Frases de António Lobo Antunes

António Lobo Antunes GCSE • GCL é um escritor e psiquiatra português.

✵ 1. Setembro 1942
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Obras

Memória de Elefante
Memória de Elefante
António Lobo Antunes
Os Cus de Judas
Os Cus de Judas
António Lobo Antunes
António Lobo Antunes: 81   citações 360   Curtidas

António Lobo Antunes Frases famosas

“São precisas muitas mulheres para esquecer uma mulher inteligente.”

Diário de Notícias, 17.02.2006

“Não sou um senhor de idade que conservou o coração menino. Sou um menino cujo envelope se gastou.”

conto " A Velhice http://contosparaaana.blogspot.com/2006/04/velhice.html"; Livro de Crónicas, 1998

Citações de livros de António Lobo Antunes

Citações de pessoas de António Lobo Antunes

António Lobo Antunes: Citações em tendência

António Lobo Antunes frases e citações

“«Que diferença de Lisboa. Não se pode viver numa cidade sem passado.»”

D'este viver aqui neste papel descripto

“Quem não tem dinheiro, não tem alma”

entrevista http://www.jornada.unam.mx/2006/11/26/index.php?section=cultura&article=a02n1cul a Ericka Montaño Garfias, La Jornada, publicado em 26.11.06 http://www.ala.nletras.com/entrevistas/LJ261106.htm

“Por vezes, ao sexto ou sétimo cálice, sinto que quase o consigo, que estou prestes a consegui-lo, que as pinças canhestras do meu entendimento vão colher, numa cautela cirúrgica, o delicado núcleo do mistério, mas
logo de imediato me afundo no júbilo informe de uma idiotia pastosa a que me arranco no dia seguinte, a golpes de aspirina e sais de frutos, para tropeçar nos chinelos a
caminho do emprego, carregando comigo a opacidade irremediável da minha existência,
tão densa de um lodo de enigmas como pasta de açúcar na chávena matinal. Nunca lhe aconteceu isto, sentir que está perto, que vai lograr num segundo a aspiração adiada e eternamente perseguida anos a fio, o projeto que é ao mesmo tempo o seu desespero e a sua esperança, estender a mão para agarrá-lo numa alegria incontrolável e tombar, de súbito, de costas, de dedos cerrados sobre nada, à medida que a aspiração ou o projecto se afastam tranquilamente de si no trote miúdo da indiferença, sem a fitarem sequer?
Mas talvez que você não conheça essa espécie horrorosa de derrota, talvez que a
metafísica constitua apenas para si um incômodo tão passageiro como uma comichão efémera, talvez que a habite a jubilosa leveza dos botes ancorados, balouçando devagar
numa cadência autônoma de berços. Uma das coisas, aliás, que me encanta em si, permita-me que lho afirme, é a inocência, não a inocência inocente das crianças e dos
polícias, feita de uma espécie de virgindade interior obtida à custa da credulidade ou da
estupidez, mas a inocência sábia, resignada, quase vegetal, diria, dos que aguardam dos
outros e deles próprios o mesmo que você e eu, aqui sentados, esperamos do empregado
que se dirige para nós chamado pelo meu braço no ar de bom aluno crônico: uma vaga
atenção distraída e o absoluto desdém pela magra gorjeta da nossa gratidão.”

Os Cus de Judas

“O que eu gostava de poder encher os livros de silêncio, e tender cada vez mais para o silêncio, e que as palavras estivessem carregadas de silêncio de maneira a que o leitor as pudesse encher como quisesse.”

Variante: O que eu gostava de poder encher os livros de silêncio, e tender cada vez mais de silêncio, e que as palavras estivessem carregadas de silêncio de maneira a que o leitor as pudesse encher como quisesse.