“Poema – Metáforas e Maldições

Quantas vezes eu não desejei que a morte
batesse em minha porta?
quantas vezes eu não sofri angustias
que martirizavam todo o meu ser?
sou um homem maldito,
e a minha maldição é viver

E das vezes em que eu odiei a minha vida,
invejei Jesus pela fé e pela dor
queria eu morrer em um pedaço de madeira
e ainda ser chamado de senhor

Sagrado para mim somente o amor
o amor que eu nunca senti
o amor que eu nunca sentirei
pois eu só sinto dor,
e um ódio que eu mesmo alimentei

Eu não odeio as pessoas
tampouco odeio os deuses
odeio somente as feridas que se abrem em meu corpo
e fazem a minha alma sangrar

Nas vísceras da dor e da angustia
eu me afoguei nas mágoas do silencio
e me enforquei nas cordas banhadas com o sangue
da minha própria dor

A miséria do meu ser,
se alastra por todos os cantos da casa
e a solidão é a companhia muda
desta alma cansada

Nas estrelas eu encontrei a minha própria morada
minhas paixões são os livros e o próprio nada

Todas as vezes que eu chorei
sangrei poesias
e das minhas lágrimas
nasceram dores tão sublimes
capazes de fazer até mesmo as estrelas chorarem

– Gerson De Rodrigues”

Morte Niilismo Nietzsche Suicídio Vida Amor

Última atualização 14 de Março de 2022. História
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Gerson De Rodrigues 292
poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995

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“Poema – Metáforas e Maldições”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Filosofia

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“Passa-se muitas vezes do amor à ambição, mas nunca se regressa da ambição ao amor.”

François de La Rochefoucauld (1613–1680) Escritor, moralista e memorialista francês

Variante: Passamos muitas vezes do amor à ambição, mas nunca regressamos da ambição ao amor.

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