Friedrich Nietzsche: Citações em tendência

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“(…) não existe, talvez, nada mais assustador e mais sinistro em toda a pré-história do homem que a sua técnica para se lembrar das coisas.” Alguma coisa é impressa, para que permaneça na memória: apenas o que dói incessantemente é recordado” – este é uma proposição central da mais antiga (e, infelizmente, também a mais duradoura) filosofia na Terra. Uma pessoa pode até sentir-se tentada a dizer que algo deste horror – através da qual em tempos se fizeram promessas por toda a Terra e foram dadas garantias e empenhamentos -, algo disto ainda sobrevive sempre que a solenidade, seriedade, secretismo e cores sombrias se encontram na vida dos homens e das nações: o passado, o passado mais longo, mais profundo e mais desagradável, respira sobre nós e brota em nós sempre que nos tornamos “sérios”. As coisas nunca avançaram sem sangue, tortura e vítimas, quando o homem achou necessário forjar uma memória de si próprio. Os sacrifícios e as oferendas mais horrendos (…), as mutilações mais repulsivas (…), os rituais mais cruéis de todos os cultos religiosos ( e todas as religiões são, nas suas fundações mais profundas, sistemas de crueldade) - todas estas coisas tem origem naquele instinto que adivinhou que a mais poderosa ajuda da memória era a dor.
Num certo sentido, todo o ascetismo faz parte disto: algumas ideias tem de tornar-se inextinguíveis, omnipresentes, inesquecíveis, “fixas” – com o objectivo de hipnotizar todo o sistema nervoso e intelecto através destas “ideias fixas” – e os procedimentos e formas de vida ascéticos são o meio de libertar essas ideias da competição com todas as outras ideias, para torna-las “inesquecíveis”. Quanto maior era a memoria da humanidade, mais assustadores parecem ser os seus costumes; a dureza dos códigos de punição, em particular, dá uma medida da quantidade de esforço que é necessária para triunfar sobre o esquecimento e tornar estes escravos efémeros da emoção e do desejo atentos a alguns requisitos primitivos de coabitação social. (…) Para dominar (…) recorreram a meios assustadores (…) de apedrejamento, (…), a empalação na estaca, a dilaceração ou o espezinhamento por cavalos, (…), queimar o criminoso em azeite (…), a prática popular de esfolamento, (…) cobrir o criminoso de mel e deixá-lo às moscas num sol abrasador. Com a ajuda deste tipo de imagens e procedimentos, a pessoa acaba por memorizar cinco ou seis “Não farei”, fazendo assim a promessa em troca das vantagens oferecidas pela sociedade. E de facto! com a ajuda deste tipo de memória, a pessoa acaba por “ver a razão”! Ah, razão, seriedade, domínio das emoções, todo o caso sombrio que dá pelo nome de pensamento, todos esses privilégios e exemplos do homem: que preço elevado que foi pago por eles! Quanto sangue e horror está no fundo de todas as “coisas boas”!”

On the Genealogy of Morals

“O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo.”

Aber der schlimmste Feind, dem du begegnen kannst, wirst du immer dir selber sein
Werke - Volume 6 - Página 94, Friedrich Wilhelm Nietzsche - C.G. Naumann, 1904

“Odeio quem me rouba a solidão sem verdadeiramente me oferecer companhia.”

Variante: Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia.

“Bem e mal são os preconceitos de Deus', dizia a serpente.”

»Gut und Böse sind die Vorurteile Gottes« - sagte die Schlange.
Die ewige Wiederkunft: Die fröhliche Wissenschaft. Dichtungen, página 195, Friedrich Wilhelm Nietzsche - Kröner, 1927 - 426 páginas

“Na verdade, o único cristão morreu na cruz.”

Im Grunde gab es nur Einen Christen, und der starb am Kreuz.
Nietzsche's werke ... - página 265, Friedrich Wilhelm Nietzsche - C.G. Naumann, 1899

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”

Variante: E os que foram vistos dançando foram julgados insanos pelos que não conseguiam ouvir a música.