomão orou para dedicar o templo que tinha construído, ajoelhou-se e “estendeu as mãos para o céu” (vv.13,14). Ajoelhar-se (Efésios 3:14), de pé (Lucas 18: 10-13), e mesmo deitado de bruços (Mateus 26:39) são todos mencionados na Bíblia como posições para oração.

Quer nos ajoelhemos ou nos levantemos diante de Deus, quer levantemos nossas mãos para o céu ou fechemos nossos olhos para que possamos nos concentrar melhor em Deus, não é a postura de nosso corpo, mas a de nosso coração que é importante. Tudo o que fazemos “flui do [nosso coração]” (Provérbios 4:23). Quando oramos, que nosso coração esteja sempre curvado em adoração, gratidão e humildade ao nosso Deus amoroso, pois sabemos que Seus olhos estão “abertos e [Seus] ouvidos atentos às orações” de Seu povo (2 Coríntios 6:40).

A forma mais elevada de oração 
vem das profundezas de um coração humilde. Cindy Hess Kasper”

“Encontrando Wally


…o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro? v.34


Wally é a estrela do livro “Onde está Wally?”, um best-seller infantil. Wally se esconde nos cenários das páginas, convidando as crianças a encontrá-lo. Os pais gostam de ver a alegria de seus filhos quando o encontram.

Estêvão foi um diácono na Igreja Primitiva que foi apedrejado e morreu por proclamar Cristo (Atos 7). Nessa ocasião muitos cristãos fugiram de Jerusalém. Outro diácono, Filipe, seguiu os cristãos que fugiram para Samaria, e lá proclamou Cristo e foi bem recebido (8:6). Estando lá, o Espírito Santo enviou Filipe numa missão especial para “a estrada do deserto”. Deve ter parecido um pedido estranho, pois sua pregação produzia frutos em Samaria. Imaginem a alegria de Felipe quando ele encontrou e ajudou o oficial da corte etíope a encontrar Jesus nas páginas do livro de Isaías (vv.26-40).

Muitas vezes temos a chance de ajudar os outros a “encontrar Jesus” nas Escrituras para que possam conhecê-lo melhor. Como um pai que testemunha a alegria da descoberta nos olhos de um filho e, como Filipe ajudando o etíope a encontrar Jesus, pode ser emocionante para nós testemunharmos momento igual com os que nos rodeiam. Estejamos preparados para compartilhar Cristo, como o Espírito nos guiar, seja para pessoas que conhecemos bem ou que encontramos apenas uma vez.

O maior trabalho que um cristão pode fazer 
é apresentar o seu amigo a Jesus Cristo. Randy Kilgore”

“Desafio de 15 minutos


Inclina-me o coração aos teus testemunhos… v.36


Dr. Charles O. Elliot, presidente de longa data da Universidade de Harvard, acreditava que as pessoas comuns que liam consistentemente da grande literatura do mundo por até alguns minutos por dia poderiam obter uma educação valiosa. Em 1910, ele compilou seleções de livros de história, ciência, filosofia e arte em 50 volumes chamados The Harvard Classics. Cada conjunto de livros incluiu o Guia de Leitura do Dr. Eliot intitulado “Quinze minutos por dia” contendo as seleções recomendadas de oito a dez páginas para cada dia do ano.

E se passássemos 15 minutos por dia lendo a Palavra de Deus? Poderíamos dizer com o salmista: “Inclina-me o coração aos teus testemunhos e não à cobiça. Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho” (vv.36,37).

Aos 15 minutos diários somam até 91 horas por ano. Mas para qualquer quantidade de tempo que decidimos ler a Bíblia a cada dia, consistência é o segredo e o ingrediente-chave não é a perfeição, mas a persistência. Se perdemos um dia ou uma semana, podemos começar a ler novamente. Como o Espírito Santo nos ensina, a Palavra de Deus move-se de nossa mente para o nosso coração, depois para nossas mãos e pés, nos levando além da educação para a transformação.

“Ensina-me, Senhor, […] Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho” (v.33).

