Frases sobre rebeldia

Uma coleção de frases e citações sobre o tema da rebeldia, vida, vida, homens.

Frases sobre rebeldia

“Face a face


Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo… v.11


Embora o mundo esteja conectado como jamais esteve, nada substitui o encontro pessoal. À medida que compartilhamos e rimos juntos, muitas vezes sentimos, quase inconscientemente, as emoções da outra pessoa observando seus movimentos faciais. Aqueles que se amam, familiares ou amigos, gostam de compartilhar face a face uns com os outros.

Vemos essa relação face a face entre o Senhor e Moisés, o homem que Deus escolheu para liderar o Seu povo. A confiança de Moisés cresceu ao longo dos anos, enquanto ele andava com Deus, e continuava a segui-lo, apesar da rebeldia e idolatria do povo. Depois que o povo adorou um bezerro de ouro em vez de adorar o Senhor (Êxodo 32), Moisés estabeleceu uma tenda fora do acampamento para se encontrar com Deus, e o povo tinha que observar de longe (vv.7-11). Quando a coluna de nuvem representando a presença de Deus desceu à tenda, Moisés falou em favor do povo. O Senhor prometeu que Sua Presença iria com eles (v.14).

Por causa da morte de Jesus na cruz e Sua ressurreição, não precisamos de alguém como Moisés para falar com Deus por nós. Em vez disso, assim como Jesus afirmou aos Seus discípulos, podemos ter comunhão com Deus através de Cristo (JOÃO 15:15). Nós também podemos nos encontrar com Ele, e falar com o Senhor como alguém que fala a um amigo.

Podemos conversar com o Senhor 
como um verdadeiro amigo. Amy Boucher Pye”

“Disfuncional


…pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. v.23


A palavra disfuncional é frequentemente usada para descrever indivíduos, famílias, relacionamentos, organizações e até governos. Enquanto funcional significa que algo funciona bem, disfuncional é o oposto — é algo quebrado, que não está funcionando corretamente, incapaz de corresponder ao que foi projetado para fazer.

Em sua carta aos Romanos, o apóstolo Paulo começa por descrever uma humanidade espiritualmente disfuncional (1:18-32). Somos todos parte dessa rebeldia: “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer […]. Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (3:12,23).

A boa notícia é que todos são “justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. […] a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé” (vv.24,25). Quando convidamos Cristo para habitar em nós e aceitamos a oferta de vida nova e perdão de Deus, estamos no caminho para nos tornarmos a pessoa que Ele nos criou para sermos. Não nos tornamos imediatamente perfeitos, mas já não temos de permanecer avariados e disfuncionais.

Pelo Espírito Santo, recebemos a força diária para honrar a Deus no que dizemos e fazemos e para nos despojar “do velho homem” e nos revestir “do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (EFÉSIOS 4:22-24).

Aproximarmo-nos de Cristo nos ajuda a viver 
como Ele planejou que vivêssemos. David C. McCasland”

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“Não é na resignação, mas na rebeldia em face das injustiças que nos afirmaremos.”

"Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa". 5. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996, p. 87

Gerson De Rodrigues photo
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“Cartas Póstumas

Eu vivi uma vida de Rebeldia Neguei os deuses e gritei por Anarquia Nas canções mais lindas escrevi versos de Poesia Fui uma alma abandonada que amou a Melancolia Que nos momentos mais sombrios se encontrou na Filosofia

No momento enquanto escrevo essa carta, estou decidido em me matar. Essa é uma vontade constante que a muito tempo me assombra. Todas as vezes em que estou decidido em acabar com tudo, eu simplesmente invento uma nova mentira.

E quando eu menos percebo, lá estou eu vivendo como todos os outros sem perceber o barulho das correntes em nossos pés…

Talvez, quando estiveres lendo essa carta daqui a cinco ou cinquenta anos eu já esteja morto. Ou talvez eu tenha encontrado motivos para viver, motivos o suficiente que me façam ler estes versos no futuro e dizer

- Tolo, como ousas dizer tamanha estupidez?

