“Um dos maiores palcos de manipulação do país — quiçá do mundo — Brasília haveria de receber alguém de pulso, cheio de vontade de libertar — deixe ir: Fabrício Carpinejar!
Brasília, com sua arquitetura monumental e sua aura de poder, sempre foi mais do que a capital política do país — é o símbolo vivo da manipulação institucionalizada, da retórica cuidadosamente ensaiada, das verdades maquiadas em discursos de ocasião.
Ali, onde se fabricam narrativas e se negociam destinos, a liberdade — essa palavra tão pequena e tão cara — costuma ser tratada como um artigo de luxo, raramente distribuído e quase nunca praticado.
E então, de repente, chega Carpinejar.
Com sua voz que mistura ternura e brutal honestidade, com seu dom de traduzir sentimentos que o poder não compreende, ele atravessa os corredores de Brasília não para discursar, mas para desatar.
Lança “Deixa ir” — um livro que fala sobre o desapego, sobre o amor que sabe partir, sobre a leveza que nasce quando se solta o que aprisiona.
E é aí que mora a ironia mais sublime:
No palco da manipulação, onde os verbos dominantes são reter, aprisionar, onde a vaidade se confunde com propósito, chega um poeta dizendo: “Deixe ir.”
É como soltar um pássaro dentro de um aquário de concreto.
Como ensinar o poder a amar sem possuir.
Carpinejar, nesse gesto, não apenas lança um livro — lança uma provocação existencial.
É como se dissesse: “Enquanto o país se esforça para segurar o que não cabe mais nas mãos, eu escrevo para lembrar que o verdadeiro domínio é saber soltar.”
Não haveria melhor palco para deixar ir do que aquele que só sabe aprisionar!”
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Monica, quando perguntada sobre as dificuldades de trabalhar em Brasília em ano eleitoral - 2010 (14 de março de 2010)
Atribuídas
Fonte: CQC: Iozzi fala sobre críticas e terceira temporada, 25 de outubro de 2011, Estrelando, 14 de março de 2010, 2010, março, Estrelando, português http://www.estrelando.com.br/celebridades/nota/CQC:_Monica_Iozzi_fala_sobre_criticas_e_terceira_temporada-76313.html,
“Brasília é uma cidade afogada, seca, onde você não é uma pessoa, você é um cargo.”
Eros Grau em entrevista a Fausto Macedo, Felipe Recondo, jornal O Estado de S.Paulo, edição 03 de agosto de 2010, Fonte: Estadao: 'Lei da Ficha Limpa põe em risco o estado de direito' http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,lei-da-ficha-limpa-poe-em-risco-o-estado-de-direito-imp-,589608
Em 24 de agosto de 2005, então secretário nacional de Políticas de Turismo do Ministério do Turismo do Brasil
Fonte: [pt, http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u99567.shtml, Folha Online]
“Fugi do país onde um só exerce todos os poderes: é um país de escravos.”
“Sempre digo lá em Brasília que não sou representante do povo. Sou representante do Vasco.”
Na época em que era deputado federal.
Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos, p. 56