A Bíblia é o único Livro cujo Autor 
está sempre presente quando ela é lida. David C. McCasland”

“Alguém para confiar


Muitos proclamam a sua própria benignidade; mas o homem fidedigno, quem o achará? Provérbios 20:6


“Não posso confiar em ninguém”, minha amiga choramingou. “Quando confio, eles me ferem.” Sua história me irritou, um ex-namorado espalhara rumores sobre ela, após se separarem. Lutando para confiar novamente, depois de uma infância cheia de dor, essa traição parecia mais uma confirmação de que as pessoas não eram confiáveis.

Eu lutava para encontrar palavras que pudessem confortá-la. Mas não podia lhe dizer que estava errada sobre como é difícil encontrar alguém para confiar plenamente, que a maioria das pessoas são gentis e confiáveis. Sua história era dolorosamente familiar, lembrando-me de traições inesperadas em minha vida. A Bíblia é honesta sobre a natureza humana. Em Provérbios 20: 6, o autor exprime o mesmo lamento de minha amiga, lembrando sempre a dor da traição.

O que posso dizer é que a crueldade dos outros é parte da história. Embora as feridas dos outros sejam reais e dolorosas, Jesus tornou possível o amor genuíno. Em João 13:35, Jesus disse aos discípulos que o mundo saberia que eles eram os Seus seguidores por causa do amor deles. Embora alguns ainda possam nos ferir, por causa de Jesus, haverá sempre aqueles que, compartilhando Seu amor livremente, nos apoiarão e cuidarão de nós incondicionalmente. Em Seu amor infalível encontramos a cura, a comunhão e a coragem de amar os outros como Ele o fez.

Jesus tornou possível o amor verdadeiro. Monica Brands”

“A beleza do fracasso


Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; […] não o desprezarás, ó Deus. v.17


Kintsugi é a secular arte japonesa de remendar cerâmica quebrada. O pó de ouro misturado com resina é usado para rejuntar peças quebradas ou preencher rachaduras, fazendo uma ligação impressionante. Em vez de tentar esconder o reparo, essa arte faz algo bonito com os pedaços quebrados.

A Bíblia diz que Deus também valoriza o nosso quebrantamento, quando genuinamente nos arrependemos do pecado que cometemos. Após Davi cometer adultério com Bate-Seba e planejar a morte do marido dela, o profeta Natã o confrontou, e ele se arrependeu. A oração de Davi logo depois, nos dá uma visão do que Deus deseja: “…não te comprazes em sacrifícios; […] e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito…” (vv.16,17).

Quando o nosso coração está abatido por causa do pecado, Deus o restaura com o inestimável perdão oferecido generosamente por nosso Salvador na cruz. Ele nos recebe com amor quando nos humilhamos diante dele, e a intimidade é restaurada.

Como Deus é misericordioso! Consideremos o Seu desejo por um coração humilde e a deslumbrante beleza da Sua bondade, ao orarmos hoje: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova- -me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (SALMO 139:23,24).

A “tristeza segundo Deus produz arrependimento 
para a salvação” e conduz à alegria. 2 Coríntios 7:10 James Banks”

“Nem um pardal


Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos. Salmo 116:15


Minha mãe, tão digna e respeitável em toda a sua vida, agora está em uma cama, não podendo mover-se por sua idade limitante. Lutando para respirar, a sua condição debilitante contradiz o lindo dia de primavera que dançava convidativo do outro lado da janela.

Toda a preparação emocional do mundo não pode nos preparar o suficiente para a crua realidade do adeus. A morte é uma indignidade!, pensei.

Desviei meu olhar para o alimentador de pássaros do lado de fora da janela. Um pardal voou para se alimentar de algumas sementes. Imediatamente uma frase familiar surgiu em minha mente: “E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai” (Mateus 10:29). Jesus havia dito isso aos Seus discípulos quando lhes deu ordens de marchar para uma missão na Judeia, mas o princípio se aplica a todos nós. “Bem mais valeis vós do que muitos pardais”, disse-lhes (v.31).

Minha mãe se mexeu e abriu os olhos. Lembrando de sua infância, ela usou um termo holandês carinhoso sobre sua própria mãe e declarou: “Muti está morta!”

“Sim”, minha esposa concordou. “Ela está com Jesus agora.” Desconfiada, mamãe continuou. E Joyce e Jim? Perguntou sobre a irmã e o irmão. “Sim, eles estão com Jesus também”, disse minha esposa. “Mas estaremos com eles logo!”

“É difícil esperar”, disse mamãe calmamente.