O Futuro é incerto. Eu fico me perguntando, todas as vezes em que me pego refletindo sobre a minha morte Quantos livros eu publiquei enquanto estava vivo? Quantas aulas eu dei? Quantas pessoas eu influenciei? Quantas vidas eu salvei? Será que… eu fiz o meu trabalho como Filósofo? Ou o tempo me apagou de sua história?

De qualquer forma, todos seremos apagados um dia. Então a resposta para essa pergunta de fato não importa.

Oh sim, eu vivi uma vida interessante. Tive uma juventude repleta de rebeldia e anarquia e aos vinte e três me vi publicando meu primeiro livro de Filosofia. Aquele jovem rebelde que só sabia gritar ‘’ Anarquia’’ hoje é um professor de Filosofia.

Quem diria não é mesmo? Em quantos momentos da minha juventude eu não jurei que o dia seguinte seria o último, e aqui estou eu, vivo e escrevendo.

Talvez esses momentos de escuridão com a assombração da morte cantando em meus ouvidos sejam de fato passageiros, ou talvez na pior das hipóteses eu simplesmente esteja me entregando a ela aos poucos.

Existem tantas coisas que eu poderia conquistar, tantos outros livros a publicar, pessoas para amar, causas para se lutar, alunos para ensinar…

Mas tudo que eu quero nesse momento é o direito de me suicidar.

Para aqueles que ficam, meus pais e meus amigos:

Nenhuma mãe deveria enterrar o seu filho, e nenhum amigo deveria chorar sobre o tumulo do outro. Embora eu de fato sinta um carinho enorme por todos vocês, sinto que a minha história seria de maior relevância com um ponto final em seu caminho.

Aos vermes que se alimentarem do meu corpo putrefato, desejo a vocês boa sorte. Algum dia, seremos ambos poeira no abismo do espaço e nenhuma diferença existirá dos homens aos vermes.

E Para aqueles que estiverem lendo essa carta. Vivam!! Pois para mim já é tarde demais…”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Suicídio Morte Niilismo Cartas Costumas - Gerson De Rodrigues
Variante: Cartas Póstumas

Eu vivi uma vida de Rebeldia
Neguei os deuses e gritei por Anarquia
Nas canções mais lindas escrevi versos de Poesia
Fui uma alma abandonada que amou a Melancolia
Que nos momentos mais sombrios se encontrou na Filosofia

No momento enquanto escrevo essa carta, estou decidido em me matar. Essa é uma vontade constante que a muito tempo me assombra. Todas as vezes em que estou decidido em acabar com tudo, eu simplesmente invento uma nova mentira.

E quando eu menos percebo, lá estou eu vivendo como todos os outros sem perceber o barulho das correntes em nossos pés...

Talvez, quando estiveres lendo essa carta daqui a cinco ou cinquenta anos eu já esteja morto. Ou talvez eu tenha encontrado motivos para viver, motivos o suficiente que me façam ler estes versos no futuro e dizer

- Tolo, como ousas dizer tamanha estupidez?

O Futuro é incerto. Eu fico me perguntando, todas as vezes em que me pego refletindo sobre a minha morte
Quantos livros eu publiquei enquanto estava vivo?
Quantas aulas eu dei?
Quantas pessoas eu influenciei?
Quantas vidas eu salvei?
Será que... eu fiz o meu trabalho como Filósofo?
Ou o tempo me apagou de sua história?

De qualquer forma, todos seremos apagados um dia. Então a resposta para essa pergunta de fato não importa.

Oh sim, eu vivi uma vida interessante. Tive uma juventude repleta de rebeldia e anarquia e aos vinte e três me vi publicando meu primeiro livro de Filosofia. Aquele jovem rebelde que só sabia gritar ‘’ Anarquia’’ hoje é um professor de Filosofia.

