Frases sobre sopa

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da sopa, vida, colher, vida.

Frases sobre sopa

“Entre os dedos

Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a palmos?… v.12

Depois que derrubei desajeitadamente meu copo no balcão do restaurante, a bebida derramada caiu feito cascata da borda ao chão. Por pura vergonha, tentei segurar aquela cachoeira com as mãos fechadas feito concha. Meus esforços foram quase inúteis; a maior parte da bebida escorreu entre os meus dedos. Por fim, as palmas das mãos viradas para cima continham pouco mais do que uma colher de sopa daquele líquido, e meus pés estavam em meio àquela poça.

Isso se assemelha a minha vida em muitos dias. Luto para resolver problemas, supervisionar detalhes e controlar circunstâncias. Mas não importa o quanto tente, minhas mãos fracas são incapazes de controlar todas as partes. Algo invariavelmente desliza por entre meus dedos e cai aos meus pés, deixando-me sobrecarregada. Nenhum contorcer das mãos ou apertar dos dedos com mais força me torna capaz de lidar com todos os detalhes da situação.

Mas para Deus é possível. Isaías nos diz que Deus pode medir as águas de todos os oceanos e rios do globo e também da chuva na concha das Suas mãos (40:12). Somente as mãos dele são grandes o suficiente para isso. Não precisamos tentar segurar mais do que Ele projetou para as nossas mãos poderem sustentar. Quando nos sentimos sobrecarregados, podemos confiar os nossos cuidados e preocupações em Suas habilidosas mãos.

Podemos confiar em Deus para lidar com as circunstâncias que nos oprimem. Kirsten Holmberg”

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“Quem, como ele, tinha sobrevivido ao próprio nascimento no lixo não se deixava expulsar tão facilmente do mundo. Era capaz de comer sopa aguada dias e dias, sobrevivia com o leite mais diluído, suportava os legumes e as carnes mais podres. Ao longo da infância, sobreviveu ao sarampo, disenteria, varicela, cólera, a uma queda de seis metros num poço e a queimadura no peito com água fervente. É verdade que trazia disso cicatrizes, arranhões, feridas e um pé meio aleijado que o fazia capengar, mas sobreviveu. Era duro como uma bactéria resistente e auto-suficiente como um carrapato colado numa árvore, que vive de uma gotinha de sangue sugada ano passado. Precisava de um mínimo de alimentação e vestimenta para o corpo. Para a alma, não precisava de nada. Calor humano, dedicação, delicadeza, amor — ou seja lá como se chamam todas as coisas que dizem que uma criança precisa — eram completamente dispensáveis para o menino Grenouille. Ou então, assim nos parece, ele as tinha tornado dispensáveis simplesmente para poder sobreviver. O grito depois do seu nascimento, o grito sob a mesa de limpar peixe, o grito com que ele se tinha feito notar e levado a mãe ao cadafalso, não fora um grito instintivo de compaixão e amor. Fora bem pesado, quase se poderia dizer um grito maduramente pensado e pesado, com que o recém-nascido se decidira contra o amor e, mesmo assim, a favor da vida. Nas circunstâncias, isto era possível sem aquilo, e, se a criança tivesse exigido ambos, então teria, sem dúvida, fenecido miseramente. Também teria podido, no entanto, escolher naquela ocasião a segunda possibilidade que lhe estava aberta, calando e legando o caminho do nascimento para a morte sem esse desvio pela vida, e assim teria poupado a si e ao mundo uma porção de desgraças. Mas, para se omitir tão humildemente, teria sido necessário um mínimo de gentileza inata, e isto Grenouille não possuía. Foi um monstro desde o começo. Ele se decidiu em favor da vida por pura teimosia e maldade.”

Perfume: The Story of a Murderer

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“Um idealista é um homem que, partindo de que uma rosa cheira melhor do que uma couve, deduz que uma sopa de rosas teria também melhor sabor.”

Henry Louis Mencken (1880–1956)

Idealist. One who, on noticing that a rose smells better than a cabbage, concludes that it will also make better soup.
A Book of Burlesques - página 77, Henry Louis Mencken - Mundus Publishing, 1924 - 239 páginas

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“Como o Lula deu um prato de sopa, o povo corre para ele.”

Millôr Fernandes (1923–2012) cartunista, humorista e dramaturgo brasileiro.

Ao responder a pergunta "Como é que pode o Lula tomar aquela surra no debate e ainda sair ganhando voto?" no podcast http://veja.abril.com.br/idade/podcasts/mainardi/audios/121006.mp3 de Diogo Mainardi.
Citações verificadas

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“Filmes têm diferentes receitas para grandes sopas, servidas para 300, 400 pessoas por vez. Um livro é um jantar solitário.”

variação:
"Os filmes utilizam não só materiais diferentes, eles têm várias vezes que cozinhar suas grandes sopas, e tem de ser consumido em público juntamente com outras 800 pessoas em oposição à de um jantar solitário".
Movies not only used different materials, they had different cooking times for their great soups, and had to be consumed in public alongside 800 other people as opposed to by one solitary diner.
Fonte: Introduction to ANTHONY MINGHELLA'S Screenplay http://www.zaentz.com/files/english_patient.html, justificando porque, apesar de se tornar um escritor continuou a amar os filmes, que considera completamente diferentes dos livros.

