Frases sobre alimentação

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da alimentação, outro, ser, agora.

Frases sobre alimentação

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“Depois do 25 de Abril, por exemplo, tornámo-nos todos democratas. Não nos tornámos democratas por acreditar-mos na democracia, por odiarmos a guerra colonial, a polícia política, a censura, a simples proibição de raciocinar: tornámo-nos democratas por medo, medos dos doentes, do pessoal menor, dos enfermeiros, medo do nosso estatuto de carrascos, e até ao fim da Revolução, até 76, fomos indefectíveis democratas, fomos socialistas, diminuímos o tempo de espera nas consultas, chegámos a horas, conversámos atenciosamente com as famílias, preocupámo-nos com os internados, protestamos contra a alimentação, os percevejos, a humidade, os sanitários, a falta de higiene. Fomos democratas, Joana, por cobardia, pensou ele vendo um bando de rolas poisar num olival, agitar a tranquilidade do olival com o rebuliço do seu voo, tínhamos pânico de que nos acusassem como os pides, nos prendessem, nos apontassem na rua, pusessem os nossos nomes no jornal. E demorámos a entender que mesmo em 74, em 75, em 76, as pessoas continuavam a respeitar-nos como respeitam os abades nas aldeias, continuavam a ver em nós o único auxílio possível contra a solidão. E sossegámos. E passámos a trazer dobrados no sovaco jornais de direita. E sorríamos de sarcasmo ao escutar a palavra socialismo, a palavra democracia, a palavra povo. Sorríamos de sarcasmo, Joana, porque haviam abolido a guilhotina”

Knowledge of Hell

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“Corte-se até a verba para a alimentação. Mas não se sacrifique a Biblioteca.”

Oswaldo Cruz (1872–1917) médico e bacteriólogo brasileiro

citado em "Boletim informativo", Volumes 3-4‎ - Página 266, Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação - Archivo Histórico judaico Brasileiro, 1957
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“A minha alimentação não é a dos homens. Não tenho que matar cordeiros e cabras para saciar o meu apetite; as glandes e as bagas bastam-me.”

My food is not that of man; I do not destroy the lamb and the kid to glut my appetite; acorns and berries afford me sufficient nourishment.
Frankenstein, or, The modern Prometheus‎ - Página 79 http://books.google.com.br/books?id=5twBAAAAQAAJ&pg=RA2-PA79, de Mary Wollstonecraft Shelley - Printed for G. and W.B. Whittaker, 1823 - 280 páginas

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“Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem.”

Leonardo Da Vinci (1452–1519) pintor renascentista

Variante: Haverá um tempo em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente da mesma forma como hoje se julga o assassino de um homem.

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“Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente.”

George Bernard Shaw (1856–1950)

citado em "NUTRIÇÃO & SAÚDE - A Terapia por meio dos Alimentos" - Página 38, Giovanna C. Bernini - IBRASA, 2005, ISBN 8534802661, 978853480266696 páginas
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“A estrutura do homem, externa e interna, comparada com a de outros animais, mostra-nos que as frutas e os vegetais suculentos constituem sua alimentação natural.”

Carolus Linnaeus (1707–1778) Botânico, zoólogo e médico sueco

Linnaeus, the distinguished naturalist, who flourished about one hundred years since, speaking of the natural dietetic character of man, says that his organization, when compared with that of other animals, shows that ' fruits and esculent vegetables constitute his most suitable food.'
citado em "Lectures on the science of human life" - Página 150, item 844 http://books.google.com.br/books?pg=PA150, de Sylvester Graham, Editora Horsell, 1849, 289 páginas

