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“A janela de Overton sempre se moveu pelas Mãos Invisíveis das narrativas, mas nada foi tão medonho quanto a ver se valer da “Idoneidade Policial” e da “Fé Religiosa”.

A Janela de Overton — esse mecanismo silencioso e traiçoeiro que define os limites do que é socialmente aceitável — sempre se moveu pelas mãos invisíveis das narrativas.

Ideias outrora impensáveis se tornam plausíveis, discutíveis, desejáveis… e até aceitáveis.

Nada disso é novo.

Mas há deslocamentos que ultrapassam o jogo das ideias: eles tocam em pilares que, uma vez manipulados, comprometem a própria estrutura da convivência civilizada.

Nada foi tão medonho quanto assistir a essa janela se valer da “Idoneidade Policial” e da “Fé Religiosa”.

Ambas, por natureza, deveriam inspirar confiança — não manipulação.

Quando começam a ser usadas como régua para definir quem merece voz, respeito ou até mesmo existência, o que está em jogo não é mais apenas a opinião pública: é a própria noção de justiça e espiritualidade.

A confiança na justiça perde o chão quando o discurso sobre “idoneidade” é moldado para blindar abusos e silenciar denúncias.

E a fé, que deveria acolher, se torna instrumento de controle quando usada para validar narrativas de exclusão, discurso de ódio, intolerância ou superioridade moral.

Quando a Janela de Overton se move por esses vetores, não estamos apenas assistindo a uma mudança de ideias.

Estamos permitindo que conceitos sagrados e instituições essenciais sejam descaradamente arrastados para a seara da manipulação.

E isso, sim, é digno de temor.

Tenho medo…”

Última atualização 8 de Agosto de 2025. História

Citações relacionadas

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“Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável.”

Erasmo de Rotterdam (1466–1536)

como citado in: Citações da Cultura Universal - Página 243 https://books.google.com.br/books?id=adQWhMA1x0YC&pg=PA243, Alberto J. G. Villamarín - Editora AGE Ltda, 2002, ISBN 8574970891, 9788574970899, 574 páginas
Atribuídas

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“Eu estive aqui a ver nos meus cadernos, e andar à bulha é aceitável.”

" Coisas que ao princípio não parecem mariquice ", Mixórdia de Temáticas 09-04-2012

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“A ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível.”

Michel Foucault (1926–1984) Filósofo francês

La fiction consiste donc non pas à faire voir l'invisible, mais à faire voir combien est invisible l'invisibilité du visible
citado em "Qu'est-ce qu'un espace littéraire?"‎ - Página 31, de Xavier Garnier, Pierre Zoberman, Pascale Hellégouarc'h, Maarten Van Delden - Publicado por Presses universitaires de Vincennes, 2006 ISBN 2842921852, 9782842921859 - 206 páginas

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“Por que a principal coisa que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil, foi para que a gente delas se convertesse à nossa Santa Fé Católica.”

João III de Portugal (1502–1557) Rei de Portugal e Algarves

No Regimento do governador Tomé de Souza em 1548.

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“Aquilo que o homem vê, o Amor torna invisível, / e o invisível faz ver o Amor.”

Fonte: Orlando Furioso, Canto I, estância 56

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“Todo o Brasil se moveu para a esquerda. José Serra é o candidato da direita, mas não há discursos de direita.”

Marco Aurélio Garcia (1941–2017) professor de História e político filiado ao Partido dos Trabalhadores

Em entrevista ao La Nación http://www.lanacion.com.ar/437863-el-pais-se-movio-hacia-la-izquierda — 5 de outubro de 2002.

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