Frases de Friedrich Nietzsche
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Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha. Escreveu vários textos criticando a religião, a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e aforismo.

Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e eterno retorno. Sua filosofia central é a ideia de "afirmação da vida", que envolve questionamento de qualquer doutrina que drene uma expansiva de energias, não importando o quão socialmente predominantes essas ideias poderiam ser. Seu questionamento radical do valor e da objetividade da verdade tem sido o foco de extenso comentário e sua influência continua a ser substancial, especialmente na tradição filosófica continental compreendendo existencialismo, pós-modernismo e pós-estruturalismo. Suas ideias de superação individual e transcendência além da estrutura e contexto tiveram um impacto profundo sobre pensadores do final do século XIX e início do século XX, que usaram estes conceitos como pontos de partida para o desenvolvimento de suas filosofias. Mais recentemente, as reflexões de Nietzsche foram recebidas em várias abordagens filosóficas que se movem além do humanismo, por exemplo, o transumanismo.

Nietzsche começou sua carreira como filólogo clássico—um estudioso da crítica textual grega e romana—antes de se voltar para a filosofia. Em 1869, aos vinte e quatro anos, foi nomeado para a cadeira de Filologia Clássica na Universidade de Basileia, a pessoa mais jovem a ter alcançado esta posição. Em 1889, com quarenta e quatro anos de idade, sofreu um colapso e uma perda completa de suas faculdades mentais. A composição foi posteriormente atribuída a paresia geral atípica devido a sífilis terciária, mas este diagnóstico vem entrado em questão. Nietzsche viveu seus últimos anos sob os cuidados de sua mãe até a morte dela em 1897, depois caiu sob os cuidados de sua irmã, Elisabeth Förster-Nietzsche, até morrer em 1900.

Como sua cuidadora, sua irmã assumiu o papel de curadora e editora de seus manuscritos. Förster-Nietzsche era casada com um proeminente nacionalista e antissemita alemão, Bernhard Förster, e retrabalhou escritos inéditos de Nietzsche para se adequar a ideologia de seu marido, muitas vezes de maneiras contrárias às suas opiniões expressas, que estavam fortemente e explicitamente opostas ao antissemitismo e nacionalismo. Através de edições de Förster-Nietzsche, o nome de Friedrich tornou-se associado com o militarismo alemão e o nazismo, mas estudiosos posteriores do século XX vêm tentando neutralizar esse equívoco de suas ideias. Wikipedia  

✵ 15. Outubro 1844 – 25. Agosto 1900   •   Outros nomes Friedrich Wilhelm Nietzsche
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Friedrich Nietzsche frases e citações

“O que se faz por amor sempre acontece além do bem e do mal”

Variante: O que se faz por amor, realiza-se sempre além do bem e do mal.

“(…) não existe, talvez, nada mais assustador e mais sinistro em toda a pré-história do homem que a sua técnica para se lembrar das coisas.” Alguma coisa é impressa, para que permaneça na memória: apenas o que dói incessantemente é recordado” – este é uma proposição central da mais antiga (e, infelizmente, também a mais duradoura) filosofia na Terra. Uma pessoa pode até sentir-se tentada a dizer que algo deste horror – através da qual em tempos se fizeram promessas por toda a Terra e foram dadas garantias e empenhamentos -, algo disto ainda sobrevive sempre que a solenidade, seriedade, secretismo e cores sombrias se encontram na vida dos homens e das nações: o passado, o passado mais longo, mais profundo e mais desagradável, respira sobre nós e brota em nós sempre que nos tornamos “sérios”. As coisas nunca avançaram sem sangue, tortura e vítimas, quando o homem achou necessário forjar uma memória de si próprio. Os sacrifícios e as oferendas mais horrendos (…), as mutilações mais repulsivas (…), os rituais mais cruéis de todos os cultos religiosos ( e todas as religiões são, nas suas fundações mais profundas, sistemas de crueldade) - todas estas coisas tem origem naquele instinto que adivinhou que a mais poderosa ajuda da memória era a dor.
Num certo sentido, todo o ascetismo faz parte disto: algumas ideias tem de tornar-se inextinguíveis, omnipresentes, inesquecíveis, “fixas” – com o objectivo de hipnotizar todo o sistema nervoso e intelecto através destas “ideias fixas” – e os procedimentos e formas de vida ascéticos são o meio de libertar essas ideias da competição com todas as outras ideias, para torna-las “inesquecíveis”. Quanto maior era a memoria da humanidade, mais assustadores parecem ser os seus costumes; a dureza dos códigos de punição, em particular, dá uma medida da quantidade de esforço que é necessária para triunfar sobre o esquecimento e tornar estes escravos efémeros da emoção e do desejo atentos a alguns requisitos primitivos de coabitação social. (…) Para dominar (…) recorreram a meios assustadores (…) de apedrejamento, (…), a empalação na estaca, a dilaceração ou o espezinhamento por cavalos, (…), queimar o criminoso em azeite (…), a prática popular de esfolamento, (…) cobrir o criminoso de mel e deixá-lo às moscas num sol abrasador. Com a ajuda deste tipo de imagens e procedimentos, a pessoa acaba por memorizar cinco ou seis “Não farei”, fazendo assim a promessa em troca das vantagens oferecidas pela sociedade. E de facto! com a ajuda deste tipo de memória, a pessoa acaba por “ver a razão”! Ah, razão, seriedade, domínio das emoções, todo o caso sombrio que dá pelo nome de pensamento, todos esses privilégios e exemplos do homem: que preço elevado que foi pago por eles! Quanto sangue e horror está no fundo de todas as “coisas boas”!”