Quem diria não é mesmo? Em quantos momentos da minha juventude eu não jurei que o dia seguinte seria o último, e aqui estou eu, vivo e escrevendo.

Talvez esses momentos de escuridão com a assombração da morte cantando em meus ouvidos sejam de fato passageiros, ou talvez na pior das hipóteses eu simplesmente esteja me entregando a ela aos poucos.

Existem tantas coisas que eu poderia conquistar, tantos outros livros a publicar, pessoas para amar, causas para se lutar, alunos para ensinar...

Mas tudo que eu quero nesse momento é o direito de me suicidar.

Para aqueles que ficam, meus pais e meus amigos:

Nenhuma mãe deveria enterrar o seu filho, e nenhum amigo deveria chorar sobre o tumulo do outro. Embora eu de fato sinta um carinho enorme por todos vocês, sinto que a minha história seria de maior relevância com um ponto final em seu caminho.

Aos vermes que se alimentarem do meu corpo putrefato, desejo a vocês boa sorte. Algum dia, seremos ambos poeira no abismo do espaço e nenhuma diferença existirá dos homens aos vermes.

E Para aqueles que estiverem lendo essa carta. Vivam!! Pois para mim já é tarde demais...

- Gerson De Rodrigues

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“Prelúdios & Niilismo

O Niilismo é o fim de tudo que um dia foi ou irá ser. Como as flores que nascem sobre as tumbas ou um buraco negro que extingue a luz. O Niilismo não tem nada a nos oferecer

O Niilismo não depende do homem, ou de sua filosofia

A Simples ausência do ser e do não ser, o Cosmos em sua plenitude no início de sua mais simplória origem, é a verdadeira e singela representação do que é o Niilismo.

O Que é o Niilista?

O Niilista nasce ainda em sua juventude. Com a realização empírica e filosófica de que os deuses, o estado e a igreja não passam de criações humanas e o valor imposto a estas criações são deveras superestimadas.

E lá, em sua juventude, é tomado pela rebeldia, e assombrado pela melancolia. Para o jovem Niilista, as aulas de ciências e filosofia, atuam como uma introdução à sua verdadeira essência. E conforme o conhecimento e a realização do nada tomarem conta do mesmo, mais cedo será atribuído a ele o nada do qual pertences.

A partir de uma certa idade, o Niilismo torna-se a representação de sua liberdade, e a melancolia um estado natural de sua essência. Quanto mais próximo a velhice, maior a realização do Niilista sobre o seu lugar no universo.

O Niilista não pode ser alguma coisa, pois alguma coisa possui significado, desejos, sentido ou esperança. O Niilista, é a ausência do ser e do não ser o nada em sua verdadeira forma e significado – O Niilismo, tal como o universo, não depende do homem. Pois vive em sinfonia com o tempo.

O Tempo é capaz de enterrar todos nós, assim como enterrou todos os deuses e eventualmente irá enterrar toda nossa espécie.

Após a extinção da nossa espécie, o Niilismo continuará a vagar pelo cosmos, até que de fato não sobre nada, nenhuma estrela, nenhum planeta, nenhuma vida ou deus. O Niilismo então em seu âmbito de solidão e insignificância cósmica na sua mais pura essência assombrará o nada por toda a eternidade.”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Lembrando-se destas coisas enquanto aprontavam o baú de José Arcadio, Úrsula se perguntava se não era preferível se deitar logo de uma vez na sepultura e lhe jogarem a terra por cima, e perguntava a Deus, sem medo, se realmente acreditava que as pessoas eram feitas de ferro para suportar tantas penas e mortificações; e perguntando e perguntando ia atiçando a sua própria perturbação e sentia desejos irreprimíveis de se soltar e não ter papas na língua como um forasteiro e de se permitir afinal um instante de rebeldia, o instante tantas vezes desejado e tantas vezes adiado, para cortar a resignação pela raiz e cagar de uma vez para tudo e tirar do coração os infinitos montes de palavrões que tivera que engolir durante um século inteiro de conformismo.”