A morte é a última sombra 
antes do amanhecer no Céu. Tim Gustafson”

“Viver com leões


…porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre… v.26


Quando visitei um museu em Chicago, EUA, vi um dos leões originais da Babilônia. Era uma imagem enorme em relevo, do tipo mural, de um leão alado com uma expressão feroz. Simbolizando Ishtar, a deusa babilônica do amor e da guerra, o leão era um exemplar dos 120 leões semelhantes que teriam se alinhado formando um caminho babilônico durante os anos de 604–562 a.C.

Os historiadores dizem que depois que os babilônios derrotaram Jerusalém, os cativos hebreus teriam visto esses leões durante o seu tempo no reino de Nabucodonosor. Os historiadores também dizem que é provável que alguns dos israelitas acreditassem que Ishtar tivesse derrotado o Deus de Israel.

Daniel, um dos cativos hebreus, não compartilhou dessas dúvidas que poderiam ter incomodado alguns de seus companheiros israelitas. Sua visão de Deus e seu compromisso com o Senhor permaneceram firmes. Ele orava três vezes por dia, com as janelas abertas, mesmo sabendo que isso significaria entrar em um covil de leões. Depois que Deus salvou Daniel dos animais famintos, o rei Dario disse: “…tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre […]. Ele livra e salva “ (vv.26,27). A fidelidade de Daniel permitiu-lhe influenciar os líderes babilônios.

Permanecer fiel a Deus apesar da pressão e do desânimo pode inspirar outras pessoas a dar-lhe glória.

A fidelidade a Deus inspira os outros. Jennifer Benson Schuldt”

“Cantando com Violeta


…tendo o desejo de partir e estar com Cristo, […] Mas, […] é mais necessário permanecer na carne. vv.23,24


Uma idosa chamada Violeta sentou-se em sua cama numa enfermaria jamaicana e sorriu quando alguns adolescentes pararam para visitá-la. O ar quente, pegajoso, do meio-dia entrou em seu aposento, mas ela não reclamou. Em vez disso, ela começou a buscar em sua mente uma canção para entoar. E um enorme sorriso surgiu ao cantar: “Estou correndo, pulando, saltando, louvando ao Senhor!” Enquanto cantava, balançava os braços para frente e para trás como se estivesse correndo. Lágrimas vieram aos que estavam ao seu redor, pois Violeta não tinha pernas. Ela estava cantando porque, ela mesmo disse, “Jesus me ama e no céu vou ter pernas para correr.”

A alegria de Violeta e a esperançosa antecipação do céu deram nova vitalidade às palavras de Paulo em Filipenses 1, quando ele se referiu às questões de vida e morte: “…se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher”, disse ele: “estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (vv.22,23).

Cada um de nós enfrenta tempos difíceis que podem nos fazer desejar a promessa de alívio celestial. Mas, como Violeta nos mostrou alegria apesar das circunstâncias atuais, nós também podemos continuar “correndo, saltando, louvando ao Senhor”, pela vida abundante que Ele nos dá aqui e pela suprema alegria que nos espera.

Quando Deus nos dá uma nova vida, 
encontramos a alegria infinita. Dave Branon”

“Caminhos escuros

O Senhor, teu Deus, estará contigo onde quer que fores. v.9

Voltávamos das férias em família, e o trajeto nos levou por algumas estradas desoladas. Por quase duas horas, após o crepúsculo, dirigimos por entre cânions profundos e platôs do deserto. Menos de 20 faróis pontuavam a escuridão. Eventualmente, a Lua se levantava no horizonte, e era visível quando a estrada subia os montes, mas desaparecia quando viajávamos pelos vales. Minha filha comentou sobre a luz da Lua, chamando-a de lembrança da presença de Deus. Perguntei-lhe se ela precisava vê-lo para saber que Ele estava lá. Ela respondeu: “Não, mas com certeza ajuda.”

Após a morte de Moisés, Josué herdou a liderança dos israelitas e foi responsabilizado por levá-los à Terra Prometida. Apesar de sua comissão divina, Josué deve ter se sentido desafiado pela natureza assustadora de sua tarefa. Deus ofereceu graciosamente a Josué estar com ele na jornada à frente (v.9).