On the Genealogy of Morals

“Falar muito de si pode ser um meio de se ocultar”

Variante: Falar muito sobre si próprio pode também ser um meio de se ocultar.

“Bem e mal são os preconceitos de Deus', dizia a serpente.”

»Gut und Böse sind die Vorurteile Gottes« - sagte die Schlange.
Die ewige Wiederkunft: Die fröhliche Wissenschaft. Dichtungen, página 195, Friedrich Wilhelm Nietzsche - Kröner, 1927 - 426 páginas

“Com ajuda da moralidade do costume e da camisa-de-força social, o homem foi realmente tornado confiável.”

Segunda dissertação - § 02 https://books.google.com.br/books?id=hzsAZbYYhE0C&pg=PA113
Genealogia da Moral

“Mestres e alunos. Faz parte da humanidade de um mestre advertir seus alunos contra ele mesmo.”

§ 447 https://books.google.com.br/books?id=FvOfXj864_oC&printsec=frontcover&dq=aurora+friedrich+nietzsche&hl=pt-BR&sa=X&ei=1241Vcc25I6xBJGagNgF&ved=0CB0Q6wEwAA#v=onepage&q=%22Mestres%20e%20alunos%22&f=false
Aurora

“Os poetas, porém, são por demais mentirosos.”

Assim falou Zaratustra

“O falso amor de si mesmo transforma a solidão em prisão.”

Eure schlechte Liebe zu euch selber macht euch aus der Einsamkeit ein Gefängnis.
Also Sprach Zarathustra; Jenseits von Gut und Böse - Página 65, Friedrich Wilhelm Nietzsche, ‎Alfred Baeumler - A. Kröner, 1930
Assim falou Zaratustra

“Temo que os animais considerem o homem como um semelhante que se privou da razão animal sadia, como um animal no delírio, que ri e que chora, como um animal infeliz.”

Ich fürchte, die Tiere betrachten den Menschen als ein Wesen ihresgleichen, das in höchst gefährlicher Weise den gesunden Tierverstand verloren hat, — als das wahnwitzige Tier, als das lachende Tier, als das weinende Tier, als das unglückselige Tier.
Die ewige Wiederkunft: Die fröhliche Wissenschaft. Dichtungen, página 189, Friedrich Wilhelm Nietzsche - Kröner, 1927 - 426 páginas

“Homens convictos são prisioneiros.”

Men of convictions are prisoners.
The Antichrist - Página 153, Friedrich Wilhelm Nietzsche - A. A. Knopf, 1920 - 182 páginas
O Anticristo

“Nós, homens do conhecimento, não nos conhecemos; de nós mesmos somos desconhecidos - e não sem motivo. Nunca nos procuramos: como poderia acontecer que um dia nos encontrássemos? Com razão alguém disse:'onde estiver teu tesouro, estará também teu coração'. Nosso tesouro está onde estão as colmeias do nosso conhecimento. Estamos sempre a caminho delas, sendo por natureza criaturas aladas e coletoras do mel do espírito, tendo no coração apenas um propósito - levar algo 'para casa'. Quanto ao mais da vida, as chamadas 'vivências', qual de nós pode levá-las a sério? Ou ter tempo para elas? Nas experiências presentes, receio, estamos sempre 'ausentes': nelas não temos nosso coração - para elas não remos ouvidos. Antes, como alguém divinamente disperso e imerso em si, a quem os sinos acabam de estrondear no ouvido as doze batidas do meio-dia, e súbito acorda e se pergunta 'o que foi que soou?', também nós por vezes abrimos depois os ouvidos e perguntamos, surpresos e perplexos inteiramente, 'o que foi que vivemos?', e também 'quem somos realmente?', e em seguida contamos, depois, como disse, as doze vibrantes batidas da nossa vivência, da nossa vida, do nosso ser - ah! e contamos errado… Pois continuamos necessariamente estranhos a nós mesmos, não nos compreendemos, temos que nos mal-entender, a nós se aplicará para sempre a frase: 'cada qual é o mais distante de si mesmo' - para nós mesmos somos 'homens do desconhecimento'…”

On the Genealogy of Morals/Ecce Homo

“Quando você olha muito tempo para um abismo, o abismo olha para você.”

When you look long into an abyss, the abyss looks into you.
Variante: E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.