“Liber AL Vel Legis

Eu sou deus
sou o símbolo incarnado do amor e do ódio
sou o homem pregado na cruz
sou o arcanjo banido dos céus
eu sou a alma aprisionada no inferno
e o anjo a cantar nos céus

Sou um homem maldito aprisionado nesse mundo
uma alma sem história ou destino mentindo na cara do universo
que os dias que sucedem o atual serão melhores
quando na realidade a melhor coisa que poderia me acontecer
seria a morte fria em uma cruz negra
que incendeia-se no céu noturno fundindo-se com as estrelas
mortas que a muito tempo já se apagaram

Eu sou o deus que as religiões adoram
eu sou o deus que os ateus ignoram
eu sou o diabo pregado na cruz
eu sou o homem que chamam de jesus

Pregado na cruz ígnea de mim mesmo
eu sou o pecado e eu sou a salvação

Sou a insônia da dor e o pesar da solidão

Afinal…

Quem sou eu em meio a imensidão?
uma estrela a brilhar na escuridão
que apagou-se ao descobrir que deus
era um homem morto em um caixão.”

Última atualização 25 de Março de 2021. História
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Gerson De Rodrigues 292
poeta, escritor e anarquista Brasileiro 1995

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“Poema – Lilith

‘’ A Morte é a brasa que incendeia
no coração de todos os homens
a chama que queima no interior das estrelas
e que inevitavelmente queimara todo o universo
transformando-o em cinzas

Contemplo a morte como a brisa
que estremece a luz dos meus olhos
que aos poucos se apagam

Enquanto os meus lábios trêmulos sorriem
diante dos sonhos da vida que se esvaem
com o sangue dos meus punhos

E a realização de que vou virar pó
paradoxalmente me tranquiliza
como as flores sobre os túmulos
ou a brasa da morte que incendeia no coração de todos os homens…’’

Eu sou Deus
sou o símbolo incarnado do amor e do ódio
sou o homem pregado na cruz
sou o arcanjo banido dos céus
sou a alma aprisionada no inferno
e o cúpido a cantarolar nas canções de amor

Sou uma criança maldita aprisionada no mundo dos homens
uma alma sem história ou destino

Eu sou a Deusa que as religiões adoram
eu sou o Deus que os ateus ignoram
eu sou o Diabo pregado na cruz
eu sou o homem clamando por Jesus

Pregado na cruz ígnea de mim mesmo
eu sou o pecado e eu sou a salvação

Sou a insônia da dor e o pesar da solidão
A depressão já impregnada e sem cura
A dor nas noites de insônia
A medicação que me mata aos poucos (…)

A Poesia de um Poeta louco
que abdicou da sua sanidade
a escrever os versos mais terríveis

Um dia até mesmo o Diabo
o abandonou

Então ele esqueceu o seu próprio nome
esqueceu os seus próprios versos
até mesmo porque escrevia coisas tão terríveis

Sem saber quem ele era
Designou-se a si mesmo como Deus

Trancou-se em um quarto escuro
pregou os seus próprios pés e mãos

E com a mão que utilizou para martirizar-se
apontou para os céus e gritou
- Oh Pai, por que me abandonastes?

Ele morreu sem saber ao menos
que ele era Deus, O Diabo e o Homem

Mas ao mesmo tempo
o pó que para o nada retornastes…
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Fonte: Poesias Niilismo Existencialismo Nietzsche

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“Não sou Cristo nem filantropo, velha, sou totalmente o oposto de um Cristo (…). Luto pelas coisas em que acredito, com todas as armas ao meu dispor e tento deixar o outro homem morto de modo que eu não seja pregado numa cruz ou em algum outro lugar.”

Che Guevara (1928–1967) guerrilheiro e político, líder da Revolução Cubana

citado em "Che Guevara - Uma biografia" - Página 246 http://books.google.com.br/books?id=apj3tWUKqbAC&pg=PA246, Jon Lee Anderson - Editora Objetiva, 1997, ISBN 8573021527, 9788573021523 - 924 páginas
Atribuídas

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“Se eu não puder mover os céus, moverei o inferno”

Virgilio (-70–-19 a.C.) poeta romano clássico, autor de três grandes obras da literatura latina
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