Gabriel García Márquez (1927–2014)

Porra! — gritou.
Amaranta, que começava a colocar a roupa no baú, pensou que ela tinha sido picada por um escorpião.
Onde está? — perguntou alarmada.
O quê?
O animal!— esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
Aqui — disse.
Cem anos de solidão, Capítulo 13
Variante: Úrsula se perguntava se não era preferível se deitar logo de uma vez na sepultura e lhe jogarem a terra por cima, e perguntava a Deus, sem medo, se realmente acreditava que as pessoas eram feitas de ferro para suportar tantas penas e mortificações. E perguntando e perguntando ia atiçando sua própria perturbação e sentia desejos irreprimíveis de se soltar e não ter papas na língua como um forasteiro e de se permitir afinal um instante de rebeldia, o instante tantas vezes desejado e tantas vezes adiado, para cortar a resignação pela raiz e cagar de uma vez para tudo e tirar do coração os infinitos montes de palavrões que tivera que engolir durante um século inteiro de conformismo.
– Porra! – gritou.
Amaranta, que começava a colocar a roupa no baú, pensou que ela tinha sido picada por um escorpião.
– Onde está? – perguntou alarmada.
– O quê?
– O animal! – esclareceu Amaranta.
Úrsula pôs o dedo no coração.
– Aqui – disse

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“Manifiesto de la Libertad

Nestes versos não há poesia Nem mesmo filosofia Apenas um grito de rebeldia, uma canção de Anarquia Não tapem seus ouvidos, e não calem minha boca; Porque mesmo calado eu grito, Mesmo morto eu proclamo…

Que a música que eu ouço ao longe Sejam as trombetas do apocalipse

O Exército marcha nas ruas Com as suas botas sujas de sangue; Torturam estudantes e matam manifestantes Enquanto são aplaudidos por um bando de ignorantes

Que as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece E nem repetidas com fervor, Apenas respeitadas como a canção de um homem que morreu por amor

Erguemos nossa bandeira negra E lutamos contra o Fascismo Mas a outra metade se calou e aplaudiu o Nazismo

Os líderes mundiais dividiram o povo Na esquerda colocaram os enforcados, e na direita os decapitados E nessa tensão o homem aplaude, julgando os mortos do outro lado

Os porcos fascistas continuam marchando O chão de sangue continuam manchando Enquanto o hino nacional continuam cantando…

Com mentiras populistas alienaram a população Em uma guerra civil transformaram o povão; Em um espelho de sangue, aonde irmão mata irmão Diziam os fascistas ‘’ É uma batalha contra corrupção’’ Mataram um negro inocente o acusando de ladrão…

Um general fascista junto de um capitão criaram campos de concentração ‘’ Precisamos combater o comunismo em nome da nação’’

O Povo sem esperança e sem alegria Levantaram bandeiras de anarquia

Pois enquanto existirem jovens rebeldes existirá anarquia A Juventude exalava rebeldia;

Nas ruas marchamos e lutamos Muitos de nós morreram, mas morreram lutando…

Suas lutas não foram em vão Finalmente capturamos o capitão

- Enforquem-no! Em nome da nação!”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro
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“Poema – Astaroth

‘’ Quando um homem
se entrega as feridas
que existem em sua alma

Um abismo se abre
em seu coração
e de lá nascem os mais perversos demônios

Uma vez que o primeiro
demônio se liberta
mata-se o homem
e nasce a besta… ‘’

Os suicidas caminham em horizontes
entre os sonhos da vida
e os desejos da morte

Através deste desfiladeiro
tenho em mim as angustias de um homem morto

Se algum dia eu chorei por amor,
foi porque me entreguei a este sentimento sórdido
até transformá-lo em repulsa

Constantemente me encaro nos espelhos da vida
e me arrependo por não ter enforcado aquela maldita criança
no útero da minha mãe