A estrada da vida nos leva frequentemente por territórios desconhecidos. Viajamos por suas estações quando o caminho à frente não nos é claramente visível. O plano de Deus nem sempre torna-se claro para nós, mas Ele prometeu estar conosco “todos os dias até à consumação do século” (Mateus 28:20). Poderíamos ter maior segurança, não importa quais incertezas ou desafios que possamos enfrentar? Mesmo quando o caminho estiver escuro, a Luz está conosco.

Deus está conosco mesmo quando não podemos vê-lo. Kirsten Holmberg”

“Devo perdoar?


…Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. Colossenses 3:13


Cheguei cedo à minha igreja para ajudar a preparar um evento. Uma mulher estava chorando na extremidade oposta do santuário. Ela tinha sido cruel e feito fofocas a meu respeito no passado, então eu rapidamente afoguei os seus soluços com o barulho de um aspirador de pó. Por que eu deveria me preocupar com alguém que não gostava de mim?

Quando o Espírito Santo me lembrou o quanto Deus me perdoara, atravessei a sala e fui até ela. A mulher compartilhou que o seu bebê estava no hospital por alguns meses. Choramos, nos abraçamos e oramos por sua filha. Depois de acertar as nossas diferenças, agora somos boas amigas.

Em Mateus 18, Jesus compara o reino dos céus a um rei que decidiu resolver suas contas. Um servo que devia uma enorme quantidade de dinheiro implorou por misericórdia. Logo depois de o rei ter cancelado a dívida dele, aquele criado rastreou e condenou um homem que lhe devia muito menos do que o que ele próprio devia ao rei. Quando o rei soube disso, o servo perverso foi aprisionado por causa de seu próprio espírito implacável (vv.23-34).

Escolher perdoar não desculpa o pecado nem fecha os olhos às injustiças feitas a nós, nem minimiza as nossas mágoas. Oferecer o perdão simplesmente nos liberta para desfrutarmos da dádiva imerecida da misericórdia de Deus, quando o convidamos a realizar belas obras de restabelecimento da paz em nossa vida e em nossos relacionamentos.

Perdoar os outros demonstra nossa confiança no direito de Deus 
em julgar de acordo com a Sua perfeição e bondade. Xochitl Dixon”

“Apenas um toque


…Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe… v.3


Karin alegrou-se com a oportunidade de ir a uma área remota da África Oriental para ajudar numa missão médica, mas ela se sentia desconfortável, pois não tinha experiência na área de saúde, mas ainda assim, poderia fornecer cuidados básicos.

Lá, ela conheceu uma mulher com uma doença terrível, mas tratável. A perna desfigurada dessa mulher lhe causava repulsa, mas Karin sabia que tinha que fazer alguma coisa. Enquanto limpava e enfaixava a perna doente, sua paciente começou a chorar. Preocupada, Karin perguntou-lhe se a machucava. “Não”, ela respondeu: “é a primeira vez que alguém me toca em 9 anos.”

A lepra é mais uma das doenças que podem tornar suas vítimas repulsivas para os outros, e a antiga cultura judaica tinha diretrizes rígidas para evitar a sua propagação: “…Será imundo durante os dias em que a praga estiver nele; é imundo, habitará só; a sua habitação será fora do arraial” (Levítico 13:46).

É por isso que é tão digno de nota que um leproso tenha se aproximado de Jesus para dizer: “…Senhor, se quiseres, podes purificar-me.” (Mateus 8:2). “E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo!” (v.3).

Ao tocar a perna doente de uma mulher solitária, Karin começou a demonstrar o amor destemido e restaurador de Jesus. Um único toque fez a diferença.

Podemos fazer diferença se superarmos os nossos medos 
e confiarmos em Deus para nos usar. Tim Gustafson”

“Aprender a língua


…encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. v.23


Eu estava numa pequena igreja da Jamaica e disse em meu melhor dialeto local, “Wah Gwan, Jamaica?” A reação foi melhor do que eu esperava, com os sorrisos e aplausos que recebi em troca.

Eu tinha dito apenas a saudação padrão: “O que está acontecendo?” Em Patois [pa-twa], mas para eles estava dizendo: “Preocupo-me o suficiente para falar a sua língua.” Claro que eu não sabia continuar, mas abri uma porta para comunicação.