“Quem, como ele, tinha sobrevivido ao próprio nascimento no lixo não se deixava expulsar tão facilmente do mundo. Era capaz de comer sopa aguada dias e dias, sobrevivia com o leite mais diluído, suportava os legumes e as carnes mais podres. Ao longo da infância, sobreviveu ao sarampo, disenteria, varicela, cólera, a uma queda de seis metros num poço e a queimadura no peito com água fervente. É verdade que trazia disso cicatrizes, arranhões, feridas e um pé meio aleijado que o fazia capengar, mas sobreviveu. Era duro como uma bactéria resistente e auto-suficiente como um carrapato colado numa árvore, que vive de uma gotinha de sangue sugada ano passado. Precisava de um mínimo de alimentação e vestimenta para o corpo. Para a alma, não precisava de nada. Calor humano, dedicação, delicadeza, amor — ou seja lá como se chamam todas as coisas que dizem que uma criança precisa — eram completamente dispensáveis para o menino Grenouille. Ou então, assim nos parece, ele as tinha tornado dispensáveis simplesmente para poder sobreviver. O grito depois do seu nascimento, o grito sob a mesa de limpar peixe, o grito com que ele se tinha feito notar e levado a mãe ao cadafalso, não fora um grito instintivo de compaixão e amor. Fora bem pesado, quase se poderia dizer um grito maduramente pensado e pesado, com que o recém-nascido se decidira contra o amor e, mesmo assim, a favor da vida. Nas circunstâncias, isto era possível sem aquilo, e, se a criança tivesse exigido ambos, então teria, sem dúvida, fenecido miseramente. Também teria podido, no entanto, escolher naquela ocasião a segunda possibilidade que lhe estava aberta, calando e legando o caminho do nascimento para a morte sem esse desvio pela vida, e assim teria poupado a si e ao mundo uma porção de desgraças. Mas, para se omitir tão humildemente, teria sido necessário um mínimo de gentileza inata, e isto Grenouille não possuía. Foi um monstro desde o começo. Ele se decidiu em favor da vida por pura teimosia e maldade.”

Perfume: The Story of a Murderer

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“É preciso cuidar da alimentação, beber vinho e ter uma boa mulher”

Roger Moore (1927–2017) Ator britânico, condecorado como Cavaleiro do Império Britânico

contando qual o segredo de sua boa forma aos 76 anos
Fonte: Revista ISTO É, Edição n. 1790.

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“A alimentação correta dirige a energia sexual às áreas que importam.”

Barbara Cartland (1901–2000)

The right diet directs sexual energy into the parts that matter.
citado em "Observer" (London, 11 de janeiro de 1981)

