Frases sobre maré

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da maré, ser, vida, contra.

Frases sobre maré

Vincent Van Gogh photo
Nitiren Daishonin photo

“O rei das ondas


[O Senhor] disse: até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas? v.11


O rei Canuto foi um dos homens mais poderosos da Terra no século 11. Numa famosa lenda diz-se que ele ordenou que a sua cadeira fosse colocada à beira-mar quando a maré estava subindo. “Você está sujeito a mim”, disse ele para o mar. “Eu ordeno, portanto, que não se levante sobre a minha terra, nem para molhar a roupa ou os membros inferiores do seu mestre.” Mas a maré continuou a subir, encharcando os pés do rei.

Muitas vezes, conta-se esta história para chamar a atenção para o orgulho de Canuto. Na verdade, é uma história sobre a humildade. “Permita que o mundo todo saiba que o poder dos reis é vazio.” Em seguida, Canuto diz: “salve Aquele a quem o céu, a terra e o mar obedecem.” A história de Canuto destaca: Deus é o único Todo-Poderoso.

Jó descobriu o mesmo. Comparado Àquele que colocou as fundações da Terra (38:4-7), que ordena que a manhã apareça e que termine a noite (vv.12,13), que estoca os depósitos com a neve e dirige as estrelas (vv.22,31-33), somos pequenos. Há apenas um Rei das ondas, e nenhum de nós o é (v.11; Mateus 8:23-27).

É bom relembrar a história de Canuto quando começamos a nos sentir muito inteligentes ou orgulhosos de nós mesmos. Caminhe até à beira-mar e tente ordenar às ondas que parem e que o sol se ponha. Iremos, rapidamente, lembrar quem realmente é o Único e lhe agradeceremos por reinar em nossa vida.

Deus é grande, somos pequenos, e isso é bom. Sheridan Voysey”

John Ronald Reuel Tolkien photo
Khalil Gibran photo
Victor Hugo photo
Adolf Hitler photo
Friedrich Nietzsche photo
Samuel Butler (1835-1902) photo

“Viver é como amar: a maré está contra, e todos os instintos a favor.”

To live is like to love - all reason is against it, and all healthy instinct for it .
The note-books of Samuel Butler: author of "Erewhon" - página 227, Samuel Butler - Fifield, 1913 - 438 páginas
Variante: Viver é como amar: todas as razões são contra, e a força de todos os instintos é a favor.

Harriet Beecher Stowe photo
Carl Gustav Jung photo
Papa Bento XVI photo

“Nós estamos caminhando para uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e tem como valor máximo o ego e os desejos individuais. A Igreja precisa se opor às "marés de modismos e das últimas novidades. (…) Precisamos nos tornar maduros nessa fé adulta, precisamos guiar o rebanho de Cristo para essa fé.”

Papa Bento XVI (1927) professor académico alemão, Papa Emérito

Durante uma missa na Basílica de São Pedro, pouco antes do início do conclave e um dia antes de ser eleito; como citado em Continente multicultural, Volume 5,Edições 53-56 - página 112, Companhia Editora de Pernambuco, 2005
Enquanto cardeal, Religião e Fé