Quando Paulo, esteve diante do povo de Atenas, ele os fez saber que conhecia a cultura deles, ao mencionar que tinha observado o seu altar ao “AO DEUS DESCONHECIDO”, e ao citar um de seus poetas. Nem todos acreditavam na mensagem de Paulo sobre a ressurreição de Jesus, mas alguns disseram: “A respeito disso te ouviremos noutra ocasião” (Atos 17:32).

À medida que compartilhamos com os outros sobre Jesus e a salvação que Ele oferece, as lições das Escrituras nos mostram que devemos investir o nosso tempo com outras pessoas, aprender um pouco de sua língua, demonstrando interesse e como uma maneira de abrir a porta para anunciar-lhes as boas-novas (1 Coríntios 9:20-23).

Quando descobrimos, “Wah Gwan?” com os outros, será fácil compartilhar o que Deus tem feito em nossa vida.

Antes de anunciar sobre Cristo aos outros, 
deixe-os ver o quanto você se importa com eles. Dave Branon”

“As pequenas coisas


Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto… Tiago 1:17


Minha amiga Glória me ligou emocionada. Ela não podia sair de casa, exceto para ir ao médico. Por isso, entendi por que ela estava tão feliz em me dizer: “Meu filho colocou um novo alto-falante em meu computador e agora posso ir à igreja!” Agora ela podia ouvir a transmissão ao vivo do culto de sua igreja, estava feliz pela bondade de Deus e pelo: “melhor presente que o meu filho poderia ter me dado”!

Glória me ensina sobre ter o coração agradecido. Apesar de suas muitas limitações, ela é grata por pequenas coisas — pores de sol, ajuda da família e dos vizinhos, momentos tranquilos com Deus e a possibilidade de permanecer em seu próprio apartamento. A vida inteira Deus proveu por suas necessidades e ela fala dele a todos que a visitam ou telefonam.

Não sabemos quais as dificuldades que o autor do Salmo 116 encontrou. Alguns comentários bíblicos dizem que foi, provavelmente, doenças, pois ele disse, “Laços de morte me cercaram…” (v.3). Mas ele agradeceu ao Senhor por ser justo e cheio de compaixão, quando ele estava “prostrado” (vv.5,6).

Quando estamos nos sentindo fracos, pode ser difícil olhar para cima. No entanto, se o fizermos, veremos que Deus é o Doador de todas as boas dádivas em nossa vida — grandes e pequenas — e aprendemos a dar-lhe graças.

O louvor a Deus é natural 
quando você conta as suas bênçãos. Anne Cetas”

“Esquecido por nossa causa


…De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Hebreus 13:5


Ter um amigo por perto torna a dor mais suportável? Foi feito um estudo fascinante para responder a essa pergunta e saber como o cérebro reage à perspectiva de dor, e se reage de maneira diferente se uma pessoa enfrenta a ameaça de dor sozinho, segurando a mão de um estranho, ou de alguém que lhe é próximo.

Fizeram-se os testes em dezenas de pares, e os resultados foram consistentes. Quando uma pessoa estava só ou segurando a mão de um estranho, na expectativa de um choque, as regiões do cérebro que processam o perigo iluminavam-se. Ao segurar as mãos de alguém de confiança, o cérebro relaxava. A presença de um amigo fez a dor parecer mais suportável.

Jesus precisava de conforto ao orar no jardim do Getsêmani. Ele sabia que estava prestes a enfrentar traição, prisão e morte. Ele pediu aos Seus amigos mais próximos para ficarem e orarem com Ele, dizendo-lhes que a Sua alma estava “profundamente triste” (v.38). Mas Seus amigos dormiram.

Jesus enfrentou a agonia, sem o conforto da mão de alguém para segurar. Mas por Ele suportar essa dor, podemos ter a certeza de que Deus nunca nos deixará nem nos abandonará (Hebreus 13:5). Jesus sofreu para que jamais venhamos a experimentar a separação do amor de Deus (Romanos 8:39). A companhia do Senhor faz qualquer coisa que tenhamos que enfrentar ser mais suportável.

Por causa do amor de Deus, 
nunca estamos realmente sozinhos. Amy Peterson”

“Rua Godliman, Londres


“…Nesta cidade há um homem de Deus…” v.6


Minha esposa, Carolyn, e eu estávamos andando em Londres e chegamos numa rua chamada Godliman (Godly man = homem de Deus). Fomos informados de que um homem que viveu nessa rua levava uma vida tão piedosa que a sua rua ficou conhecida como “rua do homem piedoso”. Isto me lembrou de uma história do Antigo Testamento.