Poupando a mim mesmo da miséria dos deuses
e os homens dos meus sonhos infantis

Se eu estou calado em um canto escuro
com o destino selado por uma corda em meu pescoço
é porque se eu falar sobre os meus sentimentos
vou faze-los se matarem em meu lugar

Me entreguei a rebeldia de judas
cuspindo em mim mesmo
como um verme miserável

Ainda que eu ame os meus familiares
mais do que as estrelas amam as constelações

Me odeio de maneira tão intensa
que prefiro dar a eles um lindo funeral
com o meu corpo pregado em uma cruz
do que flores para me chamarem de Jesus

'' - Lembram-se quando vocês eram jovens
e cheios de sonhos?
e hoje são produtos da própria derrota;''

Fracassei até mesmo em amar
só me resta a vitória dos meus sonhos perdidos
em um mar de baratas e podridão

Em palavras inocentes
revelarei com plena honestidade
ainda que na epiderme imunda
de uma infância hostil
e claramente sem futuro

Fui feliz
sem saber que algum dia
desejaria ter enforcado aquela
criança inocente em frente ao espelho

Finalizo estes versos
com uma dor que não pode
ser descrita em Poesias, Filosofias
ou maldições

Mas vocês vão se lembrar de mim
quando lerem a carta de suicídio
que eu cravei em seus corações
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Poema – Diário de um homem que nunca existiu

‘’ Como um sátiro
que dança ao
som dos meus gritos de misericórdia
exterminarei todos ao meu redor

Lentamente como as lágrimas
que caem dos meus olhos
sem piedade estriparei a todos

E até que a cólera da depressão
e o tormento da ansiedade
me transforme em um mártir
nenhum de vocês terão paz!

Declaro nestes versos
o suicídio de todos os homens!’’

Infância;
Ainda que em meus
primeiros anos de vida
eu já podia assistir o meu futuro em ruínas

Isolado nas sombras
fui corrompido por uma timidez
que rasgou o meu coração
e dilacerou a minha alma

Sem desistir busquei
refugio em templos sagrados

Mas fui obrigado a assistir
freiras e padres se enforcarem
em suas próprias tripas
com medo da dor
que viam em meus olhos

Adolescência;
Do sangue que escorria
dos meus pulsos
encontrei a rebeldia
para selar a minha dor

Com as minhas próprias mãos
enfrentei o mundo em nome da anarquia

Ainda que as lágrimas estivessem
em meus olhos
eram os meus pais quem sofria

Sufocado pela angustia de existir
me enforquei em meu próprio quarto
enquanto lúcifer gargalhava em silêncio

Vida adulta;
Com marcas em meu corpo
que fariam cristo chorar
sobrevivi a cada tentativa de suicídio

Ontem enterrei a minha mãe
no tumulo ao lado do meu pai

A solidão é minha última companhia
mas quando eu preciso dela
é a depressão que me acolhe

Vivendo como um verme
em meio as ovelhas

Caminho pelas ruas como um estranho
perdido em seu próprio inferno

Suicídio;
sentado em meio as baratas
observo fotografias antigas
que remetem a um passado sórdido

Quando eu ainda era um monstro
rasgando o ventre da minha mãe

Se a minha fé
fosse tão forte quanto
as minhas dores

Dobraria meus joelhos
e clamaria aos céus
para que devolvessem as asas de lúcifer

E beijando as patas do diabo
selaria um pacto de sangue

Me enforque no ventre da minha mãe
para que ela nunca mais precise sofrer de novo
- Gerson De Rodrigues”

Gerson De Rodrigues (1995) poeta, escritor e anarquista Brasileiro

Niilismo Morte Deus Existencialismo Vida Nietzsche

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“Não mude seu caminho pelo fato de ser criticado. Mentes pequenas manifestam sua rebeldia opondo-se a tudo o que lhe falam! Não desista.”

Não mude seu caminho pelo fato de ser criticado. Mentes pequenas manifestam sua rebeldia opondo-se a tudo o que lhe falam! Não desista.
ABRAHAM SCHNEERSOHN