John Steinbeck photo

“Os pequenos fazendeiros observam como as dívidas sobem insensivelmente, como o crescer da maré. Cuidaram das árvores sem vender a colheita, podaram e enxertaram e não puderam colher as frutas.
Este pequeno pomar, para o ano que vem, pertencerá a uma grande companhia, pois o proprietário será sufocado por dívidas.
Este parreiral passará a ser propriedade do banco. Apenas os grandes proprietários podem subsistir, visto que também possuem fábricas de conservas.
A podridão alastra por todo o Estado e o cheiro doce torna-se uma grande preocupação nos campos. E o malogro paira sobre o Estado como um grande desgosto.
As raízes das vides e das árvores têm de ser destruídas, para se poderem manter os preços elevados. É isto o mais triste, o mais amargo de tudo. Carradas de laranjas são atiradas para o chão. O pessoal vinha de milhas de distâncias para buscar as frutas, mas agora não lhes é permitido fazê-lo. Não iam comprar laranjas a vinte cents a. dúzia, quando bastava pular do carro e apanhá-las do chão. Homens armados de mangueiras derramam querosene por cima das laranjas e enfurecem-se contra o crime, contra o crime daquela gente que veio à procura das frutas. Um milhão de criaturas com fome, de criaturas que precisam de frutas… e o querosene derramado sobre as faldas das montanhas douradas.
O cheiro da podridão enche o país.
Queimam café como combustível de navios. Queimam o milho para aquecer; o milho dá um lume excelente. Atiram batatas aos rios, colocando guardas ao longo das margens, para evitar que o povo faminto intente pescá-las. Abatem porcos, enterram-nos e deixam a putrescência penetrar na terra.
Há nisto tudo um crime, um crime que ultrapassa o entendimento humano. Há nisto uma tristeza, uma tristeza que o pranto não consegue simbolizar. Há um malogro que opõe barreiras a todos os nossos êxitos; à terra fértil, às filas rectas de árvores, aos troncos vigorosos e às frutas maduras. Crianças atingidas de pelagra têm de morrer porque a laranja não pode deixar de proporcionar lucros. Os médicos legistas devem declarar nas certidões de óbito; "Morte por inanição", porque a comida deve apodrecer, deve, por força, apodrecer.
O povo vem com redes para pescar as batatas no rio, e os guardas impedem-nos. Os homens vêm nos carros ruidosos apanhar as laranjas caídas no chão, mas as laranjas estão untadas de querosene. E ficam imóveis, vendo as batatas passarem flutuando; ouvem os gritos dos porcos abatidos num fosso e cobertos de cal viva; contemplam as montanhas de laranja, rolando num lodaçal putrefacto. Nos olhos dos homens reflecte-se o malogro. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecendo para a vindima.”

John Steinbeck (1902–1968)

“Injustiça

Vem em forma de bicho feroz,
Dirigido por um ser subordinado.
Por que devoras sonhos
realizados
Se a minha vida é o meu trabalho
Agora destruído?
Joga meus esforços
Por água abaixo,
Injustiça!
Nessa vida me sinto perdido,
A maré me sufoca,
Os pássaros me beliscam,
Os meus olhos já não brilham…
O que me resta,
O que me falta
Nesses duros e cansados dias?”

Fonte: Café Com Poemas: Antologia Poética, organizada por Leandro Flores, Injustiça, Valter Bitencourt Júnior, Café Com Poemas, 2019, pág. 68, ISBN: 9786580343003.
Fonte: Toque de Acalanto: Poesias, Valter Bitencourt Júnior, Amazon/Clube de Autores, 2017, pág. 16, ISBN: 9781549710971.

Warren Buffett photo

“Você só descobre quem estava nadando pelado quando a maré abaixa.”

Sobre o episódio das hipotecas de alto risco (subprime).
Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG82079-8373-12,00.htmL

John Tyler photo

“Se a maré de difamação deve virar, e minha administração chegou a ser elogiada, Vice-presidentes futuros que podem prosperar à Presidência podem sentir algum estímulo leve para perseguir um curso independente.”

John Tyler (1790–1862) político estadunidense, 10° presidente dos Estados Unidos da América

If the tide of defamation and abuse shall turn, and my administration come to be praised, future Vice-Presidents who may succeed to the Presidency may feel some slight encouragement to pursue an independent course.
dito ao seu filho Robert, em 1848; A Whig embattled: the Presidency under John Tyler - Página 185, Robert J. Morgan - University of Nebraska Press, 1954

João Ubaldo Ribeiro photo
Confucio photo
Clarice Lispector photo
Victor Hugo photo
Robert Lee Frost photo
Fernando Pessoa photo

“MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO

(1890-1916)

Atque in perpetuum, frater, ave atque vale!
CAT.

Morre jovem o que os Deuses amam, é um preceito da sabedoria antiga. E por certo a imaginação, que figura novos mundos, e a arte, que em obras os finge, são os sinais notáveis desse amor divino. Não concedem os Deuses esses dons para que sejamos felizes, senão para que sejamos seus pares. Quem ama, ama só a igual, porque o faz igual com amá-lo. Como porém o homem não pode ser igual dos Deuses, pois o Destino os separou, não corre homem nem se alteia deus pelo amor divino; estagna só deus fingido, doente da sua ficção.

Não morrem jovens todos a que os Deuses amam, senão entendendo-se por morte o acabamento do que constitui a vida. E como à vida, além da mesma vida, a constitui o instinto natural com que se a vive, os Deuses, aos que amam, matam jovens ou na vida, ou no instinto natural com que vivê-la. Uns morrem; aos outros, tirado o instinto com que vivam, pesa a vida como morte, vivem morte, morrem a vida em ela mesma. E é na juventude, quando neles desabrocha a flor fatal e única, que começam a sua morte vivida.