O pai de Saul enviou o seu filho e um servo para procurar algumas jumentas que tinham se afastado (v.3). Os jovens as procuraram por muitos dias, mas não conseguiram encontrar os animais.

Saul estava pronto para desistir e voltar para casa, mas o seu servo apontou para Ramá, aldeia do profeta Samuel, contestou e lhe disse: “…Nesta cidade há um homem de Deus, e é muito estimado; tudo quanto ele diz sucede; vamo-nos, agora, lá; mostrar-nos-á, porventura, o caminho que devemos seguir” (1 Samuel 9:6).

Ao longo de seus anos e em idade avançada, Samuel tinha buscado a intimidade e a comunhão com Deus, e suas palavras eram carregadas de verdade. As pessoas sabiam que ele era um profeta do Senhor. “Então, disse Saul ao moço: Dizes bem; anda, pois, vamos. E foram-se à cidade onde estava o homem de Deus” (v.10).

Como seria se a nossa vida refletisse Jesus a ponto de ser um referencial em nossa vizinhança, e a lembrança de que fôramos piedosos permanecesse ali?

O testemunho mais poderoso 
é a vida piedosa. David H. Roper”

“O maior dos convites


Ah! […] os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei… v.1


Recentemente, recebi vários convites via e-mail. Alguns 
convidando-me a participar de seminários “grátis” sobre a aposentadoria, imóveis e seguros de vida que foram imediatamente descartados. Mas o convite para uma reunião em homenagem a um amigo de longa data me fez responder imediatamente: “Sim! Aceito. Convite + Desejo = Aceitação”.

Isaías 55:1 traz um dos maiores convites da Bíblia. O Senhor disse ao Seu povo que estava em circunstâncias difíceis, “Vinde, vós todos os que têm sede, vinde às águas; e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei! Vinde, comprai vinho e leite sem dinheiro e sem custo.” Esta é a extraordinária oferta de Deus para a nutrição interior, profunda satisfação espiritual, e vida eterna (vv.2,3).

O convite de Jesus é repetido no último capítulo da Bíblia: “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22:17).

Muitas vezes pensamos em vida eterna como um início depois de morrermos. Na verdade, ela começa quando recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor.

O convite de Deus para termos a vida eterna nele é o maior convite de todos! Convite + Desejo = Aceitação.

Quando aceitamos o convite de Jesus para segui-lo, 
toda a nossa vida muda de direção. David C. McCasland”

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“Um dos meus passatempos na vida, é sentar em um banco de uma praça qualquer aonde passam bastante pessoas, gosto de sentar e observar os seres humanos. É Sempre possível observar o ‘’ Homem bem sucedido’’ de terno e gravata transitando com seu sorriso no rosto, a senhora com a bíblia na mão com esperança e amor nos olhos, a criança inocente que de nada sabe sobre a vida cuja sua preocupação é alimentar os pombos.

Cada humano que observo percebo algo incomum, nenhum deles se preocupa com o que eu me preocupo, não consigo passar nem mesmo algumas horas sem refletir em o quão inútil nós somos perante o universo, ou como irei me portar no enterro da minha mãe – ou como meu filho irá se sentir diante da minha morte.

A Habilidade que os seres humanos possuem em trabalhar como formigas, e sorrir como palhaços me parece um tanto quanto vantajosa a ignorância permite ao homem existir – pensem bem o que seria da humanidade se todos fossemos Niilistas?

Sentado naquele banco observando os humanos que transitam sem parar, sinto-me como alguém que saiu da caverna de platão, e não consegue explicar aos outros a realidade fora dela.

O Quão cruel eu seria? Como posso eu querer tirar do homem feliz a ignorância? Como posso eu tirar do homem a caverna que o protege da realidade.

