Frases de Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.



Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras.

Sua extensa obra constitui-se de nove romances e peças teatrais, duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas . Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, ortodoxamente conhecidas como pertencentes a sua segunda fase, em que se notam traços de pessimismo e ironia, embora não haja rompimento de resíduos românticos. Dessa fase, os críticos destacam que suas melhores obras são as da Trilogia Realista. Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde notam-se características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como prefere a crítica moderna.

Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse acadêmico e público. Influenciou grandes nomes das letras, como Olavo Bilac, Lima Barreto, Drummond de Andrade, John Barth, Donald Barthelme e outros. Em seu tempo de vida, alcançou relativa fama e prestígio pelo Brasil, contudo não desfrutou de popularidade exterior na época. Hoje em dia, por sua inovação e audácia em temas precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores do mundo inteiro. Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

✵ 21. Junho 1839 – 29. Setembro 1908   •   Outros nomes Joaquim Machado de Assis, Joaquim Machado
Machado de Assis photo

Obras

Dom Casmurro
Dom Casmurro
Machado de Assis
O Alienista
Machado de Assis
Quincas Borba
Machado de Assis
Casa Velha
Casa Velha
Machado de Assis
Histórias da Meia-Noite
Histórias da Meia-Noite
Machado de Assis
Iaiá Garcia
Iaiá Garcia
Machado de Assis
Helena
Machado de Assis
Esaú e Jacó
Esaú e Jacó
Machado de Assis
Miss Dollar
Miss Dollar
Machado de Assis
Teoria do Medalhão
Teoria do Medalhão
Machado de Assis
Memorial de Aires
Machado de Assis
O anel de Polícrates
Machado de Assis
O Espelho
O Espelho
Machado de Assis
Ressurreição
Machado de Assis
A Igreja do Diabo
Machado de Assis
A Chinela Turca
A Chinela Turca
Machado de Assis
Contos Fluminenses
Contos Fluminenses
Machado de Assis
Machado de Assis: 419   citações 1246   Curtidas

Machado de Assis Frases famosas

“Verdade é que, se todos os gostos fossem iguais, o que seria do amarelo?”

Capítulo IV
Contos, O Alienista

Citações de vida de Machado de Assis

“Quem escapa do perigo vive a vida com outra intensidade.”

Memórias Póstumas de Brás Cubas

“Trata de saborear a vida; e fica sabendo, que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la.”

Variante: (...) a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la.

Citações de homens de Machado de Assis

“Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem.”

Dom Casmurro
Variante: Capitu era Capitu isto é uma criatura mui particular mais mulher do que eu era homem.

“(…) gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou.”

"Memórias Póstumas de Brás Cubas", capítulo CLI; veja (wikisource)
Romances, Memórias Póstumas de Brás Cubas
Variante: Gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou.

Machado de Assis: Citações em tendência

Machado de Assis frases e citações

“A saudade é o passar e o repassar das memórias antigas.”

Dom Casmurro
Variante: a saudade é isto mesmo; é o passar e repassar das memórias antigas.

“A saúde da alma, bradou ele, é a ocupação mais digna do médico.”

Capítulo Primeiro
Contos, O Alienista

“A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal.”

"Iaiá Garcia", capítulo III; veja (wikisource)
Outros

“A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e atiça as fogueiras.”

Machado de Assis in: Miss Dollar, Capítulo V, citando La Rochefoucauld
Contos, Miss Dollar

“Não se ama duas vezes a mesma mulher.”

"Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881), capítulo XLIV; veja (wikisource)
Romances, Memórias Póstumas de Brás Cubas

“Não é a ocasião que faz o ladrão… A ocasião faz o furto; o ladrão nasce feito.”

Todos os Romances e Contos Consagrados

“Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelada e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, - nada menos que a quimera da felicidade, - ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.”

Memórias póstumas de Brás Cubas, Capítulo VII, Machado de Assis (1881)
Romances, Memórias Póstumas de Brás Cubas
Variante: Os séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim,— flagelos e delícias, — desde essa coisa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, — nada menos que a quimera da felicidade, — ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.

“Matamos o tempo; o tempo nos enterra.”

Memórias póstumas de Brás Cubas, capítulo CXIX.
Romances, Memórias Póstumas de Brás Cubas
Variante: Matamos o tempo; o tempo nos enterra.

“nasceu-me o amor sem que eu reparasse nele.”

Romances de Machado de Assis - Obras Completas

“Dormir é um modo interino de morrer.”

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Variante: (...) preferi dormir, que é um modo interino de morrer.

“Alguma coisa escapa ao naufrágio das ilusões.”

"Iaiá Garcia, capítulo XVII, última linha; (veja: wikisource)
Outros

“O maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado.”

"Quincas Borba" (1891), capítulo XXXII; veja (wikisource)
Romances, Quincas Borba

“A mentira é muita vez tão involuntária como a respiração.”

Variante: A mentira é muita vezes tão involuntária como a respiração.

“É muito melhor cair das nuvens que de um terceiro andar!”

Variante: É melhor cair das nuvens que de um segundo andar

“Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.”

Variante: Homem é…uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor da de graça aos vermes.

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