No herói, no santo e no génio os Deuses se lembram dos homens. O herói é um homem como todos, a quem coube por sorte o auxílio divino; não está nele a luz que lhe estreia a fronte, sol da glória ou luar da morte, e lhe separa o rosto dos de seus pares. O santo é um homem bom a que os Deuses, por misericórdia, cegaram, para que não sofresse; cego, pode crer no bem, em si, e em deuses melhores, pois não vê, na alma que cuida própria e nas coisas incertas que o cercam, a operação irremediável do capricho dos Deuses, o jugo superior do Destino. Os Deuses são amigos do herói, compadecem-se do santo; só ao génio, porém, é que verdadeiramente amam. Mas o amor dos Deuses, como por destino não é humano, revela-se em aquilo em que humanamente se não revelara amor. Se só ao génio, amando-o, tornam seu igual, só ao génio dão, sem que queiram, a maldição fatal do abraço de fogo com que tal o afagam. Se a quem deram a beleza, só seu atributo, castigam com a consciência da mortalidade dela; se a quem deram a ciência, seu atributo também, punem com o conhecimento do que nela há de eterna limitação; que angústias não farão pesar sobre aqueles, génios do pensamento ou da arte, a quem, tornando-os criadores, deram a sua mesma essência? Assim ao génio caberá, além da dor da morte da beleza alheia, e da mágoa de conhecer a universal ignorância, o sofrimento próprio, de se sentir par dos Deuses sendo homem, par dos homens sendo deus, êxul ao mesmo tempo em duas terras.

Génio na arte, não teve Sá-Carneiro nem alegria nem felicidade nesta vida. Só a arte, que fez ou que sentiu, por instantes o turbou de consolação. São assim os que os Deuses fadaram seus. Nem o amor os quer, nem a esperança os busca, nem a glória os acolhe. Ou morrem jovens, ou a si mesmos sobrevivem, íncolas da incompreensão ou da indiferença. Este morreu jovem, porque os Deuses lhe tiveram muito amor.

Mas para Sá-Carneiro, génio não só da arte mas da inovação nela, juntou-se, à indiferença que circunda os génios, o escárnio que persegue os inovadores, profetas, como Cassandra, de verdades que todos têm por mentira. In qua scribebat, barbara terrafuit. Mas, se a terra fora outra, não variara o destino. Hoje, mais que em outro tempo, qualquer privilégio é um castigo. Hoje, mais que nunca, se sofre a própria grandeza. As plebes de todas as classes cobrem, como uma maré morta, as ruínas do que foi grande e os alicerces desertos do que poderia sê-lo. O circo, mais que em Roma que morria, é hoje a vida de todos; porém alargou os seus muros até os confins da terra. A glória é dos gladiadores e dos mimos. Decide supremo qualquer soldado bárbaro, que a guarda impôs imperador. Nada nasce de grande que não nasça maldito, nem cresce de nobre que se não definhe, crescendo. Se assim é, assim seja! Os Deuses o quiseram assim.

Fernando Pessoa, 1924.”

Fernando Pessoa (1888–1935) poeta português

Loucura...

Marina Tavares Dias photo
Camilla Läckberg photo
David Horowitz photo

“A publicação do Relatório Khrushchev foi provavelmente o maior golpe contra o Império Soviético durante a Guerra Fria. Quando meus pais e seus amigos abriram de manhã o Times e leram seu texto, seu mundo entrou em colapso - e junto com ele sua vontade de lutar. Se o documento era verdade, quase tudo o que tinham dito e acreditado era falso. Sua missão secreta os tinha levado a águas tão profundas que sua maré os cobriu, levando consigo o sentido de suas vidas.”

The publication of the Khrushchev Report was probably the greatest blow struck against the Soviet Empire during the Cold War. When my parents and their friends opened the morning Times and read its text, their world collapsed—and along with it their will to struggle. If the document was true, almost everything they had said and believed was false. Their secret mission had led them into waters so deep that its tide had overwhelmed them, taking with it the very meaning of their lives
Horowitz, David (1997). Radical Son: A Generational Odyssey. New York, NY: Simon & Schuster. p. 84
Década de 1960, Década de 1990

Barack Obama photo