Então vivo sozinho fora da caverna observando aqueles que ainda vivem nela, lamento-me por aqueles prisioneiros que morrerão sem saber que em suas pernas haviam correntes….”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Poema – Tudo que eu preciso fazer agora é dormir

Acordei as seis horas da manhã
com um vazio em meu peito
que me faz desejar um câncer em meu cérebro

Preciso devolver um livro na biblioteca
ando pela rua como um homem doente
passei tanto tempo sozinho
que eu já não sei mais conviver em sociedade

Chego até a biblioteca
o local está repleto de gente
todos eles me olham com cara de nojo

Como se eu fosse algum tipo de monstro
não posso culpá-los
talvez eu realmente seja

Na minha mente
estão todos mortos
e o diabo dança sobre os seus cadáveres

Caminho em direção a balconista
e as minhas pernas começam a falhar
sem que eu perceba caio em meio a uma pilha de livros

As pessoas correm ao meu redor
e me apontam os seus dedos sujos

Levanto-me em desespero,
e volto correndo para casa

Tranco-me em meu quarto
como quem procura se esconder das estrelas
e novamente eu sou um lobo solitário
abandonado em um ninho de ratos

As paredes do meu quarto
jorram o sangue de um suicídio inevitável

Todos os dias eu me pergunto;

O que diabos eu estou fazendo aqui?
quando foi que eu me perdi?

Rasguei as entranhas da minha própria Mãe
e a amaldiçoei com a minha vida

Eu afastei todos aqueles
que se aproximaram de mim

Como uma barata
que rasteja em meio aos vermes
sinto-me repugnante

Sozinho no mundo
um escravo da minha própria insanidade
o Cristo do meu próprio testamento

As fotos velhas na minha estante
me lembram os dias em que eu fui feliz

Sinto-me culpado por existir
e a cada segundo eu me odeio cada vez mais

Volto para o meu quarto,
tudo que eu preciso fazer agora é dormir;

Acordei as seis horas da manhã
com um vazio em meu peito
que me faz desejar um câncer em meu cérebro

Vou até o espelho e me pergunto;
por quantos anos eu ainda irei suportar
essa rotina de sofrimento?

Uma lágrima sincera escorre pelo meu rosto
volto até o meu quarto
decidido a acabar com tudo
sátiros dançam ao redor da minha cama

Pego as minhas roupas e tampo todas as
saídas de ar da minha casa
vou até a cozinha e ligo o gás

Tudo que eu preciso fazer agora
é dormir…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Solidão Deuses Ateísmo Niilismo

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“A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade.

Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta.
Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas de mais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio 'O tempo cura todas as feridas' é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.
Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás.
Por último, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram.”

The Name of the Wind

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“A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.”

William Shakespeare (1564–1616) dramaturgo e poeta inglês

Macbeth, Cena V, Ato V
Macbeth (1605-1606)

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“É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas idéias.”

Immanuel Kant (1724–1804)

Kinder Anfangs in die Schule, nicht schon in der Absicht, damit sie dort etwas lernen sollen, sondern damit sie sich daran gewöhnen mögen, still zu sitzen und pünktlich das zu beobachten, was ihnen vorgeschrieben wird, damit sie nicht in Zukunft jeden ihrer Einfälle wirklich auch und augenblicklich in Ausübung bringen mögen.
"Ueber Padagogik" in: "I. Kant's sämmtliche werke: In chronologischer Reihenfolge", Volume 8, Parte 2‎ - Página 458 http://books.google.com.br/books?id=8R2NBF90un8C&pg=PA458, Immanuel Kant, Gustav Hartenstein, Friedrich Theodor Rink, Gottlob Benjamin Jaesche - L. Voss, 1803

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“A Solidão nunca me assustou, muito pelo contrário ela sempre foi a minha melhor amiga, a companhia humana para mim é como uma ferida que me corrói e a única maneira de viver em paz seria removendo esta ferida. E foi isso que o fiz, eu removi a ferida; Eu removi qualquer laço humano que poderia existir na minha vida e me tornei um homem sozinho.
Não digo que não exista nenhum humano próximo a mim, ou em meus relacionamentos ‘’ pseudo sociais’’ possuo amigos, e família. No entanto a companhia deles se dá tão necessária quanto a necessidade que um pássaro tem de uma bicicleta.
Isso não significa de maneira alguma que não me importo ou ‘’ amo’’ aqueles ‘’ próximos’’ a mim, apenas significa que meu estado de solidão pessoal impede que a presença humana se torne necessária.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Variante: “A Solidão nunca me assustou, muito pelo contrário ela sempre foi a minha melhor amiga, a companhia humana para mim é como uma ferida que me corrói e a única maneira de viver em paz seria removendo esta ferida. E foi isso que o fiz, eu removi a ferida; Eu removi qualquer laço humano que poderia existir na minha vida e me tornei um homem sozinho.