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“Você tem uma colher aí? - Não, por que? - Porque eu tô dando sopa!”

Rodrigo Faro (1973) Apresentador de televisão, ator e cantor brasileiro

No programa O Melhor do Brasil

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“O livro melhor escrito é a receita de uma sopa.”

Voltaire (1694–1778) volter também conhecido como bozo foia dona da petrobras e um grande filosofo xines
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“Aí desaparece o desinteresse e divisa-se o vago esboço do demónio; cada qual para si. O eu sem olhos uiva, procura, apalpa e rói. Existe nesse golfão o Ugolino social.
As figuras ferozes que giram nessa cova, quase animais, quase fantasmas, não se ocupam do progresso universal, cuja ideia ignoram; só cuidam de saciar-se cada uma a si mesma. Quase lhes falta a consciência, e parece haver uma espécie de amputação terrível dentro delas. São duas as suas mães, ambas madrastas: a ignorância e a miséria. O seu guia é a necessidade; e para todos as formas de satisfação, o apetite. São brutalmente vorazes, quer dizer, ferozes; não à maneira do tirano, mas à maneira do tigre. Do sofrimento passam estas larvas ao crime; filiação fatal, geração aterradora, lógica das trevas. O que roja pelo entressolo social não é a reclamação sufocada do absoluto; é o protesto da matéria. Torna-se aí dragão o homem. Ter fome e sede é o ponto de partida; ser Satanás é o ponto de chegada. Esta cova produz Lacenaire.
Acima viu o leitor, no livro quarto, um dos compartimentos da mina superior, da grande cova política, revolucionária e filosófica, onde, como acabou de ver, é tudo pobre, puro, digno e honesto; onde, sem dúvida, é possível um engano, e efectivamente os enganos se dão; mas onde o erro se torna digno de respeito, tão grande é o heroísmo a que anda ligado. O complexo do trabalho que aí se opera chama-se Progresso.
Chegada é, porém, a ocasião de mostrarmos ao leitor outras funduras, as profunduras medonhas.
Por baixo da sociedade, insistimos, existirá sempre a grande sopa do mal, enquanto não chegar o dia da dissipação da ignorância.
Esta sopa fica por baixo de todas e é inimiga de todas. É o ódio sem excepção. Não conhece filósofos; o seu punhal nunca aparou penas. A sua negrura não tem nenhuma relação com a sublime negrura da escrita. Nunca os negros dedos que se crispam debaixo desse tecto asfixiante folhearam um livro ou abriram um jornal. Para Cartouche, Babeuf é um especulador; para Schinderhannes, Marat é um aristocrata. O objetivo desta sopa consiste em abismar tudo.
Tudo, inclusive as sapas superiores que esta aborrece de morte. No seu medonho formigar, não se mina somente a ordem social actual: mina-se a filosofia, a ciência, o direito, o pensamento humano, a civilização, a revolução, o progresso. Tem simplesmente o nome de roubo, prostituição, homicídio e assassinato. As trevas querem o caos. A sua abóbada é formada de ignorância.
Todas as outras, as de cima, têm por único alvo suprimi-la, alvo para o qual tendem a filosofia e o progresso, por todos os seus órgãos, tanto pelo melhoramento do real, como pela contemplação do absoluto. Destruí a sapa Ignorância, e teres destruído a toupeira do Crime.
Humanidade quer dizer identidade. Os homens são todos do mesmo barro. Na predestinação não há diferença nenhuma, pelo menos neste mundo. A mesma sombra antes, a mesma carne agora, a mesma cinza depois. Mas a ignorância misturada com a massa humana enegrece-a. Essa negrura comunica-se ao interior do homem, e converte-se no Mal.”

Les Misérables: Marius

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“Oh Vicente, chegou a sopa, monta o tripé.”

" Fotografar víveres ", Mixórdia de Temáticas 11-05-2015

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“E eu é fazer isso enquanto como uma sopa.”

" Crianças-Modelo ", Mixórdia de Temáticas 19-02-2015

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“Porque ir às gajas é muito giro, mas às tantas um gajo sabe-lhe bem uma sopa.”

" Operação palito ", Mixórdia de Temáticas 22-05-2014

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“O amor e como a sopa: as primeiras colheres são desagradáveis porque queimam, e as últimas são horríveis porque estão muito frias.”

Jeanne Moreau (1928–2017)

L'amour, c'est comme le potage : les premières cuillères sont trop chaudes, ... une citation de Jeanne Moreau. ... potage : les premières cuillères sont trop chaudes, les dernières trop froides.
como citado in Les tribulations de Patna: Chef de cuisine à domicile, página 139 https://books.google.com.br/books?id=L16rDgAAQBAJ&pg=PT139, Patricia DECORAY - 2016, Librinova, ISBN 9791026208419