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“Um imenso animal leiteiro aproximou-se da mesa de Zaphod Beeblebrox. Era um enorme e gordo quadrúpede do tipo bovino, com olhos grandes e protuberantes, chifres pequenos e um sorriso nos lábios que era quase simpático.
– Boa noite – abaixou-se e sentou-se pesadamente sobre suas ancas –, sou o Prato do Dia. Posso sugerir-lhes algumas partes do meu corpo? – Grunhiu um pouco, remexeu seus quartos traseiros buscando uma posição mais confortável e olhou pacificamente para eles.
Seu olhar se deparou com olhares de total perplexidade de Arthur e Trillian, uma certa indiferença de Ford Prefect e a fome desesperada de Zaphod Beeblebrox.
– Alguma parte do meu ombro, talvez? – sugeriu o animal. – Um guisado com molho de vinho branco?
– Ahn, do seu ombro? – disse Arthur, sussurrando horrorizado.
– Naturalmente que é do meu ombro, senhor – mugiu o animal, satisfeito –, só tenho o meu para oferecer.
Zaphod levantou-se de um salto e pôs-se a apalpar e sentir os ombros do animal, apreciando.
– Ou a alcatra, que também é muito boa – murmurou o animal. – Tenho feito exercícios e comido cereais, de forma que há bastante carne boa ali. – Deu um grunhido brando e começou a ruminar. Engoliu mais uma vez o bolo alimentar. – Ou um ensopado de mim, quem sabe? – acrescentou.
– Você quer dizer que este animal realmente quer que a gente o coma? – cochichou Trillian para Ford.
– Eu? – disse Ford com um olhar vidrado. – Eu não quero dizer nada.
– Isso é absolutamente horrível – exclamou Arthur -, a coisa mais repugnante que já ouvi.
– Qual é o problema, terráqueo? – disse Zaphod, que agora observava atentamente o enorme traseiro do animal.
– Eu simplesmente não quero comer um animal que está na minha frente se oferecendo para ser morto – disse Arthur. – É cruel!
– Melhor do que comer um animal que não deseja ser comido – disse Zaphod.
– Não é essa a questão – protestou Arthur. Depois pensou um pouco mais a respeito. – Está bem – disse –, talvez essa seja a questão. Não me importa, não vou pensar nisso agora. Eu só… ahn…
O Universo enfurecia-se em espasmos mortais.
– Acho que vou pedir uma salada – murmurou.
– Posso sugerir que o senhor pense na hipótese de comer meu fígado? Deve estar saboroso e macio agora, eu mesmo tenho me mantido em alimentação forçada há meses.
– Uma salada verde – disse Arthur, decididamente.
– Uma salada? – disse o animal, lançando um olhar de recriminação para ele.
– Você vai me dizer – disse Arthur – que eu não deveria comer uma salada?
– Bem – disse o animal –, conheço muitos legumes que têm um ponto de vista muito forte a esse respeito. E é por isso, aliás, que por fim decidiram resolver de uma vez por todas essa questão complexa e criaram um animal que realmente quisesse ser comido e que fosse capaz de dizê-lo em alto e bom tom. Aqui estou eu!
Conseguiu inclinar-se ligeiramente, fazendo uma leve saudação.
– Um copo d’água, por favor – disse Arthur.
– Olha – disse Zaphod –, nós queremos comer, não queremos uma discussão. Quatro filés malpassados, e depressa. Faz 576 bilhões de anos que não comemos.
O animal levantou-se. Deu um grunhido brando.
– Uma escolha muito acertada, senhor, se me permite. Muito bem – disse –, agora é só eu sair e me matar.
Voltou-se para Arthur e deu uma piscadela amigável.
– Não se preocupe, senhor, farei isso com bastante humanidade.”

The Restaurant at the End of the Universe

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“Não consigo encontrar nenhuma grande diferença entre a alimentação com carne humana e a alimentação com a carne de [outro] animal, excepto o costume e o hábito.”

George Cheyne (1671–1743)

I cannot find any great difference between feeding on human flesh and feeding on animal flesh, except custom and practice
"The Natural Method of Cureing [sic] the Diseases of the Body, and the Disorders of the Mind." (1740)

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“A idade ajuda, mas eu sempre fiz exercícios. Até, por que, se eu não fizer, viro uma bolinha. Malho com uma personal, faço dança, vôlei… Agora estou malhando muito e tentando manter uma alimentação saudável. Não sou fã de dieta, no fim de semana tenho que comer minhas besteiras, mas estou me controlando para manter o corpo. Miss não precisa ser magérrima, mas tem que ter um corpo bonito”

Bruna Marquezine (1995) Atriz brasileira

Bruna afirmando que sempre comeu muita besteira.
Verificadas
Fonte: Contigo! Online. Data: 27 de Novembro de 2011.
Fonte: Bruna Marquezine: "Não sou fã de dieta, no fim de semana tenho que comer minhas besteiras", Da Redação, Contigo!, 27 de novembro de 2011 http://contigo.abril.com.br/noticias/bruna-marquezine-nao-sou-fa-de-dieta-no-fim-de-semana-tenho-que-comer-minhas-besteiras,

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“A alimentação humana tem sido desvirtuada pelo preconceito.”

Amílcar de Sousa (1876–1940)

Amílcar de Sousa, O homem é frugívoro, em O Vegetariano, volume I, Sociedade Vegetariana Editora, Porto, 4ª edição 1912, p. 46.

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“O livro é uma mercadoria como outra qualquer; não há diferença entre o livro e um artigo de alimentação. (…) Se o livro não vende é porque ele não presta.”

Monteiro Lobato (1882–1948) escritor brasileiro

Entrevista à Rádio record, em julho de 1948, reproduzida no jornal O Estado de São Paulo em julho de 1978.