Não digo que não exista nenhum humano próximo a mim, ou em meus relacionamentos ‘’ pseudo sociais’’ possuo amigos, e família. No entanto a companhia deles se dá tão necessária quanto a necessidade que um pássaro tem de uma bicicleta.

Isso não significa de maneira alguma que não me importo ou ‘’ amo’’ aqueles ‘’ próximos’’ a mim, apenas significa que meu estado de solidão pessoal impede que a presença humana se torne necessária.”
Fonte: Aforismos De Um Niilista

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“O Duplo - Uma Alegoria Niilista

Sentado em seu quarto com a corda nas mãos, o filósofo exausto enfrentava seu lado obscuro.

Não suporto mais as dores que me afligem, aonde se escondem as motivações? Estariam elas enterradas junto ao tumulo de deus?

Disse o filósofo em um tom sereno, sozinho, naquele quarto abandonado, andando de um lado para o outro

― Então desista! O Que te impede de colocar a corda sobre o pescoço e se deleitar com a morte?

Diziam as vozes em sua mente

Cale-se!! Deve existir algum motivo, alguma razão, alguma circunstância para se viver. Algo tão solido, que as dores que afligem meu coração não me torne um escravo da melancolia

Gritou o filósofo arremessando a corda para longe

― Mas você não encontrou certo? Estas inexplicáveis dores te assombram desde a infância, e a muito tempo vem mentindo para si mesmo que isso ou aquilo é o que te mantem vivo. E agora? O que restou? Todos que você um dia amou não passam de cadáveres!

Disse a voz em um tom fino e calmo

Mas (…) eu ainda tenho os meus livros. O Que me diz sobre eles? Meus trabalhos serão lembrados para sempre! Um filósofo não é útil vivo…

Dizia o Filósofo enquanto pegava uma de suas obras nas mãos, sentindo orgulho de si mesmo.

A voz doce, fala calmamente em seu ouvido

― O Que é a filosofia? Se não aforismos da mente de um grupo de primatas na fração de um ponto. Não seja egoísta, nós dois sabemos que um dia toda a realização da humanidade irá desaparecer no tempo

Com esse pensamento aonde iremos? Se todos pensarmos assim, todo o conhecimento da humanidade irá parar no tempo, o que sugere? Pensas que tem a resposta para tudo? Acha que morrer é a solução?

Disse o filósofo encarando o espelho

― Eu? Eu não posso sugerir nada, não se esqueça que está sozinho, sempre esteve, e assim morrerá! Chegou ao ponto de delirar e discutir consigo mesmo! Ainda acha que um homem louco gritando sozinho em um quarto vazio merece viver? Se tudo que tem de valor em sua vida patética são livros, eu é que te pergunto…

O Que sugere?

Não há nenhuma sugestão, nenhuma forma de resolver isso, a não ser no leito de morte.

― Então continue, vá em frente, coloque as cordas sobre seu pescoço e desista!

O Filósofo caminha até o canto do quarto, pega a corda, e a coloca sobre o seu pescoço

― Você nunca foi nada, nunca poderá ser nada, e este é o seu destino, morrer como um nada!

Cale-se…

Disse o filósofo em voz baixa, enquanto ajeitava a corda em seu pescoço. Ele então caminha até o espelho e o encara por alguns minutos…

― Há um intrínseco Niilismo em nossas vidas…

Disse a voz em sua mente, de maneira tão suave que a própria escuridão o abraçou

Essa não é a nossa primeira discussão, e não será a última…

Disse o filósofo ainda encarando o espelho com a corda no pescoço

― Então a dor passou não é? Flertar com a morte sempre cura as mais profundas feridas.

Passou (…) agora sinto a melancolia preenchendo todo o meu ser

― Talvez, o grande significado por trás da vida humana, seja simplesmente alimentar os vermes em nosso leito de morte.

Parte em ser Niilista, é compreender nosso lugar no cosmos. Nós não significamos nada, e a vida é repleta de dor e sofrimento.

O Niilismo, te entrega a chave do conhecimento para compreender esses fatos e seguir em frente, flertamos com o suicídio, mas não nos suicidamos, pois compreendemos a realidade ao nosso redor.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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